Anisaquíase
A anisaquiase é uma doença causada pela ingestão de larvas de nematoides da família Anisakidae, que são parasitas de mamíferos marinhos, como baleias, golfinhos e focas. Essas larvas podem estar presentes em peixes e frutos do mar crus ou mal cozidos, como sushi, ceviche, salmão defumado e bacalhau. A infecção humana ocorre quando as larvas penetram na mucosa do estômago ou do intestino, causando sintomas como dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia, febre e reações alérgicas. O diagnóstico é feito por endoscopia, que permite visualizar e remover as larvas, ou por exames de imagem, como tomografia ou ultrassonografia. O tratamento pode envolver a retirada das larvas por endoscopia, o uso de medicamentos antiparasitários, como albendazol, ou a cirurgia, em casos mais graves. A prevenção consiste em cozinhar bem os peixes e frutos do mar, ou congelá-los por um período adequado, para eliminar as larvas.
A anisaquiase é considerada uma zoonose emergente, pois está relacionada aos hábitos alimentares da população, que consome cada vez mais peixes e frutos do mar crus ou mal cozidos, como sushi, ceviche, salmão defumado e bacalhau.
A anisaquiase é mais prevalente em países ou regiões onde o consumo de pescado cru é tradicional, como Japão, Coreia, Países Baixos, Escandinávia e costa do Pacífico da América Latina. No Brasil, há poucos casos relatados, mas acredita-se que a doença esteja subdiagnosticada e subnotificada, devido à falta de conhecimento dos profissionais de saúde e da população em geral.
Os principais fatores de risco para a anisaquiase são: ingestão de peixes ou frutos do mar crus ou mal cozidos, especialmente salmão, arenque, cavala, lula, alabote e anchova; falta de inspeção sanitária dos produtos pesqueiros; ausência de medidas de congelamento adequadas para eliminar as larvas; e proximidade de áreas costeiras com presença de mamíferos marinhos infectados.
A prevenção da anisaquiase envolve: educação sanitária da população e dos manipuladores de alimentos; fiscalização e controle da qualidade dos produtos pesqueiros; cozimento adequado dos peixes e frutos do mar, a pelo menos 70°C; ou congelamento dos mesmos a -20°C por pelo menos 72 horas, ou a -35°C por pelo menos 24 horas.
Os principais vetores são os peixes e frutos do mar de água salgada, como salmão, arenque, cavala, lula, alabote e anchova. Esses animais se contaminam ao ingerir crustáceos que hospedam as larvas, ou ao se alimentar de outros peixes infectados. Os mamíferos marinhos, como baleias, golfinhos, focas e leões marinhos, são os hospedeiros definitivos dos vermes, que se reproduzem em seus intestinos e liberam os ovos no mar. Os seres humanos são hospedeiros acidentais, que se infectam ao consumir peixes ou frutos do mar crus ou mal cozidos, sem o tratamento adequado de congelamento ou cozimento. A anisaquíase é uma doença emergente, que está relacionada aos hábitos alimentares da população, especialmente o consumo de sushi, ceviche, salmão defumado e bacalhau.
O ciclo de vida do anisakidae é complexo e envolve vários hospedeiros:
- Os vermes adultos do anisakidae vivem no intestino de mamíferos marinhos, como baleias, golfinhos e focas, onde se reproduzem e liberam ovos nas fezes.
- Os ovos eclodem na água do mar e liberam larvas que nadam livremente e são ingeridas por crustáceos, como camarões e caranguejos.
- As larvas se desenvolvem nos crustáceos e passam para o estágio L3, que é infectante.
- Os crustáceos infectados são comidos por peixes ou cefalópodes, como lulas e polvos, e as larvas migram para os músculos desses animais, onde formam nódulos.
- Os peixes ou cefalópodes infectados são comidos por mamíferos marinhos, e as larvas voltam para o intestino desses animais, onde se tornam vermes adultos e completam o ciclo.
- Os seres humanos podem se infectar acidentalmente ao comer peixes ou cefalópodes crus ou mal cozidos que contenham larvas do anisakidae, mas não são hospedeiros definitivos do parasita.
A fisiopatologia da anisaquíase envolve a reação inflamatória e imunológica do organismo humano às larvas do anisakidae que penetram na mucosa do trato gastrintestinal. As larvas podem causar lesões mecânicas, químicas e térmicas nos tecidos, além de liberar antígenos que desencadeiam uma resposta imune humoral e celular. Essa resposta pode levar à formação de granulomas, fibrose, ulceração, necrose e obstrução intestinal. Além disso, alguns pacientes podem desenvolver reações alérgicas, como urticária, angioedema, anafilaxia e asma, devido à sensibilização aos antígenos do parasita. A fisiopatologia da anisaquíase depende do local de penetração das larvas, do número de larvas, do tempo de infecção e da susceptibilidade individual do hospedeiro.
O quadro clínico da anisaquiase depende do local de infecção das larvas do verme Anisakis, que podem se alojar no estômago ou no intestino delgado após a ingestão de peixes ou frutos do mar crus ou mal cozidos.
A anisaquiase gástrica se manifesta por dor abdominal forte, náuseas e vômitos, que ocorrem algumas horas depois da ingestão do alimento contaminado. Em alguns casos, as larvas podem ser expelidas pelo vômito ou pela tosse. A endoscopia digestiva alta pode visualizar e remover as larvas do estômago.
A anisaquiase intestinal é menos comum e pode causar uma massa inflamatória no intestino delgado, que provoca sintomas subagudos semelhantes aos da doença de Crohn, como dor abdominal, diarreia, febre e sangue nas fezes. Esses sintomas podem se desenvolver uma ou duas semanas após a ingestão das larvas. A endoscopia digestiva baixa, a tomografia ou a ultrassonografia podem auxiliar no diagnóstico e no tratamento.
Ocasionalmente as larvas de Anisakis podem penetrar a cavidade peritoneal ou as vísceras e causar granuloma eosinofílico, que pode ser confundido com neoplasia.
O diagnóstico da anisaquiase é feito principalmente por meio da endoscopia, que permite visualizar e remover as larvas do verme que se alojam na mucosa do estômago ou do intestino. Em alguns casos, os pacientes podem expelir as larvas pelo vômito ou pela tosse, e trazê-las para análise.
O exame de fezes não é útil, pois os seres humanos não eliminam ovos nem parasitos pelas fezes. Testes sorológicos estão disponíveis em alguns países, mas não são amplamente utilizados.
A anisaquiase é considerada uma zoonose emergente, pois está relacionada aos hábitos alimentares da população, que consome cada vez mais peixes e frutos do mar crus ou mal cozidos, como sushi, ceviche, salmão defumado e bacalhau.
A anisaquiase é mais prevalente em países ou regiões onde o consumo de pescado cru é tradicional, como Japão, Coreia, Países Baixos, Escandinávia e costa do Pacífico da América Latina. No Brasil, há poucos casos relatados, mas acredita-se que a doença esteja subdiagnosticada e subnotificada, devido à falta de conhecimento dos profissionais de saúde e da população em geral.
Os principais fatores de risco para a anisaquiase são: ingestão de peixes ou frutos do mar crus ou mal cozidos, especialmente salmão, arenque, cavala, lula, alabote e anchova; falta de inspeção sanitária dos produtos pesqueiros; ausência de medidas de congelamento adequadas para eliminar as larvas; e proximidade de áreas costeiras com presença de mamíferos marinhos infectados.
A prevenção da anisaquiase envolve: educação sanitária da população e dos manipuladores de alimentos; fiscalização e controle da qualidade dos produtos pesqueiros; cozimento adequado dos peixes e frutos do mar, a pelo menos 70°C; ou congelamento dos mesmos a -20°C por pelo menos 72 horas, ou a -35°C por pelo menos 24 horas.
Os principais vetores são os peixes e frutos do mar de água salgada, como salmão, arenque, cavala, lula, alabote e anchova. Esses animais se contaminam ao ingerir crustáceos que hospedam as larvas, ou ao se alimentar de outros peixes infectados. Os mamíferos marinhos, como baleias, golfinhos, focas e leões marinhos, são os hospedeiros definitivos dos vermes, que se reproduzem em seus intestinos e liberam os ovos no mar. Os seres humanos são hospedeiros acidentais, que se infectam ao consumir peixes ou frutos do mar crus ou mal cozidos, sem o tratamento adequado de congelamento ou cozimento. A anisaquíase é uma doença emergente, que está relacionada aos hábitos alimentares da população, especialmente o consumo de sushi, ceviche, salmão defumado e bacalhau.
O ciclo de vida do anisakidae é complexo e envolve vários hospedeiros:
- Os vermes adultos do anisakidae vivem no intestino de mamíferos marinhos, como baleias, golfinhos e focas, onde se reproduzem e liberam ovos nas fezes.
- Os ovos eclodem na água do mar e liberam larvas que nadam livremente e são ingeridas por crustáceos, como camarões e caranguejos.
- As larvas se desenvolvem nos crustáceos e passam para o estágio L3, que é infectante.
- Os crustáceos infectados são comidos por peixes ou cefalópodes, como lulas e polvos, e as larvas migram para os músculos desses animais, onde formam nódulos.
- Os peixes ou cefalópodes infectados são comidos por mamíferos marinhos, e as larvas voltam para o intestino desses animais, onde se tornam vermes adultos e completam o ciclo.
- Os seres humanos podem se infectar acidentalmente ao comer peixes ou cefalópodes crus ou mal cozidos que contenham larvas do anisakidae, mas não são hospedeiros definitivos do parasita.
A fisiopatologia da anisaquíase envolve a reação inflamatória e imunológica do organismo humano às larvas do anisakidae que penetram na mucosa do trato gastrintestinal. As larvas podem causar lesões mecânicas, químicas e térmicas nos tecidos, além de liberar antígenos que desencadeiam uma resposta imune humoral e celular. Essa resposta pode levar à formação de granulomas, fibrose, ulceração, necrose e obstrução intestinal. Além disso, alguns pacientes podem desenvolver reações alérgicas, como urticária, angioedema, anafilaxia e asma, devido à sensibilização aos antígenos do parasita. A fisiopatologia da anisaquíase depende do local de penetração das larvas, do número de larvas, do tempo de infecção e da susceptibilidade individual do hospedeiro.
O quadro clínico da anisaquiase depende do local de infecção das larvas do verme Anisakis, que podem se alojar no estômago ou no intestino delgado após a ingestão de peixes ou frutos do mar crus ou mal cozidos.
A anisaquiase gástrica se manifesta por dor abdominal forte, náuseas e vômitos, que ocorrem algumas horas depois da ingestão do alimento contaminado. Em alguns casos, as larvas podem ser expelidas pelo vômito ou pela tosse. A endoscopia digestiva alta pode visualizar e remover as larvas do estômago.
A anisaquiase intestinal é menos comum e pode causar uma massa inflamatória no intestino delgado, que provoca sintomas subagudos semelhantes aos da doença de Crohn, como dor abdominal, diarreia, febre e sangue nas fezes. Esses sintomas podem se desenvolver uma ou duas semanas após a ingestão das larvas. A endoscopia digestiva baixa, a tomografia ou a ultrassonografia podem auxiliar no diagnóstico e no tratamento.
Ocasionalmente as larvas de Anisakis podem penetrar a cavidade peritoneal ou as vísceras e causar granuloma eosinofílico, que pode ser confundido com neoplasia.
O diagnóstico da anisaquiase é feito principalmente por meio da endoscopia, que permite visualizar e remover as larvas do verme que se alojam na mucosa do estômago ou do intestino. Em alguns casos, os pacientes podem expelir as larvas pelo vômito ou pela tosse, e trazê-las para análise.
O exame de fezes não é útil, pois os seres humanos não eliminam ovos nem parasitos pelas fezes. Testes sorológicos estão disponíveis em alguns países, mas não são amplamente utilizados.
Tratamento
O tratamento da anisaquiase depende do local e do número de larvas do verme Anisakis que infectam o estômago ou o intestino. Quando o verme encontra-se no estômago, a sua remoção através da endoscopia digestiva é suficiente para curar o paciente. Os sintomas desaparecem logo ao final do procedimento.
- Remoção endoscópica: Quando o verme encontra-se no estômago, a sua remoção através da endoscopia digestiva é suficiente para curar o paciente. Consiste em usar um aparelho que permite visualizar e retirar as larvas do estômago ou do intestino por meio de uma sonda que é introduzida pela boca.
Apesar da remoção por endoscopia ser um tratamento curativo e eficaz, algumas regiões podem não dispor desse procedimento. Além disso, o tratamento com endoscopia pode falhar. Sendo assim utilizamos o tratamento farmacológico com albendazol. Esse tratamento pode ser utilizado como primeira opção mesmo em casos simples e também pode ser associado a um corticoide para melhorar a resposta aos sintomas. Os estudos variam quanto a duração do tratamento farmacológico de 3 a 21 dias. No geral, o tempo de duração é definido de acordo com a resposta do paciente.
01. Albendazol 400mg - 6 a 42 comprimidos
Tomar 01 comprimido, por via oral, de 12/12h (2 vezes ao dia) durante 3 a 21 dias.
01. Prednisona
Tomar 20 mg/dia (até 1 mg/kg/dia), por via oral, durante 5 dias. Em seguida, desmame de 50% da dose a cada 5 dias.
Quando o verme já não se encontra mais no estômago e penetrou a mucosa do intestino, provocando abscesso ou obstrução intestinal, a cirurgia é forma mais indicada de tratar a infecção.
- Cirurgia: é reservada para os casos mais graves, quando há complicações como obstrução, perfuração ou sangramento intestinal causados pelas larvas. A cirurgia consiste em abrir o abdômen e remover as larvas manualmente.
Por fim, deve-se avaliar a necessidade da prescrição de profiláticos e sintomáticos de modo individualizado. Dentre os sintomáticos mais importantes estão analgésicos como Dipirona e Paracetamol para dor, Metoclopramida ou Bromoprida em caso de náuseas e/ou vômitos, e Omeprazol ou Pantoprazol para protenção gástrica.
Acompanhamento
O acompanhamento depende da gravidade do caso, a maioria dos pacientes evolui com quadros mais leves que podem ser manejados ambulatorialmente caso o diagnóstico seja claro. Entretanto, casos que evoluem com falha terapêutica, que seja necessário uma investigação mais demorada ou que tenha sinais de gravidade (desidratação, instabilidade hemodinâmica…), a internação é indicada para um melhor acompanhamento. Quando os sintomas forem controlados, diagnóstico definido e a terapia farmacológica eficiente for iniciada, o paciente poderá voltar para seguimento ambulatorial. No geral, os tratamentos citados no tópico anterior são suficientes para curar essa zoonose, não sendo necessário acompanhamento a longo prazo. Idealmente, o profissional de saúde deve atentar ao paciente sobre os métodos de prevenção que consiste em cozinhar bem os peixes e frutos do mar, ou congelá-los por um período adequado, para eliminar as larvas.
Sobre o patógeno
Anisakidae
Os Anisakidae são uma família de vermes nematódeos que parasitam animais marinhos, como baleias, golfinhos, focas e peixes. Esses vermes podem infectar os seres humanos quando eles ingerem carne crua ou mal cozida de peixes ou frutos do mar contaminados. A infecção causada pelos Anisakidae é chamada de anisaquíase e pode provocar sintomas como dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia, febre e reações alérgicas.
Referências
- Anisaquíase (verme do sushi): como se pega e tratamento (mdsaude.com)
- Anisaquíase – Doenças infecciosas – Manuais MSD edição para profissionais (msdmanuals.com)
- Anisaquíase (verme do sushi): o que é, sintomas e tratamento – Tua Saúde (tuasaude.com)
- Anisaquíase; zoonose parasitária emergente no Brasil? | Hig. aliment;12(54): 26-35, mar.-abr. 1998. ilus | LILACS (bvsalud.org)
- SciELO – Brasil – Relato de nematóides da família Anisakidae em bacalhau comercializado em Ribeirão Preto, SP Relato de nematóides da família Anisakidae em bacalhau comercializado em Ribeirão Preto, SP
- 2.pdf (anapolis.go.gov.br)
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Doença pouco conhecida que merece destaque devido a popularização da comida oriental no nosso país.
Doença pouco conhecida que merece destaque devido a popularização da comida oriental no nosso país.