Atlas de Radiologia

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Fratura em Galho Verde

Voltar Fratura em Galho Verde A fratura em galho verde é um tipo específico de fratura incompleta que ocorre predominantemente em crianças, devido às características estruturais de seus ossos. Esse tipo de fratura recebe seu nome por analogia a um galho verde de uma árvore, que ao ser dobrado, não se quebra completamente, mas apresenta rachaduras apenas de um lado. Representa cerca de 15% das fraturas pediátricas e, geralmente, ocorre após traumas de baixa energia, como quedas. https://youtu.be/eBqvvDiDcwM Fisiopatologia A fratura em galho verde é consequência das propriedades biomecânicas dos ossos infantis. Diferente dos ossos adultos, os ossos das crianças possuem uma maior proporção de matriz orgânica (colágeno) e menor mineralização, o que os torna mais flexíveis e menos frágeis. Imagem 01 Mecanismo de Lesão: O trauma de baixa intensidade faz com que a cortical de um lado do osso se rompa enquanto o outro lado permanece intacto, dobrando-se sem fratura completa. Localização Comum: Ossos longos, como rádio e ulna, são frequentemente afetados, especialmente em traumas associados a quedas com a mão espalmada. Essas características tornam a fratura em galho verde exclusiva de pacientes pediátricos e raramente observada em adultos. Radiografia A identificação da fratura em galho verde na radiografia é baseada em características específicas que diferem de outros tipos de fratura. Ao analisar a imagem, o primeiro passo é observar se há uma quebra incompleta do osso. Em uma fratura em galho verde, você notará que a cortical óssea está rompida apenas de um lado, enquanto o lado oposto permanece intacto, formando uma curvatura ou angulação característica. Isso reflete a flexibilidade do osso infantil. Imagem 02 Imagem 03 Imagem 04 Imagem 02-03-04 Radiografia de Antebraço: Em todas as imagens acima, podemos observar facilmente o sinal da fratura em galho verde. Ele se caracteriza por uma fratura de ossos longos em crianças, que não se estende ao outro lado, ou seja, uma fratura parcial. Radiografia de Antebraço: Em todas as imagens acima, podemos observar facilmente o sinal da fratura em galho verde. Ele se caracteriza por uma fratura de ossos longos em crianças, que não se estende ao outro lado, ou seja, uma fratura parcial. Além disso, é importante procurar por alterações no alinhamento do osso. Embora não haja deslocamento completo, pode haver um desvio leve no eixo do osso, visível como uma angulação na área afetada. Essa angulação ocorre porque a fratura em galho verde não resulta em separação total dos fragmentos ósseos. Para confirmar o diagnóstico, é essencial solicitar radiografias em pelo menos duas projeções — anteroposterior (AP) e lateral. Na visão lateral, a curvatura do osso e o rompimento assimétrico da cortical tornam-se ainda mais evidentes, facilitando a diferenciação de outros tipos de fratura. Por fim, reconhecer que essa apresentação é típica em crianças, especialmente em ossos como o rádio e a ulna, pode ajudar a reforçar o diagnóstico de uma fratura em galho verde. Referências Skaggs, D. L., & Flynn, J. M. Fractures in Children. Philadelphia: Elsevier, 2021. Kliegman, R. M., Stanton, B. F., St Geme, J. W., Schor, N. F. Nelson Textbook of Pediatrics. 21st ed. Philadelphia: Elsevier, 2020. Chung, C. Y., & Spang, J. T. “Greenstick and Buckle Fractures in Children.” Journal of the American Academy of Orthopaedic Surgeons, vol. 16, no. 2, 2018, pp. 111-118. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Mais sobre sinais radiológicos Atlas de Radiologia Fraturas Epifisárias Dr. Marcelo Negreiros janeiro 28, 2025 Atlas de Radiologia Fratura em Galho Verde Dr. Marcelo Negreiros janeiro 26, 2025 Atlas de Radiologia Fratura em Galho Verde Dr. Ian Batista janeiro 26, 2025 Atlas de Radiologia Sinal do Grão de Café – Copy Dr. Marcelo Negreiros janeiro 19, 2025

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Sinal do Grão de Café

Voltar Sinal do Grão de Café O “Sinal do Grão de Café” é um achado radiológico clássico associado ao volvo de sigmoide, uma condição em que uma porção do intestino delgado ou sigmoide torce sobre si mesma, causando obstrução parcial ou completa. Esse sinal é visualmente identificado em radiografias abdominais e é crucial para o diagnóstico rápido e preciso dessa condição. Fisiopatologia O volvo de sigmoide ocorre devido à torção do intestino sobre seu mesentério, uma estrutura que lhe proporciona suporte e suprimento sanguíneo. Essa torção pode levar à obstrução intestinal, comprometendo o fluxo de conteúdo intestinal e, em casos graves, o fluxo sanguíneo. A condição é mais comum em regiões onde o intestino é longo e pouco fixo, como o ceco e o sigmoide. Imagem 01 Imagem 02 Imagem 03 Imagem 04 Imagem 01-02-03-04 Radiografia de Abdome: Em todas as imagens acima, podemos observar facilmente o sinal do grão de café. Ele se caracteriza por uma alça intestinal exageradamente dilatada como um balão e possui uma “linha” central. Esse sinal tem poucas variações e é de fácil identificação na prática clínica. Radiografia de Abdome: Em todas as imagens acima, podemos observar facilmente o sinal do grão de café. Ele se caracteriza por uma alça intestinal exageradamente dilatada como um balão e possui uma “linha” central. Esse sinal tem poucas variações e é de fácil identificação na prática clínica. Na radiografia abdominal, o “Sinal do Grão de Café” aparece como uma imagem arredondada com uma pequena projeção linear, lembrando a aparência de um grão de café. Esse sinal é mais frequentemente observado no quadrante superior direito do abdome e é acompanhado por níveis hidroaéreos no coto dilatado do intestino. A ausência de ar no reto é um achado comum nessa condição. Referências Steel S. The ASCRS Textbook of colon and rectal Surgery. 4th ed. New York: Springer, 2022. p. 681-697. Naveed M, Jamil LH, Fujii-Lau LL, et al. American Society for Gastrointestinal Endoscopy guideline on the role of endoscopy in the management of acute colonic pseudo-obstruction and colonic volvulus. Gastrointest Endosc. 2020; 91(2):228-235. Vogel JD, Feingold DL, Stewart DB, et al. Clinical Practice Guidelines for Colon Volvulus and Acute Colonic Pseudo-Obstruction. Diseases of Colon and Rectum. 2016; 59(7):589-600. Dr. Marcelo Negreiros Autor do Artigo Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

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Sinal de Westermartk

Voltar Sinal de Westermark O Sinal de Westermark é uma importante indicação radiológica de embolia pulmonar, uma condição potencialmente fatal caracterizada pela obstrução de uma ou mais artérias pulmonares por coágulos sanguíneos. Descrito pela primeira vez pelo radiologista sueco Nils Westermark, esse sinal é observado em imagens de raios-X do tórax como uma área de hipotransparência, indicando uma diminuição do fluxo sanguíneo pulmonar. A identificação precoce do Sinal de Westermark é crucial para o diagnóstico rápido e o tratamento eficaz da embolia pulmonar, uma vez que a intervenção oportuna pode salvar vidas. Fisiopatologia A fisiopatologia do Sinal de Westermark está relacionada à hipoperfusão do tecido pulmonar devido a uma embolia pulmonar. Quando um coágulo sanguíneo obstrui uma artéria pulmonar, a área do pulmão que normalmente seria suprida por essa artéria sofre uma diminuição do fluxo sanguíneo. Isso resulta em uma área de hipotransparência (ou radiotransparência) na radiografia de tórax, pois menos sangue atinge o parênquima pulmonar, tornando essa área mais escura em comparação com o tecido pulmonar circundante. Não MarcadoMarcado Imagem 01 Não MarcadoMarcado Imagem 02 Não MarcadoMarcado Imagem 03 Não MarcadoMarcado Imagem 04 Imagem 01 Radiografia de Tórax: Podemos observar o sinal de wastermark nos lobos médio e superior do pulmão direito do paciente, caracterizado pela hipotransparência dessa região em relação ao lobo inferior de mesmo lado e topogrfia semelhante no lado contralateral. Observe a marcação em vermelho. Imagem 02 Radiografia de Tórax: Podemos observar o sinal de wastermark nos lobos médio e superior do pulmão direito do paciente, caracterizado pela hipotransparência dessa região em relação ao lobo inferior de mesmo lado e topogrfia semelhante no lado contralateral. Observe a marcação em vermelho. Imagem 03 Radiografia de Tórax: Podemos observar o sinal de wastermark no superior do pulmão esquerdo do paciente, caracterizado pela hipotransparência dessa região em relação ao lobo inferior de mesmo lado e topogrfia semelhante no lado contralateral.  A alteração não ocorre em todo o lobo, mas sim em uma zona menor. Observe a marcação em vermelho. Imagem 04 Radiografia de Tórax: Podemos observar o sinal de wastermark no lobo médio do pulmão direito do paciente, caracterizado pela hipotransparência dessa região em relação aos lobos de mesmo lado e topogrfia semelhante no lado contralateral. Observe a marcação em vermelho. Radiografia de Tórax: Podemos observar o sinal de wastermark nos lobos médio e superior do pulmão direito do paciente, caracterizado pela hipotransparência dessa região em relação ao lobo inferior de mesmo lado e topogrfia semelhante no lado contralateral. Observe a marcação em vermelho. Radiografia de Tórax: Podemos observar o sinal de wastermark nos lobos médio e superior do pulmão direito do paciente, caracterizado pela hipotransparência dessa região em relação ao lobo inferior de mesmo lado e topogrfia semelhante no lado contralateral. Observe a marcação em vermelho. Radiografia de Tórax: Podemos observar o sinal de wastermark no superior do pulmão esquerdo do paciente, caracterizado pela hipotransparência dessa região em relação ao lobo inferior de mesmo lado e topogrfia semelhante no lado contralateral.  A alteração não ocorre em todo o lobo, mas sim em uma zona menor. Observe a marcação em vermelho. Radiografia de Tórax: Podemos observar o sinal de wastermark no lobo médio do pulmão direito do paciente, caracterizado pela hipotransparência dessa região em relação aos lobos de mesmo lado e topogrfia semelhante no lado contralateral. Observe a marcação em vermelho. Para observar o Sinal de Westermark em uma radiografia de tórax, você deve procurar uma área de hipotransparência (ou oligemia) regional, que indica uma diminuição do fluxo sanguíneo em uma parte do pulmão. Esse sinal é caracterizado por uma área do tórax que aparece mais escura em comparação com o restante do pulmão, devido à redução do fluxo sanguíneo causada por uma embolia pulmonar. Lembre-se de que o Sinal de Westermark é um achado radiológico clássico, mas menos comum na prática clínica. É importante correlacionar com os sintomas clínicos do paciente e outros exames de imagem. Referências Ray JG. Westermark sign and suspected pulmonary embolism. Can J Cardiol. 2003 Mar 15;19(3):317; author reply 317. PMID: 12680403. Achados radiográficos de tórax em pacientes com embolia pulmonar aguda: observações do Estudo PIOPED.DF Worsley , A Alavi , JM Aronchick , JT Chen , RH Greenspan e CE RavinRadiologia 1993 189 : 1 , 133-136 Quem Descobriu? Dr. Nils Westermark Nils Johan Hugo Westermark (1892-1980) foi um radiologista sueco conhecido por descrever o Sinal de Westermark, um achado radiológico associado à embolia pulmonar. Antes de sua carreira na medicina, Westermark também foi um competidor de vela e ganhou uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 1912 em Estocolmo como membro da tripulação do barco sueco Sans Atout. Sua contribuição para a radiologia foi significativa, especialmente no campo do diagnóstico de embolias pulmonares, e seu legado continua a influenciar a prática médica atual. Dr. Marcelo Negreiros Autor do Artigo Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

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Hidrocefalia

Voltar Hidrocefalia A hidrocefalia é uma condição neurológica caracterizada pelo acúmulo excessivo de líquido cefalorraquidiano (LCR) nos ventrículos do cérebro, resultando em aumento da pressão intracraniana e dilatação ventricular. Essa condição pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas é mais comum em recém-nascidos e idosos. A hidrocefalia pode ser congênita ou adquirida, e suas causas variam desde malformações congênitas e infecções, até traumas e tumores cerebrais. Os sintomas da hidrocefalia incluem cefaleia, náusea, vômitos, problemas de equilíbrio, entre outros, podendo levar a complicações graves se não tratada adequadamente. Fisiopatologia A fisiopatologia da hidrocefalia envolve um desequilíbrio entre a produção e a absorção do líquido cefalorraquidiano (LCR) nos ventrículos cerebrais. O LCR é produzido pelos plexos coroides, circula pelos ventrículos do cérebro e é reabsorvido pelas vilosidades aracnoides. Quando esse equilíbrio é perturbado, ocorre o acúmulo de LCR, resultando na dilatação dos ventrículos (ventriculomegalia) e aumento da pressão intracraniana. Há dois principais tipos de hidrocefalia: Hidrocefalia não comunicante: Ocorre quando há uma obstrução no fluxo do LCR dentro do sistema ventricular, impedindo que ele alcance os espaços subaracnoides. Isso pode ser causado por tumores, cistos ou estenose do aqueduto de Sylvius. Hidrocefalia comunicante: Resulta de uma absorção inadequada do LCR pelas vilosidades aracnoides, embora o fluxo do LCR dentro do sistema ventricular não esteja obstruído. Essa condição pode ser secundária a hemorragias, infecções ou inflamações. O aumento da pressão intracraniana pode levar a danos estruturais no tecido cerebral e ao comprometimento das funções neurológicas. Os sintomas incluem cefaleia, náusea, vômito, alterações visuais, dificuldades de equilíbrio e, em casos graves, déficits cognitivos e motoras. O tratamento geralmente envolve intervenções cirúrgicas, como a colocação de shunts para drenar o excesso de LCR ou a realização de procedimentos endoscópicos para restaurar o fluxo normal do LCR. A característica mais evidente é a dilatação dos ventrículos cerebrais. Os ventrículos laterais, terceiro ventrículo e, em alguns casos, o quarto ventrículo, aparecem aumentados devido ao acúmulo de líquido cefalorraquidiano (LCR). Além disso, a pressão aumentada dentro dos ventrículos pode comprimir o parênquima cerebral, resultando no achatamento dos sulcos corticais, que são as fissuras e dobras naturais do cérebro. Principais Causas As principais causas de hidrocefalia incluem: Malformações congênitas: Algumas crianças nascem com malformações que bloqueiam o fluxo do líquido cefalorraquidiano (LCR), como a espinha bífida Infecções: Infecções do sistema nervoso central, como meningite, podem causar hidrocefalia. Traumatismos cranianos: Lesões na cabeça podem levar ao acúmulo de LCR. Hemorragias intracranianas: Sangramentos dentro do cérebro podem obstruir o fluxo de LCR. Tumores cerebrais: Tumores podem bloquear o fluxo de LCR ou aumentar sua produção. Complicações de cirurgias neurológicas: Procedimentos cirúrgicos no cérebro podem, em alguns casos, resultar em hidrocefalia. Essas causas podem levar ao acúmulo de LCR, resultando em aumento da pressão intracraniana e dilatação dos ventrículos cerebrais. Descrição Radiológica Agora vamos criar um exemplo fictício de laudo para uma TC de Crânio em um paciente com hidrocefalia. “A tomografia computadorizada revela dilatação dos ventrículos laterais e do terceiro ventrículo, com efacemento dos sulcos corticais. Observam-se também áreas de baixa densidade ao redor dos ventrículos, indicando edema periventricular. Os achados são compatíveis com hidrocefalia.” Tratamento O tratamento para hidrocefalia geralmente envolve intervenções cirúrgicas para aliviar o acúmulo de líquido cefalorraquidiano (LCR) e reduzir a pressão intracraniana. Aqui estão as principais opções de tratamento: Válvula de Shunt: Este é o tratamento mais comum. Uma válvula de shunt é implantada cirurgicamente para drenar o excesso de LCR dos ventrículos do cérebro para outra parte do corpo, como a cavidade abdominal, onde pode ser absorvido. Terceiro Ventriculostomia Endoscópica (ETV): Este procedimento envolve a criação de uma abertura no terceiro ventrículo para permitir o fluxo livre do LCR, evitando a necessidade de um shunt2 Drenagem Percutânea: Em casos de hidrocefalia não comunicante, pode ser realizada uma drenagem percutânea para aliviar a pressão até que uma solução mais permanente, como a colocação de uma válvula, possa ser realizada. O tratamento específico depende da causa e gravidade da hidrocefalia, bem como da condição geral do paciente. É essencial um acompanhamento regular com um neurocirurgião para monitorar a eficácia do tratamento e ajustar conforme necessário. As principais causas de hidrocefalia incluem: Malformações congênitas: Algumas crianças nascem com malformações que bloqueiam o fluxo do líquido cefalorraquidiano (LCR), como a espinha bífida Infecções: Infecções do sistema nervoso central, como meningite, podem causar hidrocefalia. Traumatismos cranianos: Lesões na cabeça podem levar ao acúmulo de LCR. Hemorragias intracranianas: Sangramentos dentro do cérebro podem obstruir o fluxo de LCR. Tumores cerebrais: Tumores podem bloquear o fluxo de LCR ou aumentar sua produção. Complicações de cirurgias neurológicas: Procedimentos cirúrgicos no cérebro podem, em alguns casos, resultar em hidrocefalia. Essas causas podem levar ao acúmulo de LCR, resultando em aumento da pressão intracraniana e dilatação dos ventrículos cerebrais. Agora vamos criar um exemplo fictício de laudo para uma TC de Crânio em um paciente com hidrocefalia. “A tomografia computadorizada revela dilatação dos ventrículos laterais e do terceiro ventrículo, com efacemento dos sulcos corticais. Observam-se também áreas de baixa densidade ao redor dos ventrículos, indicando edema periventricular. Os achados são compatíveis com hidrocefalia.” O tratamento para hidrocefalia geralmente envolve intervenções cirúrgicas para aliviar o acúmulo de líquido cefalorraquidiano (LCR) e reduzir a pressão intracraniana. Aqui estão as principais opções de tratamento: Válvula de Shunt: Este é o tratamento mais comum. Uma válvula de shunt é implantada cirurgicamente para drenar o excesso de LCR dos ventrículos do cérebro para outra parte do corpo, como a cavidade abdominal, onde pode ser absorvido. Terceiro Ventriculostomia Endoscópica (ETV): Este procedimento envolve a criação de uma abertura no terceiro ventrículo para permitir o fluxo livre do LCR, evitando a necessidade de um shunt2 Drenagem Percutânea: Em casos de hidrocefalia não comunicante, pode ser realizada uma drenagem percutânea para aliviar a pressão até que uma solução mais permanente, como a colocação de uma válvula, possa ser realizada. O tratamento específico depende da causa e gravidade da hidrocefalia, bem como da condição geral do paciente. É essencial um acompanhamento regular com um neurocirurgião para monitorar a eficácia do tratamento e ajustar

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Hematoma Subdural

Voltar Hematoma Subdural O hematoma subdural é uma acumulação de sangue entre o cérebro e o crânio, especificamente na superfície do cérebro. Esta condição geralmente resulta de traumas na cabeça que causam a ruptura dos vasos sanguíneos. Pode ser classificado como agudo, subagudo ou crônico, dependendo do tempo decorrido desde o trauma até o aparecimento dos sintomas. Os hematomas subdurais são mais comuns em idosos devido à maior fragilidade dos vasos sanguíneos e ao aumento do espaço subdural com a idade. Fisiopatologia A fisiopatologia do hematoma subdural envolve a ruptura dos vasos sanguíneos localizados entre a dura-máter e a aracnoide, normalmente devido a um trauma craniano. Esse sangramento cria uma coleção de sangue no espaço subdural, que pode aumentar a pressão intracraniana e comprometer o funcionamento do cérebro. Quando ocorre um trauma, a força do impacto pode causar a ruptura de pequenas veias que atravessam o espaço subdural. Esse sangramento pode ser lento, resultando em um hematoma que se desenvolve gradualmente ao longo de dias ou semanas (hematoma subdural crônico), ou rápido, levando a sintomas imediatos e potencialmente fatais (hematoma subdural agudo). Na imagem, o hematoma subdural se apresenta diferente dependendo do tempo. Quando agudo ou com ressangramento, ele se apresenta como um hipersinal (brilante ou branco) na forma de lua crescente ou uma banana. Com o passar do tempo ele se torna crônico, ficando mais homogêneo e perdendo a cor (cinza mais escuro). Principais Causas O hematoma subdural é geralmente causado por traumas na cabeça que resultam na ruptura de pequenos vasos sanguíneos entre a dura-máter e a aracnoide. Além de traumas, outras causas incluem: Quedas: Especialmente em idosos, onde a fragilidade dos vasos sanguíneos e a atrofia cerebral aumentam os riscos. Acidentes de carro: A força do impacto pode levar à ruptura dos vasos sanguíneos subdurais. Agressões: Golpes na cabeça podem facilmente provocar hematomas. Terapia anticoagulante: Medicamentos que afinam o sangue, como a varfarina, aumentam o risco de sangramento, mesmo após traumas menores. Álcool: O consumo excessivo pode aumentar o risco de quedas e traumas cranianos. Desordens hemorrágicas: Condições como hemofilia ou trombocitopenia podem predispor ao desenvolvimento de hematomas subdurais. Descrição Radiológica Agora vamos criar um exemplo fictício de laudo para uma TC de Crânio em um paciente com hematoma subdural. “Identifica-se uma coleção hiperdensa em forma de crescente ao longo da convexidade cerebral direita, medindo aproximadamente [dimensões em centímetros], compatível com hematoma subdural agudo. Observa-se efeito de massa com desvio da linha média para a esquerda, medindo cerca de [medida em milímetros], e compressão dos ventrículos laterais. Sulcos corticais na região afetada estão apagados.” Tratamento O tratamento para o hematoma subdural depende da gravidade da condição e pode incluir uma combinação de intervenções médicas e cirúrgicas. Aqui estão as principais opções de tratamento: Monitoramento e observação: Em casos de hematomas subdurais pequenos e assintomáticos, pode ser recomendado um monitoramento próximo e observação clínica para garantir que não haja progressão. Medicação: Anticonvulsivantes: Para prevenir convulsões, que podem ocorrer devido à irritação cerebral. Corticosteroides: Para reduzir a inflamação cerebral. Diuréticos: Para diminuir a pressão intracraniana. Drenagem cirúrgica: Em casos de hematomas maiores ou sintomáticos, pode ser necessária a drenagem do sangue através de uma cirurgia. Isso pode ser feito inserindo um tubo de drenagem no crânio para remover o sangue acumulado. Craniotomia: Em casos mais graves, pode ser necessária a remoção de parte do crânio para acessar e remover o coágulo sanguíneo. Tratamento de complicações: Em casos de hematomas crônicos ou sintomas persistentes, pode ser necessário um tratamento adicional para gerenciar complicações como pressão intracraniana elevada ou danos neurológicos. A escolha do tratamento depende de vários fatores, incluindo a idade do paciente, a extensão do hematoma, a presença de sintomas e a condição geral de saúde. O hematoma subdural é geralmente causado por traumas na cabeça que resultam na ruptura de pequenos vasos sanguíneos entre a dura-máter e a aracnoide. Além de traumas, outras causas incluem: Quedas: Especialmente em idosos, onde a fragilidade dos vasos sanguíneos e a atrofia cerebral aumentam os riscos. Acidentes de carro: A força do impacto pode levar à ruptura dos vasos sanguíneos subdurais. Agressões: Golpes na cabeça podem facilmente provocar hematomas. Terapia anticoagulante: Medicamentos que afinam o sangue, como a varfarina, aumentam o risco de sangramento, mesmo após traumas menores. Álcool: O consumo excessivo pode aumentar o risco de quedas e traumas cranianos. Desordens hemorrágicas: Condições como hemofilia ou trombocitopenia podem predispor ao desenvolvimento de hematomas subdurais. Agora vamos criar um exemplo fictício de laudo para uma TC de Crânio em um paciente com hematoma subdural. “Identifica-se uma coleção hiperdensa em forma de crescente ao longo da convexidade cerebral direita, medindo aproximadamente [dimensões em centímetros], compatível com hematoma subdural agudo. Observa-se efeito de massa com desvio da linha média para a esquerda, medindo cerca de [medida em milímetros], e compressão dos ventrículos laterais. Sulcos corticais na região afetada estão apagados.” O tratamento para o hematoma subdural depende da gravidade da condição e pode incluir uma combinação de intervenções médicas e cirúrgicas. Aqui estão as principais opções de tratamento: Monitoramento e observação: Em casos de hematomas subdurais pequenos e assintomáticos, pode ser recomendado um monitoramento próximo e observação clínica para garantir que não haja progressão. Medicação: Anticonvulsivantes: Para prevenir convulsões, que podem ocorrer devido à irritação cerebral. Corticosteroides: Para reduzir a inflamação cerebral. Diuréticos: Para diminuir a pressão intracraniana. Drenagem cirúrgica: Em casos de hematomas maiores ou sintomáticos, pode ser necessária a drenagem do sangue através de uma cirurgia. Isso pode ser feito inserindo um tubo de drenagem no crânio para remover o sangue acumulado. Craniotomia: Em casos mais graves, pode ser necessária a remoção de parte do crânio para acessar e remover o coágulo sanguíneo. Tratamento de complicações: Em casos de hematomas crônicos ou sintomas persistentes, pode ser necessário um tratamento adicional para gerenciar complicações como pressão intracraniana elevada ou danos neurológicos. A escolha do tratamento depende de vários fatores, incluindo a idade do paciente, a extensão do hematoma, a presença de sintomas e a condição geral de saúde. Referências Carroll JJ, Lavine

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Hematoma Epidural

Voltar Hematoma Epidural O hematoma epidural (HED) é uma condição neurológica emergencial caracterizada pela acumulação de sangue entre a dura-máter e o osso do crânio. Este tipo de hematoma geralmente resulta de um trauma craniano, frequentemente associado a fraturas do crânio que rompem as artérias meníngeas, especialmente a artéria meníngea média. A apresentação clínica do HED pode variar, mas frequentemente inclui uma fase de lucidez seguida por um rápido declínio neurológico, o que torna o diagnóstico e o tratamento precoce cruciais para a sobrevivência e recuperação do paciente. A tomografia computadorizada (TC) é o método de imagem de escolha para a detecção de hematomas epidurais, revelando uma coleção hiperdensa em forma de lente biconvexa que não cruza as suturas cranianas. O manejo do HED depende da gravidade dos sintomas e do tamanho do hematoma, variando desde a observação clínica em casos menores até a intervenção neurocirúrgica urgente em casos mais graves. Fisiopatologia Trauma Craniano: Um impacto forte na cabeça pode causar fraturas no crânio, que por sua vez podem romper a artéria meníngea média ou outras estruturas vasculares próximas. Acúmulo de Sangue: O sangue começa a se acumular rapidamente no espaço epidural, criando uma coleção biconvexa ou lenticular que é limitada pelas suturas cranianas, pois a dura-máter está firmemente aderida a essas suturas. Compressão Cerebral: À medida que o hematoma aumenta, ele exerce pressão sobre o cérebro, deslocando as estruturas cerebrais e aumentando a pressão intracraniana. Isso pode levar a sintomas neurológicos graves, como perda de consciência, pupilas dilatadas e paralisia. Um hematoma epidural, quando visualizado em uma tomografia de crânio, apresenta-se tipicamente como uma coleção de sangue no espaço epidural, ou seja, entre a dura-máter e o osso do crânio. Radiologicamente, ele é caracterizado por uma forma biconvexa ou lenticular, que é limitada pelas suturas cranianas, pois a dura-máter está firmemente aderida a essas suturas. Além disso, o hematoma epidural pode causar desvio das estruturas cerebrais adjacentes devido à compressão exercida pelo acúmulo de sangue. A tomografia de crânio é essencial para avaliar o volume e a espessura do hematoma, bem como para identificar possíveis complicações associadas. Principais Causas O trauma é a principal causa de hematoma epidural, principalmente em jovens. É raro causas não traumáticas mas vamos listar algumas: Infecção, coagulopatia, anomalias congênitas, malformações vasculares da dura-máter e tumores hemorrágicos; Complicação de procedimentos neurocirúrgicos; Abscesso epidural, levando à necrose por pressão dos vasos meníngeos; Gestação, doença falciforme, lúpus eritematoso sistêmico, cirurgia de coração aberta, doença de Paget do crânio e hemodiálise. Mecanismos postulados de HED durante a hemodiálise incluem: Flutuações da pressão intracraniana; Administração de Heparina; Hipertensão na presença de anticoagulação; Disfunção plaquetária urêmica. Descrição Radiológica Agora vamos criar um exemplo fictício de laudo para uma TC de Crânio em um paciente com hematoma epidural. Achados Gerais: “Observa-se uma coleção hiperdensa em forma de lente biconvexa localizada no espaço epidural, entre a dura-máter e o osso do crânio. A lesão é limitada pelas suturas cranianas, característica típica de hematomas epidurais.” Achados Adicionais: “Nota-se desvio das estruturas cerebrais adjacentes devido à compressão exercida pelo acúmulo de sangue.” “O hematoma apresenta aproximadamente [medida] cm de espessura máxima e [medida] cm³ de volume.” “Não foram identificadas fraturas cranianas associadas ou outras complicações intracranianas significativas no momento do exame.” Tratamento O HED sintomático agudo é uma emergência neurológica que frequentemente requer tratamento cirúrgico para prevenir lesão cerebral irreversível e morte causada por expansão de hematoma, pressão intracraniana elevada e hérnia cerebral. Evacuação cirúrgica urgente do hematoma para pacientes com HED aguda que estejam em coma na admissão ou apresentem sinais precoces de herniação, como dilatação pupilar unilateral ou bilateral, dado o potencial de recuperação. O tratamento não cirúrgico é considerado uma opção para pacientes com sintomas leves e com HED que atendem a todos esses critérios: Volume HED < 30 cm3 com espessura de coágulo < 15 mm na TC de crânio e desvio na linha média de < 5 mm; Sem coma (escore na escala de Glasgow > 8) e sem déficits neurológicos focais. A primeira TC de acompanhamento deve ser obtida 6-8 horas após o traumatismo craniano. O trauma é a principal causa de hematoma epidural, principalmente em jovens. É raro causas não traumáticas mas vamos listar algumas: Infecção, coagulopatia, anomalias congênitas, malformações vasculares da dura-máter e tumores hemorrágicos; Complicação de procedimentos neurocirúrgicos; Abscesso epidural, levando à necrose por pressão dos vasos meníngeos; Gestação, doença falciforme, lúpus eritematoso sistêmico, cirurgia de coração aberta, doença de Paget do crânio e hemodiálise. Mecanismos postulados de HED durante a hemodiálise incluem: Flutuações da pressão intracraniana; Administração de Heparina; Hipertensão na presença de anticoagulação; Disfunção plaquetária urêmica. Agora vamos criar um exemplo fictício de laudo para uma TC de Crânio em um paciente com hematoma epidural. Achados Gerais: “Observa-se uma coleção hiperdensa em forma de lente biconvexa localizada no espaço epidural, entre a dura-máter e o osso do crânio. A lesão é limitada pelas suturas cranianas, característica típica de hematomas epidurais.” Achados Adicionais: “Nota-se desvio das estruturas cerebrais adjacentes devido à compressão exercida pelo acúmulo de sangue.” “O hematoma apresenta aproximadamente [medida] cm de espessura máxima e [medida] cm³ de volume.” “Não foram identificadas fraturas cranianas associadas ou outras complicações intracranianas significativas no momento do exame.” O HED sintomático agudo é uma emergência neurológica que frequentemente requer tratamento cirúrgico para prevenir lesão cerebral irreversível e morte causada por expansão de hematoma, pressão intracraniana elevada e hérnia cerebral. Evacuação cirúrgica urgente do hematoma para pacientes com HED aguda que estejam em coma na admissão ou apresentem sinais precoces de herniação, como dilatação pupilar unilateral ou bilateral, dado o potencial de recuperação. O tratamento não cirúrgico é considerado uma opção para pacientes com sintomas leves e com HED que atendem a todos esses critérios: Volume HED < 30 cm3 com espessura de coágulo < 15 mm na TC de crânio e desvio na linha média de < 5 mm; Sem coma (escore na escala de Glasgow > 8) e sem déficits neurológicos focais. A primeira TC de acompanhamento deve ser obtida 6-8 horas após o traumatismo craniano. Referências Gean A, Fischbein N,

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