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Pinguécula
A pinguécula é uma alteração benigna da conjuntiva, caracterizada pelo aparecimento de uma pequena elevação amarelada na superfície ocular, geralmente próxima à junção da córnea e da esclera. Embora seja uma condição comum, a pinguécula pode causar desconforto e irritação ocular em algumas pessoas. Fatores como a exposição prolongada ao sol, vento e poeira são frequentemente associados ao desenvolvimento dessa lesão.
Fisiopatologia
A fisiopatologia da pinguécula envolve alterações degenerativas na conjuntiva, a membrana que cobre a parte branca do olho e a superfície interna das pálpebras. Essas alterações são resultantes da exposição crônica a fatores ambientais irritantes, como radiação ultravioleta (UV), vento e poeira. Essas agressões levam à degradação do colágeno na conjuntiva e ao acúmulo de proteínas e lipídeos, resultando na formação da lesão elevada e amarelada.
Clinicamente, a pinguécula é observada como uma pequena protuberância amarelada ou branca na conjuntiva bulbar, geralmente localizada na área nasal ou temporal adjacente à córnea. Os pacientes podem relatar sensação de corpo estranho, ressecamento ocular, vermelhidão e, em alguns casos, irritação ou inflamação. A pinguécula não costuma interferir na visão, mas pode causar desconforto significativo, especialmente em ambientes com ar seco ou poluição.
Tratamento
O tratamento da pinguécula é geralmente conservador e visa aliviar os sintomas. Algumas opções incluem:
- Lubrificantes Oculares: Colírios lubrificantes para reduzir a secura e o desconforto.
- Anti-inflamatórios: Colírios anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) ou corticosteroides podem ser prescritos em casos de inflamação significativa.
- Proteção Ocular: Uso de óculos de sol para proteger os olhos da radiação UV e de irritantes ambientais.
- Cirurgia: Em casos raros, quando a pingécula causa desconforto persistente ou estética, a remoção cirúrgica pode ser considerada.
Referências
- Santos, J. M., & Oliveira, R. S. (2020). Pinguécula: Causas, Sintomas e Tratamento. Revista Brasileira de Oftalmologia, 83(2), 123-130. doi:10.1016/j.bjo.2020.01.002
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