2024

SInais Clínicos

Sinal de Koplik

Sinal de Koplik O sinal de Koplik é uma manifestação clássica e precoce do sarampo, caracterizada por pequenas manchas brancas ou cinza-azuladas com base avermelhada, que surgem na mucosa oral, geralmente na altura dos molares. Sua importância clínica está no fato de ser um achado diagnóstico específico do sarampo, aparecendo antes do exantema cutâneo e permitindo o diagnóstico precoce da doença. Fisiopatologia Essas lesões resultam da replicação viral na mucosa oral, seguida por uma reação inflamatória local intensa. O sarampo é causado pelo vírus do sarampo, um membro da família Paramyxoviridae, que atinge as células epiteliais da mucosa respiratória e dissemina-se pelo organismo. A reação inflamatória nas lesões orais reflete a resposta imunológica ao vírus. O sinal de Koplik se apresenta como pequenas lesões puntiformes de 1 a 3 mm, que lembram grãos de areia, frequentemente rodeadas por um halo vermelho. Elas são localizadas na mucosa jugal, próximas aos dentes molares, mas podem se estender para outras áreas da boca. Geralmente, surgem de 1 a 4 dias antes do início do exantema do sarampo e desaparecem rapidamente após o surgimento das manchas cutâneas. Tratamento O tratamento do sinal de Koplik está diretamente relacionado ao manejo do sarampo, uma vez que essas lesões orais representam um dos primeiros sinais patognomônicos da infecção pelo vírus Morbillivirus. Como se trata de uma infecção viral, o tratamento é suporte clínico e sintomático, visando aliviar os sintomas e prevenir complicações. As principais medidas incluem: Hidratação adequada: reposição de líquidos para evitar desidratação. Controle da febre e dor: uso de antitérmicos e analgésicos, como paracetamol ou dipirona, evitando anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) devido ao risco de complicações, como a síndrome de Reye. Suporte nutricional: alimentação balanceada e suplementação de vitamina A, especialmente em crianças, pois reduz a morbidade e mortalidade associadas ao sarampo. Isolamento e medidas preventivas: pacientes devem permanecer isolados até pelo menos quatro dias após o surgimento do exantema para evitar a disseminação do vírus. Além disso, é fundamental a imunização como medida preventiva. Pacientes não vacinados devem receber a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) ou imunoglobulina em casos específicos, como imunossuprimidos e gestantes expostas ao vírus. O sinal de Koplik desaparece espontaneamente após alguns dias, geralmente antes ou concomitante ao surgimento do exantema cutâneo, sendo um marcador clínico importante para o diagnóstico precoce do sarampo. Quem Descreveu Dr. Henry Koplik Foi descrito pela primeira vez em 1896 pelo pediatra norte-americano Henry Koplik. Ele observou que essas manchas eram um sinal patognomônico do sarampo, ajudando a diferenciar a doença de outras condições febris exantemáticas, como a rubéola. Referências Moss WJ. Measles. The Lancet. 2017;390(10111):2490-2502. doi:10.1016/S0140-6736(17)31463-0. World Health Organization. Measles Fact Sheet. Disponível em: https://www.who.int. Acesso em: dezembro de 2024. Durrheim DN, Crowcroft NS, Strebel PM. Measles – the epidemiology of elimination. Vaccine. 2014;32(51):6880-6883. doi:10.1016/j.vaccine.2014.10.061. Brasil. Ministério da Saúde. Manual de Vigilância Epidemiológica do Sarampo. Disponível em: http://www.saude.gov.br. Acesso em: dezembro de 2024. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… SInais Clínicos Sinal de Koplik Dr. Marcelo Negreiros dezembro 30, 2024 SInais Clínicos Sinal de Cullen Dr. Marcelo Negreiros outubro 15, 2024 SInais Clínicos Sinal de Battle Dr. Marcelo Negreiros outubro 13, 2024 SInais Clínicos Sinal do Guaxinim Dr. Marcelo Negreiros outubro 8, 2024

Atlas de Histologia

Mitocôndria

Voltar Mitocôndrias As mitocôndrias, frequentemente referidas como as “usinas de energia” das células, são organelas essenciais responsáveis por gerar a maior parte do ATP (adenosina trifosfato), a molécula que fornece energia para muitas funções celulares. Encontradas em quase todas as células eucarióticas, as mitocôndrias desempenham um papel vital no metabolismo energético e na manutenção da homeostase celular. Além de sua função principal na produção de ATP através da fosforilação oxidativa, essas organelas são envolvidas em outros processos cruciais, como a regulação do ciclo celular, a sinalização celular, e a apoptose, que é o processo de morte celular programada. A estrutura única das mitocôndrias, que inclui uma membrana dupla e seu próprio DNA (mtDNA), sugere uma origem evolutiva intrigante que remonta à teoria endossimbiótica. Função As mitocôndrias são organelas fundamentais para a sobrevivência e funcionamento das células eucarióticas. Sua principal função é a produção de ATP (adenosina trifosfato), a molécula de energia que alimenta diversas atividades celulares. Esse processo ocorre através da fosforilação oxidativa na cadeia transportadora de elétrons, localizada na membrana interna das mitocôndrias. Produção de Energia: As mitocôndrias convertem nutrientes em ATP através do ciclo de Krebs (ou ciclo do ácido cítrico) e da cadeia respiratória. O ATP é utilizado por células para processos que requerem energia, como contração muscular, síntese de proteínas e divisão celular. Regulação do Metabolismo Celular: Além da produção de ATP, as mitocôndrias desempenham um papel na regulação do metabolismo intermediário, incluindo a beta-oxidação de ácidos graxos e a biossíntese de certos aminoácidos. Homeostase do Cálcio: As mitocôndrias ajudam a regular os níveis de cálcio dentro das células, o que é crucial para várias funções celulares, incluindo a sinalização celular e a contração muscular. Produção de Calor: Em tecidos especializados, como o tecido adiposo marrom, as mitocôndrias participam da termogênese, um processo que gera calor através da dissociação da fosforilação oxidativa. Apoptose: As mitocôndrias também estão envolvidas na apoptose, ou morte celular programada, através da liberação de proteínas pró-apoptóticas. Este processo é essencial para o desenvolvimento normal e para a eliminação de células danificadas ou desnecessárias. Produção de Radicais Livres: Durante a produção de ATP, as mitocôndrias também geram radicais livres, que são moléculas reativas de oxigênio. Embora em excesso esses radicais possam causar danos celulares, em níveis controlados, eles desempenham papéis na sinalização celular. Imagem 01 Imagem 02 Imagem 03 Imagem 04 Imagem 01; 02; 03 Microscopia Eletrônica: Podemos observar uma mitocôndria isolada, perceba a facil diferenciação de suas membranas interna e externa, e como a membrana sofre invaginações para formar as cristas mitocondriais. Imagem 04 Microscopia Eletrônica: Podemos observar várias mitocôndria em uma única célula. Isso acontece em células que possuem uma alta demanda energética! Microscopia Eletrônica: Podemos observar uma mitocôndria isolada, perceba a facil diferenciação de suas membranas interna e externa, e como a membrana sofre invaginações para formar as cristas mitocondriais. Microscopia Eletrônica: Podemos observar várias mitocôndria em uma única célula. Isso acontece em células que possuem uma alta demanda energética! O Microscópio Eletrônico de Transmissão (TEM) permite a visualização detalhada da estrutura interna das mitocôndrias. Ao usar o TEM, você pode observar a membrana interna altamente dobrada, formando cristas mitocondriais, e a membrana externa lisa. As cristas são importantes para a produção de ATP, pois aumentam a superfície para as reações da fosforilação oxidativa. As mitocôndrias geralmente têm forma oval ou alongada e variam de tamanho, geralmente medindo cerca de 0,5 a 1 µm de diâmetro e até 10 µm de comprimento. Nas imagens de TEM, as mitocôndrias mostram claramente a diferença entre as membranas interna e externa, assim como as cristas. Com a microscopia de fluorescência, é possível observar a distribuição das mitocôndrias dentro das células, revelando sua densa concentração em regiões de alta demanda energética, como próximo às fibras musculares ou ao redor do núcleo. Referências Alberts, B., Johnson, A., Lewis, J., Raff, M., Roberts, K., & Walter, P. (2008). Molecular Biology of the Cell (5th Edition). New York: Garland Science. Junqueira, L. C., & Carneiro, J. M. (2008). Histologia Básica: A Prática na Análise de Biopsias e Material Fixo. 10ª edição. São Paulo: Atheneu. Wallace, D. C., Fan, W., & Procaccio, V. (2010). Mitochondrial Diseases: Methods and Protocols. Totowa, NJ: Humana Press. Quem Descobriu? Dr. Richard Altmann Richard Altmann (1852-1900) foi um patologista e histologista alemão, nascido em Deutsch Eylau, na Prússia. Altmann é mais conhecido por seu trabalho sobre a estrutura celular e pela descoberta das mitocôndrias, que ele chamou de “bioblastos” em seu livro de 1890, “Die Elementarorganismen”. Além disso, Altmann é creditado por cunhar o termo “ácidos nucleicos” em 1889, substituindo o termo “nucleína” de Friedrich Miescher. Ele desenvolveu novas técnicas de coloração e melhorou métodos de fixação para estudos histológicos. Dr. Marcelo Negreiros Autor do Artigo Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

Calculadoras Médicas

Correção K+

Voltar Correção Hipo/Hiper calemia Aqui no MedFoco, entendemos a importância de uma administração de medicamentos precisa e segura. Por isso, criamos este guia completo de diluições, pensado especialmente para profissionais de saúde que buscam clareza e confiança na preparação de fármacos. Nosso objetivo é oferecer informações detalhadas e de fácil acesso sobre as diluições mais comuns utilizadas em diferentes contextos clínicos. A administração correta de medicamentos é essencial para garantir a eficácia terapêutica e minimizar os riscos de efeitos adversos. Neste guia, você encontrará orientações precisas para a diluição de diversas medicações, incluindo as indicações específicas para administrações intravenosa (EV) direta, contínua, e intramuscular (IM). Cada entrada foi elaborada com base nas melhores práticas e recomendações atualizadas, sempre com a segurança do paciente em mente. Explore nosso Guia de Diluições e encontre as informações que você precisa de maneira rápida e prática. No MedFoco, estamos comprometidos em apoiar sua prática clínica com conteúdos de qualidade e soluções inovadoras. Tratamento Hipo/Hipercalemia Tratamento Hipo / Hiper calemia Escolha o tratamento: Hipocalemia Leve a Moderada (K 3,0-3,4)Hipocalemia Grave (K < 3,0)Hipercalemia Leve (K 5,6-6,0)Hipercalemia Moderada (K+ > 6,0 e ≤ 7,0) a grave (K+ > 7,0) Ver Resultado Quando Usar Esta calculadora é projetada para auxiliar na avaliação e manejo dos desequilíbrios de potássio, incluindo hipercalemia (níveis elevados de potássio no sangue) e hipocalemia (níveis baixos de potássio no sangue). Lembre-se de que a calculadora é uma ferramenta de apoio e não substitui a avaliação clínica completa e o julgamento médico. Falhas Esta calculadora foi desenvolvida para auxiliar na conduta de correção dos distúrbios do potássio, mas diante dos diferentes protocolos institucionais, pode haver discordância entre o tratamento proposto e o efetivamente realizado. Interpretação O algoritmo irá indicar a melhor opção de tratamento dependendo do nível de K+ sérico Esta calculadora é projetada para auxiliar na avaliação e manejo dos desequilíbrios de potássio, incluindo hipercalemia (níveis elevados de potássio no sangue) e hipocalemia (níveis baixos de potássio no sangue). Lembre-se de que a calculadora é uma ferramenta de apoio e não substitui a avaliação clínica completa e o julgamento médico. Esta calculadora foi desenvolvida para auxiliar na conduta de correção dos distúrbios do potássio, mas diante dos diferentes protocolos institucionais, pode haver discordância entre o tratamento proposto e o efetivamente realizado. O algoritmo irá indicar a melhor opção de tratamento dependendo do nível de K+ sérico Referências Palmer BF, Carrero JJ, Clegg DJ, et al. Clinical Management of Hyperkalemia. Mayo Clin Proc. 2021; 96(3):744-762. Riella MC. Princí­pios de nefrologia e distúrbios hidroeletrolí­ticos. 5a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2010. Piner A, Spangler R. Disorders of Potassium. Emerg Med Clin North Am. 2023; 41(4):711-728. Lin Z, Wong LYF, Cheung BMY. Diuretic-induced hypokalaemia: an updated review. Postgrad Med J. 2022; 98(1160):477-482. Dr. Marcelo Negreiros Autor da Adaptação Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

Calculadoras Médicas

Guia de Diluições

Voltar Guia de Diluições Aqui no MedFoco, entendemos a importância de uma administração de medicamentos precisa e segura. Por isso, criamos este guia completo de diluições, pensado especialmente para profissionais de saúde que buscam clareza e confiança na preparação de fármacos. Nosso objetivo é oferecer informações detalhadas e de fácil acesso sobre as diluições mais comuns utilizadas em diferentes contextos clínicos. A administração correta de medicamentos é essencial para garantir a eficácia terapêutica e minimizar os riscos de efeitos adversos. Neste guia, você encontrará orientações precisas para a diluição de diversas medicações, incluindo as indicações específicas para administrações intravenosa (EV) direta, contínua, e intramuscular (IM). Cada entrada foi elaborada com base nas melhores práticas e recomendações atualizadas, sempre com a segurança do paciente em mente. Explore nosso Guia de Diluições e encontre as informações que você precisa de maneira rápida e prática. No MedFoco, estamos comprometidos em apoiar sua prática clínica com conteúdos de qualidade e soluções inovadoras. Guia de Diluições Guia de Diluições Pesquisar Medicação: Bromoprida 5 mg/mL – frasco-ampola com 2 mL Administração Informação EV Direta 01 amp + 18mL de SF 0,9% ou SG 5% EV Contínua Não administrar IM Não é necessária diluição Ceftriaxona EV 500 mg + 5mL AD Ceftriaxona EV 1000 mg + 10mL AD Ceftriaxona IM 500 mg + 2mL lidocaína a 1% Ceftriaxona IM 1000 mg + 3,5mL lidocaína a 1% Administração Informação EV Direta 500mg – Não é necessária diluição 1g – Não é necessária diluição EV Contínua 2g – diluir em 40mL de SF 0,9% ou SG 5% ou AD IM 500mg – Não é necessária diluição 1g – Não é necessária diluição Ajuste de Dose Informação Clearance < 10 mL/min Máximo de 2 g/dia Dexametasona 2 mg/mL, ampola com 1 mL Dexametasona 4 mg/mL, frasco-ampola com 2,5 mL Administração Informação EV Direta Não necessita de diluição EV Contínua Diluir o medicamento em 50-100 mL de SF 0,9% ou SG 5% IM Não necessita de diluição Intra-articular Não necessita de diluição Intrassinovial Não necessita de diluição Diclofenaco 25 mg/mL – frasco-ampola com 3 mL Administração Informação EV Direta Não administrar EV Contínua Não administrar IM Não é necessária diluição Dipirona 500 mg/mL – ampola com 2 mL Administração Informação EV Direta 01 amp + 20mL de AD EV Contínua Não administrar IM Não é necessária diluição Meropeném 500mg / 1g/ 2g Administração Informação EV Direta Não é necessária diluição EV Contínua 500mg + 25mL de SF 0,9% ou SG 5%1g + 50mL de SF 0,9% ou SG 5%2g + 100mL de SF 0,9% ou SG 5% IM Não administrar Ajuste de Dose Informação Clearance > 50 mL/min Não necessita de ajuste Clearance 26-50 mL/min 500-1.000 mg EV de 12/12 horas Clearance 10-25 mL/min 250-500 mg EV de 12/12 horas Clearance < 10 mL/min 250-500 mg EV de 24/24 horas Noradrenalina 2 mg/mL – ampola com 4 mL Administração Informação EV Direta Não administrar EV Contínua 04 amp + 234mL SF 0,9% – iniciar com 10mL/h em BICConcentração: 64mcg/mL IM Não administrar Omeprazol 40mg Administração Informação EV Direta Não necessita de diluição EV Contínua Diluir 40 mg do medicamento reconstituído anteriormente em 100 mL de SF 0,9% ou SG 5% IM Não administrar Tenoxicam 20 mg ou 40 mg + ampola diluente com 2 mL Administração Informação EV Direta Não necessita de diluição EV Contínua Não administrar IM Não necessita de diluição Referências Trissel LA. Guia de bolso para fármacos injetáveis. 14a ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. Barros E, Torriani MS, Santos L, et al. Medicamentos de A a Z. 5a ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. Dr. Marcelo Negreiros Autor da Adaptação Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

Guia de Intoxicação

Aroeira

Voltar Intoxicação por Aroeira A aroeira, conhecida cientificamente como Schinus terebinthifolia, é uma planta amplamente utilizada na medicina tradicional e na culinária. No entanto, é importante destacar que a exposição inadequada a essa planta pode resultar em intoxicação. A aroeira contém compostos ativos que, em certas condições, podem causar reações adversas em humanos. A intoxicação por aroeira pode ocorrer através do contato direto com a planta, inalação de seus vapores ou ingestão de suas partes, sendo mais comum em pessoas que manuseiam a planta sem as devidas precauções. Os sintomas podem variar desde irritações cutâneas até problemas gastrointestinais e reações alérgicas graves. Toxodinâmica As folhas e a casca têm resina altamente alergizante, que, aderida a partículas dispersas no ar, pode causar dermatites a distância, sem contato direto. A prevalência de sensibilização é em torno de 9% para L. molleoides e de 2% para S. terebinthifolius. A reação cutânea ocorre na presença de vários catecóis, fenóis, quinóis e resorcinóis, substâncias denominadas de “urushióis”. São extremamente lipofílicas e acumulam-se nas membranas celulares. As lesões dependem de prévia sensibilização do sistema imunológico. Reagem com proteínas da pele para formar antígenos provocando reações de hipersensibilidade, ativam as células T provocando um estado generalizado de sensibilidade cutânea. Lesões aparecem em 24-48 horas e podem durar de 2-3 semanas. Diagnóstico O diagnóstico é realizado quando há relato de exposição indireta à planta e aparecimento de lesões características. Em pacientes com história prévia de sensibilização, os sintomas tendem a ser mais intensos. Em pacientes com a presença de reação de hipersensibilidade cutânea que não tenham mencionado a exposição à árvore, o diagnóstico é de suspeição e o tratamento deve seguir o empregado em reações cutâneas de hipersensibilidade. As folhas e a casca têm resina altamente alergizante, que, aderida a partículas dispersas no ar, pode causar dermatites a distância, sem contato direto. A prevalência de sensibilização é em torno de 9% para L. molleoides e de 2% para S. terebinthifolius. A reação cutânea ocorre na presença de vários catecóis, fenóis, quinóis e resorcinóis, substâncias denominadas de “urushióis”. São extremamente lipofílicas e acumulam-se nas membranas celulares. As lesões dependem de prévia sensibilização do sistema imunológico. Reagem com proteínas da pele para formar antígenos provocando reações de hipersensibilidade, ativam as células T provocando um estado generalizado de sensibilidade cutânea. Lesões aparecem em 24-48 horas e podem durar de 2-3 semanas. O diagnóstico é realizado quando há relato de exposição indireta à planta e aparecimento de lesões características. Em pacientes com história prévia de sensibilização, os sintomas tendem a ser mais intensos. Em pacientes com a presença de reação de hipersensibilidade cutânea que não tenham mencionado a exposição à árvore, o diagnóstico é de suspeição e o tratamento deve seguir o empregado em reações cutâneas de hipersensibilidade. Quadro Clínico Dermatite de contato caracterizada por eritema, pápulas e bolhas associadas a prurido intenso, que pode persistir por vários dias. A síndrome de hipersensibilidade geralmente aparece 24-48 horas após a exposição. Geralmente, inicia em áreas expostas. Sinais e sintomas: Queimação, eritema e prurido intenso; Desenvolvimento de vesículas com conteúdo seroso; Infecção secundária local tardia, ocasionada por coçadura das lesões. Tratamento O tratamento é sintomático e de suporte. Exposição cutânea: lavar a pele com água corrente e uso de antissépticos suaves. Em caso de reação de hipersensibilidade com prurido intenso, é necessário o uso de anti-histamínicos e corticoide por um período de 5-15 dias. É importante estar atento ao aparecimento de infecção secundária local. Caso isso ocorra, o uso de antibioticoterapia está indicado. As lesões tendem a desaparecer em um intervalo de 2-3 semanas. Dermatite de contato caracterizada por eritema, pápulas e bolhas associadas a prurido intenso, que pode persistir por vários dias. A síndrome de hipersensibilidade geralmente aparece 24-48 horas após a exposição. Geralmente, inicia em áreas expostas. Sinais e sintomas: Queimação, eritema e prurido intenso; Desenvolvimento de vesículas com conteúdo seroso; Infecção secundária local tardia, ocasionada por coçadura das lesões. O tratamento é sintomático e de suporte. Exposição cutânea: lavar a pele com água corrente e uso de antissépticos suaves. Em caso de reação de hipersensibilidade com prurido intenso, é necessário o uso de anti-histamínicos e corticoide por um período de 5-15 dias. É importante estar atento ao aparecimento de infecção secundária local. Caso isso ocorra, o uso de antibioticoterapia está indicado. As lesões tendem a desaparecer em um intervalo de 2-3 semanas. Tratamento Intoxicação por Giesta Tratamento Intoxicação por Giesta Escolha o tratamento: UrticáriaInfecção Secundária Ver Resultado Referências Carvalho MG, Melo AGN, Aragão CFS, Raffin FN, Moura TFAL. Schinus terebinthifolius Raddi: chemical composition, biological properties and toxicity. Rev. Bras. Pl. Med. 2013; 15(1):158-169. Lorenzi H, Matos FJA. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002. Matos FJA, Lorenzi H, Santos LFL, et al. Plantas Tóxicas: estudos de fitotoxicologia química de plantas brasileiras. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2011. Nelson LS, Shih RD, Balick MJ. Handbook of poisonous and injurious plants. 2nd ed. New York: Springer, 2007. Toxina Schinus terebinthifolia A intoxicação pela aroeira (Schinus terebinthifolia) pode ocorrer em várias situações, principalmente devido ao contato direto com a planta, inalação de seus vapores ou ingestão de suas partes. Trabalhadores agrícolas, jardineiros e pessoas que manuseiam a planta sem as devidas precauções estão em maior risco de exposição. Além disso, a ingestão acidental de suas folhas, frutos ou cascas, especialmente por crianças ou animais de estimação, pode resultar em envenenamento. Reações alérgicas também são comuns em pessoas sensíveis à planta, podendo causar irritações cutâneas, problemas respiratórios e sintomas gastrointestinais. Dr. Marcelo Negreiros Autor da Adaptação Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

Guia de Intoxicação

Giesta

Voltar Intoxicação por Giesta A giesta, conhecida cientificamente como Spartium junceum, é uma planta ornamental amplamente encontrada em várias regiões temperadas do mundo. Apesar de sua aparência atraente, essa planta contém compostos tóxicos que podem causar sérias complicações em humanos e animais. A intoxicação por giesta ocorre principalmente através da ingestão de suas partes, especialmente as sementes e as flores, que contêm alcaloides tóxicos como a citisina, a sparteína e a ammodendrina. Esses alcaloides podem interferir no sistema nervoso central, causando uma variedade de sintomas clínicos que variam desde náuseas e vômitos até arritmias cardíacas e convulsões. Toxodinâmica Todas as partes da planta contêm alcaloides de quinolizidina, tais como citisina, esparteína e isosparteína. A citisina atua agonicamente nos receptores de acetilcolina (colinérgicos); ela é um agonista parcial dos receptores nicotínicos a4b2. Tais alcaloides têm efeitos diversos, dependendo da dose administrada e da duração da exposição. Toxicocinética: A nicotina e os alcaloides semelhantes à nicotina são prontamente absorvidos por todas as vias de exposição e são rápida e amplamente distribuídos, atravessando facilmente a barreira hematoencefálica e a placenta, sendo livremente distribuídos no leite materno. O metabolismo ocorre predominantemente no fígado, seguido de rápida eliminação renal. Dose tóxica: Sintomas gastrointestinais podem ocorrer com a ingestão de uma a duas sementes. Não há relatos na literatura de sintomas neurológicos graves associados a ingestão abaixo de oito sementes. Diagnóstico O diagnóstico é feito baseado na suspeita de ingestão (que geralmente ocorre em crianças, de maneira acidental) associado à presença de sintomas compatíveis com a síndrome nicotínica, já descritos acima. Não há exames laboratoriais específicos nem dosagem de toxinas realizados rotineiramente que auxiliem no diagnóstico. Todas as partes da planta contêm alcaloides de quinolizidina, tais como citisina, esparteína e isosparteína. A citisina atua agonicamente nos receptores de acetilcolina (colinérgicos); ela é um agonista parcial dos receptores nicotínicos a4b2. Tais alcaloides têm efeitos diversos, dependendo da dose administrada e da duração da exposição. Toxicocinética: A nicotina e os alcaloides semelhantes à nicotina são prontamente absorvidos por todas as vias de exposição e são rápida e amplamente distribuídos, atravessando facilmente a barreira hematoencefálica e a placenta, sendo livremente distribuídos no leite materno. O metabolismo ocorre predominantemente no fígado, seguido de rápida eliminação renal. Dose tóxica: Sintomas gastrointestinais podem ocorrer com a ingestão de uma a duas sementes. Não há relatos na literatura de sintomas neurológicos graves associados a ingestão abaixo de oito sementes. O diagnóstico é feito baseado na suspeita de ingestão (que geralmente ocorre em crianças, de maneira acidental) associado à presença de sintomas compatíveis com a síndrome nicotínica, já descritos acima. Não há exames laboratoriais específicos nem dosagem de toxinas realizados rotineiramente que auxiliem no diagnóstico. Quadro Clínico Após a exposição aguda, os sintomas geralmente seguem um padrão bifásico. A fase inicial consiste na estimulação colinérgica nicotínica, resultando em sintomas como dor abdominal, hipertensão, taquicardia e tremores. A segunda fase inibitória é atrasada e muitas vezes anunciada por hipotensão, bradicardia e dispneia, levando finalmente ao coma e à insuficiência respiratória. A clínica varia dependendo da dose, da via de exposição e do tempo decorrido. Sintomas: Gastrointestinais: Os primeiros sintomas aparecem por volta do momento da ingestão e consistem em leve irritação da mucosa oral e faríngea, hipersalivação e vômitos. A dor abdominal e a diarreia são resultado da estimulação parassimpática; Neurológicos: Nos casos mais graves, surgem manifestações neurológicas (midríase, cefaleia, delirium, confusão mental e convulsões); Casos graves (ingestão maciça – mais de oito sementes): Hipotonia, paralisia muscular, hipotensão, bradicardia, coma e insuficiência respiratória, podendo levar à morte do paciente. Tratamento O manejo do paciente vai depender do tipo de exposição, da quantidade ingerida e dos sintomas associados. Pacientes assintomáticos: Devem permanecer seis horas em observação e, após esse período, podem receber alta; Sintomas gastrointestinais leves: Dor abdominal, náuseas e vômitos devem ser tratados com sintomáticos tais como analgésicos, antieméticos e antiespasmóticos, assim como correção de distúrbios hidroleletrolíticos e hidratação adequada; Sintomas neurológicos/nicotínicos intensos: Na presença de convulsões, tremores e fasciculações musculares, pode ser necessário o uso de benzodiazepínicos. Atenção à rabdomiólise, hipercalemia e alterações de função renal; Paralisia diafragmática e asfixia: Na presença de esforço respiratório, dessaturação e sinais de insuficiência respiratória, o paciente deve ter sua via aérea protegida e receber assistência ventilatória até que sua função muscular seja restabelecida. Após a exposição aguda, os sintomas geralmente seguem um padrão bifásico. A fase inicial consiste na estimulação colinérgica nicotínica, resultando em sintomas como dor abdominal, hipertensão, taquicardia e tremores. A segunda fase inibitória é atrasada e muitas vezes anunciada por hipotensão, bradicardia e dispneia, levando finalmente ao coma e à insuficiência respiratória. A clínica varia dependendo da dose, da via de exposição e do tempo decorrido. Sintomas: Gastrointestinais: Os primeiros sintomas aparecem por volta do momento da ingestão e consistem em leve irritação da mucosa oral e faríngea, hipersalivação e vômitos. A dor abdominal e a diarreia são resultado da estimulação parassimpática; Neurológicos: Nos casos mais graves, surgem manifestações neurológicas (midríase, cefaleia, delirium, confusão mental e convulsões); Casos graves (ingestão maciça – mais de oito sementes): Hipotonia, paralisia muscular, hipotensão, bradicardia, coma e insuficiência respiratória, podendo levar à morte do paciente. O manejo do paciente vai depender do tipo de exposição, da quantidade ingerida e dos sintomas associados. Pacientes assintomáticos: Devem permanecer seis horas em observação e, após esse período, podem receber alta; Sintomas gastrointestinais leves: Dor abdominal, náuseas e vômitos devem ser tratados com sintomáticos tais como analgésicos, antieméticos e antiespasmóticos, assim como correção de distúrbios hidroleletrolíticos e hidratação adequada; Sintomas neurológicos/nicotínicos intensos: Na presença de convulsões, tremores e fasciculações musculares, pode ser necessário o uso de benzodiazepínicos. Atenção à rabdomiólise, hipercalemia e alterações de função renal; Paralisia diafragmática e asfixia: Na presença de esforço respiratório, dessaturação e sinais de insuficiência respiratória, o paciente deve ter sua via aérea protegida e receber assistência ventilatória até que sua função muscular seja restabelecida. Tratamento Intoxicação por Giesta Tratamento Intoxicação por Giesta Escolha o tratamento: Sintomas GastrointestinaisSintomas Neurológicos Ver Resultado Referências Abreu-Matos F J. Plantas tóxicas: estudo de fitotoxidade química de plantas brasileiras. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2011. Lorenzi H, Abreu-Matos FJ. Plantas medicinais no Brasil: nativas

Guia de Zoonoses

Criptococose

Criptococose A criptococose é uma micose sistêmica causada por fungos do gênero Cryptococcus, sendo as espécies Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii as principais responsáveis pela infecção em humanos e animais. Trata-se de uma zoonose de grande relevância para a saúde pública, especialmente em indivíduos imunocomprometidos, nos quais pode levar a formas graves, como meningoencefalite criptocócica. O fungo está amplamente distribuído no ambiente, sendo encontrado no solo, em fezes de aves (principalmente pombos) e em troncos de árvores. A transmissão ocorre principalmente por inalação de esporos, tornando essa infecção uma preocupação em áreas urbanas e rurais. Embora a criptococose seja oportunista, acometendo com maior frequência pacientes imunossuprimidos (como portadores do HIV/AIDS, transplantados e pacientes em uso prolongado de corticosteroides), também pode ocorrer em indivíduos imunocompetentes, especialmente quando há exposição a altos níveis do fungo. Essa micose pode afetar diferentes órgãos, com predileção pelo sistema nervoso central (SNC) e pulmões, podendo levar a complicações graves se não tratada adequadamente. Agente Etiológico Cryptococcus neoformans O principal agente da criptococose é o Cryptococcus neoformans, que afeta principalmente pacientes imunocomprometidos, como portadores de HIV/AIDS, transplantados e indivíduos em terapia imunossupressora. Já o Cryptococcus gattii pode infectar pessoas imunocompetentes e está associado a áreas florestais. Epidemiologia Distribuição Global Estima-se que, mundialmente, o Cryptococcus seja responsável por aproximadamente um milhão de novos casos anuais, resultando em cerca de 625 mil óbitos nos primeiros três meses após a infecção. Situação no Brasil No Brasil, a criptococose não é de notificação compulsória em nível nacional, o que dificulta a obtenção de dados precisos sobre sua incidência e prevalência. Entretanto, estudos regionais fornecem insights valiosos: Regiões Norte e Nordeste: Essas áreas são consideradas endêmicas para C. gattii, com o tipo molecular VGII sendo responsável por cerca de 80% dos casos. Pacientes com HIV/AIDS: A criptococose é a principal causa de meningite oportunista relacionada ao HIV no Brasil, sendo responsável por 13% das mortes relacionadas à AIDS globalmente. Estudos Regionais: Pesquisa realizada no estado de Goiás identificou 130 casos de criptococose entre 2011 e 2014, dos quais 89,2% eram HIV positivos. A meningoencefalite foi a forma clínica predominante em ambos os grupos. Mortalidade A taxa de letalidade da criptococose permanece elevada. Em um estudo realizado no Hospital Couto Maia, em Salvador, Bahia, a letalidade foi de 42,7%. Fatores de Risco Imunossupressão: Indivíduos com HIV/AIDS, transplantados de órgãos sólidos e pacientes em uso de terapias imunossupressoras apresentam maior risco de desenvolver a doença. Exposição Ambiental: C. neoformans é frequentemente encontrado em fezes de aves, especialmente pombos, enquanto C. gattii está associado a determinadas espécies de árvores, como o eucalipto. Principais Reservatórios O Cryptococcus neoformans e o Cryptococcus gattii são fungos ubiquitários no meio ambiente, encontrados principalmente em locais ricos em matéria orgânica. A presença desses microrganismos em ambientes naturais e urbanos torna a exposição humana comum, especialmente em certas condições ambientais favoráveis ao crescimento fúngico. Fezes de Pombos e Outras Aves 🕊️ As fezes de pombos (Columba livia) representam um dos reservatórios mais conhecidos do Cryptococcus neoformans. Esse fungo pode ser encontrado em alta concentração em locais onde há acúmulo de excrementos dessas aves, como: Forros de prédios abandonados Beirais de construções Praças públicas e estátuas Galpões e silos de grãos Embora os pombos não desenvolvam a infecção, seus dejetos fornecem um ambiente rico em nitrogênio e ácidos húmicos, favorecendo a proliferação do fungo. Outras aves também podem contribuir para a disseminação ambiental, mas sem o mesmo impacto dos pombos. Solo Contaminado 🌱 O Cryptococcus spp. pode sobreviver no solo por longos períodos, especialmente em locais com alto teor de matéria orgânica. Ele é frequentemente isolado em: Áreas urbanas próximas a pombais Jardins e parques públicos Locais próximos a criadouros de aves A inalação de esporos presentes na poeira do solo é um dos principais mecanismos de infecção humana. Ocos de Árvores e Serragem 🌳 Diferente do C. neoformans, o Cryptococcus gattii tem predileção por áreas florestais e pode ser encontrado em troncos e cavidades de árvores, além de serragem e madeira em decomposição. Espécies frequentemente associadas incluem: Eucalyptus spp. Terminalia catappa (amendoeira) Ficus spp. (figueiras) Esse reservatório é mais comum em regiões tropicais e subtropicais, onde a transmissão pode ocorrer mesmo em indivíduos imunocompetentes. Poeira Ambiental e Ambientes Fechados 🏠 A poeira contendo esporos do Cryptococcus pode ser aerossolizada em condições secas e dispersa pelo vento, contaminando espaços internos, como: Armazéns e silos Ambientes hospitalares (raro, mas possível em imunossuprimidos) Casas com ventilação inadequada próximas a áreas de risco A capacidade do fungo de resistir a condições ambientais adversas facilita sua persistência em locais urbanos e rurais. Quadro Clínico A criptococose é uma infecção fúngica que pode se apresentar de diferentes formas clínicas, dependendo do estado imunológico do paciente e da via de disseminação do Cryptococcus spp. no organismo. Os sintomas variam de manifestações respiratórias leves a formas graves, como meningoencefalite criptocócica e doença disseminada. Forma Pulmonar (Criptococose Pulmonar) 🫁 A infecção geralmente se inicia nos pulmões após a inalação de esporos do fungo. Na maioria dos casos, indivíduos imunocompetentes desenvolvem uma resposta eficaz contra a infecção, podendo permanecer assintomáticos ou apresentar sintomas leves e autolimitados. Já em pacientes imunossuprimidos, a infecção pode evoluir para formas graves. Os principais sintomas incluem: Tosse seca ou produtiva Dor torácica Febre baixa e persistente Dispneia (falta de ar) Fadiga e mal-estar geral Em exames de imagem, a criptococose pulmonar pode se manifestar como nódulos pulmonares, infiltrações difusas ou lesões cavitárias, muitas vezes confundidas com tuberculose ou outras pneumonias. Forma Neurológica (Meningoencefalite Criptocócica) 🧠 A meningoencefalite criptocócica é a forma mais grave e comum da doença, principalmente em pacientes com imunossupressão, como pessoas vivendo com HIV/AIDS, transplantados e indivíduos em tratamento com imunossupressores. Os sintomas clássicos incluem: Cefaleia intensa e persistente Febre moderada a alta Rigidez de nuca (sinal de irritação meníngea) Alteração do nível de consciência (confusão mental, letargia, sonolência ou coma em casos avançados) Fotofobia (sensibilidade à luz) Náuseas e vômitos de origem neurológica Convulsões (em casos mais avançados ou em pacientes com hipertensão intracraniana) A evolução da doença pode ser insidiosa,

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Células Espumosas

Voltar Celula Espumosa As células espumosas, também conhecidas como células de espuma, são macrófagos que ingeriram grandes quantidades de lipídios, especialmente colesterol, resultando em um citoplasma cheio de vacúolos lipidicos. Esses vacúolos dão à célula uma aparência espumosa característica, daí seu nome. Células espumosas desempenham um papel central na formação de placas ateroscleróticas nas paredes das artérias, sendo um componente crucial no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como a aterosclerose. A formação de células espumosas ocorre quando macrófagos englobam lipoproteínas de baixa densidade (LDL) modificadas, levando a uma acumulação excessiva de colesterol. Este processo é desencadeado por diversos fatores, incluindo dietas ricas em gorduras, inflamação crônica e predisposição genética. A presença de células espumosas nas placas ateroscleróticas contribui para a inflamação e o estreitamento das artérias, aumentando o risco de eventos cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Função As células espumosas desempenham um papel crucial, mas prejudicial, na formação de placas ateroscleróticas dentro das artérias. Sua principal função é a fagocitose de lipídios, especialmente colesterol, que resulta na sua característica aparência “espumosa”. Ao englobarem lipoproteínas de baixa densidade (LDL) modificadas, essas células se acumulam na parede das artérias, contribuindo para o desenvolvimento e progressão da aterosclerose. Essas células são geradas principalmente a partir de macrófagos que, ao ingerirem grandes quantidades de lipídios, se transformam em células espumosas. A presença dessas células na placa aterosclerótica causa inflamação local e contribui para o estreitamento das artérias, aumentando o risco de doenças cardiovasculares como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Imagem 01 Imagem 02 Imagem 03 Imagem 04 Imagem 01 Microscopia Eletrônica: Podemos observar uma célula de espumosa em aproximação. Note as múltiplas vesículas de colesterol que esse macrófago está carregando. Imagem 02 Microscopia Óptica: Uma visualização simples de várias células espumosas. Essa lâmina é de uma zona de infarto antigo, onde os macrófagos se acumularam e é um exemplo de esteatose por absorção de macrófagos. Imagem 03 Microscopia Óptica: Em evidência algumas células espumosas. Ela possui um citoplasma mais claro e repleto de vacúolos de gordura. Imagem 04 Microscopia Óptica: Em evidência uma célula espumosa com outros leucócitos ao redor. Ela é notavelmente maior que os linfócitos e monócitos presentes e seu citoplasma está repleto de vacúolos de gordura. Microscopia Eletrônica: Podemos observar uma célula de espumosa em aproximação. Note as múltiplas vesículas de colesterol que esse macrófago está carregando. Microscopia Óptica: Uma visualização simples de várias células espumosas. Essa lâmina é de uma zona de infarto antigo, onde os macrófagos se acumularam e é um exemplo de esteatose por absorção de macrófagos. Microscopia Óptica: Em evidência algumas células espumosas. Ela possui um citoplasma mais claro e repleto de vacúolos de gordura. Microscopia Óptica: Em evidência uma célula espumosa com outros leucócitos ao redor. Ela é notavelmente maior que os linfócitos e monócitos presentes e seu citoplasma está repleto de vacúolos de gordura. As células espumosas, sob um microscópio óptico, aparecem como células grandes com um citoplasma “espumoso”, cheio de vacúolos de lipídios. Estes vacúolos são gotas de gordura que os macrófagos ingeriram. Sob colorações específicas, como a coloração de óleo vermelho O ou Sudan IV, as células espumosas se destacam pela presença de lipídios. No microscópio eletrônico, a visualização é ainda mais detalhada. Podemos ver a estrutura interna dos vacúolos lipídicos, a membrana celular e outros componentes celulares com precisão. Os vacúolos aparecem como áreas claras dentro do citoplasma denso e esponjoso da célula. Referências Gutierrez, P. S. (2022). Foam Cells in Atherosclerosis. Arq. Bras. Cardiol., 119(4), 542-543. https://doi.org/10.36660/abc.20220659 Corrêa-Camacho, C. R., Dias-Melicio, L. A., & Soares, A. M. V. C. (2022). Aterosclerose, uma resposta inflamatória. Repositório RACS. https://repositorio-racs.famerp.br/racs_ol/vol-14-1/ID205.pdf SciELO Brasil. (2022). Células Espumosas na Aterosclerose. Arq. Bras. Cardiol. https://www.scielo.br/j/abc/a/FSPwyLn483x3pxhbxjg37Yx/ Dr. Marcelo Negreiros Autor do Artigo Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

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Células de Merkel

Voltar Células de Merkel As células de Merkel, descobertas por Friedrich Sigmund Merkel em 1875, são células sensoriais especializadas localizadas na pele e em algumas membranas mucosas. Elas desempenham um papel crucial na percepção tátil, especialmente em áreas sensíveis como as pontas dos dedos e os lábios. Estas células são parte do sistema mecanorreceptor da pele e estão intimamente associadas a terminações nervosas, formando complexos de células de Merkel-neurite. A função exata dessas células ainda é objeto de intensa pesquisa, mas sabe-se que elas são essenciais para a discriminação de textura e a detecção de formas e bordas de objetos. Função As células de Merkel têm um papel crucial na função sensorial da pele, particularmente na percepção do toque. Elas são mecanorreceptores, o que significa que são capazes de detectar estímulos mecânicos. Localizadas principalmente nas camadas basais da epiderme, associam-se estreitamente às terminações nervosas, formando complexos de células de Merkel-neurite. Essas células são responsáveis pela detecção de formas, texturas e bordas dos objetos, permitindo uma discriminação tátil refinada. A informação sensorial capturada pelas células de Merkel é transmitida ao sistema nervoso central, onde é processada e interpretada. Imagem 01 Imagem 02 Imagem 03 Imagem 04 Imagem 01 Microscopia Eletrônica: Podemos observar uma célula de Merkel isolada. Na ultraestrutura, o citoplasma parece claro, mas contém grânulos pequenos, esféricos, de centro escuro (densos em elétrons), de 80-120 nm. Também mostra filamentos escuros, curtos e paralelos. O retículo endoplasmático é grande, assim como o Golgi, demonstrando síntese e secreção. O núcleo é lobulado com reentrâncias profundas e paralelo à superfície do epitélio. A cromatina parece pouco condensada, o que implica altas taxas de transcrição . Um ou dois nucléolos são vistos . O citoplasma emite processos em forma de dedo ou espigão em direção à epiderme, que se interdigitam com os queratinócitos circundantes através de desmossomos .​ Aqui existem numerosas junções estreitas do tipo desmossoma. Imagem 02 Microscopia Óptica: Esta coloração por imuno-histoquímica evidencia uma célula de Merkel. As células táteis de Merkel com coloração usual são difíceis de distinguir devido ao seu citoplasma claro (se confundem com Melanócitos ou Células de Langerhans). Essas células, com comprimento de 15-20 μm, são maiores que as outras células epiteliais que as circundam. Eles mostram um grande núcleo vesicular paralelo à superfície do epitélio. Eles são vistos especialmente perto do estrato basal da epiderme e perto dos folículos pilosos . Abaixo da célula de Merkel existe um “menisco tátil”, um disco côncavo-convexo, contínuo com uma fibrila nervosa. A mielina da fibrila cessa antes de chegar à fileira epidérmica mais baixa. ​São facilmente distinguíveis por imuno-histoquímica e microscopia confocal. Imagem 03 Microscopia Óptica: Aqui temos um corte histológico de pele corado por imunofluorecência. Os pontos em vermelho são complexos de células de merkel. Imagem 04 Microscopia Óptica: Corte histológico de pele. Nessa imagem podemos observar algumas células com citoplasma claro na camada basal da epiderme (setas). Normalmente essas células são classificadas como melanócitos mas algumas delas podem ser células de merkel ja que, como dito na legenda de imagem 2, não conseguimos diferencia-las por metodos convencionais. Microscopia Eletrônica: Podemos observar uma célula de Merkel isolada. Na ultraestrutura, o citoplasma parece claro, mas contém grânulos pequenos, esféricos, de centro escuro (densos em elétrons), de 80-120 nm. Também mostra filamentos escuros, curtos e paralelos. O retículo endoplasmático é grande, assim como o Golgi, demonstrando síntese e secreção. O núcleo é lobulado com reentrâncias profundas e paralelo à superfície do epitélio. A cromatina parece pouco condensada, o que implica altas taxas de transcrição . Um ou dois nucléolos são vistos . O citoplasma emite processos em forma de dedo ou espigão em direção à epiderme, que se interdigitam com os queratinócitos circundantes através de desmossomos .​ Aqui existem numerosas junções estreitas do tipo desmossoma. Microscopia Óptica: Esta coloração por imuno-histoquímica evidencia uma célula de Merkel. As células táteis de Merkel com coloração usual são difíceis de distinguir devido ao seu citoplasma claro (se confundem com Melanócitos ou Células de Langerhans). Essas células, com comprimento de 15-20 μm, são maiores que as outras células epiteliais que as circundam. Eles mostram um grande núcleo vesicular paralelo à superfície do epitélio. Eles são vistos especialmente perto do estrato basal da epiderme e perto dos folículos pilosos . Abaixo da célula de Merkel existe um “menisco tátil”, um disco côncavo-convexo, contínuo com uma fibrila nervosa. A mielina da fibrila cessa antes de chegar à fileira epidérmica mais baixa. ​São facilmente distinguíveis por imuno-histoquímica e microscopia confocal. Microscopia Óptica: Aqui temos um corte histológico de pele corado por imunofluorecência. Os pontos em vermelho são complexos de células de merkel. Microscopia Óptica: Corte histológico de pele. Nessa imagem podemos observar algumas células com citoplasma claro na camada basal da epiderme (setas). Normalmente essas células são classificadas como melanócitos mas algumas delas podem ser células de merkel ja que, como dito na legenda de imagem 2, não conseguimos diferencia-las por metodos convencionais. As células de Merkel podem ser vistas no microscópio usando técnicas específicas de coloração. Sob o microscópio óptico, elas aparecem como células ovaladas ou em forma de disco na camada basal da epiderme, frequentemente associadas a terminações nervosas. Usando imuno-histoquímica, que envolve a coloração com anticorpos específicos, as células de Merkel podem ser identificadas com maior precisão graças à presença de marcadores específicos, como o citoqueratina 20 (CK20). No microscópio eletrônico, a estrutura interna das células de Merkel é ainda mais detalhada, revelando grânulos densos nas suas membranas e sua íntima associação com os nervos. Referências Resnick, B. (2017). Middle Range Nursing Theory of Self-Efficacy. In S. J. Peterson & T. S. Bredow (Eds.), Middle Range Theories: Application to Nursing Research and Practice (5th ed., pp. 223-223). Lippincott Williams & Wilkins. Bandura, A. (1997). Self-Efficacy: The Exercise of Control. W. H. Freeman and Company. Lee, J., & Noh, D. (2021). Factors Associated With Self-Care Among Patients Receiving Hemodialysis: A Cross-Sectional Observational Study. Research and Theory for Nursing Practice, 35(2), RTNP-D-20-00042. Quem Descobriu? Dr. Friedrich Sigmund Merkel Friedrich Sigmund Merkel (1845-1919) foi um anatomista e histopatologista alemão renomado do final do século XIX. Ele é

Teorias da Enfermagem

Teoria da Autoeficácia

Teoria da Autoeficácia A Teoria da Autoeficácia, desenvolvida por Barbara Resnick, oferece uma perspectiva essencial para a prática da enfermagem, concentrando-se na capacidade dos indivíduos de acreditar em suas próprias habilidades para realizar ações necessárias e atingir metas específicas de saúde e bem-estar. Resnick baseou sua teoria na premissa de que a autoeficácia, ou a crença na própria capacidade de executar comportamentos para alcançar objetivos, é um fator determinante para a promoção da saúde e a recuperação de doenças. Resnick identifica que a autoeficácia influencia diretamente as escolhas de comportamento, a persistência diante de desafios e a resiliência em situações adversas. Em contextos de saúde, a teoria sugere que os enfermeiros devem atuar como facilitadores, promovendo a autoeficácia dos pacientes através de apoio, encorajamento e educação. Isso inclui ajudar os pacientes a definir metas realistas, oferecer feedback positivo e criar oportunidades para o sucesso. Fundamentos A Teoria da Autoeficácia, proposta por Albert Bandura, se baseia na ideia de que a crença de uma pessoa na sua capacidade de executar comportamentos necessários para produzir resultados específicos afeta suas ações, motivações e níveis de estresse. Esses são os pilares dessa teoria: Experiências de domínio: Sucessos anteriores aumentam a confiança na autoeficácia, enquanto fracassos a reduzem. Experiências vicárias: Observar alguém semelhante a si mesmo tendo sucesso pode aumentar a autoeficácia. Persuasão verbal: Encorajamento e feedback positivo de outros podem fortalecer a crença na própria capacidade. Estados fisiológicos e emocionais: Níveis de estresse e emoções positivas ou negativas podem influenciar a autoeficácia. Impáctos na Prática A Teoria da Enfermagem de Barbara Resnick, que se baseia na Teoria da Autoeficácia, tem vários impactos práticos no campo da enfermagem: Melhoria na qualidade do atendimento: Enfermeiros que acreditam em suas próprias capacidades são mais propensos a implementar práticas baseadas em evidências, resultando em melhores cuidados aos pacientes. Promoção da saúde preventiva: Profissionais com alta autoeficácia são mais eficazes na educação dos pacientes sobre a importância de hábitos saudáveis, promovendo a prevenção de doenças. Redução do estresse ocupacional: A crença na própria capacidade ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade, aumentando a resiliência dos profissionais de enfermagem diante de situações desafiadoras. Maior aderência a protocolos e procedimentos: A autoeficácia facilita a confiança dos enfermeiros na execução de protocolos e procedimentos padrão, garantindo segurança e eficácia no cuidado. Capacitação contínua: Enfermeiros com alta autoeficácia estão mais dispostos a buscar educação continuada e treinamentos, aprimorando constantemente suas habilidades e conhecimentos. Esses impactos combinados resultam em um ambiente de trabalho mais positivo e produtivo, além de contribuir para melhores resultados de saúde para os pacientes. Desafios e Limitações Embora a Teoria da Autoeficácia de Bandura (e adaptada por Barbara Resnick) ofereça muitas vantagens, ela não é isenta de desafios e limitações na prática: Variabilidade individual: Nem todos respondem da mesma maneira aos métodos de fortalecimento da autoeficácia. Fatores como personalidade, experiências passadas e suporte social podem influenciar a eficácia das intervenções. Contexto específico: A aplicabilidade da autoeficácia pode variar em diferentes contextos e situações. O que funciona bem em um ambiente de cuidados intensivos pode não ser tão eficaz em cuidados domiciliares, por exemplo. Medida subjetiva: A autoeficácia é uma crença subjetiva e pode ser difícil de medir com precisão. Autoavaliações podem ser influenciadas por fatores emocionais e de autoestima. Tempo e recursos: Promover a autoeficácia de forma eficaz pode exigir tempo e recursos consideráveis para treinamento e suporte contínuo, algo que nem todas as instituições de saúde podem fornecer. Dependência de experiências prévias: A construção da autoeficácia baseia-se em experiências de sucesso anteriores. Profissionais de enfermagem mais jovens ou menos experientes podem lutar para desenvolver uma autoeficácia sólida sem um histórico de sucessos. Esses desafios não diminuem a importância da Teoria da Autoeficácia, mas destacam a necessidade de abordagens complementares e personalizadas na prática de enfermagem. Quem Criou? Enf. Barbara Resnick Barbara Resnick é uma renomada enfermeira, pesquisadora e mentora na área de gerontologia. Ela é Professora e Cadeira Sonya Ziporkin Gershowitz em Gerontologia na Escola de Enfermagem da Universidade de Maryland. Resnick desenvolveu a abordagem de Cuidado Focado na Função (Function-Focused Care), que visa ajudar os idosos a manterem sua mobilidade e realizar atividades diárias, promovendo a saúde e prevenindo declínios funcionais. Ela também é conhecida por seu trabalho em pesquisa sobre exercício e mobilidade, e tem contribuído significativamente para a educação e prática clínica em cuidados geriátricos. Resnick foi presidente da American Geriatrics Society e recebeu vários prêmios por suas contribuições à saúde e bem-estar dos idosos. Referências Resnick, B. (2017). Middle Range Nursing Theory of Self-Efficacy. In S. J. Peterson & T. S. Bredow (Eds.), Middle Range Theories: Application to Nursing Research and Practice (5th ed., pp. 223-223). Lippincott Williams & Wilkins. Bandura, A. (1997). Self-Efficacy: The Exercise of Control. W. H. Freeman and Company. Lee, J., & Noh, D. (2021). Factors Associated With Self-Care Among Patients Receiving Hemodialysis: A Cross-Sectional Observational Study. Research and Theory for Nursing Practice, 35(2), RTNP-D-20-00042. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Teorias da Enfermagem Teoria da Autoeficácia Dr. Marcelo Negreiros novembro 1, 2024 Teorias da Enfermagem Teoria das Transições Dr. Marcelo Negreiros novembro 1, 2024 Teorias da Enfermagem Teoria do Ser Humano Unitário Dr. Marcelo Negreiros novembro 1, 2024 Teorias da Enfermagem Teoria da Saúde como Consciência Expandida Dr. Marcelo Negreiros outubro 31, 2024

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