Hipoestesia
Hipoestesia A hipoestesia é a diminuição da sensibilidade tátil, ou seja, uma resposta reduzida a estímulos sensoriais normais, como toque leve, pressão, vibração, dor ou temperatura. Esse sinal pode afetar uma região específica do corpo ou se manifestar de forma mais ampla, dependendo da causa. A hipoestesia pode envolver diferentes modalidades de sensibilidade: Tátil (toque leve) Dolorosa (sensibilidade à dor) Térmica (calor e frio) Vibratória (palestesia) Proprioceptiva (posição do corpo no espaço) Importância clínica A localização da hipoestesia no exame físico ajuda a determinar o nível e tipo de lesão neurológica: Distribuição em luva ou bota → neuropatia periférica Dermátomos bem definidos → lesão radicular Hemicorpo ou hemiface → lesão central (AVC, esclerose múltipla) Fronte nítida em nível torácico → lesão medular Além disso, a hipoestesia pode vir acompanhada de parestesias, dor neuropática, fraqueza muscular ou hipo/areflexia, dependendo da causa subjacente. Durante o exame neurológico, a hipoestesia é investigada com estímulos simples: Algodão ou pincel para toque leve Agulha descartável para dor superficial Tubo com água quente/fria ou metálico para temperatura Diapasão (128 Hz) para vibração Movimentos passivos de dedos ou articulações para propriocepção O paciente deve relatar se sente o estímulo, com que intensidade, e se há diferença entre os dois lados do corpo. Causas mais comuns A hipoestesia pode ter origem periférica, radicular, medular ou central. Suas principais causas incluem: Lesões periféricas: Neuropatias diabéticas Hanseníase Polineuropatias tóxicas, carenciais ou hereditárias Síndrome do túnel do carpo Lesões radiculares ou plexuais: Hérnia de disco com compressão radicular Lesões traumáticas do plexo braquial ou lombossacral Lesões centrais: Acidente vascular cerebral (AVC) parietal ou talâmico Esclerose múltipla Tumores cerebrais ou medulares Mielopatias compressivas Hipoestesia x Anestesia Hipoestesia: redução da sensibilidade Anestesia: abolição completa da sensibilidade Ambos os achados podem coexistir em graus variados, conforme a gravidade da lesão. Referências Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo de Abordagem das Doenças Neurológicas. DeMyer W. Techniques of the Neurologic Examination. McGraw-Hill, 2004. Ropper AH, Samuels MA. Adams & Victor: Principles of Neurology. McGraw-Hill, 2014. Blumenfeld H. Neuroanatomy through Clinical Cases. Sinauer Associates, 2010. Snell RS. Neuroanatomia Clínica. Guanabara Koogan, 2011. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… SInais Clínicos Hipoestesia Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Astereognose Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Reflexo de Tosse Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Reflexo de Lázaro Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025