Sinal de Pemberton

Este sinal é caracterizado pela ocorrência de distensão das veias do pescoço, pletora facial, dispneia e cianose após a elevação dos braços acima da cabeça por um minuto. A manobra de Pemberton é utilizada principalmente para identificar a presença de bócio retroesternal, que pode causar obstrução da entrada do tórax e consequente compressão dos vasos sanguíneos e vias aéreas superiores.

A relevância deste sinal transcende a sua aplicação em diagnósticos de patologias tireoidianas, estendendo-se a outras condições que podem provocar obstrução torácica, como tumores de ápice pulmonar, linfomas, timomas e aneurismas da aorta. A compreensão detalhada do Sinal de Pemberton não apenas facilita o diagnóstico precoce de doenças potencialmente graves, mas também reforça a importância da observação cuidadosa e da avaliação clínica minuciosa.

Sinal de Pemberton está associado a diversas patologias, mas sua principal causa é o bócio retroesternal.

Outras Condições Associadas: Além do bócio retroesternal, outras condições também podem provocar o Sinal de Pemberton:

  • Tumores de ápice pulmonar: Esses tumores podem comprimir as estruturas torácicas e causar os sintomas do sinal.
  • Linfomas: Linfonodos aumentados ou tumores linfomatosos podem exercer pressão sobre os vasos e vias aéreas.
  • Timomas: Tumores do timo localizados no mediastino anterior também podem estar relacionados.
  • Aneurismas da aorta: A expansão anormal da aorta pode comprimir as estruturas vizinhas e desencadear o Sinal de Pemberton

A fisiopatologia do Sinal de Pemberton está relacionada à compressão de estruturas no mediastino superior, principalmente pela presença de um bócio retroesternal. Vamos explorar os mecanismos envolvidos:

Bócio Retroesternal:

    • O bócio retroesternal ocorre quando a glândula tireoide aumenta de tamanho e se estende para o mediastino superior, localizado atrás do esterno.
    • Esse crescimento anormal da tireoide pode comprimir as estruturas adjacentes, incluindo os vasos sanguíneos e as vias aéreas superiores.
    • A compressão resulta em sintomas observados durante a manobra de elevação dos braços, conhecida como Sinal de Pemberton.

Mecanismo:

    • Quando o paciente eleva os braços acima da cabeça por um minuto, ocorre uma pressão adicional no mediastino superior.
    • O bócio retroesternal, ao ser comprimido entre o manúbrio (parte superior do esterno) e o primeiro arco costal, exacerba essa compressão.
    • A veia cava superior, que retorna o sangue da parte superior do corpo para o coração, é particularmente afetada.
    • A compressão da veia cava superior leva à distensão das veias do pescoçopletora facialdispneia e, em casos mais graves, estridor.

Outras Condições Associadas:

      • Tumores de ápice pulmonar: Esses tumores podem comprimir as estruturas torácicas e causar os sintomas do sinal.
      • Linfomas: Linfonodos aumentados ou tumores linfomatosos também podem exercer pressão sobre os vasos e vias aéreas.
      • Timomas: Tumores do timo localizados no mediastino anterior.
      • Aneurismas da aorta: A expansão anormal da aorta pode comprimir as estruturas vizinhas e desencadear o Sinal de Pemberton.

Durante a avaliação, foi realizada a manobra de Pemberton, na qual o paciente elevou ambos os braços acima da cabeça por aproximadamente um minuto. Observou-se o desenvolvimento de distensão das veias jugularespletora facialdispneia e cianose leve, consistentes com o Sinal de Pemberton.

  1. Identificação e Avaliação:

    • Quando o Sinal de Pemberton é observado durante o exame físico, é importante investigar a causa subjacente.
    • Avalie o paciente quanto a outros sintomas, como dispneia, estridor, distensão venosa cervical e pletora facial.
  2. Investigação Diagnóstica:

    • Bócio Retroesternal: Se o bócio retroesternal for a causa suspeita, realize exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), para avaliar a extensão do bócio e sua relação com as estruturas torácicas.
    • Outras Condições: Se outras condições forem suspeitas (como tumores de ápice pulmonar, linfomas, timomas ou aneurismas da aorta), realize exames específicos para confirmar o diagnóstico.
  3. Tratamento:

    • O tratamento dependerá da causa subjacente:
      • Bócio Retroesternal: Se o bócio estiver causando compressão, considere a cirurgia para remoção do bócio (tireoidectomia).
      • Outras Condições: O tratamento variará com base na patologia específica. Por exemplo, tratamento oncológico para tumores ou abordagem específica para aneurismas da aorta.
  4. Monitoramento:

    • Acompanhe o paciente após o tratamento para avaliar a melhora dos sintomas e possíveis complicações.

Lembrando que cada caso é único, e a conduta deve ser individualizada com base na avaliação clínica e nos resultados dos exames.

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