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Tiopental

💊 Tiopental na UTI – Sedação Contínua O tiopental (ou tiopentona sódica) é um barbitúrico de ação ultrarrápida, utilizado principalmente em contextos de indução anestésica, controle de crises convulsivas e sedação profunda em pacientes com hipertensão intracraniana. Apesar de seu uso ter se tornado menos comum com o surgimento de agentes mais modernos, o tiopental ainda tem papel importante em situações específicas da terapia intensiva. Mecanismo de Ação O tiopental atua como agonista do receptor GABA-A, aumentando a inibição do sistema nervoso central. Isso resulta em efeitos hipnóticos, anticonvulsivantes e de redução da atividade cerebral. Sua rápida penetração no sistema nervoso central proporciona sedação em segundos, com curta duração de ação, mas pode acumular em uso contínuo devido à redistribuição tecidual e metabolização hepática. Indicações Indução anestésica para intubação orotraqueal Utilizado em sequência rápida de intubação, especialmente em neurocríticos. Controle da hipertensão intracraniana (HIC) Indicado para sedação profunda e redução do metabolismo cerebral, diminuindo a pressão intracraniana. Tratamento do status epilepticus refratário Usado como barbitúrico de última linha em pacientes que não respondem a benzodiazepínicos e anticonvulsivantes. Neuroproteção em pacientes com lesão cerebral grave Em casos de trauma ou isquemia cerebral onde se deseja “coma barbitúrico” terapêutico. Procedimentos neurocirúrgicos específicos Como parte do protocolo anestésico em craniotomias ou controle de crises intraoperatórias. Indução anestésica para intubação orotraqueal Utilizado em sequência rápida de intubação, especialmente em neurocríticos. Controle da hipertensão intracraniana (HIC) Indicado para sedação profunda e redução do metabolismo cerebral, diminuindo a pressão intracraniana. Tratamento do status epilepticus refratário Usado como barbitúrico de última linha em pacientes que não respondem a benzodiazepínicos e anticonvulsivantes. Neuroproteção em pacientes com lesão cerebral grave Em casos de trauma ou isquemia cerebral onde se deseja “coma barbitúrico” terapêutico. Procedimentos neurocirúrgicos específicos Como parte do protocolo anestésico em craniotomias ou controle de crises intraoperatórias. Contraindicações Porfiria aguda intermitente Barbitúricos podem precipitar crises graves e são formalmente contraindicados. Instabilidade hemodinâmica Pode causar vasodilatação periférica e depressão miocárdica com queda significativa da PA. Hipersensibilidade aos barbitúricos Reações alérgicas, inclusive anafilaxia, já documentadas. Disfunção hepática grave Risco de acúmulo e toxicidade devido à metabolização hepática. Doença respiratória descompensada sem suporte ventilatório Pode causar depressão respiratória acentuada. Uso prolongado sem monitoramento adequado Risco de acúmulo, imunossupressão, hipotermia e infecções secundárias. Porfiria aguda intermitente Barbitúricos podem precipitar crises graves e são formalmente contraindicados. Instabilidade hemodinâmica Pode causar vasodilatação periférica e depressão miocárdica com queda significativa da PA. Hipersensibilidade aos barbitúricos Reações alérgicas, inclusive anafilaxia, já documentadas. Disfunção hepática grave Risco de acúmulo e toxicidade devido à metabolização hepática. Doença respiratória descompensada sem suporte ventilatório Pode causar depressão respiratória acentuada. Uso prolongado sem monitoramento adequado Risco de acúmulo, imunossupressão, hipotermia e infecções secundárias. Apresentação Pó para solução injetável: 0,5 g e 1 g. ⚗️ Diluição para infusão O tiopental sódico é fornecido em pó liofilizado (ex: frasco com 1 g) e deve ser reconstituído com água estéril ou SF 0,9% para atingir uma concentração final entre 20 a 25 mg/mL, adequada para uso contínuo em sedação neuroprotetora, controle de PIC ou crises convulsivas refratárias. ✅ Concentração habitual: 25 mg/mL 1 g de tiopental (frasco-ampola) Diluir em 40 mL de SF 0,9% ou água estéril Volume final: 40 mL 🔹 Concentração final: 25 mg/mL ✅ Alternativa mais diluída: 20 mg/mL 1 g de tiopental Diluir em 50 mL de diluente Volume final: 50 mL 🔹 Concentração final: 20 mg/mL 📦 Passo a passo do preparo: Reconstituir o pó liofilizado (ex: 1 g) com SF 0,9% estéril ou água estéril Aspirar o volume total do frasco Completar com diluente estéril até atingir 40 mL (25 mg/mL) ou 50 mL (20 mg/mL) Identificar a seringa ou frasco Reconstituir o pó liofilizado (ex: 1 g) com SF 0,9% estéril ou água estéril Aspirar o volume total do frasco Completar com diluente estéril até atingir 40 mL (25 mg/mL) ou 50 mL (20 mg/mL) Identificar a seringa ou frasco Posologia ✅ Infusão contínua (manutenção) Dose habitual para sedação neuroprotetora ou controle de PIC: 1 a 5 mg/kg/h, titulando conforme resposta clínica (nível de sedação ou eletroencefalograma) Em casos de status epilepticus refratário, pode-se utilizar até 10 mg/kg/h, com monitoramento intensivo Faixa segura de uso prolongado (com EEG e suporte intensivo): De 0,5 a 3 mg/kg/h, ajustando conforme PIC, crises convulsivas ou nível de sedação desejado 📌 A dose deve ser titulada com base em: Pressão intracraniana (se monitorizada) EEG (buscando burst-suppression ou supressão completa, conforme o caso) Nível de consciência (ex: RASS -5) Condições hemodinâmicas do paciente 💉 Bolus (opcional) Indução anestésica para intubação ou sedação rápida: 3 a 5 mg/kg IV, administrados lentamente (em 20 a 30 segundos) Para controle inicial de crise convulsiva ou HIC aguda: 1 a 2 mg/kg IV, podendo repetir a dose após 5 a 10 minutos, se necessário ⚠️ O bolus pode causar hipotensão e depressão respiratória — realizar sempre com monitorização contínua. Calculadora de Tiopental Calculadora de Tiopental Peso do paciente (kg): Concentração da solução (mg/mL): 20 mg/mL25 mg/mL Calcular ❓ Perguntas Frequentes sobre o uso do Tiopental na UTI 🔼 Quando aumentar a dose? Quando o paciente não atinge o nível desejado de sedação profunda ou controle da pressão intracraniana (ex: RASS -5, controle de PIC). Também indicado se persistirem atividades elétricas no EEG em casos de status epilepticus refratário. 📌 A dose pode ser aumentada em incrementos de 0,5 a 1 mg/kg/h, com reavaliação clínica e/ou neurológica frequente. 🔽 Quando diminuir a dose? Quando houver queda da pressão arterial ou redução do débito cardíaco. Se houver sinais de acúmulo, como sedação prolongada, atraso na recuperação ou alteração no padrão respiratório. Em melhora clínica e início de desmame da sedação. 📌 Reduzir em etapas graduais (10–20%) para evitar instabilidade hemodinâmica e rebote de atividade cerebral. ⏱️ Quanto tempo leva para iniciar a sedação após começar a infusão? O início é quase imediato: ocorre entre 15 e 30 segundos após administração IV. O pico de ação é em 1 minuto, com duração de 3 a 10 minutos após bolus único, podendo variar conforme o estado hemodinâmico do paciente. 🕒 Quanto

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Cetamina

💊 Cetamina na UTI – Sedação Contínua A cetamina é um anestésico dissociativo com propriedades sedativas, analgésicas e amnésticas. Na UTI, ela é uma excelente opção para sedação e controle da dor, especialmente em pacientes com instabilidade hemodinâmica, pois promove aumento do tônus simpático e manutenção da pressão arterial. É também uma alternativa útil em casos de broncoespasmo e em pacientes refratários a outros sedativos. Mecanismo de Ação A cetamina atua como antagonista não competitivo dos receptores NMDA no sistema nervoso central, promovendo dissociação entre a percepção sensorial e a consciência. Além disso, tem ação agonista indireta sobre receptores adrenérgicos e estimula o sistema simpático, resultando em aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Também possui leve ação analgésica via modulação de receptores opioides. Indicações Sedação contínua de pacientes em ventilação mecânica Ideal para controle fino da sedação devido ao rápido início e curta duração de ação. Indução anestésica para intubação orotraqueal Usado em sequência rápida de intubação ou procedimentos eletivos. Procedimentos breves na UTI ou emergência Cardioversão elétrica, broncoscopia, endoscopia digestiva, entre outros. Controle da pressão intracraniana Usado em pacientes neurocríticos por reduzir o metabolismo cerebral. Tratamento adjuvante de crises epilépticas refratárias Em status epilepticus não responsivo a benzodiazepínicos e barbitúricos. Sedação de pacientes agitados ou com delirium refratário Associado a outros sedativos/analgésicos quando indicado. Sedação contínua de pacientes em ventilação mecânica Ideal para controle fino da sedação devido ao rápido início e curta duração de ação. Indução anestésica para intubação orotraqueal Usado em sequência rápida de intubação ou procedimentos eletivos. Procedimentos breves na UTI ou emergência Cardioversão elétrica, broncoscopia, endoscopia digestiva, entre outros. Controle da pressão intracraniana Usado em pacientes neurocríticos por reduzir o metabolismo cerebral. Tratamento adjuvante de crises epilépticas refratárias Em status epilepticus não responsivo a benzodiazepínicos e barbitúricos. Sedação de pacientes agitados ou com delirium refratário Associado a outros sedativos/analgésicos quando indicado. Contraindicações Alergia ao propofol ou componentes da formulação Inclui alergia a ovo, soja ou produtos derivados (usados no veículo da emulsão lipídica). Hipotensão grave ou choque não compensado Risco de piora do quadro hemodinâmico pela ação vasodilatadora. Insuficiência cardíaca grave Pode acentuar bradicardia e reduzir o débito cardíaco. Síndrome do propofol (ou risco aumentado) Evitar uso contínuo em altas doses por longos períodos (>48h com >5 mg/kg/h). Disfunção hepática ou renal grave sem monitorização adequada A droga é metabolizada principalmente no fígado, com eliminação renal dos metabólitos. Alergia ao propofol ou componentes da formulação Inclui alergia a ovo, soja ou produtos derivados (usados no veículo da emulsão lipídica). Hipotensão grave ou choque não compensado Risco de piora do quadro hemodinâmico pela ação vasodilatadora. Insuficiência cardíaca grave Pode acentuar bradicardia e reduzir o débito cardíaco. Síndrome do propofol (ou risco aumentado) Evitar uso contínuo em altas doses por longos períodos (>48h com >5 mg/kg/h). Disfunção hepática ou renal grave sem monitorização adequada A droga é metabolizada principalmente no fígado, com eliminação renal dos metabólitos. Apresentação Solução injetável: 50 mg/mL – ampola com 10 mL (Ketamin®, genérico); 50 mg/mL – ampola com 2 mL (Ketamin NP®, Newcet NP®, genérico). ⚗️ Diluição para infusão A cetamina pode ser diluída em soro fisiológico 0,9% (SF 0,9%) ou glicose 5% (SG 5%), sendo compatível com ambas as soluções. As duas diluições mais utilizadas na prática da UTI são: ✅ Concentração usual: 1 mg/mL 2 mL de cetamina (50 mg/mL) → totalizando 100 mg de cetamina Diluir em 98 mL de SF 0,9% Volume final: 100 mL 🔹 Concentração final: 1 mg/mL 🚨 Concentração máxima: 2 mg/mL 4 mL de cetamina (50 mg/mL) → totalizando 200 mg de cetamina Diluir em 96 mL de SF 0,9% Volume final: 100 mL 🔹 Concentração final: 2 mg/mL 📦 Passo a passo do preparo: Aspire o volume necessário de cetamina (ex: 2 mL ou 4 mL) conforme a concentração desejada Injete em uma seringa ou frasco com capacidade para 100 mL Complete o volume com SF 0,9% até 100 mL Homogeneíze cuidadosamente Identifique o recipiente. Aspire o volume necessário de cetamina (ex: 2 mL ou 4 mL) conforme a concentração desejada Injete em uma seringa ou frasco com capacidade para 100 mL Complete o volume com SF 0,9% até 100 mL Homogeneíze cuidadosamente Identifique o recipiente. Posologia ✅ Infusão contínua (manutenção) Dose usual na UTI: 0,05 a 0,4 mg/kg/h Faixa terapêutica estendida (com monitoramento): Pode variar de 0,02 a 1 mg/kg/h, dependendo do objetivo (analgesia x sedação profunda) 📌 A titulação deve ser feita de forma gradual, com aumentos de 0,05 a 0,1 mg/kg/h, reavaliando sedação, analgesia e parâmetros hemodinâmicos. 💉 Bolus (opcional) Para sedação ou pré-intubação (em sequência rápida):1 a 2 mg/kg IV em dose única, com início de ação em 30 segundos Para analgesia (baixa dose):0,1 a 0,3 mg/kg IV, podendo ser repetido conforme resposta ⚠️ O bolus de cetamina é especialmente útil em pacientes com instabilidade hemodinâmica, pois tende a manter ou até elevar a pressão arterial. 💡 Dica prática A cetamina pode ser usada isoladamente ou em associação com outros sedativos (ex: midazolam, dexmedetomidina) e analgésicos (ex: fentanil) Quando utilizada para analgesia adjuvante, doses mais baixas (0,05 a 0,1 mg/kg/h) são suficientes Monitorar frequentemente: RASS, PAS, FC, respiração, salivação e reações dissociativas Calculadora de Cetamina Calculadora de Cetamina para Infusão Contínua Peso do paciente (kg): Tipo de ampola disponível: 50 mg/mL – ampola com 10 mL50 mg/mL – ampola com 2 mL Escolha a concentração final desejada: 1 mg/mL (usual)2 mg/mL (máxima) Calcular ❓ Perguntas Frequentes sobre o uso da Cetamina na UTI 🔼 Quando aumentar a dose? Quando o paciente apresentar dor intensa, agitação, resistência à ventilação ou sedação insuficiente, mesmo com outras medicações. Também pode ser indicada uma dose maior se o paciente estiver em choque séptico ou hipovolêmico, já que a cetamina auxilia na estabilização hemodinâmica. 📌 Aumentar em incrementos de 0,1 a 0,3 mg/kg/h, com reavaliação clínica frequente. 🔽 Quando diminuir a dose? Quando houver sinais de hipersalivação, alucinações, agitação paradoxal ou aumento indesejado da pressão arterial. Também se deve reduzir se o paciente atingir níveis profundos de sedação (RASS -4 a

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Propofol

💊 Propofol na UTI – Sedação Contínua O propofol é um sedativo-hipnótico de ação rápida amplamente utilizado na terapia intensiva para sedação de pacientes sob ventilação mecânica, procedimentos invasivos e controle da pressão intracraniana. Sua principal vantagem é o início de ação e recuperação rápidos, permitindo ajustes finos na sedação contínua. Mecanismo de Ação O propofol atua potencializando a ação do GABA (ácido gama-aminobutírico) no sistema nervoso central, promovendo um efeito sedativo, hipnótico e amnésico. Sua ação rápida e curta se deve à alta lipossolubilidade, com início em 30–60 segundos e duração de 3 a 10 minutos após a suspensão da infusão. Indicações Sedação contínua de pacientes em ventilação mecânica Ideal para controle fino da sedação devido ao rápido início e curta duração de ação. Indução anestésica para intubação orotraqueal Usado em sequência rápida de intubação ou procedimentos eletivos. Procedimentos breves na UTI ou emergência Cardioversão elétrica, broncoscopia, endoscopia digestiva, entre outros. Controle da pressão intracraniana Usado em pacientes neurocríticos por reduzir o metabolismo cerebral. Tratamento adjuvante de crises epilépticas refratárias Em status epilepticus não responsivo a benzodiazepínicos e barbitúricos. Sedação de pacientes agitados ou com delirium refratário Associado a outros sedativos/analgésicos quando indicado. Sedação contínua de pacientes em ventilação mecânica Ideal para controle fino da sedação devido ao rápido início e curta duração de ação. Indução anestésica para intubação orotraqueal Usado em sequência rápida de intubação ou procedimentos eletivos. Procedimentos breves na UTI ou emergência Cardioversão elétrica, broncoscopia, endoscopia digestiva, entre outros. Controle da pressão intracraniana Usado em pacientes neurocríticos por reduzir o metabolismo cerebral. Tratamento adjuvante de crises epilépticas refratárias Em status epilepticus não responsivo a benzodiazepínicos e barbitúricos. Sedação de pacientes agitados ou com delirium refratário Associado a outros sedativos/analgésicos quando indicado. Contraindicações Alergia ao propofol ou componentes da formulação Inclui alergia a ovo, soja ou produtos derivados (usados no veículo da emulsão lipídica). Hipotensão grave ou choque não compensado Risco de piora do quadro hemodinâmico pela ação vasodilatadora. Insuficiência cardíaca grave Pode acentuar bradicardia e reduzir o débito cardíaco. Síndrome do propofol (ou risco aumentado) Evitar uso contínuo em altas doses por longos períodos (>48h com >5 mg/kg/h). Disfunção hepática ou renal grave sem monitorização adequada A droga é metabolizada principalmente no fígado, com eliminação renal dos metabólitos. Alergia ao propofol ou componentes da formulação Inclui alergia a ovo, soja ou produtos derivados (usados no veículo da emulsão lipídica). Hipotensão grave ou choque não compensado Risco de piora do quadro hemodinâmico pela ação vasodilatadora. Insuficiência cardíaca grave Pode acentuar bradicardia e reduzir o débito cardíaco. Síndrome do propofol (ou risco aumentado) Evitar uso contínuo em altas doses por longos períodos (>48h com >5 mg/kg/h). Disfunção hepática ou renal grave sem monitorização adequada A droga é metabolizada principalmente no fígado, com eliminação renal dos metabólitos. Apresentação Emulsão injetável: 10 mg/mL – ampola com 10 mL (Propovan®); 10 mg/mL – ampola com 20 mL (Diprivan®, Lipuro®, Profolen®, Propotil®, Propovan®, genérico); 10 mg/mL – ampola com 50 mL (Propovan®); 10 mg/mL – frasco-ampola com 10 mL (Provive®); 10 mg/mL – frasco-ampola com 20 mL (Lipuro®, Provive®, Spiva MCT-LCT®, Hyfol®, Oponap®, genérico); 10 mg/mL – frasco-ampola com 50 mL (Diprivan®, Lipuro®, Provive®, genérico); 10 mg/mL – frasco-ampola com 100 mL (Diprivan®, Lipuro®, Provive®, genérico); 10 mg/mL – seringa preenchida com 50 mL (Diprivan PFS®); 20 mg/mL – frasco-ampola com 50 mL (Diprivan®, Fresofol®, genérico); 20 mg/mL – seringa preenchida com 50 mL (Diprivan PFS®). ⚗️ Diluição para infusão O propofol é fornecido em emulsão lipídica pronta para uso, portanto não deve ser diluído. A administração é feita diretamente na bomba de infusão, respeitando os cuidados com estabilidade, contaminação e troca regular do equipo. 🔹 Concentração final: 10 mg/mL ⚠️ Importante O propofol não deve ser diluído com SF 0,9% ou SG 5% — isso altera a estabilidade da emulsão e aumenta o risco de contaminação. Utilizar equipo exclusivo, preferencialmente com filtro de 0,22 μm. Trocar o frasco e o equipo a cada 12 horas para evitar contaminação bacteriana. Manter o frasco sempre fechado e protegido da luz direta. 📦 Passo a passo do preparo: Verifique a integridade do frasco (propofol vem pronto para uso). Conecte o frasco ou seringa à bomba de infusão, utilizando equipo apropriado. Programe a dose prescrita em mg/kg/h, convertendo para mL/h com base na concentração de 10 mg/mL. Identifique o frasco com nome do paciente, dose e hora de início. Troque a solução e o equipo a cada 12 horas. Verifique a integridade do frasco (propofol vem pronto para uso). Conecte o frasco ou seringa à bomba de infusão, utilizando equipo apropriado. Programe a dose prescrita em mg/kg/h, convertendo para mL/h com base na concentração de 10 mg/mL. Identifique o frasco com nome do paciente, dose e hora de início. Troque a solução e o equipo a cada 12 horas. Posologia ✅ Infusão contínua (manutenção) Dose usual: 1 a 4 mg/kg/h, titulada conforme o nível de sedação desejado (ex: RASS -2 a -3) Faixa de dose segura: Mínima: 0,3 mg/kg/h Máxima: até 5 mg/kg/h (por tempo limitado e com monitoramento rigoroso) 📌 A titulação deve ser feita com aumentos de 0,5 a 1 mg/kg/h, avaliando a resposta clínica e parâmetros hemodinâmicos. 💉 Bolus (opcional) Indução anestésica: 1 a 2 mg/kg em dose única IV lenta, especialmente para intubação orotraqueal ou procedimentos rápidos Sedação em procedimentos breves (ex: cardioversão):0,5 a 1 mg/kg em bolus, podendo ser repetido conforme resposta ⚠️ Em pacientes críticos, o bolus deve ser usado com extrema cautela devido ao risco de hipotensão e bradicardia súbitas. Calculadora de Propofol Calculadora de Propofol para Infusão Contínua Peso do paciente (kg): Concentração da solução disponível: 10 mg/mL20 mg/mL Calcular ❓ Perguntas Frequentes sobre o uso de Propofol na UTI 🔼 Quando aumentar a dose? Quando o paciente estiver menos sedado que o desejado (ex: RASS 0 a +1) e apresentar sinais de agitação, desconforto com a ventilação ou movimentação excessiva. Sempre confirmar se a bomba está funcionando corretamente, e se não há dor ou delirium associados. 📌 Aumente a infusão em incrementos de 0,5 a

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Dexmedetomidina

💊 Dexmedetomidina na UTI – Sedação Contínua A dexmedetomidina é um sedativo altamente seletivo para receptores α2-adrenérgicos, com ação ansiolítica, sedativa e analgésica leve, sem causar depressão respiratória significativa. É uma excelente opção para sedação leve e contínua em pacientes críticos, especialmente em desmame da ventilação mecânica. Mecanismo de Ação A dexmedetomidina atua como um agonista altamente seletivo dos receptores adrenérgicos α2 localizados no sistema nervoso central. Sua principal ação ocorre na região do locus coeruleus, onde inibe a liberação de noradrenalina, resultando em uma redução da atividade simpática. Esse efeito promove sedação de forma semelhante ao sono fisiológico, com o paciente podendo permanecer responsivo e cooperativo. Além disso, a droga possui leve efeito analgésico e ansiolítico, o que a torna útil tanto para promover conforto quanto para facilitar o desmame ventilatório. Um dos principais diferenciais da dexmedetomidina é que ela proporciona sedação sem causar depressão respiratória significativa, o que a torna particularmente vantajosa em ambientes de terapia intensiva. Indicações Sedação leve a moderada em pacientes intubados Ideal para manter o paciente confortavelmente sedado, mas responsivo. Facilitação do desmame da ventilação mecânica Ajuda a manter nível de consciência adequado durante a transição para extubação. Controle da agitação e delirium na UTI Especialmente útil em pacientes com risco de delirium hiperativo. Sedação consciente em pacientes críticos Como em pós-operatórios de alta complexidade ou em vigilância neurológica. Cuidados paliativos e controle da agitação terminal Alternativa segura quando há necessidade de sedação sem depressão respiratória. Substituição de benzodiazepínicos ou propofol Quando se deseja menor depressão respiratória ou evitar acúmulo de sedativos. Sedação leve a moderada em pacientes intubados Ideal para manter o paciente confortavelmente sedado, mas responsivo. Facilitação do desmame da ventilação mecânica Ajuda a manter nível de consciência adequado durante a transição para extubação. Controle da agitação e delirium na UTI Especialmente útil em pacientes com risco de delirium hiperativo. Sedação consciente em pacientes críticos Como em pós-operatórios de alta complexidade ou em vigilância neurológica. Cuidados paliativos e controle da agitação terminal Alternativa segura quando há necessidade de sedação sem depressão respiratória. Substituição de benzodiazepínicos ou propofol Quando se deseja menor depressão respiratória ou evitar acúmulo de sedativos. Contraindicações Hipersensibilidade ao fármaco Reação alérgica conhecida a dexmedetomidina ou componentes da fórmula. Bradicardia significativa Frequência cardíaca persistentemente baixa (< 50 bpm), especialmente sintomática. Bloqueio atrioventricular de 2º ou 3º grau sem marca-passo Risco de agravamento do bloqueio com uso contínuo. Hipotensão grave ou instabilidade hemodinâmica Pode piorar o quadro devido à ação simpaticolítica. Disfunção hepática avançada Exige redução da dose e monitoramento intensivo devido à metabolização hepática. Hipersensibilidade ao fármaco Reação alérgica conhecida a dexmedetomidina ou componentes da fórmula. Bradicardia significativa Frequência cardíaca persistentemente baixa (< 50 bpm), especialmente sintomática. Bloqueio atrioventricular de 2º ou 3º grau sem marca-passo Risco de agravamento do bloqueio com uso contínuo. Hipotensão grave ou instabilidade hemodinâmica Pode piorar o quadro devido à ação simpaticolítica. Disfunção hepática avançada Exige redução da dose e monitoramento intensivo devido à metabolização hepática. Apresentação Solução injetável: 100 microgramas/mL – ampola com 2 mL (Precedex®, Extodin®, Simbilex®, BDEXbraun®, Dex®); 100 microgramas/mL – ampola com 4 e 10 mL (BDEXbraun®); Solução para infusão: 4 microgramas/mL – bolsa com 100 mL (Dex Bolsa®). ⚗️ Diluição para infusão A dexmedetomidina é diluída em solução de cloreto de sódio 0,9% (SF 0,9%). A concentração final mais comum na UTI é: 4 mL de dexmedetomidina (100 mcg/mL) → totalizando 400 mcg de dexmedetomidina Diluir em 96 mL de SF 0,9% Volume final: 100 mL 🔹 Concentração final: 4 mcg/mL Essa diluição facilita o ajuste da bomba de infusão e é compatível com as doses comumente utilizadas (ex: 0,2 a 0,7 mcg/kg/h). 📦 Passo a passo do preparo: Exemplo usando Dexmedetomidina 100 mcg/mL: Aspire 4 mL de dexmedetomidina (100 mcg/mL) — total de 400 mcg Injete em frasco ou seringa de 100 mL Complete com 96 mL de SF 0,9% Homogeneíze suavemente Identifique o frasco com: nome do paciente, concentração (4 mcg/mL), data e hora do preparo Exemplo usando Dexmedetomidina 100 mcg/mL: Aspire 4 mL de dexmedetomidina (100 mcg/mL) — total de 400 mcg Injete em frasco ou seringa de 100 mL Complete com 96 mL de SF 0,9% Homogeneíze suavemente Identifique o frasco com: nome do paciente, concentração (4 mcg/mL), data e hora do preparo Posologia ✅ Manutenção (infusão contínua) Dose usual:0,2 a 0,7 mcg/kg/h Faixa segura estendida (com monitoramento):Pode variar de 0,1 até 1,4 mcg/kg/h em casos específicos Em uso prolongado, doses baixas (como 0,05 micrograma/kg/hora) podem ser eficazes 📌 A titulação deve ser feita com base no RASS e nos sinais hemodinâmicos, com aumentos ou reduções em incrementos de 0,1 a 0,2 mcg/kg/h a cada 15–30 min, conforme resposta clínica. 💉 Bolus (opcional) Dose padrão de ataque:1 mcg/kg IV diluído e administrado em 10 minutos ⚠️ No ambiente da UTI, o bolus geralmente é evitado, pois pode causar bradicardia e hipotensão acentuadas, principalmente em pacientes hipovolêmicos ou instáveis. Calculadora de Dexmedetomidina Calculadora de Dexmedetomidina para Infusão Contínua Peso do paciente (kg): Tipo de apresentação disponível: 100 mcg/mL – ampola com 2 mL100 mcg/mL – ampola com 4 mL100 mcg/mL – ampola com 10 mL4 mcg/mL – bolsa com 100 mL Calcular ❓ Perguntas Frequentes sobre o uso de Dexmedetomidina na UTI 🔼 Quando aumentar a dose? Quando o paciente estiver acima da meta de sedação (ex: RASS 0 ou +1) e apresentar agitação leve ou desconforto, mesmo com dose mínima. Também se pode considerar aumento se houver sinais de delirium ou insônia na UTI, desde que o paciente esteja hemodinamicamente estável. 📌 Dica prática: aumente em pequenos incrementos de 0,1 a 0,2 mcg/kg/h, com reavaliações clínicas a cada 15 a 30 minutos. 🔽 Quando diminuir a dose? Quando o paciente estiver com sedação profunda (RASS -4 ou -5), bradicardia (<50 bpm) ou queda da pressão arterial. Reduza também se o paciente iniciar melhora clínica e for possível iniciar o desmame da sedação. 📌 Reduza a infusão em 25 a 50%, monitorando sinais vitais e nível de consciência. ⏱️ Quanto tempo leva para iniciar a sedação após

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Morfina

💊 Morfina na UTI – Sedação Contínua A morfina é um opioide clássico amplamente utilizado no controle da dor aguda e crônica. Na UTI, é usada principalmente para analgesia contínua em pacientes críticos, embora seja menos usada que o fentanil devido a seu perfil farmacológico (ação mais lenta e risco de hipotensão). Mecanismo de Ação Atua como agonista dos receptores opioides μ (mu) no sistema nervoso central e periférico, promovendo analgesia, sedação e euforia. Possui início de ação mais lento e meia-vida mais longa que o fentanil. Indicações A morfina é indicada quando se busca analgesia potente e contínua, especialmente em pacientes internados com dor aguda significativa. Suas principais indicações incluem: Dor aguda intensa com estabilidade hemodinâmica Pós-operatório, politrauma, pancreatite aguda, IAM, entre outros. Analgesia contínua em pacientes sob ventilação mecânica Alternativa ao fentanil, especialmente em ambientes com recursos limitados ou onde se deseja um perfil farmacológico mais duradouro. Cuidados paliativos em UTI Controle da dor e dispneia em pacientes em final de vida. Síndrome coronariana aguda (SCA) Quando há dor torácica intensa não responsiva a nitratos (morfina reduz a pré-carga e alivia a dor). Pacientes sem acesso à drogas de ação mais curta Pode ser utilizada em infusão contínua onde fentanil não está disponível. A morfina é indicada quando se busca analgesia potente e contínua, especialmente em pacientes internados com dor aguda significativa. Suas principais indicações incluem: Dor aguda intensa com estabilidade hemodinâmica Pós-operatório, politrauma, pancreatite aguda, IAM, entre outros. Analgesia contínua em pacientes sob ventilação mecânica Alternativa ao fentanil, especialmente em ambientes com recursos limitados ou onde se deseja um perfil farmacológico mais duradouro. Cuidados paliativos em UTI Controle da dor e dispneia em pacientes em final de vida. Síndrome coronariana aguda (SCA) Quando há dor torácica intensa não responsiva a nitratos (morfina reduz a pré-carga e alivia a dor). Pacientes sem acesso à drogas de ação mais curta Pode ser utilizada em infusão contínua onde fentanil não está disponível. Contraindicações O uso da morfina deve ser evitado ou feito com extrema cautela em algumas condições clínicas, devido ao risco aumentado de efeitos adversos: Hipersensibilidade à morfina Inclui histórico de reação alérgica grave. Depressão respiratória não controlada Especialmente em pacientes sem suporte ventilatório invasivo. Hipotensão significativa A morfina pode causar vasodilatação e queda da PA por liberação de histamina. Traumatismo cranioencefálico (TCE) ou hipertensão intracraniana Pode obscurecer sinais neurológicos e elevar a PIC. Obstrução intestinal, íleo paralítico ou constipação grave Risco de piora da motilidade intestinal. Insuficiência renal avançada O metabólito ativo da morfina (M6G) se acumula em pacientes com disfunção renal, podendo levar a sedação prolongada e depressão respiratória. Uso concomitante com depressores do SNC Aumenta risco de sedação profunda e depressão ventilatória (especialmente sem monitorização). O uso da morfina deve ser evitado ou feito com extrema cautela em algumas condições clínicas, devido ao risco aumentado de efeitos adversos: Hipersensibilidade à morfina Inclui histórico de reação alérgica grave. Depressão respiratória não controlada Especialmente em pacientes sem suporte ventilatório invasivo. Hipotensão significativa A morfina pode causar vasodilatação e queda da PA por liberação de histamina. Traumatismo cranioencefálico (TCE) ou hipertensão intracraniana Pode obscurecer sinais neurológicos e elevar a PIC. Obstrução intestinal, íleo paralítico ou constipação grave Risco de piora da motilidade intestinal. Insuficiência renal avançada O metabólito ativo da morfina (M6G) se acumula em pacientes com disfunção renal, podendo levar a sedação prolongada e depressão respiratória. Uso concomitante com depressores do SNC Aumenta risco de sedação profunda e depressão ventilatória (especialmente sem monitorização). Apresentação Solução injetável: 1 mg/mL – ampola com 2 mL (Dimorf®); 0,1 mg/mL, 0,2 mg/mL, 1 mg/mL e 10 mg/mL – ampola com 1 mL (Dimorf®, Dolo Moff®, genérico); ⚗️ Diluição para infusão A Morfina é diluída em solução de cloreto de sódio 0,9% (SF 0,9%) ou glicose 5%. A concentração final mais comum na UTI é: 10 mL de morfina (10 mg/mL) → totalizando 100 mg de morfina Diluir em 90 mL de SF 0,9% Volume final: 100 mL Concentração final: 1 mg/mL 📦 Passo a passo do preparo: Exemplo usando Morfina 10 mg/mL com 01 mL: Separe 10 ampolas de 10 mg/mL com 1 mL cada Aspire o conteúdo total de 100 mg de morfina (10 mL) Injete em uma seringa ou frasco com capacidade para 100 mL Complete com 90 mL de SF 0,9% Agite suavemente para homogeneizar a solução Identifique o frasco ou seringa. Exemplo usando Morfina 10 mg/mL com 01 mL: Separe 10 ampolas de 10 mg/mL com 1 mL cada Aspire o conteúdo total de 100 mg de morfina (10 mL) Injete em uma seringa ou frasco com capacidade para 100 mL Complete com 90 mL de SF 0,9% Agite suavemente para homogeneizar a solução Identifique o frasco ou seringa. Posologia Dose de manutenção usual: 0,07 a 0,5 mg/kg/hora (ajustar conforme resposta e peso do paciente) Pode ser titulada com incrementos de 0,5 mg/h Bólus (Opcional): 2 a 4 mg IV lento Pode ser repetido conforme resposta, respeitando intervalos de 4 a 6 horas Calculadora de Morfina Calculadora de Morfina para Infusão Contínua Peso do paciente (kg): Função renal: NormalAlterada Clearance de creatinina (mL/min): Tipo de ampola disponível: 10 mg/mL – ampola com 1 mL1 mg/mL – ampola com 2 mL0,1 mg/mL – ampola com 1 mL0,2 mg/mL – ampola com 1 mL1 mg/mL – ampola com 1 mL Calcular ❓ Perguntas Frequentes sobre o uso de Morfina na UTI 🔼 Quando aumentar a dose? Quando o paciente apresentar dor mal controlada, mesmo após bolus ou infusão contínua: Escala EV > 3 Escala CPOT ≥ 3 Sinais fisiológicos de dor (taquicardia, hipertensão, inquietação) 📌 Dica prática: Aumentar a infusão em 0,2 a 0,5 mg/h, reavaliando a dor e os sinais vitais após 30 minutos. 🔽 Quando diminuir a dose? Quando houver: Sedação excessiva Bradipneia ou sinais de depressão respiratória Hipotensão persistente Função renal comprometida com sinais de acúmulo 📌 Reduzir a dose de forma gradual, de preferência em 25–50%, e monitorar a resposta clínica. ⏱️ Quanto tempo leva para iniciar a sedação após começar a infusão? Após bolus:

Medicina Intensiva

Fentanil

💊 Fentanil na UTI – Sedação Contínua O fentanil é um opioide sintético potente, de ação rápida e curta, utilizado principalmente para analgesia contínua em pacientes críticos. É comumente empregado em conjunto com sedativos como midazolam ou propofol, especialmente em pacientes em ventilação mecânica. Mecanismo de Ação Atua como agonista dos receptores opioides μ (mu), promovendo analgesia, sedação e diminuição da resposta autonômica à dor. Tem início de ação rápido (1-2 minutos) e curta duração, mas pode se acumular em infusões prolongadas. Indicações O fentanil é indicado em diversas situações clínicas que exigem controle rigoroso da dor e/ou necessidade de estabilidade hemodinâmica. Suas principais aplicações incluem: Analgesia contínua em pacientes intubados Utilizado para garantir conforto, prevenir dor relacionada à ventilação mecânica e facilitar a adaptação ao suporte ventilatório. Sedação adjuvante Frequentemente combinado com sedativos (ex: midazolam, propofol) para potencializar o efeito sedativo e reduzir a dose de outras drogas. Procedimentos dolorosos em pacientes graves Intubação orotraqueal, punções, drenagens torácicas/abdominais, cardioversão, entre outros. Controle de dor aguda intensa Em pacientes pós-operatórios, com trauma ou doenças agudas dolorosas (ex: pancreatite, IAM). Pacientes com instabilidade hemodinâmica Fentanil é preferido à morfina por ter menor risco de hipotensão e liberação de histamina. O fentanil é indicado em diversas situações clínicas que exigem controle rigoroso da dor e/ou necessidade de estabilidade hemodinâmica. Suas principais aplicações incluem: Analgesia contínua em pacientes intubados Utilizado para garantir conforto, prevenir dor relacionada à ventilação mecânica e facilitar a adaptação ao suporte ventilatório. Sedação adjuvante Frequentemente combinado com sedativos (ex: midazolam, propofol) para potencializar o efeito sedativo e reduzir a dose de outras drogas. Procedimentos dolorosos em pacientes graves Intubação orotraqueal, punções, drenagens torácicas/abdominais, cardioversão, entre outros. Controle de dor aguda intensa Em pacientes pós-operatórios, com trauma ou doenças agudas dolorosas (ex: pancreatite, IAM). Pacientes com instabilidade hemodinâmica Fentanil é preferido à morfina por ter menor risco de hipotensão e liberação de histamina. Contraindicações Embora seja uma droga segura quando bem manejada, o fentanil deve ser evitado ou usado com extrema cautela nas seguintes situações: Hipersensibilidade a opioides Inclui reações prévias adversas graves a fentanil ou drogas do mesmo grupo. Depressão respiratória sem suporte ventilatório O fentanil pode causar apneia e hipoventilação, especialmente em bolus rápidos. Hipotensão grave não compensada Apesar de ser mais estável que a morfina, ainda pode causar queda de pressão arterial, principalmente em pacientes hipovolêmicos. Uso recente de inibidores da monoamina oxidase (IMAO) Pode levar a reações adversas graves, como crise hipertensiva ou rigidez muscular intensa. Cautela em pacientes com: Traumatismo cranioencefálico (TCE) ou hipertensão intracraniana (pode mascarar sinais neurológicos) Idosos e pacientes com doença hepática ou renal (maior risco de acúmulo e sedação prolongada) Obesidade grave (risco aumentado de acúmulo em tecido adiposo) Embora seja uma droga segura quando bem manejada, o fentanil deve ser evitado ou usado com extrema cautela nas seguintes situações: Hipersensibilidade a opioides Inclui reações prévias adversas graves a fentanil ou drogas do mesmo grupo. Depressão respiratória sem suporte ventilatório O fentanil pode causar apneia e hipoventilação, especialmente em bolus rápidos. Hipotensão grave não compensada Apesar de ser mais estável que a morfina, ainda pode causar queda de pressão arterial, principalmente em pacientes hipovolêmicos. Uso recente de inibidores da monoamina oxidase (IMAO) Pode levar a reações adversas graves, como crise hipertensiva ou rigidez muscular intensa. Cautela em pacientes com: Traumatismo cranioencefálico (TCE) ou hipertensão intracraniana (pode mascarar sinais neurológicos) Idosos e pacientes com doença hepática ou renal (maior risco de acúmulo e sedação prolongada) Obesidade grave (risco aumentado de acúmulo em tecido adiposo) Apresentação Solução injetável: 50 microgramas/mL – frasco-ampola com 2 mL, 5 mL e 10 mL; Solução para infusão: 0,02 mg/mL – bolsa com 250 mL (Fentanest bolsa®). ⚗️ Diluição para infusão O fentanil é diluído em solução de cloreto de sódio 0,9% (SF 0,9%) ou glicose 5%. A concentração final mais comum na UTI é: Fentanil 50 mcg/mL: 20 mL + 80 mL de SF 0,9% Concentração final: 10 mcg/mL 💡 Essa concentração facilita o cálculo da infusão (ex: 1 mL/h = 10 mcg/h) 📦 Passo a passo do preparo: Exemplo usando Fentanil 50 mcg/mL com 10mL: Retire 2 ampolas de 10 mL de Fentanil 50 mcg/mL Aspire todo o conteúdo (totalizando 1000 mcg). Injete o fentanil em um frasco de soro fisiológico de 80 mL OU complete com SF 0,9% em uma seringa de 80 mL estéril. Misture suavemente e identifique o frasco/seringa com etiqueta legível contendo: nome da droga, concentração, data e hora do preparo Exemplo usando Fentanil 50 mcg/mL com 10mL: Retire 2 ampolas de 10 mL de Fentanil 50 mcg/mL Aspire todo o conteúdo (totalizando 1000 mcg). Injete o fentanil em um frasco de soro fisiológico de 80 mL OU complete com SF 0,9% em uma seringa de 80 mL estéril. Misture suavemente e identifique o frasco/seringa com etiqueta legível contendo: nome da droga, concentração, data e hora do preparo Posologia Dose de manutenção usual: Adultos: 0,5 a 3 mcg/kg/hora Em casos graves, pode-se usar até 5 mcg/kg/hora Bolus (opcional): 0,5 a 1 mcg/kg IV lento antes de iniciar a BIC ou para procedimentos 📌 Doses devem ser ajustadas conforme nível de dor (EV/NVPS) e parâmetros hemodinâmicos. Calculadora de Fentanil Calculadora de Fentanil para Infusão Contínua Peso do paciente (kg): Tipo de apresentação disponível: 50 mcg/mL – frasco-ampola com 2 mL50 mcg/mL – frasco-ampola com 5 mL50 mcg/mL – frasco-ampola com 10 mL0,02 mg/mL – bolsa com 250 mL (pré-pronta) Calcular ❓ Perguntas Frequentes sobre o uso de Fentanil na UTI 🔼 Quando aumentar a dose? Quando o paciente apresentar sinais de dor não controlada, como: Expressões faciais de dor Movimentação corporal aumentada Agitação com RASS elevado relacionada a desconforto Escalas de dor elevadas (ex: EV > 3, CPOT ≥ 3) 📌 Dica prática: aumente a infusão em 0,25 a 0,5 mcg/kg/h, reavaliando em 15–30 minutos. 🔽 Quando diminuir a dose? Quando houver: Sedação excessiva Bradicardia ou hipotensão Frequência respiratória < 12 irpm (sem suporte ventilatório total) Dor controlada e paciente estável por tempo prolongado 📌 Reduza a infusão em 25% a 50% e monitore sinais

Medicina Intensiva

Midazolam

💊 Midazolam na UTI – Sedação Contínua O midazolam é uma benzodiazepina de ação curta amplamente utilizada em UTIs para sedação contínua, principalmente em pacientes intubados. Possui propriedades ansiolíticas, hipnóticas, anticonvulsivantes e amnésicas. Mecanismo de Ação Age potencializando o efeito do GABA (ácido gama-aminobutírico), principal neurotransmissor inibitório do SNC, aumentando a entrada de cloro nos neurônios e promovendo depressão do sistema nervoso central. Indicações O midazolam é indicado para pacientes que necessitam de: Sedação contínua em ventilação mecânica Ajuda a reduzir a ansiedade, garantir conforto e facilitar a sincronia com o ventilador. Pode ser usado em protocolos de sedação leve a profunda, conforme metas de RASS. Indução da anestesia (em ambiente controlado) Utilizado como parte do protocolo de intubação orotraqueal, geralmente associado a opioides e bloqueadores neuromusculares. Crises convulsivas refratárias Eficaz em status epilepticus, especialmente quando há necessidade de infusão contínua após falha de benzodiazepínicos por via enteral ou bolus. Procedimentos invasivos em pacientes instáveis ou com risco de desconforto Cardioversão elétrica, punções, drenagens, entre outros. Controle de agitação severa em pacientes críticos Quando o paciente apresenta risco para si mesmo ou para a equipe. O midazolam é indicado para pacientes que necessitam de: Sedação contínua em ventilação mecânica Ajuda a reduzir a ansiedade, garantir conforto e facilitar a sincronia com o ventilador. Pode ser usado em protocolos de sedação leve a profunda, conforme metas de RASS. Indução da anestesia (em ambiente controlado) Utilizado como parte do protocolo de intubação orotraqueal, geralmente associado a opioides e bloqueadores neuromusculares. Crises convulsivas refratárias Eficaz em status epilepticus, especialmente quando há necessidade de infusão contínua após falha de benzodiazepínicos por via enteral ou bolus. Procedimentos invasivos em pacientes instáveis ou com risco de desconforto Cardioversão elétrica, punções, drenagens, entre outros. Controle de agitação severa em pacientes críticos Quando o paciente apresenta risco para si mesmo ou para a equipe. Contraindicações O uso do midazolam deve ser evitado ou usado com extrema cautela nos seguintes casos: Hipersensibilidade conhecida a benzodiazepínicos Inclui alergia a midazolam ou a qualquer componente da fórmula. Depressão respiratória sem suporte ventilatório Pode agravar a hipoventilação e levar à parada respiratória. Miastenia gravis Pode causar fraqueza muscular significativa e agravar a insuficiência respiratória. Insuficiência hepática grave Pode prolongar a meia-vida do midazolam, levando a sedação excessiva e acúmulo. Gravidez (categoria D) e amamentação Só deve ser usado se o benefício justificar o risco para o feto. É excretado no leite materno. Pressão arterial muito baixa sem suporte vasopressor Pode agravar a hipotensão e comprometer a perfusão orgânica. O uso do midazolam deve ser evitado ou usado com extrema cautela nos seguintes casos: Hipersensibilidade conhecida a benzodiazepínicos Inclui alergia a midazolam ou a qualquer componente da fórmula. Depressão respiratória sem suporte ventilatório Pode agravar a hipoventilação e levar à parada respiratória. Miastenia gravis Pode causar fraqueza muscular significativa e agravar a insuficiência respiratória. Insuficiência hepática grave Pode prolongar a meia-vida do midazolam, levando a sedação excessiva e acúmulo. Gravidez (categoria D) e amamentação Só deve ser usado se o benefício justificar o risco para o feto. É excretado no leite materno. Pressão arterial muito baixa sem suporte vasopressor Pode agravar a hipotensão e comprometer a perfusão orgânica. Apresentação Solução injetável: 1 mg/mL – ampola com 5 mL (Dormire®, Dormium® e genérico); 1 mg/mL – frasco-ampola com 50 mL e 100 mL (Prontomid®); 5 mg/mL – ampola com 3 mL e 10 mL (Dormonid®, Dormire®, Dormium®, Hypozam® e genérico). ⚗️ Diluição para infusão O midazolam é diluído em solução de cloreto de sódio 0,9% (SF 0,9%) ou glicose 5%. A concentração final pode variar, mas a mais comum na UTI é: Midazolam 5 mg/mL: 20 mL + 80 mL de SF 0,9% Resulta em uma solução com 100mL de  concentração final = 1 mg/mL 💡 Essa concentração permite fácil cálculo de dose por hora (ex: 5 mL/h = 5 mg/h) 📦 Passo a passo do preparo: Exemplo usando Midazolam 5 mg/mL com 10mL: Retire 02 ampola de 10 mL de midazolam (50 mg). Aspire todo o conteúdo (totalizando 100 mg). Injete o midazolam em um frasco de soro fisiológico de 80 mL OU complete com SF 0,9% em uma seringa de 80 mL estéril. Misture suavemente e identifique o frasco/seringa com etiqueta legível contendo: nome da droga, concentração, data e hora do preparo. Exemplo usando Midazolam 5 mg/mL com 10mL: Retire 02 ampola de 10 mL de midazolam (50 mg). Aspire todo o conteúdo (totalizando 100 mg). Injete o midazolam em um frasco de soro fisiológico de 80 mL OU complete com SF 0,9% em uma seringa de 80 mL estéril. Misture suavemente e identifique o frasco/seringa com etiqueta legível contendo: nome da droga, concentração, data e hora do preparo. Posologia Dose inicial: 0,02 a 0,1 mg/kg em bolus (opcional) Dose de manutenção: Adultos: 0,02 a 0,1 mg/kg/hora Ajustar conforme sedação desejada (RASS -5 a 0) Calculadora de Midazolam Calculadora de Midazolam para Sedação Contínua Peso do paciente (kg): Tipo de ampola disponível: 1 mg/mL – ampola com 5 mL1 mg/mL – frasco-ampola com 50 mL1 mg/mL – frasco-ampola com 100 mL5 mg/mL – ampola com 3 mL5 mg/mL – ampola com 10 mL Calcular ❓ Perguntas Frequentes sobre o uso de Midazolam na UTI 🔼 Quando aumentar a dose? Quando o paciente estiver agitado, em desconforto ou com sincronia inadequada com o ventilador. Quando o RASS estiver acima da meta (ex: RASS 0 ou +1, quando o desejado é -2). Após 3 a 5 minutos de um ajuste anterior sem resposta clínica adequada. 📌 Dica prática: aumente em incrementos de 0,01 a 0,02 mg/kg/h, reavaliando clinicamente após 15 a 30 minutos. 🔽 Quando diminuir a dose? Quando o paciente apresentar sedação profunda excessiva (RASS -4 ou -5). Em caso de instabilidade hemodinâmica (hipotensão, bradicardia) ou bradipneia. Se houver acúmulo da droga, especialmente em pacientes com disfunção hepática, idosos ou após uso prolongado (>48h). 📌 Dica prática: reduza a dose em 25% a 50% e reavalie o nível de sedação. ⏱️ Quanto tempo leva para iniciar a sedação após começar a infusão?