Author name: Dr. Marcelo Negreiros

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Calculadoras de Cardiologia, Calculadoras Médicas

Pressão Arterial Média

Voltar Pressão Arterial Média A Pressão Arterial Média (PAM) é um parâmetro crucial na avaliação da circulação sanguínea e da saúde cardiovascular. Ela representa a pressão média nas artérias durante um ciclo completo de batimentos cardíacos, proporcionando uma medida mais precisa da perfusão tecidual em comparação com a pressão arterial sistólica ou diastólica isoladamente. A fórmula da PAM, comumente expressa como PAM = (PAS + 2PAD) / 3, onde PAS é a pressão arterial sistólica e PAD é a pressão arterial diastólica, permite calcular essa medida de forma prática e eficaz. Calculadora de Pressão Arterial Média Calculadora de Pressão Arterial Média (PAM) Pressão Arterial Sistólica (PAS): Pressão Arterial Diastólica (PAD): Calcular PAM Resultado: Quando Usar A Pressão Arterial Média pode ser calculada em todos os pacientes nos quais são obtidos valores de pressão arterial. Foi demonstrado que as metas de pressão arterial melhoram o resultado em várias condições. Entre elas, sepse, trauma, derrame, sangramento intracraniano e emergências hipertensivas. As diretrizes clínicas podem usar PAS ou PAM como meta de pressão arterial. Falhas A Pressão Arterial Média (PAM) é derivada da Pressão Arterial Sistólica (PAS) e da Pressão Arterial Diastólica (PAD) do paciente. A PAM é frequentemente usada como um indicador substituto do fluxo sanguíneo e acredita-se que seja um melhor indicador da perfusão tecidual do que a PAS, pois leva em conta o fato de que dois terços do ciclo cardíaco são gastos na diástole. Acredita-se que uma PAM de 60 mmHg ou maior seja necessária para manter a perfusão tecidual adequada. Como a PAM é um produto do débito cardíaco (DC) e da resistência vascular sistêmica (RVS) [PAM = DC x RVS], variações na RVS tornam a relação entre PAM e DC frequentemente não confiável (por exemplo, um paciente com DC baixo, mas RVS alta, como um paciente em choque cardiogênico, pode ter uma PAM aceitável, mas um DC muito baixo para fornecer perfusão adequada aos tecidos). Conselho GERENCIAMENTO Pacientes com PAM abaixo ou acima dos valores-alvo definidos devem ser tratados com fluidos, hemoderivados, vasopressores, inotrópicos ou vasodilatadores, dependendo do cenário clínico. O gerenciamento específico da pressão arterial e as metas de PAM dependerão da etiologia da PAM alta ou baixa e devem ser individualizados para otimizar a perfusão e evitar danos. AÇÕES CRÍTICAS Acredita-se que uma PAM ≥60 mmHg seja necessária para manter a perfusão tecidual adequada. Uma PAM ≥65 mmHg é recomendada em pacientes com sepse grave e choque séptico pelo Comitê de Diretrizes da Campanha Sobrevivendo à Sepse  A Pressão Arterial Média pode ser calculada em todos os pacientes nos quais são obtidos valores de pressão arterial. Foi demonstrado que as metas de pressão arterial melhoram o resultado em várias condições. Entre elas, sepse, trauma, derrame, sangramento intracraniano e emergências hipertensivas. As diretrizes clínicas podem usar PAS ou PAM como meta de pressão arterial. A Pressão Arterial Média (PAM) é derivada da Pressão Arterial Sistólica (PAS) e da Pressão Arterial Diastólica (PAD) do paciente. A PAM é frequentemente usada como um indicador substituto do fluxo sanguíneo e acredita-se que seja um melhor indicador da perfusão tecidual do que a PAS, pois leva em conta o fato de que dois terços do ciclo cardíaco são gastos na diástole. Acredita-se que uma PAM de 60 mmHg ou maior seja necessária para manter a perfusão tecidual adequada. Como a PAM é um produto do débito cardíaco (DC) e da resistência vascular sistêmica (RVS) [PAM = DC x RVS], variações na RVS tornam a relação entre PAM e DC frequentemente não confiável (por exemplo, um paciente com DC baixo, mas RVS alta, como um paciente em choque cardiogênico, pode ter uma PAM aceitável, mas um DC muito baixo para fornecer perfusão adequada aos tecidos). GERENCIAMENTO Pacientes com PAM abaixo ou acima dos valores-alvo definidos devem ser tratados com fluidos, hemoderivados, vasopressores, inotrópicos ou vasodilatadores, dependendo do cenário clínico. O gerenciamento específico da pressão arterial e as metas de PAM dependerão da etiologia da PAM alta ou baixa e devem ser individualizados para otimizar a perfusão e evitar danos. AÇÕES CRÍTICAS Acredita-se que uma PAM ≥60 mmHg seja necessária para manter a perfusão tecidual adequada. Uma PAM ≥65 mmHg é recomendada em pacientes com sepse grave e choque séptico pelo Comitê de Diretrizes da Campanha Sobrevivendo à Sepse  Referências Magder SA. Os altos e baixos da pressão arterial: em direção a alvos clínicos significativos em pacientes com choque. Crit Care Med. 2014;42(5):1241–1251. Sesso HD, et al. Pressão arterial sistólica e diastólica, pressão de pulso e pressão arterial média como preditores de risco de doença cardiovascular em homens. Hipertensão. 2000;36:801-807, doi:10.1161/01.HYP.36.5.801 Quem Criou? Dr. Sheldon Magder Sheldon Magder, MD, é um médico de cuidados intensivos no Royal Victoria Hospital e professor no Departamento de Fisiologia da Universidade McGill em Montreal, Canadá. Sua pesquisa é em fisiologia cardiovascular, especificamente regulação do tônus ​​vascular na sepse, os efeitos dos estrogênios na parede vascular e controle e distribuição do fluxo sanguíneo periférico em exercícios, estresse por calor e choque. Dr. Marcelo Negreiros Autor da Adaptação Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

Atlas de Dermatologia

Melasma

Voltar Melasma O melasma é uma condição dermatológica caracterizada por hiperpigmentação irregular da pele, geralmente manifestando-se como manchas marrons ou acinzentadas no rosto. Embora possa afetar qualquer pessoa, é mais comum em mulheres e em indivíduos com pele mais escura. O melasma é frequentemente associado à exposição solar, alterações hormonais e predisposição genética, sendo particularmente prevalente durante a gravidez, o uso de anticoncepcionais hormonais e tratamentos hormonais. Fisiopatologia A fisiopatologia do melasma envolve a hiperatividade dos melanócitos, as células responsáveis pela produção de melanina, que é o pigmento que dá cor à pele. Esse processo é desencadeado principalmente pela exposição à radiação ultravioleta (UV), mas também pode ser influenciado por fatores hormonais, genéticos e ambientais. Quando a pele é exposta à radiação UV, os melanócitos aumentam a produção de melanina, resultando na hiperpigmentação característica do melasma. Além disso, mudanças hormonais, como aquelas ocorridas durante a gravidez ou com o uso de contraceptivos hormonais, podem estimular os melanócitos a produzirem mais melanina. A combinação desses fatores leva à formação de manchas marrons ou acinzentadas, principalmente na face, embora possam ocorrer em outras áreas do corpo. A fisiopatologia exata do melasma ainda não é totalmente compreendida, mas a interação entre fatores genéticos, hormonais e ambientais desempenha um papel crucial no seu desenvolvimento. O melasma é descrito como uma condição de hiperpigmentação caracterizada por manchas marrons ou acinzentadas na pele, predominantemente no rosto. As áreas mais afetadas incluem as bochechas, testa, nariz e lábio superior. Essas manchas são geralmente simétricas e têm bordas irregulares, mas bem definidas. A condição é mais comum em mulheres e em pessoas com pele mais escura, e pode ser desencadeada por fatores como exposição ao sol, alterações hormonais, e predisposição genética. Principais Causas As principais causas do melasma incluem: Exposição ao Sol: A radiação ultravioleta (UV) é um dos principais fatores desencadeantes do melasma, pois estimula os melanócitos a produzirem mais melanina. Alterações Hormonais: Mudanças hormonais, como aquelas ocorridas durante a gravidez (cloasma) ou com o uso de anticoncepcionais hormonais, podem desencadear ou agravar o melasma. Predisposição Genética: Ter um histórico familiar de melasma pode aumentar o risco de desenvolver a condição. Estresse: Situações de estresse emocional podem contribuir para o surgimento ou agravamento do melasma. Altas Temperaturas: O calor intenso pode aumentar a produção de melanina, exacerbando o melasma. Esses fatores podem variar de pessoa para pessoa, e a combinação deles pode influenciar a gravidade e a frequência dos episódios de melasma. Descrição Dermatológica Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica dessa lesão de pele: “Hiperpigmentação simétrica nas áreas expostas ao sol do rosto (bochechas, testa, nariz e lábio superior). São manchas acastanhadas ou acinzentadas, com bordas irregulares, mas bem definidas. A textura da pele sobre as manchas é normal, sem espessamento ou descamação.” Tratamento O tratamento do melasma geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir: Proteção Solar: O uso diário de protetor solar com alto FPS (preferencialmente 50 ou superior) é essencial para prevenir a piora das manchas. Cremes Descolorantes: Produtos contendo hidroquinona, ácido kójico, ácido tranexâmico ou ácido retinoico podem ajudar a clarear as manchas. Tratamentos Tópicos: Cremes ou loções com ingredientes como ácido kójico, ácido tranexâmico, niacinamida ou vitamina C podem ser eficazes. Tratamentos Injeáveis: Injeções de ácido hialurônico ou toxina botulínica podem ajudar a melhorar a aparência da pele. Terapias Láser: Tratamentos a laser ou IPL (Irradiação Pulsada de Luz) podem ajudar a reduzir a pigmentação, embora possam ser necessárias várias sessões e o risco de hiperpigmentação deve ser considerado. Peeling Químico: Peels de ácido glicólico ou tricloroacético podem ajudar a remover as camadas superiores da pele, reduzindo a pigmentação. Mudanças no Estilo de Vida: Reduzir o estresse, manter uma dieta equilibrada e evitar fatores desencadeantes conhecidos pode ajudar a controlar o melasma. As principais causas do melasma incluem: Exposição ao Sol: A radiação ultravioleta (UV) é um dos principais fatores desencadeantes do melasma, pois estimula os melanócitos a produzirem mais melanina. Alterações Hormonais: Mudanças hormonais, como aquelas ocorridas durante a gravidez (cloasma) ou com o uso de anticoncepcionais hormonais, podem desencadear ou agravar o melasma. Predisposição Genética: Ter um histórico familiar de melasma pode aumentar o risco de desenvolver a condição. Estresse: Situações de estresse emocional podem contribuir para o surgimento ou agravamento do melasma. Altas Temperaturas: O calor intenso pode aumentar a produção de melanina, exacerbando o melasma. Esses fatores podem variar de pessoa para pessoa, e a combinação deles pode influenciar a gravidade e a frequência dos episódios de melasma. Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica dessa lesão de pele: “Hiperpigmentação simétrica nas áreas expostas ao sol do rosto (bochechas, testa, nariz e lábio superior). São manchas acastanhadas ou acinzentadas, com bordas irregulares, mas bem definidas. A textura da pele sobre as manchas é normal, sem espessamento ou descamação.” O tratamento do melasma geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir: Proteção Solar: O uso diário de protetor solar com alto FPS (preferencialmente 50 ou superior) é essencial para prevenir a piora das manchas. Cremes Descolorantes: Produtos contendo hidroquinona, ácido kójico, ácido tranexâmico ou ácido retinoico podem ajudar a clarear as manchas. Tratamentos Tópicos: Cremes ou loções com ingredientes como ácido kójico, ácido tranexâmico, niacinamida ou vitamina C podem ser eficazes. Tratamentos Injeáveis: Injeções de ácido hialurônico ou toxina botulínica podem ajudar a melhorar a aparência da pele. Terapias Láser: Tratamentos a laser ou IPL (Irradiação Pulsada de Luz) podem ajudar a reduzir a pigmentação, embora possam ser necessárias várias sessões e o risco de hiperpigmentação deve ser considerado. Peeling Químico: Peels de ácido glicólico ou tricloroacético podem ajudar a remover as camadas superiores da pele, reduzindo a pigmentação. Mudanças no Estilo de Vida: Reduzir o estresse, manter uma dieta equilibrada e evitar fatores desencadeantes conhecidos pode ajudar a controlar o melasma. Referências McKesey J, Tovar-Garza A, Pandya AG. Melasma Treatment: An Evidence-Based Review. Am J Clin Dermatol. 2020; 21(2):173-225. de Abreu L, Ramos-E-Silva M, Quintella LP, et al. Dermoscopic classification of melasma: Concordance study and correlation with the melanophages count.

Atlas de Dermatologia

Psoríase

Voltar Psoríase A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele, caracterizada pela presença de placas eritematosas com escamas prateadas, que afetam principalmente o couro cabeludo, cotovelos, joelhos e região lombar. Embora sua etiologia não seja completamente compreendida, sabe-se que fatores genéticos e ambientais desempenham um papel crucial no desenvolvimento da doença. A psoríase pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes, causando desconforto físico e emocional. Fisiopatologia A fisiopatologia da psoríase envolve uma complexa interação de fatores genéticos, imunológicos e ambientais. A doença é caracterizada por uma resposta imunológica anormal, onde linfócitos T, células dendríticas e citocinas desempenham um papel central. Especificamente, a psoríase é considerada uma doença imunomediada, com envolvimento de linfócitos T do tipo Th1, Th17 e Th22. As principais citocinas envolvidas no processo inflamatório são a IL-23, IL-17 e o fator de necrose tumoral (TNF). Essas citocinas promovem a proliferação anormal das células da pele e a formação de placas psoriáticas. Além disso, fatores ambientais, como lesões na pele, estresse e infecções, podem desencadear ou agravar os episódios de psoríase em indivíduos geneticamente predispostos A psoríase se manifesta por placas eritematosas cobertas por escamas prateadas. Essas lesões são frequentemente encontradas no couro cabeludo, cotovelos, joelhos e região lombar. Os sintomas podem variar de leves a graves, incluindo coceira, dor e, em alguns casos, artrite psoriásica. A condição é caracterizada por períodos de exacerbação e remissão.  Principais Causas As principais causas da psoríase incluem uma combinação de fatores genéticos, imunológicos e ambientais. Aqui estão alguns dos principais fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da doença: Fatores genéticos: A predisposição genética é um dos principais fatores. Indivíduos com histórico familiar de psoríase têm maior risco de desenvolver a doença. Fatores imunológicos: A psoríase é considerada uma doença autoimune, onde o sistema imunológico ataca as células da pele, causando inflamação e hiperproliferação das células da pele. Estresse: Situações de estresse emocional podem desencadear ou agravar os episódios de psoríase. Lesões na pele: Cortes, arranhões, queimaduras solares e infecções podem desencadear crises de psoríase em indivíduos predispostos. Infecções: Infecções virais ou bacterianas podem desencadear episódios de psoríase em pessoas geneticamente predispostas. Hábitos de vida: Fatores como tabagismo e consumo excessivo de álcool podem aumentar o risco de desenvolver psoríase. Medicamentos: O uso de certos medicamentos, como antimaláricos, lítio e betabloqueadores, pode desencadear ou agravar a psoríase. Esses fatores podem variar de pessoa para pessoa, e a combinação deles pode influenciar a gravidade e a frequência dos episódios de psoríase. Descrição Dermatológica Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica dessa lesão de pele: “Placas eritematosas bem delimitadas, cobertas por escamas prateadas ou esbranquiçadas, que se destacam sobre a superfície da pele.” Tratamento O tratamento da psoríase é geralmente focado em reduzir os sintomas, como inflamação, coceira e descamação, e pode incluir uma combinação de abordagens. Aqui estão algumas opções de tratamento comuns: Cremes e Pomadas Tópicas: Incluem corticosteroides, análogos da vitamina D, inibidores da calcineurina e ácido salicílico. Esses tratamentos são aplicados diretamente na pele afetada para reduzir a inflamação e a descamação. Fototerapia: Consiste na exposição controlada à luz ultravioleta (UV), como UVA e UVB, que pode ajudar a reduzir a inflamação e a escamação. Medicamentos Sistêmicos: Em casos mais graves, podem ser prescritos medicamentos orais ou injetáveis, como metotrexato, ciclosporina, retinoides orais e biológicos (por exemplo, etanercept, ustekinumab, secukinumab). Esses medicamentos atuam no sistema imunológico para reduzir a resposta inflamatória. Terapias Alternativas: Algumas pessoas encontram alívio com mudanças na dieta, técnicas de redução de estresse e uso de óleos essenciais ou outros remédios naturais. Cada paciente pode responder de maneira diferente aos tratamentos, então é importante trabalhar com um dermatologista para desenvolver um plano de tratamento personalizado. As principais causas da psoríase incluem uma combinação de fatores genéticos, imunológicos e ambientais. Aqui estão alguns dos principais fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da doença: Fatores genéticos: A predisposição genética é um dos principais fatores. Indivíduos com histórico familiar de psoríase têm maior risco de desenvolver a doença. Fatores imunológicos: A psoríase é considerada uma doença autoimune, onde o sistema imunológico ataca as células da pele, causando inflamação e hiperproliferação das células da pele. Estresse: Situações de estresse emocional podem desencadear ou agravar os episódios de psoríase. Lesões na pele: Cortes, arranhões, queimaduras solares e infecções podem desencadear crises de psoríase em indivíduos predispostos. Infecções: Infecções virais ou bacterianas podem desencadear episódios de psoríase em pessoas geneticamente predispostas. Hábitos de vida: Fatores como tabagismo e consumo excessivo de álcool podem aumentar o risco de desenvolver psoríase. Medicamentos: O uso de certos medicamentos, como antimaláricos, lítio e betabloqueadores, pode desencadear ou agravar a psoríase. Esses fatores podem variar de pessoa para pessoa, e a combinação deles pode influenciar a gravidade e a frequência dos episódios de psoríase. Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica dessa lesão de pele: “Placas eritematosas bem delimitadas, cobertas por escamas prateadas ou esbranquiçadas, que se destacam sobre a superfície da pele.” O tratamento da psoríase é geralmente focado em reduzir os sintomas, como inflamação, coceira e descamação, e pode incluir uma combinação de abordagens. Aqui estão algumas opções de tratamento comuns: Cremes e Pomadas Tópicas: Incluem corticosteroides, análogos da vitamina D, inibidores da calcineurina e ácido salicílico. Esses tratamentos são aplicados diretamente na pele afetada para reduzir a inflamação e a descamação. Fototerapia: Consiste na exposição controlada à luz ultravioleta (UV), como UVA e UVB, que pode ajudar a reduzir a inflamação e a escamação. Medicamentos Sistêmicos: Em casos mais graves, podem ser prescritos medicamentos orais ou injetáveis, como metotrexato, ciclosporina, retinoides orais e biológicos (por exemplo, etanercept, ustekinumab, secukinumab). Esses medicamentos atuam no sistema imunológico para reduzir a resposta inflamatória. Terapias Alternativas: Algumas pessoas encontram alívio com mudanças na dieta, técnicas de redução de estresse e uso de óleos essenciais ou outros remédios naturais. Cada paciente pode responder de maneira diferente aos tratamentos, então é importante trabalhar com um dermatologista para desenvolver um plano de tratamento personalizado. Referências Megna M, Camela E, Ruggiero

Atlas de Oftalmo

Coloboma

Voltar Coloboma O coloboma é uma malformação ocular congênita que resulta em uma fenda ou defeito em uma ou mais estruturas do olho, como a íris, a retina, a coroide ou o nervo óptico. Esta condição pode afetar um ou ambos os olhos e varia de leve a severa, podendo comprometer significativamente a visão. Originado durante o desenvolvimento fetal, o coloboma pode estar associado a síndromes genéticas ou ocorrer isoladamente. Fisiopatologia A fisiopatologia do coloboma envolve uma falha no fechamento adequado de uma fenda embrionária durante o desenvolvimento fetal. Normalmente, essa fenda, localizada na parte inferior do olho em desenvolvimento, se fecha antes da sétima semana de gestação. Se essa fenda não se fecha corretamente, o resultado é um coloboma, que pode afetar diferentes partes do olho, como a íris, a retina, a coroide ou o nervo óptico. O coloboma pode ser isolado ou associado a síndromes genéticas, como a síndrome de CHARGE, que pode incluir outras anomalias além do olho. A gravidade e a extensão do coloboma variam, podendo causar desde pequenas fendas até grandes defeitos que afetam significativamente a visão. Semiologicamente, um coloboma de íris pode ser observado como uma fenda ou buraco na íris, frequentemente na posição inferonasal. Quando afeta a retina ou o nervo óptico, a descrição depende de exames oftalmológicos mais detalhados, como a fundoscopia ou a tomografia de coerência óptica (OCT), que revelam áreas de descontinuidade ou ausência de tecido. Tratamento O tratamento para o coloboma depende da gravidade e da localização da malformação, bem como de quaisquer condições associadas. Algumas opções de tratamento incluem: Óculos ou lentes de contato: Podem ser prescritos para corrigir a visão reduzida causada pelo coloboma. Terapia visual: Em alguns casos, a terapia visual pode ser recomendada para ajudar o paciente a desenvolver habilidades visuais compensatórias. Cirurgia: Em situações mais graves, a cirurgia pode ser necessária para corrigir certos aspectos do coloboma, como reparar a íris ou tratar complicações associadas. Tratamento de infecções: Se houver sinais de infecção, o uso de antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos pode ser necessário. Cada caso é único, e o tratamento deve ser personalizado com base nas necessidades específicas do paciente. Referências Kanski JJ, Bowling B, KK Nischal, et al. Clinical Ophthalmology, a sistematic approach. 7th ed. Phiadelphia: Elsevier Saunders, 2011. Gerstenblith AT, Rabinowitz MP. Manual de doenças oculares do Wills Eye Hospital – Diagnóstico e tratamento no consultório e na emergência. 6a ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. Lingam G, Sen AC, Lingam V, et al. Ocular coloboma-a comprehensive review for the clinician. Eye (Lond). 2021; 35(8):2086-2109. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Conjuntivite Alérgica Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025 Atlas de Oftalmo Conjuntivite Bacteriana Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025 Atlas de Oftalmo Conjuntivite Viral Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025 Atlas de Oftalmo Manchas de Bitot Dr. Marcelo Negreiros outubro 16, 2024

SInais Clínicos

Sinal de Battle

Voltar Sinal de Battle O Sinal de Battle é um importante indicador clínico de fratura da base do crânio, manifestando-se como hematoma retroauricular, ou seja, atrás da orelha. Este sinal, descrito pela primeira vez pelo cirurgião britânico William Henry Battle, é um marcador significativo de trauma cranioencefálico, especialmente em contextos de acidentes e lesões graves. A presença do Sinal de Battle pode ajudar os profissionais de saúde a identificar a gravidade da lesão e a necessidade de intervenções imediatas. Fisiopatologia A fisiopatologia do Sinal de Battle envolve a ruptura de vasos sanguíneos devido a um trauma cranioencefálico, geralmente na região da base do crânio, especialmente na área temporal ou mastoide. Esse trauma causa extravasação de sangue, resultando em um hematoma ou equimose atrás da orelha, conhecido como Sinal de Battle. A presença desse sinal indica uma fratura da base do crânio e pode ser um sinal de lesões internas mais graves no cérebro. O Sinal de Battle é uma manifestação clínica visível como uma equimose ou hematoma na região retroauricular, ou seja, atrás da orelha. Essa lesão é resultado de um trauma significativo na base do crânio, onde a fratura causa a ruptura dos vasos sanguíneos na área. Como consequência, o sangue extravasa para os tecidos moles ao redor da mastoide, criando a característica descoloração da pele que define o Sinal de Battle. Principais Causas As principais causas do Sinal de Battle são geralmente relacionadas a traumas cranioencefálicos graves, incluindo: Violência física: Agressões diretas à cabeça podem causar fraturas na base do crânio. Esportes de contato: Lesões frequentemente ocorrem em esportes como futebol americano, rugby e boxe. Acidentes de carro e moto: Impactos severos durante acidentes podem resultar em fraturas da base do crânio. Acidentes de bicicleta sem capacete: Quedas de bicicleta, especialmente sem proteção adequada, podem causar lesões graves. Quedas: Quedas de altura significativa podem resultar em traumas cranioencefálicos. Essas causas podem levar ao acúmulo de sangue atrás da orelha, resultando no Sinal de Battle. Descrição Semiológica Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica do sinal de battle: “Apresenta equimose retroauricular bilateral. A equimose se estende desde a base da orelha até a região mastoide, caracterizando-se por descoloração púrpura-azulada. Não há sinais de lacerações ou outras lesões cutâneas adjacentes” As principais causas do Sinal de Battle são geralmente relacionadas a traumas cranioencefálicos graves, incluindo: Violência física: Agressões diretas à cabeça podem causar fraturas na base do crânio. Esportes de contato: Lesões frequentemente ocorrem em esportes como futebol americano, rugby e boxe. Acidentes de carro e moto: Impactos severos durante acidentes podem resultar em fraturas da base do crânio. Acidentes de bicicleta sem capacete: Quedas de bicicleta, especialmente sem proteção adequada, podem causar lesões graves. Quedas: Quedas de altura significativa podem resultar em traumas cranioencefálicos. Essas causas podem levar ao acúmulo de sangue atrás da orelha, resultando no Sinal de Battle. Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica do sinal de battle: “Apresenta equimose retroauricular bilateral. A equimose se estende desde a base da orelha até a região mastoide, caracterizando-se por descoloração púrpura-azulada. Não há sinais de lacerações ou outras lesões cutâneas adjacentes” Referências Traumatic brain injury: Hope through research. National Institute of Neurological Disorders and Stroke. https://www.ninds.nih.gov/Disorders/Patient-Caregiver-Education/Hope-Through-Research/Traumatic-Brain-Injury-Hope-Through. Accessed Dec. 17, 2020. Traumatic brain injury (TBI). American Speech-Language-Hearing Association. https://www.asha.org/public/speech/disorders/traumatic-brain-injury/. Accessed Dec. 17, 2020. Goldman L, et al., eds. Traumatic brain injury and spinal cord injury. In: Goldman-Cecil Medicine. 26th ed. Elsevier; 2020. https://www.clinicalkey.com. Accessed Dec. 17, 2020. Quem Descobriu? Dr. William Henry Battle O Sinal de Battle foi descrito pelo cirurgião britânico William Henry Battle no século XIX. Ele estudou casos de traumatismo cranioencefálico e identificou este sinal como um indicador importante de fraturas na base do crânio. Dr. Marcelo Negreiros Autor do Artigo Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

Atlas de Radiologia

Hidrocefalia

Voltar Hidrocefalia A hidrocefalia é uma condição neurológica caracterizada pelo acúmulo excessivo de líquido cefalorraquidiano (LCR) nos ventrículos do cérebro, resultando em aumento da pressão intracraniana e dilatação ventricular. Essa condição pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas é mais comum em recém-nascidos e idosos. A hidrocefalia pode ser congênita ou adquirida, e suas causas variam desde malformações congênitas e infecções, até traumas e tumores cerebrais. Os sintomas da hidrocefalia incluem cefaleia, náusea, vômitos, problemas de equilíbrio, entre outros, podendo levar a complicações graves se não tratada adequadamente. Fisiopatologia A fisiopatologia da hidrocefalia envolve um desequilíbrio entre a produção e a absorção do líquido cefalorraquidiano (LCR) nos ventrículos cerebrais. O LCR é produzido pelos plexos coroides, circula pelos ventrículos do cérebro e é reabsorvido pelas vilosidades aracnoides. Quando esse equilíbrio é perturbado, ocorre o acúmulo de LCR, resultando na dilatação dos ventrículos (ventriculomegalia) e aumento da pressão intracraniana. Há dois principais tipos de hidrocefalia: Hidrocefalia não comunicante: Ocorre quando há uma obstrução no fluxo do LCR dentro do sistema ventricular, impedindo que ele alcance os espaços subaracnoides. Isso pode ser causado por tumores, cistos ou estenose do aqueduto de Sylvius. Hidrocefalia comunicante: Resulta de uma absorção inadequada do LCR pelas vilosidades aracnoides, embora o fluxo do LCR dentro do sistema ventricular não esteja obstruído. Essa condição pode ser secundária a hemorragias, infecções ou inflamações. O aumento da pressão intracraniana pode levar a danos estruturais no tecido cerebral e ao comprometimento das funções neurológicas. Os sintomas incluem cefaleia, náusea, vômito, alterações visuais, dificuldades de equilíbrio e, em casos graves, déficits cognitivos e motoras. O tratamento geralmente envolve intervenções cirúrgicas, como a colocação de shunts para drenar o excesso de LCR ou a realização de procedimentos endoscópicos para restaurar o fluxo normal do LCR. A característica mais evidente é a dilatação dos ventrículos cerebrais. Os ventrículos laterais, terceiro ventrículo e, em alguns casos, o quarto ventrículo, aparecem aumentados devido ao acúmulo de líquido cefalorraquidiano (LCR). Além disso, a pressão aumentada dentro dos ventrículos pode comprimir o parênquima cerebral, resultando no achatamento dos sulcos corticais, que são as fissuras e dobras naturais do cérebro. Principais Causas As principais causas de hidrocefalia incluem: Malformações congênitas: Algumas crianças nascem com malformações que bloqueiam o fluxo do líquido cefalorraquidiano (LCR), como a espinha bífida Infecções: Infecções do sistema nervoso central, como meningite, podem causar hidrocefalia. Traumatismos cranianos: Lesões na cabeça podem levar ao acúmulo de LCR. Hemorragias intracranianas: Sangramentos dentro do cérebro podem obstruir o fluxo de LCR. Tumores cerebrais: Tumores podem bloquear o fluxo de LCR ou aumentar sua produção. Complicações de cirurgias neurológicas: Procedimentos cirúrgicos no cérebro podem, em alguns casos, resultar em hidrocefalia. Essas causas podem levar ao acúmulo de LCR, resultando em aumento da pressão intracraniana e dilatação dos ventrículos cerebrais. Descrição Radiológica Agora vamos criar um exemplo fictício de laudo para uma TC de Crânio em um paciente com hidrocefalia. “A tomografia computadorizada revela dilatação dos ventrículos laterais e do terceiro ventrículo, com efacemento dos sulcos corticais. Observam-se também áreas de baixa densidade ao redor dos ventrículos, indicando edema periventricular. Os achados são compatíveis com hidrocefalia.” Tratamento O tratamento para hidrocefalia geralmente envolve intervenções cirúrgicas para aliviar o acúmulo de líquido cefalorraquidiano (LCR) e reduzir a pressão intracraniana. Aqui estão as principais opções de tratamento: Válvula de Shunt: Este é o tratamento mais comum. Uma válvula de shunt é implantada cirurgicamente para drenar o excesso de LCR dos ventrículos do cérebro para outra parte do corpo, como a cavidade abdominal, onde pode ser absorvido. Terceiro Ventriculostomia Endoscópica (ETV): Este procedimento envolve a criação de uma abertura no terceiro ventrículo para permitir o fluxo livre do LCR, evitando a necessidade de um shunt2 Drenagem Percutânea: Em casos de hidrocefalia não comunicante, pode ser realizada uma drenagem percutânea para aliviar a pressão até que uma solução mais permanente, como a colocação de uma válvula, possa ser realizada. O tratamento específico depende da causa e gravidade da hidrocefalia, bem como da condição geral do paciente. É essencial um acompanhamento regular com um neurocirurgião para monitorar a eficácia do tratamento e ajustar conforme necessário. As principais causas de hidrocefalia incluem: Malformações congênitas: Algumas crianças nascem com malformações que bloqueiam o fluxo do líquido cefalorraquidiano (LCR), como a espinha bífida Infecções: Infecções do sistema nervoso central, como meningite, podem causar hidrocefalia. Traumatismos cranianos: Lesões na cabeça podem levar ao acúmulo de LCR. Hemorragias intracranianas: Sangramentos dentro do cérebro podem obstruir o fluxo de LCR. Tumores cerebrais: Tumores podem bloquear o fluxo de LCR ou aumentar sua produção. Complicações de cirurgias neurológicas: Procedimentos cirúrgicos no cérebro podem, em alguns casos, resultar em hidrocefalia. Essas causas podem levar ao acúmulo de LCR, resultando em aumento da pressão intracraniana e dilatação dos ventrículos cerebrais. Agora vamos criar um exemplo fictício de laudo para uma TC de Crânio em um paciente com hidrocefalia. “A tomografia computadorizada revela dilatação dos ventrículos laterais e do terceiro ventrículo, com efacemento dos sulcos corticais. Observam-se também áreas de baixa densidade ao redor dos ventrículos, indicando edema periventricular. Os achados são compatíveis com hidrocefalia.” O tratamento para hidrocefalia geralmente envolve intervenções cirúrgicas para aliviar o acúmulo de líquido cefalorraquidiano (LCR) e reduzir a pressão intracraniana. Aqui estão as principais opções de tratamento: Válvula de Shunt: Este é o tratamento mais comum. Uma válvula de shunt é implantada cirurgicamente para drenar o excesso de LCR dos ventrículos do cérebro para outra parte do corpo, como a cavidade abdominal, onde pode ser absorvido. Terceiro Ventriculostomia Endoscópica (ETV): Este procedimento envolve a criação de uma abertura no terceiro ventrículo para permitir o fluxo livre do LCR, evitando a necessidade de um shunt2 Drenagem Percutânea: Em casos de hidrocefalia não comunicante, pode ser realizada uma drenagem percutânea para aliviar a pressão até que uma solução mais permanente, como a colocação de uma válvula, possa ser realizada. O tratamento específico depende da causa e gravidade da hidrocefalia, bem como da condição geral do paciente. É essencial um acompanhamento regular com um neurocirurgião para monitorar a eficácia do tratamento e ajustar

Atlas de Oftalmo

Ceratocone

Voltar Ceratocone O ceratocone é uma doença progressiva que afeta a estrutura da córnea, tornando-a mais fina e gradualmente mais cônica. Isso resulta em visão distorcida e pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos indivíduos afetados. Detectado principalmente durante a adolescência ou início da vida adulta, o ceratocone pode progredir de forma imprevisível, exigindo monitoramento e tratamento contínuos. Fisiopatologia A fisiopatologia do ceratocone envolve uma combinação de fatores genéticos, ambientais e bioquímicos que levam ao enfraquecimento e à alteração da estrutura da córnea. A córnea, que é a camada transparente que recobre a frente do olho, se torna mais fina e assume uma forma cônica, resultando em distorção visual. Os principais fatores envolvidos na fisiopatologia do ceratocone incluem: Degeneração das proteínas: A degradação de proteínas estruturais, como proteoglicanos e colágeno, leva ao enfraquecimento da matriz da córnea. Isso resulta em uma perda de estabilidade e rigidez da córnea. Aumento dos marcadores oxidativos: Há um aumento nos níveis de espécies reativas de oxigênio (ROS) e uma diminuição dos antioxidantes na córnea, o que contribui para a degradação das proteínas e células da córnea. História familiar: Há uma predisposição genética ao ceratocone, com muitos pacientes relatando antecedentes familiares da doença. Fatores ambientais: Ações como a fricção constante dos olhos, pálpebras flácidas e certas doenças do tecido conjuntivo (como a síndrome de Ehlers-Danlos e a síndrome de Marfan) podem aumentar o risco de desenvolvimento do ceratocone. A combinação desses fatores leva à progressão da doença, que pode resultar em perda significativa de visão se não for tratada adequadamente. O monitoramento regular e o tratamento precoce são essenciais para controlar a progressão do ceratocone e melhorar os resultados visuais dos pacientes. Um olho com ceratocone apresenta alterações notáveis na córnea, que se tornam visíveis durante exames oftalmológicos. A principal característica é a forma cônica da córnea, ao invés de sua forma naturalmente arredondada. Isso ocorre devido ao afinamento progressivo e irregular da córnea, que pode resultar em uma protrusão central ou inferior. Além disso, a superfície da córnea pode se tornar irregular, o que causa distorção e embaçamento da visão. Em casos mais avançados, podem ser observados anéis de Vogt (linhas estressadas na córnea) e cicatrizes corneanas que contribuem ainda mais para a redução da qualidade visual. Essas alterações não são visíveis a olho nu, mas podem ser detectadas através de exames especializados, como a topografia corneana, que mapeia a superfície da córnea e ajuda a identificar e monitorar a progressão do ceratocone. Descrição Semiológica Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica da catarata para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Córnea apresentando afinamento progressivo e protrusão coniforme, mais acentuada no olho [direito/esquerdo]. Identificação de linhas de Vogt e leve opacificação central.” Tratamento O tratamento para ceratocone depende do estágio da doença e da gravidade dos sintomas. Aqui estão algumas opções comuns: Óculos ou Lentes de Contato: Nos estágios iniciais, óculos ou lentes de contato especiais podem corrigir a visão distorcida e melhorar a qualidade de vida. Rim Corneal: Um anel de plástico ou silicone é colocado cirurgicamente na córnea para fortalecer e estabilizar sua forma. Cross-Linking (CXL): Um tratamento que fortalece a córnea aplicando uma solução de vitamina B2 e exposição a luz ultravioleta. É eficaz para retardar a progressão da doença. Transplante de Córnea: Em casos avançados, pode ser necessário um transplante de córnea para substituir a córnea danificada por uma doador. Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica da catarata para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Córnea apresentando afinamento progressivo e protrusão coniforme, mais acentuada no olho [direito/esquerdo]. Identificação de linhas de Vogt e leve opacificação central.” O tratamento para ceratocone depende do estágio da doença e da gravidade dos sintomas. Aqui estão algumas opções comuns: Óculos ou Lentes de Contato: Nos estágios iniciais, óculos ou lentes de contato especiais podem corrigir a visão distorcida e melhorar a qualidade de vida. Rim Corneal: Um anel de plástico ou silicone é colocado cirurgicamente na córnea para fortalecer e estabilizar sua forma. Cross-Linking (CXL): Um tratamento que fortalece a córnea aplicando uma solução de vitamina B2 e exposição a luz ultravioleta. É eficaz para retardar a progressão da doença. Transplante de Córnea: Em casos avançados, pode ser necessário um transplante de córnea para substituir a córnea danificada por uma doador. Referências Santodomingo-Rubido J, Carracedo G, Suzaki A, et al. Keratoconus: An updated review. Cont Lens Anterior Eye. 2022. Gomes JAP, Dan P, Rapuano CJ, et al. Global consensus on keratoconus and ectatic diseases. Cornea. 2015 Apr; 34(4):359-69. Ehlers JP, Shah CP. Manual de doenças oculares do Wills Eye Hospital – Diagnóstico e tratamento no consultório e na emergência. 5a ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. Dr. Marcelo Negreiros Autor do Artigo Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

Estudo do SUS

Universalização

Voltar Universalidade O princípio da universalização do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil representa um marco significativo na busca pela equidade e justiça social no acesso à saúde. Instituído pela Constituição Federal de 1988, o SUS tem como objetivo garantir a todos os cidadãos brasileiros o direito à saúde, independentemente de sua condição socioeconômica. Este artigo explora a importância desse princípio, analisando seus fundamentos legais, os desafios enfrentados para sua plena implementação e os impactos positivos gerados na sociedade brasileira ao longo das últimas décadas. Afinal, a universalização do SUS não é apenas uma política de saúde, mas um compromisso com a dignidade humana e o bem-estar social. O que é esse Princípio? O princípio da universalidade é um dos pilares do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Ele estabelece que todos os cidadãos têm direito ao acesso integral e gratuito aos serviços de saúde, sem qualquer discriminação. Isso significa que qualquer pessoa, independentemente de idade, gênero, raça, condição social ou localização geográfica, deve ter acesso aos cuidados de saúde fornecidos pelo sistema público. Em outras palavras, a saúde é um direito de todos e deve ser garantida pelo Estado de forma igualitária e abrangente. Como funciona na prática? Na prática, o princípio da universalização do SUS busca garantir que todos os brasileiros tenham acesso aos serviços de saúde, independentemente de sua localização ou condição social. Isso significa que qualquer pessoa pode utilizar o sistema de saúde público, desde uma simples consulta até tratamentos mais complexos. O funcionamento na prática envolve: Cobertura Integral: Todos têm direito a consultas, exames, tratamentos, vacinas e cirurgias pelo SUS. Atenção Básica: Foco em unidades básicas de saúde (UBS) e equipes de Saúde da Família, que fazem o atendimento inicial e encaminham para serviços mais especializados, se necessário. Atenção Especializada: Centros de especialidades e hospitais que oferecem tratamentos mais complexos. Regulação e Logística: Sistema de regulação que organiza e distribui as demandas de forma equitativa. Por exemplo, agendar consultas ou procedimentos de alta complexidade. Os desafios incluem manter a qualidade do atendimento, gerir recursos escassos e assegurar que todos os serviços estejam disponíveis em todas as regiões do país. Essas complexidades tornam a universalização um objetivo constante e dinâmico, exigindo estratégias de melhoria contínua e políticas públicas eficientes. Qual o impacto na população? O princípio da universalização do SUS tem um impacto profundo na vida das pessoas, transformando a saúde em um direito acessível a todos, independentemente de classe social ou status jurídico. Antes da criação do SUS, o acesso aos serviços de saúde no Brasil era restrito e muitas vezes dependia de condições econômicas, deixando uma grande parcela da população sem atendimento adequado. Com a implementação do SUS, várias barreiras foram quebradas: Econômica: O SUS permitiu que pessoas de todas as classes sociais tivessem acesso aos mesmos serviços de saúde, sem a necessidade de pagar diretamente pelo atendimento. Isso garantiu que a saúde não fosse um privilégio dos que podem pagar, mas um direito de todos. Alguém da classe mais humilde tem o mesmo acesso a um tratamento médico quanto alguém com maior poder aquisitivo. Jurídica: O SUS assegurou que qualquer cidadão brasileiro pudesse usufruir dos serviços de saúde oferecidos, independentemente de sua situação legal. Isso inclui populações vulneráveis, como moradores de rua e pessoas em situações irregulares, que antes encontravam dificuldade em acessar cuidados médicos. A universalização eliminou a discriminação jurídica e burocrática no acesso à saúde. A criação do SUS também trouxe mudanças significativas em termos de prevenção e promoção de saúde, com campanhas de vacinação e programas de saúde da família que atingem todos os cantos do país. Ao quebrar essas barreiras, o SUS não apenas melhorou a saúde física da população, mas também promoveu igualdade e justiça social, garantindo que todos os brasileiros tenham a oportunidade de viver uma vida mais saudável e digna. O princípio da universalidade é um dos pilares do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Ele estabelece que todos os cidadãos têm direito ao acesso integral e gratuito aos serviços de saúde, sem qualquer discriminação. Isso significa que qualquer pessoa, independentemente de idade, gênero, raça, condição social ou localização geográfica, deve ter acesso aos cuidados de saúde fornecidos pelo sistema público. Em outras palavras, a saúde é um direito de todos e deve ser garantida pelo Estado de forma igualitária e abrangente. Na prática, o princípio da universalização do SUS busca garantir que todos os brasileiros tenham acesso aos serviços de saúde, independentemente de sua localização ou condição social. Isso significa que qualquer pessoa pode utilizar o sistema de saúde público, desde uma simples consulta até tratamentos mais complexos. O funcionamento na prática envolve: Cobertura Integral: Todos têm direito a consultas, exames, tratamentos, vacinas e cirurgias pelo SUS. Atenção Básica: Foco em unidades básicas de saúde (UBS) e equipes de Saúde da Família, que fazem o atendimento inicial e encaminham para serviços mais especializados, se necessário. Atenção Especializada: Centros de especialidades e hospitais que oferecem tratamentos mais complexos. Regulação e Logística: Sistema de regulação que organiza e distribui as demandas de forma equitativa. Por exemplo, agendar consultas ou procedimentos de alta complexidade. Os desafios incluem manter a qualidade do atendimento, gerir recursos escassos e assegurar que todos os serviços estejam disponíveis em todas as regiões do país. Essas complexidades tornam a universalização um objetivo constante e dinâmico, exigindo estratégias de melhoria contínua e políticas públicas eficientes. O princípio da universalização do SUS tem um impacto profundo na vida das pessoas, transformando a saúde em um direito acessível a todos, independentemente de classe social ou status jurídico. Antes da criação do SUS, o acesso aos serviços de saúde no Brasil era restrito e muitas vezes dependia de condições econômicas, deixando uma grande parcela da população sem atendimento adequado. Com a implementação do SUS, várias barreiras foram quebradas: Econômica: O SUS permitiu que pessoas de todas as classes sociais tivessem acesso aos mesmos serviços de saúde, sem a necessidade de pagar diretamente pelo atendimento. Isso garantiu que a saúde não fosse um privilégio dos

Espaço da Mulher

Corrimento Esverdeado

Voltar Corrimento Esverdeado Olá, queridas leitoras! Hoje, vamos conversar sobre um tema que pode ser um tanto desconfortável, mas que é muito importante para a saúde íntima de todas vocês: o corrimento vaginal esverdeado. Muitas mulheres já passaram por isso e, embora possa gerar preocupação, é essencial entender as possíveis causas e como lidar com essa situação de maneira adequada. O corrimento vaginal é algo comum e faz parte do funcionamento natural do corpo feminino. No entanto, quando ele apresenta uma cor esverdeada, é um sinal de que algo pode estar desequilibrado. Pode ser resultado de uma infecção ou de outras condições que merecem atenção médica. Neste artigo, vou explicar as principais causas do corrimento vaginal esverdeado, quando é necessário buscar ajuda profissional e como cuidar melhor da saúde íntima. Afinal, a informação é uma aliada poderosa na busca pelo bem-estar. Principais Causas Entender as causas do corrimento vaginal esverdeado é fundamental para sabermos como proceder. Aqui, vamos destacar as principais razões pelas quais esse tipo de corrimento pode ocorrer: Infecção por Tricomoníase: Esta é uma das causas mais comuns. A tricomoníase é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada por um protozoário chamado Trichomonas vaginalis. Além do corrimento esverdeado, pode causar coceira, ardência e um odor desagradável. Vaginose Bacteriana: Embora geralmente cause um corrimento branco ou cinza, em alguns casos pode apresentar uma coloração esverdeada. A vaginose bacteriana ocorre devido a um desequilíbrio das bactérias naturais na vagina. Infecções Fúngicas: Infecções por fungos, como a candidíase, também podem resultar em corrimentos anormais. Embora a candidíase geralmente cause um corrimento branco e espesso, algumas infecções fúngicas podem provocar um corrimento mais colorido e diferente do habitual. Doença Inflamatória Pélvica (DIP): A DIP é uma infecção dos órgãos reprodutivos femininos que pode causar corrimento vaginal anormal, incluindo o corrimento esverdeado. É uma condição séria que necessita de atenção médica. Uso de Produtos de Higiene Intima: Certos produtos de higiene íntima, como sabonetes perfumados, duchas vaginais e sprays, podem irritar a mucosa vaginal e alterar o equilíbrio natural da flora vaginal, levando a um corrimento anormal. Perceba que quase sempre o corrimento esverdeado significa algo que precisa ser tratado logo! Uma consulta com o médico ginecologista é o ideal, entretanto, o médico da Estratégia de Saúde da Família que atende nos postos de saúde (UBSs) pode diagnósticar e iniciar o tratamento sem a necessidade de encaminhamentos. O que fazer? Como vimos acima, a maior parte das causas de corrimento esverdeado é infecciosa. Entretanto, infecções nunca vem acompanhadas de sintomas únicos e alguns sinais vão servir de alerta para definir a necessidade de uma ida ao médico. Vou listar eles logo abaixo: Persistência dos Sintomas: Se o corrimento esverdeado persistir por mais de alguns dias, mesmo com mudanças na higiene íntima ou após evitar produtos perfumados, é hora de buscar orientação médica. Sintomas Acompanhantes: Se o corrimento vier acompanhado de outros sintomas, como dor abdominal, coceira intensa, odor forte e desagradável, ou ardência ao urinar, isso pode indicar uma infecção ou outra condição que precisa de tratamento. Histórico de ISTs: Se você tem um histórico de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) ou seu parceiro foi diagnosticado recentemente, é importante fazer uma avaliação para garantir que não haja uma nova infecção. Mudança Súbita no Corrimento: Se notar uma mudança súbita na cor, consistência ou odor do corrimento, é aconselhável consultar um profissional. Mudanças abruptas podem ser um sinal de desequilíbrio ou infecção. Dor Durante as Relações Sexuais: Sentir dor durante as relações sexuais junto com o corrimento anormal pode ser um sinal de infecção ou outra condição que precisa de avaliação médica. Gravidez: Se você está grávida e nota qualquer alteração no corrimento vaginal, é essencial consultar seu médico para garantir que tudo esteja bem tanto com você quanto com o bebê. Se você que está lendo esse artigo e possui um corrimento esverdeado, entenda que o corrimento, quando não vem acompanhado dos sintomas listados acima, pode significar uma alteração no equilibrio natural da flora vaginal. Por tanto, é importante manter a higiene íntima de acordo conforme os conselhos médicos! Higiene Íntima Aqui estão algumas dicas práticas para garantir que você esteja fazendo isso da melhor maneira possível: Use Sabonetes Neutros: Opte por sabonetes neutros ou específicos para a região íntima. Evite produtos perfumados, pois eles podem causar irritação e desequilíbrio na flora vaginal. Lave Apenas a Parte Externa: A vagina tem um sistema de autolimpeza natural. Lave apenas a parte externa (vulva) com água e sabonete neutro. Evite duchas internas, pois elas podem alterar o equilíbrio natural da flora vaginal. Seque Bem: Após a lavagem, seque bem a região íntima com uma toalha limpa e macia. A umidade pode favorecer o crescimento de fungos e bactérias. Roupas Íntimas de Algodão: Prefira roupas íntimas de algodão, que permitem a ventilação e ajudam a manter a região seca. Evite tecidos sintéticos que podem reter a umidade. Troque de Roupa Íntima Diariamente: Troque de roupa íntima todos os dias e, se possível, após atividades físicas intensas ou em dias muito quentes. Evite Produtos Desodorantes: Produtos desodorantes para a região íntima podem causar irritação e alergias. Mantenha a higiene simples e natural. Higiene Durante a Menstruação: Durante o período menstrual, troque os absorventes ou tampões regularmente, a cada 4 a 6 horas, para evitar odores e infecções. Higiene Após Relações Sexuais: Após relações sexuais, lave a região íntima com água e sabonete neutro para remover resíduos de lubrificantes e secreções. Seguindo essas dicas, você estará cuidando da sua saúde íntima de maneira eficaz e segura. Lembre-se de que cada corpo é único, e é importante prestar atenção aos sinais que ele dá. Se notar qualquer alteração ou desconforto, não hesite em procurar um profissional de saúde. Referências BATES, S. Vaginal discharge. Curr. Obstet. Gynaecol. v.13, p.218-223, 2003 Linhares IM, Amaral RL, Robial R, et al. Vaginites e vaginoses. Protocolo Febrasgo – Ginecologia, nº 24 / Comissão Nacional Especializada em Doenças Infectocontagiosas. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), 2018. Sobel JD. Vulvovaginitis in healthy

Teorias da Enfermagem

Teoria das Necessidades Humanas Básicas

Teoria das Necessidades Humanas Básicas Wanda Horta, uma das pioneiras na enfermagem brasileira, é um marco na compreensão e prática do cuidado holístico. “Gente que cuida de gente” é uma frase que captura o espírito da Teoria das Necessidades Humanas Básicas, desenvolvida por ela. Inspirada pela teoria da hierarquia de necessidades de Abraham Maslow, que classifica as necessidades humanas em cinco níveis: fisiológicas, de segurança, sociais, de estima e autorrealização, essa abordagem enfatiza a importância de considerar o ser humano em sua totalidade, incluindo aspectos biológicos, psicológicos e sociais. Através de uma visão integrativa, Horta propôs que o cuidado de enfermagem deve atender não apenas às necessidades fisiológicas, mas também às emocionais e sociais, proporcionando um tratamento mais humano e eficaz. Essa teoria revolucionou a prática da enfermagem ao destacar a importância de um cuidado centrado no paciente e promover a autonomia e o bem-estar dos indivíduos. Fundamentos Os fundamentos da Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Horta são centrados na identificação e atendimento das necessidades humanas fundamentais para promover a saúde e o bem-estar dos pacientes. Aqui estão os principais pontos: Necessidades Psicobiológicas: São as necessidades fisiológicas essenciais para a vida e a saúde, incluindo alimentação, hidratação, eliminação, sono, atividade física, integridade cutâneo-mucosa, ventilação, termorregulação, sexualidade, entre outras. Necessidades Psicossociais: Abrangem as necessidades relacionadas à interação social, afeto, segurança emocional e comunicação. Incluem a necessidade de amor, aceitação, pertencimento, segurança e a capacidade de estabelecer relações sociais saudáveis. Necessidades Psicoespirituais: Referem-se às necessidades de sentido e propósito na vida, fé, auto-realização e paz interior. Incluem a busca por significado, espiritualidade e a necessidade de expressar crenças e valores. Abordagem Holística: A teoria enfatiza a importância de um cuidado holístico, considerando o paciente em todas as suas dimensões – física, emocional, social e espiritual. Isso garante que todas as necessidades do paciente sejam atendidas de maneira integrada e individualizada. Enfoque no Ciclo Vital: A teoria considera que as necessidades humanas variam ao longo das diferentes fases do ciclo vital, desde o nascimento até a morte. Isso implica ajustar o cuidado de acordo com as mudanças e desafios específicos de cada fase da vida. Esses fundamentos destacam a importância de um cuidado integral e centrado no paciente, abordando todas as suas necessidades fundamentais para promover a saúde, a recuperação e o bem-estar. Impáctos na Prática Cuidado Individualizado: A ênfase na avaliação das necessidades humanas básicas permitiu que os enfermeiros desenvolvessem planos de cuidado altamente individualizados. Isso resultou em um atendimento mais personalizado e eficaz. Humanização do Cuidado: Ao focar no ser humano como um todo, incluindo suas necessidades emocionais, sociais e espirituais, a teoria contribuiu para a humanização do cuidado, promovendo uma prática mais empática e respeitosa. Fortalecimento da Relação Enfermeiro-Paciente: A teoria destaca a importância da comunicação e interação entre enfermeiro e paciente, melhorando a relação terapêutica e, consequentemente, a qualidade do cuidado prestado. Valorização da Enfermagem: Ao introduzir um framework teórico próprio, Horta ajudou a elevar o status da profissão de enfermagem, demonstrando seu valor e importância no contexto da saúde. Educação e Formação: A teoria foi incorporada nos currículos de enfermagem, influenciando a formação de novos profissionais e incentivando uma abordagem mais holística desde o início de suas carreiras. Pesquisa e Desenvolvimento: A teoria de Horta estimulou a pesquisa na área da enfermagem, promovendo estudos sobre as necessidades humanas básicas e a eficácia de diferentes abordagens de cuidado. Desafios e Limitações Complexidade na Prática: A aplicação do modelo de Horta pode ser vista como complexa e demorada, especialmente em ambientes de saúde onde o tempo é um recurso limitado. Isso pode levar a uma resistência por parte dos profissionais que buscam soluções mais imediatas e práticas. Contextos Diversos: Em diferentes contextos culturais e socioeconômicos, algumas necessidades humanas básicas podem ser percebidas de maneiras distintas. A teoria pode precisar ser adaptada para ser sensível a essas variações culturais e contextuais. Apesar desses desafios, a Teoria da Enfermagem de Wanda Horta continua a ser um marco importante no campo da enfermagem, e seu impacto positivo é inegável. A constante reflexão e adaptação de seus princípios podem ajudar a superar essas limitações e fortalecer ainda mais sua aplicação prática. Quem Criou? Enf. Wanda Horta Wanda de Aguiar Horta foi uma enfermeira e teórica brasileira que revolucionou a enfermagem no Brasil. Nascida em 11 de agosto de 1926 em Belém do Pará, ela desenvolveu a Teoria das Necessidades Humanas Básicas, que se tornou uma referência fundamental na prática de enfermagem. Horta também introduziu o Processo de Enfermagem, um método sistematizado para avaliar e atender as necessidades dos pacientes, que é amplamente utilizado em instituições de ensino e prática clínica no Brasil. Seu trabalho ajudou a humanizar o cuidado de saúde e a consolidar a enfermagem como uma ciência no país. Referências Horta, W. A. (1974). Enfermagem: Teoria, Conceitos, Princípios e Processo. Revista Escola de Enfermagem da USP, 5(1), 7-15. Lucena, I. C. D., & Barreira, I. A. (2010). Enfermagem em Novas Dimensões: Wanda Horta e sua Contribuição para a Construção de um Novo Conhecimento da Enfermagem (1975-1979). Revista Enfermagem em Novas Dimensões, 34(1), 534-545. Moura, J. W. S., Nogueira, D. R., Rosa, F. F. D. P., Silva, T. L., Santos, E. K. A., & Schoeller, S. D. (2022). Marcos de visibilidade da enfermagem na era contemporânea: uma reflexão à luz de Wanda Horta. Revista Enfermagem Atual In Derme, 96(39), Jul-Set. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Teorias da Enfermagem Teoria da Autoeficácia Dr. Marcelo Negreiros novembro 1, 2024 Teorias da Enfermagem Teoria das Transições Dr. Marcelo Negreiros novembro 1, 2024 Teorias da Enfermagem Teoria do Ser Humano Unitário Dr. Marcelo Negreiros novembro 1, 2024 Teorias da Enfermagem Teoria da Saúde como Consciência Expandida Dr. Marcelo Negreiros outubro 31, 2024

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