Tiopental
Tiopental na UTI – Sedação Contínua O tiopental (ou tiopentona sódica) é um barbitúrico de ação ultrarrápida, utilizado principalmente em contextos de indução anestésica, controle de crises convulsivas e sedação profunda em pacientes com hipertensão intracraniana. Apesar de seu uso ter se tornado menos comum com o surgimento de agentes mais modernos, o tiopental ainda tem papel importante em situações específicas da terapia intensiva. Mecanismo de Ação O tiopental atua como agonista do receptor GABA-A, aumentando a inibição do sistema nervoso central. Isso resulta em efeitos hipnóticos, anticonvulsivantes e de redução da atividade cerebral. Sua rápida penetração no sistema nervoso central proporciona sedação em segundos, com curta duração de ação, mas pode acumular em uso contínuo devido à redistribuição tecidual e metabolização hepática. Indicações Indução anestésica para intubação orotraqueal Utilizado em sequência rápida de intubação, especialmente em neurocríticos. Controle da hipertensão intracraniana (HIC) Indicado para sedação profunda e redução do metabolismo cerebral, diminuindo a pressão intracraniana. Tratamento do status epilepticus refratário Usado como barbitúrico de última linha em pacientes que não respondem a benzodiazepínicos e anticonvulsivantes. Neuroproteção em pacientes com lesão cerebral grave Em casos de trauma ou isquemia cerebral onde se deseja “coma barbitúrico” terapêutico. Procedimentos neurocirúrgicos específicos Como parte do protocolo anestésico em craniotomias ou controle de crises intraoperatórias. Indução anestésica para intubação orotraqueal Utilizado em sequência rápida de intubação, especialmente em neurocríticos. Controle da hipertensão intracraniana (HIC) Indicado para sedação profunda e redução do metabolismo cerebral, diminuindo a pressão intracraniana. Tratamento do status epilepticus refratário Usado como barbitúrico de última linha em pacientes que não respondem a benzodiazepínicos e anticonvulsivantes. Neuroproteção em pacientes com lesão cerebral grave Em casos de trauma ou isquemia cerebral onde se deseja “coma barbitúrico” terapêutico. Procedimentos neurocirúrgicos específicos Como parte do protocolo anestésico em craniotomias ou controle de crises intraoperatórias. Contraindicações Porfiria aguda intermitente Barbitúricos podem precipitar crises graves e são formalmente contraindicados. Instabilidade hemodinâmica Pode causar vasodilatação periférica e depressão miocárdica com queda significativa da PA. Hipersensibilidade aos barbitúricos Reações alérgicas, inclusive anafilaxia, já documentadas. Disfunção hepática grave Risco de acúmulo e toxicidade devido à metabolização hepática. Doença respiratória descompensada sem suporte ventilatório Pode causar depressão respiratória acentuada. Uso prolongado sem monitoramento adequado Risco de acúmulo, imunossupressão, hipotermia e infecções secundárias. Porfiria aguda intermitente Barbitúricos podem precipitar crises graves e são formalmente contraindicados. Instabilidade hemodinâmica Pode causar vasodilatação periférica e depressão miocárdica com queda significativa da PA. Hipersensibilidade aos barbitúricos Reações alérgicas, inclusive anafilaxia, já documentadas. Disfunção hepática grave Risco de acúmulo e toxicidade devido à metabolização hepática. Doença respiratória descompensada sem suporte ventilatório Pode causar depressão respiratória acentuada. Uso prolongado sem monitoramento adequado Risco de acúmulo, imunossupressão, hipotermia e infecções secundárias. Apresentação Pó para solução injetável: 0,5 g e 1 g.
Diluição para infusão O tiopental sódico é fornecido em pó liofilizado (ex: frasco com 1 g) e deve ser reconstituído com água estéril ou SF 0,9% para atingir uma concentração final entre 20 a 25 mg/mL, adequada para uso contínuo em sedação neuroprotetora, controle de PIC ou crises convulsivas refratárias.
Concentração habitual: 25 mg/mL 1 g de tiopental (frasco-ampola) Diluir em 40 mL de SF 0,9% ou água estéril Volume final: 40 mL
Concentração final: 25 mg/mL
Alternativa mais diluída: 20 mg/mL 1 g de tiopental Diluir em 50 mL de diluente Volume final: 50 mL
Concentração final: 20 mg/mL
Passo a passo do preparo: Reconstituir o pó liofilizado (ex: 1 g) com SF 0,9% estéril ou água estéril Aspirar o volume total do frasco Completar com diluente estéril até atingir 40 mL (25 mg/mL) ou 50 mL (20 mg/mL) Identificar a seringa ou frasco Reconstituir o pó liofilizado (ex: 1 g) com SF 0,9% estéril ou água estéril Aspirar o volume total do frasco Completar com diluente estéril até atingir 40 mL (25 mg/mL) ou 50 mL (20 mg/mL) Identificar a seringa ou frasco Posologia
Infusão contínua (manutenção) Dose habitual para sedação neuroprotetora ou controle de PIC: 1 a 5 mg/kg/h, titulando conforme resposta clínica (nível de sedação ou eletroencefalograma) Em casos de status epilepticus refratário, pode-se utilizar até 10 mg/kg/h, com monitoramento intensivo Faixa segura de uso prolongado (com EEG e suporte intensivo): De 0,5 a 3 mg/kg/h, ajustando conforme PIC, crises convulsivas ou nível de sedação desejado
A dose deve ser titulada com base em: Pressão intracraniana (se monitorizada) EEG (buscando burst-suppression ou supressão completa, conforme o caso) Nível de consciência (ex: RASS -5) Condições hemodinâmicas do paciente
Bolus (opcional) Indução anestésica para intubação ou sedação rápida: 3 a 5 mg/kg IV, administrados lentamente (em 20 a 30 segundos) Para controle inicial de crise convulsiva ou HIC aguda: 1 a 2 mg/kg IV, podendo repetir a dose após 5 a 10 minutos, se necessário
O bolus pode causar hipotensão e depressão respiratória — realizar sempre com monitorização contínua. Calculadora de Tiopental Calculadora de Tiopental Peso do paciente (kg): Concentração da solução (mg/mL): 20 mg/mL25 mg/mL Calcular
Perguntas Frequentes sobre o uso do Tiopental na UTI
Quando aumentar a dose? Quando o paciente não atinge o nível desejado de sedação profunda ou controle da pressão intracraniana (ex: RASS -5, controle de PIC). Também indicado se persistirem atividades elétricas no EEG em casos de status epilepticus refratário.
A dose pode ser aumentada em incrementos de 0,5 a 1 mg/kg/h, com reavaliação clínica e/ou neurológica frequente.
Quando diminuir a dose? Quando houver queda da pressão arterial ou redução do débito cardíaco. Se houver sinais de acúmulo, como sedação prolongada, atraso na recuperação ou alteração no padrão respiratório. Em melhora clínica e início de desmame da sedação.
Reduzir em etapas graduais (10–20%) para evitar instabilidade hemodinâmica e rebote de atividade cerebral.
Quanto tempo leva para iniciar a sedação após começar a infusão? O início é quase imediato: ocorre entre 15 e 30 segundos após administração IV. O pico de ação é em 1 minuto, com duração de 3 a 10 minutos após bolus único, podendo variar conforme o estado hemodinâmico do paciente.
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