Guia de Zoonoses

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Criptococose

Voltar Criptococose A criptococose é uma infecção fúngica que representa uma preocupação significativa de saúde pública, especialmente em regiões tropicais e subtropicais. Causada principalmente pelos fungos Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii, a criptococose é uma zoonose que pode afetar tanto humanos quanto animais. Esses fungos estão presentes no ambiente, especialmente em excrementos de aves e em árvores específicas, e podem ser inalados, levando à infecção pulmonar inicial. Em indivíduos com sistemas imunológicos comprometidos, como aqueles com HIV/AIDS, a infecção pode se disseminar para o sistema nervoso central, causando meningite criptocócica, uma condição potencialmente fatal. Vetor A criptococose é uma zoonose causada principalmente pelos fungos Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. Esses fungos são encontrados no ambiente, particularmente em excrementos de aves, como pombos, e em árvores específicas, como os eucaliptos. Embora as aves não sejam vetores diretos da doença, seus excrementos criam um ambiente propício para o crescimento e dispersão dos fungos. Os esporos do Cryptococcus são liberados no ar a partir dos excrementos secos e do solo contaminado. A inalação desses esporos pode levar à infecção pulmonar inicial. Indivíduos com sistemas imunológicos comprometidos, como aqueles com HIV/AIDS, são especialmente suscetíveis à infecção, que pode se disseminar para o sistema nervoso central e causar meningite criptocócica, uma condição grave e potencialmente fatal. A criptococose é, portanto, uma doença ambientalmente transmitida, com os excrementos de aves e certos tipos de árvores desempenhando um papel crucial na manutenção e disseminação dos fungos Cryptococcus. Prevenir a exposição a essas fontes, especialmente em áreas urbanas, é uma medida importante na prevenção da criptococose. Epidemiologia A criptococose é uma infecção fúngica causada pelos fungos Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. A epidemiologia dessa doença varia conforme a região e a população afetada. A criptococose é mais comum em indivíduos com sistemas imunológicos comprometidos, como aqueles com HIV/AIDS, linfoma de Hodgkin, sarcoidose ou que estão em tratamento prolongado com corticoides. A infecção é adquirida pela inalação de esporos presentes no solo contaminado, especialmente em áreas próximas a excrementos de aves, como pombos, e em árvores como os eucaliptos. Cryptococcus neoformans tem uma distribuição mais ampla e é considerado uma infecção oportunista, afetando tanto indivíduos imunocompetentes quanto imunocomprometidos. Por outro lado, Cryptococcus gattii é mais prevalente em regiões tropicais e subtropicais, como a América do Norte, América do Sul, África e Austrália. Após a inalação dos esporos, a infecção inicial geralmente ocorre nos pulmões, causando sintomas como febre, tosse, dor no peito e perda de peso. Em casos graves, especialmente em indivíduos imunocomprometidos, a infecção pode se disseminar para o sistema nervoso central, causando meningite criptocócica, que pode ser fatal se não tratada adequadamente. Fisiopatologia A criptococose é uma infecção fúngica causada principalmente pelos fungos Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. A infecção começa com a inalação de esporos presentes no solo contaminado, especialmente em áreas próximas a excrementos de aves e em árvores como os eucaliptos. Após a inalação, os esporos alcançam os pulmões, onde podem causar lesões assintomáticas ou sintomáticas. Em indivíduos imunocompetentes, essas lesões pulmonares muitas vezes se resolvem espontaneamente sem disseminação. No entanto, em indivíduos imunocomprometidos, a infecção pode progredir. O fungo pode se disseminar hematogenamente para outras partes do corpo, incluindo o sistema nervoso central (SNC). A infecção do SNC pode levar à meningite criptocócica, uma condição grave e potencialmente fatal. O fungo utiliza sua cápsula polissacarídica para evitar a fagocitose pelo sistema imunológico, facilitando sua sobrevivência e disseminação. A resposta imunológica ao Cryptococcus envolve a ativação de células T e macrófagos para eliminar o fungo. No entanto, a cápsula do fungo ajuda a inibir a resposta imunológica, permitindo que ele persista e cause infecção crônica. Indivíduos com sistemas imunológicos comprometidos, como aqueles com HIV/AIDS, linfoma de Hodgkin, sarcoidose ou aqueles em tratamento prolongado com corticoides, são mais suscetíveis à infecção. A criptococose é uma zoonose causada principalmente pelos fungos Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. Esses fungos são encontrados no ambiente, particularmente em excrementos de aves, como pombos, e em árvores específicas, como os eucaliptos. Embora as aves não sejam vetores diretos da doença, seus excrementos criam um ambiente propício para o crescimento e dispersão dos fungos. Os esporos do Cryptococcus são liberados no ar a partir dos excrementos secos e do solo contaminado. A inalação desses esporos pode levar à infecção pulmonar inicial. Indivíduos com sistemas imunológicos comprometidos, como aqueles com HIV/AIDS, são especialmente suscetíveis à infecção, que pode se disseminar para o sistema nervoso central e causar meningite criptocócica, uma condição grave e potencialmente fatal. A criptococose é, portanto, uma doença ambientalmente transmitida, com os excrementos de aves e certos tipos de árvores desempenhando um papel crucial na manutenção e disseminação dos fungos Cryptococcus. Prevenir a exposição a essas fontes, especialmente em áreas urbanas, é uma medida importante na prevenção da criptococose. A criptococose é uma infecção fúngica causada pelos fungos Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. A epidemiologia dessa doença varia conforme a região e a população afetada. A criptococose é mais comum em indivíduos com sistemas imunológicos comprometidos, como aqueles com HIV/AIDS, linfoma de Hodgkin, sarcoidose ou que estão em tratamento prolongado com corticoides. A infecção é adquirida pela inalação de esporos presentes no solo contaminado, especialmente em áreas próximas a excrementos de aves, como pombos, e em árvores como os eucaliptos. Cryptococcus neoformans tem uma distribuição mais ampla e é considerado uma infecção oportunista, afetando tanto indivíduos imunocompetentes quanto imunocomprometidos. Por outro lado, Cryptococcus gattii é mais prevalente em regiões tropicais e subtropicais, como a América do Norte, América do Sul, África e Austrália. Após a inalação dos esporos, a infecção inicial geralmente ocorre nos pulmões, causando sintomas como febre, tosse, dor no peito e perda de peso. Em casos graves, especialmente em indivíduos imunocomprometidos, a infecção pode se disseminar para o sistema nervoso central, causando meningite criptocócica, que pode ser fatal se não tratada adequadamente. A criptococose é uma infecção fúngica causada principalmente pelos fungos Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. A infecção começa com a inalação de esporos presentes no solo contaminado, especialmente em áreas próximas a excrementos de

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Esporotricose

Voltar Esporotricose A esporotricose é uma infecção fúngica que tem ganhado notoriedade nos últimos anos devido ao seu aumento de casos, especialmente em áreas urbanas. Causada pelo fungo Sporothrix schenckii, a doença acomete principalmente a pele, mas pode se espalhar para os vasos linfáticos e, em casos mais graves, para outros órgãos do corpo. A transmissão ocorre principalmente através do contato com solos, plantas e materiais orgânicos contaminados, além do contato direto com animais infectados, como gatos. Vetor A esporotricose é uma zoonose, ou seja, uma doença que pode ser transmitida entre animais e seres humanos. O principal vetor dessa doença são os gatos, especialmente aqueles que vivem em condições de rua ou sem cuidados adequados. Gatos infectados pelo fungo Sporothrix schenckii podem desenvolver lesões na pele, geralmente nas patas, na cabeça ou na cauda, que liberam esporos do fungo para o ambiente. A transmissão para os humanos ocorre, na maioria dos casos, através de arranhões, mordidas ou contato direto com essas lesões infectadas nos gatos. É importante destacar que a esporotricose não é transmitida de pessoa para pessoa, mas sim pelo contato com o fungo presente em materiais orgânicos (como solo e vegetação) ou através dos animais infectados. Outros animais, como cães e roedores, também podem ser infectados, mas são vetores menos comuns. A crescente urbanização, associada ao aumento da população de gatos de rua, tem contribuído para a disseminação da esporotricose em áreas urbanas, tornando essa zoonose uma preocupação de saúde pública. Epidemiologia A esporotricose é uma infecção fúngica que tem sido cada vez mais reconhecida como uma importante zoonose, especialmente em regiões urbanas. Originalmente considerada uma doença relacionada ao trabalho agrícola e ao manejo de plantas e solos contaminados, a esporotricose emergiu como um problema significativo de saúde pública em áreas urbanas devido ao aumento da população de gatos de rua. Distribuição Geográfica: A esporotricose é encontrada em diversas regiões do mundo, incluindo América do Sul, América do Norte, África, Ásia e Oceania. No Brasil, o estado do Rio de Janeiro tem sido particularmente afetado, com surtos em áreas urbanas e um número crescente de casos em humanos e animais, especialmente gatos. Populações Afetadas Humanos: A doença pode acometer qualquer pessoa, mas é mais comum em indivíduos que têm contato frequente com plantas, solo ou animais infectados. Profissionais como agricultores, jardineiros e veterinários estão em maior risco. Animais: Gatos são os principais vetores da esporotricose urbana. A infecção em gatos é muitas vezes subdiagnosticada, mas esses animais desempenham um papel crucial na disseminação da doença para humanos e outros animais. Cães e outros animais de companhia também podem ser afetados, embora com menos frequência. A transmissão ocorre principalmente através do contato direto com lesões cutâneas infectadas em gatos ou com materiais orgânicos contaminados, como solo e vegetação. A doença não é transmitida de pessoa para pessoa, mas sim pelo fungo presente no ambiente ou em animais infectados. Fatores de Risco Contato com Gatos: Proprietários de gatos, especialmente aqueles que cuidam de gatos de rua, estão em maior risco de infecção. Ambientes Urbanos: A alta densidade populacional de gatos de rua em áreas urbanas contribui para a disseminação da esporotricose. Atividades Profissionais: Trabalhos que envolvem o manejo de solo e plantas contaminadas aumentam o risco de exposição ao fungo. Medidas de Controle e Prevenção: A educação pública e a conscientização sobre a esporotricose são fundamentais para controlar a disseminação da doença. Medidas preventivas incluem o manejo adequado de gatos de rua, o uso de equipamentos de proteção ao lidar com solo e vegetação, e o tratamento rápido e eficaz de animais infectados. Fisiopatologia A fisiopatologia da esporotricose envolve a infecção pelo fungo dimórfico Sporothrix schenckii, que pode existir tanto na forma de levedura quanto na forma de hifas, dependendo das condições ambientais. A infecção geralmente ocorre através de pequenas lesões na pele, como cortes ou arranhões, que permitem a entrada do fungo no corpo. Uma vez dentro do corpo, o fungo pode se multiplicar e causar uma resposta inflamatória. A infecção inicial geralmente se manifesta como nódulos subcutâneos que podem ulcerar e se espalhar ao longo dos linfonodos, formando uma cadeia de nódulos linfáticos inchados. A resposta inflamatória envolve a presença de macrófagos e células epitelioides que tentam combater a infecção, mas o fungo pode sobreviver e continuar a se multiplicar. Em casos mais graves, a infecção pode se disseminar para outros órgãos, como pulmões, ossos e sistema nervoso central, especialmente em indivíduos com sistemas imunológicos comprometidos. O diagnóstico é geralmente feito por meio de culturas de lesões cutâneas, e o tratamento envolve o uso de antifúngicos, como itraconazol e anfotericina B. A esporotricose é uma zoonose, ou seja, uma doença que pode ser transmitida entre animais e seres humanos. O principal vetor dessa doença são os gatos, especialmente aqueles que vivem em condições de rua ou sem cuidados adequados. Gatos infectados pelo fungo Sporothrix schenckii podem desenvolver lesões na pele, geralmente nas patas, na cabeça ou na cauda, que liberam esporos do fungo para o ambiente. A transmissão para os humanos ocorre, na maioria dos casos, através de arranhões, mordidas ou contato direto com essas lesões infectadas nos gatos. É importante destacar que a esporotricose não é transmitida de pessoa para pessoa, mas sim pelo contato com o fungo presente em materiais orgânicos (como solo e vegetação) ou através dos animais infectados. Outros animais, como cães e roedores, também podem ser infectados, mas são vetores menos comuns. A crescente urbanização, associada ao aumento da população de gatos de rua, tem contribuído para a disseminação da esporotricose em áreas urbanas, tornando essa zoonose uma preocupação de saúde pública. A esporotricose é uma infecção fúngica que tem sido cada vez mais reconhecida como uma importante zoonose, especialmente em regiões urbanas. Originalmente considerada uma doença relacionada ao trabalho agrícola e ao manejo de plantas e solos contaminados, a esporotricose emergiu como um problema significativo de saúde pública em áreas urbanas devido ao aumento da população de gatos de rua. Distribuição Geográfica: A esporotricose é encontrada em diversas regiões do

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Tularemia

Voltar Tularemia A tularemia, também conhecida como febre dos coelhos, é uma doença infecciosa rara causada pela bactéria Francisella tularensis. Identificada pela primeira vez no início do século XX, essa zoonose pode afetar diversos animais e ser transmitida aos seres humanos. A infecção ocorre através do contato direto com animais infectados, picadas de insetos, ingestão de água ou alimentos contaminados e, em raros casos, inalação de aerossóis. A tularemia é considerada uma doença de interesse médico e veterinário devido à sua gravidade e potencial para surtos. Vetor A tularemia é transmitida aos humanos através de vários vetores, os quais desempenham um papel crucial na disseminação da doença. Os principais vetores incluem carrapatos, mosquitos, moscas-de-veado e outros insetos hematófagos que se alimentam de sangue. Esses insetos adquirem a bactéria Francisella tularensis ao picar animais infectados, como roedores, coelhos e lebres. Uma vez contaminados, podem transmitir a bactéria aos humanos através de suas picadas. Além dos insetos, a tularemia também pode ser contraída através do contato direto com a pele ou mucosas de animais infectados, da ingestão de água ou alimentos contaminados e, em casos mais raros, pela inalação de partículas aerossolizadas. O entendimento sobre os vetores da tularemia é essencial para a implementação de medidas preventivas eficazes e o controle da disseminação da doença. Epidemiologia A epidemiologia da tularemia abrange uma ampla gama de fatores, incluindo distribuição geográfica, sazonalidade e populações em risco. A doença é encontrada em todo o hemisfério norte, incluindo a América do Norte, Europa e Ásia. Nos Estados Unidos, casos de tularemia são mais comuns em estados do centro-oeste e sul, enquanto na Europa, a doença é relatada em países como Suécia, Finlândia, França e Espanha. A tularemia pode ocorrer durante todo o ano, mas os casos tendem a aumentar durante os meses de verão e outono, quando a atividade dos vetores, como carrapatos e mosquitos, é mais intensa. Além disso, atividades como caça, camping e jardinagem aumentam o risco de exposição à doença. Pessoas em contato frequente com animais silvestres ou domésticos, bem como trabalhadores rurais e caçadores, estão entre os grupos de maior risco. A tularemia pode se manifestar em várias formas clínicas, dependendo da via de infecção, o que torna a identificação e a notificação precisas essenciais para o controle da doença. Fisiopatologia A tularemia é causada pela bactéria Francisella tularensis, que é altamente virulenta e capaz de infectar vários órgãos. Uma vez que a bactéria entra no corpo, ela é fagocitada por células do sistema imunológico, como macrófagos e células dendríticas. No entanto, em vez de ser destruída, a F. tularensis consegue escapar do fagossoma e se reproduzir dentro do citoplasma das células hospedeiras. A replicação intracelular da bactéria leva à destruição das células hospedeiras e à disseminação da infecção para os tecidos circundantes. Esse processo desencadeia uma resposta inflamatória intensa, caracterizada pela produção de citocinas e quimiocinas, que recrutam mais células imunológicas para o local da infecção. Os sintomas clínicos variam de acordo com a via de entrada da bactéria. A tularemia ulceroglandular, a forma mais comum, ocorre após a entrada da bactéria por meio da pele, resultando em uma úlcera cutânea e linfadenopatia regional. A forma pneumônica ocorre por inalação da bactéria e pode causar pneumonia grave. Outras formas incluem a tularemia glandular, oculoglandular e orofaríngea. O curso da doença pode ser rápido e severo, especialmente sem tratamento adequado. A resposta inflamatória excessiva pode levar a danos teciduais significativos e, em casos graves, à falência de múltiplos órgãos. A tularemia é transmitida aos humanos através de vários vetores, os quais desempenham um papel crucial na disseminação da doença. Os principais vetores incluem carrapatos, mosquitos, moscas-de-veado e outros insetos hematófagos que se alimentam de sangue. Esses insetos adquirem a bactéria Francisella tularensis ao picar animais infectados, como roedores, coelhos e lebres. Uma vez contaminados, podem transmitir a bactéria aos humanos através de suas picadas. Além dos insetos, a tularemia também pode ser contraída através do contato direto com a pele ou mucosas de animais infectados, da ingestão de água ou alimentos contaminados e, em casos mais raros, pela inalação de partículas aerossolizadas. O entendimento sobre os vetores da tularemia é essencial para a implementação de medidas preventivas eficazes e o controle da disseminação da doença. A epidemiologia da tularemia abrange uma ampla gama de fatores, incluindo distribuição geográfica, sazonalidade e populações em risco. A doença é encontrada em todo o hemisfério norte, incluindo a América do Norte, Europa e Ásia. Nos Estados Unidos, casos de tularemia são mais comuns em estados do centro-oeste e sul, enquanto na Europa, a doença é relatada em países como Suécia, Finlândia, França e Espanha. A tularemia pode ocorrer durante todo o ano, mas os casos tendem a aumentar durante os meses de verão e outono, quando a atividade dos vetores, como carrapatos e mosquitos, é mais intensa. Além disso, atividades como caça, camping e jardinagem aumentam o risco de exposição à doença. Pessoas em contato frequente com animais silvestres ou domésticos, bem como trabalhadores rurais e caçadores, estão entre os grupos de maior risco. A tularemia pode se manifestar em várias formas clínicas, dependendo da via de infecção, o que torna a identificação e a notificação precisas essenciais para o controle da doença. A tularemia é causada pela bactéria Francisella tularensis, que é altamente virulenta e capaz de infectar vários órgãos. Uma vez que a bactéria entra no corpo, ela é fagocitada por células do sistema imunológico, como macrófagos e células dendríticas. No entanto, em vez de ser destruída, a F. tularensis consegue escapar do fagossoma e se reproduzir dentro do citoplasma das células hospedeiras. A replicação intracelular da bactéria leva à destruição das células hospedeiras e à disseminação da infecção para os tecidos circundantes. Esse processo desencadeia uma resposta inflamatória intensa, caracterizada pela produção de citocinas e quimiocinas, que recrutam mais células imunológicas para o local da infecção. Os sintomas clínicos variam de acordo com a via de entrada da bactéria. A tularemia ulceroglandular, a forma mais comum, ocorre após a entrada da bactéria

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Brucelose

Voltar Brucelose A brucelose é uma doença infecciosa zoonótica causada por bactérias do gênero Brucella. Afeta principalmente animais como bovinos, suínos, caprinos e ovinos, mas pode ser transmitida aos seres humanos através do contato direto com animais infectados ou pela ingestão de produtos de origem animal contaminados, como leite não pasteurizado. Conhecida também como febre de Malta ou febre ondulante, a brucelose em humanos pode apresentar um amplo espectro de sintomas, variando desde febre, sudorese e dores articulares até complicações mais graves, como endocardite e meningite. Vetor A brucelose é uma doença infecciosa causada por bactérias do gênero Brucella, e não é transmitida por vetores típicos como mosquitos ou carrapatos. Em vez disso, a transmissão ocorre principalmente por meio de contato direto ou indireto com animais infectados e seus produtos. Bovinos, Suínos, Caprinos e Ovinos: São os principais reservatórios da bactéria. Animais infectados excretam Brucella em grandes quantidades no leite, urina, fezes, placenta e fluídos fetais. Cães: Podem ser infectados com Brucella canis e transmitir a doença a outros animais ou humanos através de contato com secreções ou tecidos contaminados. Leite Não Pasteurizado: Consumir leite cru e derivados como queijo, manteiga e iogurte produzidos a partir de leite não pasteurizado pode levar à infecção. Carne: Manipulação e consumo de carne crua ou mal passada de animais infectados também são fontes de transmissão. Epidemiologia A brucelose é endêmica em várias partes do mundo, incluindo o Mediterrâneo, América Latina, África Subsaariana, Oriente Médio e partes da Ásia. Em países desenvolvidos, a incidência da doença diminuiu significativamente devido a programas de controle eficientes, enquanto em países em desenvolvimento, a doença ainda representa um desafio considerável para a saúde pública e a agricultura. Fisiopatologia Entrada no corpo: A Brucella penetra no corpo humano através de mucosas ou lesões na pele. Disseminação: Uma vez dentro do corpo, as bactérias são fagocitadas por macrófagos e outras células do sistema imunológico. No entanto, ao invés de serem destruídas, elas sobrevivem e se multiplicam dentro dessas células. Disseminação sistêmica: A bactéria é transportada pelo sistema linfático e sanguíneo para diversos órgãos, incluindo o fígado, baço, medula óssea, e linfonodos. Resposta inflamatória: A presença das bactérias nos tecidos provoca uma resposta inflamatória significativa, levando a formação de granulomas e necrose. Essa inflamação e destruição tecidual resultam nos sinais e sintomas clássicos da brucelose, como febre, suores noturnos, fadiga, dor nas articulações e músculos, e hepatomegalia/esplenomegalia. A doença pode se tornar crônica e levar a complicações mais graves se não for tratada adequadamente. A brucelose é uma doença infecciosa causada por bactérias do gênero Brucella, e não é transmitida por vetores típicos como mosquitos ou carrapatos. Em vez disso, a transmissão ocorre principalmente por meio de contato direto ou indireto com animais infectados e seus produtos. Bovinos, Suínos, Caprinos e Ovinos: São os principais reservatórios da bactéria. Animais infectados excretam Brucella em grandes quantidades no leite, urina, fezes, placenta e fluídos fetais. Cães: Podem ser infectados com Brucella canis e transmitir a doença a outros animais ou humanos através de contato com secreções ou tecidos contaminados. Leite Não Pasteurizado: Consumir leite cru e derivados como queijo, manteiga e iogurte produzidos a partir de leite não pasteurizado pode levar à infecção. Carne: Manipulação e consumo de carne crua ou mal passada de animais infectados também são fontes de transmissão. A brucelose é endêmica em várias partes do mundo, incluindo o Mediterrâneo, América Latina, África Subsaariana, Oriente Médio e partes da Ásia. Em países desenvolvidos, a incidência da doença diminuiu significativamente devido a programas de controle eficientes, enquanto em países em desenvolvimento, a doença ainda representa um desafio considerável para a saúde pública e a agricultura. Entrada no corpo: A Brucella penetra no corpo humano através de mucosas ou lesões na pele. Disseminação: Uma vez dentro do corpo, as bactérias são fagocitadas por macrófagos e outras células do sistema imunológico. No entanto, ao invés de serem destruídas, elas sobrevivem e se multiplicam dentro dessas células. Disseminação sistêmica: A bactéria é transportada pelo sistema linfático e sanguíneo para diversos órgãos, incluindo o fígado, baço, medula óssea, e linfonodos. Resposta inflamatória: A presença das bactérias nos tecidos provoca uma resposta inflamatória significativa, levando a formação de granulomas e necrose. Essa inflamação e destruição tecidual resultam nos sinais e sintomas clássicos da brucelose, como febre, suores noturnos, fadiga, dor nas articulações e músculos, e hepatomegalia/esplenomegalia. A doença pode se tornar crônica e levar a complicações mais graves se não for tratada adequadamente. Quadro Clínico O período de incubação é de 1-4 semanas a alguns meses. As manifestações clínicas variam de assintomática a doença grave letal. Os sintomas ou sinais possíveis da doença aguda incluem febre aguda com duração prolongada, mal-estar, sudorese noturna (com odor forte e peculiar), mialgia, artralgia, cefaleia, anorexia, perda ponderal, dispepsia, dor abdominal, tosse, hepatoesplenomegalia, linfadenomegalia, com possível alteração de transaminases, leucopenia/leucocitose, linfocitose, trombocitopenia, anemia ou mesmo pancitopenia. Infecção focal pode ocorrer em sítios como: Sistema osteoarticular: Em articulações sacroilíacas ou membro inferiores e/ou espondilite; Trato geniturinário: Orquite e/ou epididimite, prostatite, cistite, nefrite intersticial, glomerulonefrite, abscesso tubo-ovariano, renal ou testicular; Trato respiratório inferior: Bronquite, pneumonite intersticial, pneumonia lobar, nódulos pulmonares, efusão pleural, linfadenopatia hilar, empiema ou abscessos; Trato gastrintestinal: Abscesso hepático, esplênico, colecistite, pancreatite, ileíte, colite e peritonite espontânea; Sistema nervoso central: Meningite, encefalite, mielite, radiculite e/ou neurite; Sistema cardiovascular: Endocardite, miocardite, pericardite, endarterite, tromboflebite e/ou aneurisma micótico da aorta ou ventrículos; Olhos: Uveíte, ceratoconjuntivite, úlcera de córnea, iridociclite, coroidite, neurite óptica, papiledema e endoftalmite; Manifestações dermatológicas: Erupções maculares, maculopapular, escarlatiniforme, papulonodular e eritema nodoso, úlceras, petéquias, púrpuras, vasculite granulomatosa e abscessos. A brucelose pode evoluir para cronicidade e, também, recorrência após tratamento inadequado. O quadro crônico pode estar associado a pacientes com manifestações clínicas por mais de 1 ano após o estabelecimento do diagnóstico, e se caracteriza por infecção localizada (geralmente espondilite, osteomielite, abscessos teciduais ou uveíte) e/ou recorrência em pacientes com evidências de infecção. Outras apresentações de cronicidade podem incluir um curso cíclico intermitente com dorsalgia, artralgia, sudorese e sinais de psiconeurose. Diagnóstico História Clínica e Exame Físico: O médico geralmente começa com uma história clínica detalhada

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Leptospirose

Voltar Leptospirose A leptospirose é uma doença infecciosa causada por bactérias do gênero Leptospira, presente em animais domésticos e selvagens. Comumente associada à exposição a água contaminada, essa doença é uma zoonose de ampla distribuição geográfica, especialmente prevalente em regiões tropicais e subtropicais. Os sintomas variam de leves a graves, incluindo febre, dor de cabeça, calafrios e, em casos mais graves, falência renal e hemorragia pulmonar. Dada sua capacidade de causar surtos em áreas com saneamento inadequado e após desastres naturais, a leptospirose representa um desafio significativo para a saúde pública. Vetor A leptospirose é uma doença infecciosa causada por bactérias do gênero Leptospira, e os principais vetores dessa doença são os roedores, especialmente os ratos. Esses animais atuam como reservatórios naturais das bactérias, que são excretadas na urina dos roedores. A contaminação ocorre quando a urina de um animal infectado entra em contato com água ou solo, podendo permanecer viável por longos períodos em ambientes úmidos e sombreados. Vetores e Mecanismo de Transmissão   Roedores: Ratos e outros roedores são os principais reservatórios. Eles eliminam a bactéria na urina, contaminando o meio ambiente. Água e Solo Contaminados: A bactéria pode sobreviver por semanas em água e solo contaminados. A infecção humana geralmente ocorre por contato direto com essas fontes contaminadas, especialmente em locais com saneamento inadequado. Outros Animais: Além dos roedores, outros mamíferos, como cães, suínos e bovinos, podem ser portadores e excretar a bactéria, contribuindo para a disseminação da leptospirose. Fatores de Risco   Áreas Urbanas: Locais com alta infestação de ratos, acúmulo de lixo e esgoto a céu aberto são focos de transmissão. Áreas Rurais: Trabalhadores rurais, agricultores e pessoas que lidam com animais estão em risco devido à exposição constante a solo e água contaminados. Desastres Naturais: Inundações e enchentes aumentam significativamente o risco de leptospirose, pois facilitam o contato da população com água contaminada. A prevenção envolve o controle de populações de roedores, melhoria das condições de saneamento e conscientização sobre os riscos da doença. Epidemiologia A leptospirose é mais prevalente em regiões tropicais e subtropicais, onde as condições climáticas favorecem a sobrevivência das bactérias no ambiente. No Brasil, a doença é endêmica e torna-se epidêmica durante períodos chuvosos, especialmente em áreas metropolitanas e de baixa renda, onde o saneamento é inadequado. A incidência da leptospirose varia significativamente entre diferentes regiões e populações. No Brasil, há um maior número de casos nas regiões sul e sudeste, com uma letalidade média de 9%. A doença afeta predominantemente homens na faixa etária de 20 a 49 anos. Fisiopatologia A fisiopatologia da leptospirose envolve uma série de processos complexos que ocorrem após a infecção pelo agente patogênico, a bactéria Leptospira. A infecção geralmente ocorre através de mucosas ou pele lesionada, como a conjuntiva ocular, mucosa nasal ou oral, e pele com cortes ou abrasões. Após a entrada, as bactérias se disseminam pelo sistema circulatório, alcançando vários órgãos e tecidos, incluindo fígado, rins, coração e sistema nervoso. Alguns pontos devem ser notados: Resposta imunológica: Começa na fase Aguda, onde sistema imunológico do hospedeiro tenta eliminar a infecção, resultando em febre, mal-estar e outros sintomas iniciais. Depois evolui para a fase tardia que é caracterizada por uma resposta imunológica mais específica, com a produção de anticorpos contra a bactéria. No entanto, a resposta imunológica pode contribuir para danos nos tecidos, como na insuficiência renal e hemorragias. Fatores de virulência: As bactérias Leptospira produzem enzimas que ajudam na invasão e disseminação nos tecidos do hospedeiro. Além disso, proteínas na superfície das bactérias permitem a adesão às células do hospedeiro, facilitando a infecção A leptospirose é uma doença infecciosa causada por bactérias do gênero Leptospira, e os principais vetores dessa doença são os roedores, especialmente os ratos. Esses animais atuam como reservatórios naturais das bactérias, que são excretadas na urina dos roedores. A contaminação ocorre quando a urina de um animal infectado entra em contato com água ou solo, podendo permanecer viável por longos períodos em ambientes úmidos e sombreados. Vetores e Mecanismo de Transmissão   Roedores: Ratos e outros roedores são os principais reservatórios. Eles eliminam a bactéria na urina, contaminando o meio ambiente. Água e Solo Contaminados: A bactéria pode sobreviver por semanas em água e solo contaminados. A infecção humana geralmente ocorre por contato direto com essas fontes contaminadas, especialmente em locais com saneamento inadequado. Outros Animais: Além dos roedores, outros mamíferos, como cães, suínos e bovinos, podem ser portadores e excretar a bactéria, contribuindo para a disseminação da leptospirose. Fatores de Risco   Áreas Urbanas: Locais com alta infestação de ratos, acúmulo de lixo e esgoto a céu aberto são focos de transmissão. Áreas Rurais: Trabalhadores rurais, agricultores e pessoas que lidam com animais estão em risco devido à exposição constante a solo e água contaminados. Desastres Naturais: Inundações e enchentes aumentam significativamente o risco de leptospirose, pois facilitam o contato da população com água contaminada. A prevenção envolve o controle de populações de roedores, melhoria das condições de saneamento e conscientização sobre os riscos da doença. A leptospirose é mais prevalente em regiões tropicais e subtropicais, onde as condições climáticas favorecem a sobrevivência das bactérias no ambiente. No Brasil, a doença é endêmica e torna-se epidêmica durante períodos chuvosos, especialmente em áreas metropolitanas e de baixa renda, onde o saneamento é inadequado. A incidência da leptospirose varia significativamente entre diferentes regiões e populações. No Brasil, há um maior número de casos nas regiões sul e sudeste, com uma letalidade média de 9%. A doença afeta predominantemente homens na faixa etária de 20 a 49 anos. A fisiopatologia da leptospirose envolve uma série de processos complexos que ocorrem após a infecção pelo agente patogênico, a bactéria Leptospira. A infecção geralmente ocorre através de mucosas ou pele lesionada, como a conjuntiva ocular, mucosa nasal ou oral, e pele com cortes ou abrasões. Após a entrada, as bactérias se disseminam pelo sistema circulatório, alcançando vários órgãos e tecidos, incluindo fígado, rins, coração e sistema nervoso. Alguns pontos devem ser notados: Resposta imunológica: Começa na fase Aguda, onde sistema imunológico

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Doença de Lyme

Voltar Doença de Lyme A Doença de Lyme, também conhecida como borreliose de Lyme, é uma infecção bacteriana transmitida principalmente pela picada de carrapatos do gênero Ixodes. Desde a sua identificação nos anos 70, nos Estados Unidos, a Doença de Lyme tem despertado crescente atenção devido ao seu impacto significativo na saúde pública. Essa doença, que pode afetar diversos sistemas do corpo humano, é causada pela bactéria Borrelia burgdorferi e é caracterizada por sintomas variados que vão desde uma erupção cutânea característica, até complicações neurológicas e articulares graves. Observe a área de inflamação ao redor. O carrapato deve ser retirado com cuidado e levado para análise em laboratório Lesão de pele característica da doença de Lyme, o eritema migrans Vetor Carrapato do Cervo (Ixodes scapularis): Este carrapato é o principal vetor da doença de Lyme nos Estados Unidos, especialmente no nordeste e centro-norte do país. Carrapato do Pacífico (Ixodes pacificus): Encontrado no oeste dos Estados Unidos, este carrapato também pode transmitir a bactéria Borrelia burgdorferi. Carrapato Europeu (Ixodes ricinus): Na Europa, o carrapato Ixodes ricinus é o principal vetor da doença de Lyme. Carrapato da Ásia (Ixodes persulcatus): Este carrapato é encontrado na Ásia e também pode transmitir a bactéria. Os carrapatos Ixodes passam por várias fases de vida: ovo, larva, ninfa e adulto. Durante a fase de ninfa e adulto, eles se alimentam de sangue de mamíferos, incluindo humanos. A transmissão da doença ocorre quando um carrapato infectado pica um hospedeiro para se alimentar, transferindo a bactéria Borrelia burgdorferi para o hospedeiro. Epidemiologia A doença de Lyme, transmitida pela bactéria Borrelia burgdorferi, é uma infecção zoonótica que atinge principalmente regiões temperadas do hemisfério norte. Nos Estados Unidos, a doença é mais prevalente no nordeste e no centro-norte, com cerca de 300.000 novos casos relatados anualmente. Na Europa, a incidência é alta em países como Alemanha, França e Polônia. O principal vetor são os carrapatos do gênero Ixodes. A infecção ocorre com maior frequência durante os meses de primavera e verão, quando os carrapatos estão mais ativos. Fatores de risco incluem atividades ao ar livre em áreas infestadas por carrapatos. Epidemiologicamente, a doença de Lyme apresenta uma variação significativa na prevalência entre diferentes regiões e populações, o que torna essencial a implementação de medidas de prevenção e controle, especialmente em áreas endêmicas. Fisiopatologia Quando um carrapato infectado pica um hospedeiro, a bactéria Borrelia burgdorferi entra na pele e se espalha pelo corpo através do sistema linfático e sanguíneo. O sistema imunológico do hospedeiro reconhece a presença da bactéria e inicia uma resposta inflamatória. Essa resposta é crucial para controlar a infecção, mas também pode contribuir para os sintomas clínicos da doença. A bactéria Borrelia burgdorferi possui várias estratégias para evadir a resposta imunológica do hospedeiro, incluindo a alteração de suas proteínas de superfície e a formação de biofilmes que dificultam a eliminação pelo sistema imunológico. Carrapato do Cervo (Ixodes scapularis): Este carrapato é o principal vetor da doença de Lyme nos Estados Unidos, especialmente no nordeste e centro-norte do país. Carrapato do Pacífico (Ixodes pacificus): Encontrado no oeste dos Estados Unidos, este carrapato também pode transmitir a bactéria Borrelia burgdorferi. Carrapato Europeu (Ixodes ricinus): Na Europa, o carrapato Ixodes ricinus é o principal vetor da doença de Lyme. Carrapato da Ásia (Ixodes persulcatus): Este carrapato é encontrado na Ásia e também pode transmitir a bactéria. Os carrapatos Ixodes passam por várias fases de vida: ovo, larva, ninfa e adulto. Durante a fase de ninfa e adulto, eles se alimentam de sangue de mamíferos, incluindo humanos. A transmissão da doença ocorre quando um carrapato infectado pica um hospedeiro para se alimentar, transferindo a bactéria Borrelia burgdorferi para o hospedeiro. A doença de Lyme, transmitida pela bactéria Borrelia burgdorferi, é uma infecção zoonótica que atinge principalmente regiões temperadas do hemisfério norte. Nos Estados Unidos, a doença é mais prevalente no nordeste e no centro-norte, com cerca de 300.000 novos casos relatados anualmente. Na Europa, a incidência é alta em países como Alemanha, França e Polônia. O principal vetor são os carrapatos do gênero Ixodes. A infecção ocorre com maior frequência durante os meses de primavera e verão, quando os carrapatos estão mais ativos. Fatores de risco incluem atividades ao ar livre em áreas infestadas por carrapatos. Epidemiologicamente, a doença de Lyme apresenta uma variação significativa na prevalência entre diferentes regiões e populações, o que torna essencial a implementação de medidas de prevenção e controle, especialmente em áreas endêmicas. Quando um carrapato infectado pica um hospedeiro, a bactéria Borrelia burgdorferi entra na pele e se espalha pelo corpo através do sistema linfático e sanguíneo. O sistema imunológico do hospedeiro reconhece a presença da bactéria e inicia uma resposta inflamatória. Essa resposta é crucial para controlar a infecção, mas também pode contribuir para os sintomas clínicos da doença. A bactéria Borrelia burgdorferi possui várias estratégias para evadir a resposta imunológica do hospedeiro, incluindo a alteração de suas proteínas de superfície e a formação de biofilmes que dificultam a eliminação pelo sistema imunológico. Quadro Clínico A doença de Lyme pode se manifestar em várias formas, dependendo do estágio da infecção: Estágio Localizado: Caracterizado pelo eritema migrans, uma erupção cutânea em forma de “alvo” que aparece no local da picada do carrapato. Estágio Disseminado: Se não tratada, a infecção pode se espalhar para outras partes do corpo, causando sintomas como febre, fadiga, dores musculares e articulares, e problemas neurológicos. Estágio Crônico: Em casos não tratados, a infecção pode levar a complicações mais graves, como artrite crônica, cardite de Lyme e neuropatias. Diagnóstico História Clínica e Exame Físico: O médico começa com uma avaliação detalhada da história clínica do paciente e um exame físico para identificar sinais e sintomas típicos da doença de Lyme, como o eritema migratório (uma erupção cutânea característica) e outros sintomas como febre, fadiga e dores articulares. Testes de Sangue: Se a doença de Lyme for suspeitada, testes de sangue podem ser realizados para detectar a presença de anticorpos contra a bactéria Borrelia burgdorferi, que causa a doença. Os testes mais comuns

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