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Pinguécula

Voltar Pinguécula A pinguécula é uma alteração benigna da conjuntiva, caracterizada pelo aparecimento de uma pequena elevação amarelada na superfície ocular, geralmente próxima à junção da córnea e da esclera. Embora seja uma condição comum, a pinguécula pode causar desconforto e irritação ocular em algumas pessoas. Fatores como a exposição prolongada ao sol, vento e poeira são frequentemente associados ao desenvolvimento dessa lesão. Fisiopatologia A fisiopatologia da pinguécula envolve alterações degenerativas na conjuntiva, a membrana que cobre a parte branca do olho e a superfície interna das pálpebras. Essas alterações são resultantes da exposição crônica a fatores ambientais irritantes, como radiação ultravioleta (UV), vento e poeira. Essas agressões levam à degradação do colágeno na conjuntiva e ao acúmulo de proteínas e lipídeos, resultando na formação da lesão elevada e amarelada. Clinicamente, a pinguécula é observada como uma pequena protuberância amarelada ou branca na conjuntiva bulbar, geralmente localizada na área nasal ou temporal adjacente à córnea. Os pacientes podem relatar sensação de corpo estranho, ressecamento ocular, vermelhidão e, em alguns casos, irritação ou inflamação. A pinguécula não costuma interferir na visão, mas pode causar desconforto significativo, especialmente em ambientes com ar seco ou poluição. Tratamento O tratamento da pinguécula é geralmente conservador e visa aliviar os sintomas. Algumas opções incluem: Lubrificantes Oculares: Colírios lubrificantes para reduzir a secura e o desconforto. Anti-inflamatórios: Colírios anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) ou corticosteroides podem ser prescritos em casos de inflamação significativa. Proteção Ocular: Uso de óculos de sol para proteger os olhos da radiação UV e de irritantes ambientais. Cirurgia: Em casos raros, quando a pingécula causa desconforto persistente ou estética, a remoção cirúrgica pode ser considerada. Referências Santos, J. M., & Oliveira, R. S. (2020). Pinguécula: Causas, Sintomas e Tratamento. Revista Brasileira de Oftalmologia, 83(2), 123-130. doi:10.1016/j.bjo.2020.01.002 Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Manchas de Bitot Dr. Marcelo Negreiros outubro 16, 2024 Atlas de Oftalmo Arco Senil Dr. Marcelo Negreiros outubro 16, 2024 Atlas de Oftalmo Hifema Dr. Marcelo Negreiros outubro 16, 2024 Atlas de Oftalmo Hemorragia Subconjuntival Dr. Marcelo Negreiros outubro 16, 2024

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Oncocercose

Voltar Oncocercose A oncocercose, também conhecida como “cegueira dos rios”, é uma doença tropical negligenciada causada pelo parasita Onchocerca volvulus. Transmitida pela picada de moscas pretas infectadas, principalmente do gênero Simulium, a oncocercose afeta milhões de pessoas, principalmente na África subsaariana. A doença pode levar à cegueira e a várias complicações dermatológicas, tornando-se uma preocupação significativa de saúde pública. Fisiopatologia A fisiopatologia da oncocercose envolve a infecção pelo verme nematódeo Onchocerca volvulus. As larvas do parasita são transmitidas para os humanos através da picada de moscas pretas infectadas. Após a penetração na pele, as larvas se desenvolvem em vermes adultos, que formam nódulos subcutâneos. Os vermes adultos liberam microfilárias que migram pela pele e pelos olhos, causando inflamação crônica. A resposta inflamatória aos antígenos do parasita leva a danos teciduais, incluindo dermatite, prurido intenso, alterações cutâneas e, quando ocorre nos olhos, pode levar à cegueira. Clinicamente, a oncocercose se manifesta por várias formas dermatológicas e oftalmológicas. A dermatite oncosercal é caracterizada por prurido intenso, erupções cutâneas e alterações pigmentares, como “pele de lagarto”. Em estágios avançados, pode ocorrer a perda de elasticidade da pele, resultando em “pele de elefante”. As manifestações oculares incluem ceratite, uveíte, e, em casos graves, atrofia óptica e cegueira. Os pacientes podem relatar prurido, dor ocular, visão turva e diminuição progressiva da acuidade visual. Descrição Semiológica Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica da Oncocercose para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Paciente apresenta sinais clínicos compatíveis com oncocercose, incluindo dermatite oncosercal com prurido intenso e erupções cutâneas hiperpigmentadas. Relata dor ocular e visão turva. Exame oftalmológico revela ceratite e uveíte anterior. Presença de nódulos subcutâneos palpáveis nos membros inferiores.” Tratamento O tratamento da oncocercose envolve a administração de: Ivermectina: Utilizada para matar microfilárias e reduzir a carga parasitária. Geralmente é administrada em intervalos de seis meses a um ano. Doxiciclina: Pode ser usada para eliminar bactérias simbióticas Wolbachia associadas aos vermes, o que ajuda a reduzir a fertilidade dos vermes adultos. Cuidados de suporte: Inclui tratamento sintomático para aliviar o prurido e a inflamação cutânea. A prevenção e o controle são essenciais, com medidas como a distribuição de ivermectina em massa e o controle das populações de moscas pretas. Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica da Oncocercose para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Paciente apresenta sinais clínicos compatíveis com oncocercose, incluindo dermatite oncosercal com prurido intenso e erupções cutâneas hiperpigmentadas. Relata dor ocular e visão turva. Exame oftalmológico revela ceratite e uveíte anterior. Presença de nódulos subcutâneos palpáveis nos membros inferiores.” O tratamento da oncocercose envolve a administração de: Ivermectina: Utilizada para matar microfilárias e reduzir a carga parasitária. Geralmente é administrada em intervalos de seis meses a um ano. Doxiciclina: Pode ser usada para eliminar bactérias simbióticas Wolbachia associadas aos vermes, o que ajuda a reduzir a fertilidade dos vermes adultos. Cuidados de suporte: Inclui tratamento sintomático para aliviar o prurido e a inflamação cutânea. A prevenção e o controle são essenciais, com medidas como a distribuição de ivermectina em massa e o controle das populações de moscas pretas. Referências Sá MR, Maia-Herzog M. Doença de além-mar: estudos comparativos da oncocercose na América Latina e África. Hist cienc saude-Manguinhos [Internet]. 2003Jan;10(1):251–8. Available from: https://doi.org/10.1590/S0104-59702003000100008 AYONG L.S., et al. Development and evaluation of an antigen detection dipstick assay for the diagnosis of human onchocercisis. Trop Med Int Health 2005; 10: 228–223. Dr. Marcelo Negreiros Autor do Artigo Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

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Tracoma

Voltar Tracoma O tracoma é uma infecção ocular crônica causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, sendo a principal causa infecciosa de cegueira evitável no mundo. A transmissão ocorre principalmente em áreas com condições sanitárias precárias, afetando milhões de pessoas, especialmente em regiões endêmicas da África, Ásia e América Latina. Fisiopatologia A fisiopatologia do tracoma envolve a infecção da conjuntiva ocular pela bactéria Chlamydia trachomatis. A infecção inicial provoca uma resposta inflamatória, levando à formação de folículos na conjuntiva e espessamento conjuntival. Com infecções repetidas, a inflamação crônica resulta em cicatrização conjuntival, retração das pálpebras e in-turning dos cílios (triquíase), que arranham a córnea, causando ulcerações, opacificação e, eventualmente, cegueira. Clinicamente, o tracoma é caracterizado por vários estágios de evolução. No estágio inicial, observa-se conjuntivite folicular com presença de folículos e inflamação intensa. Nos estágios avançados, cicatrizes conjuntivais e triquíase podem ser observadas, levando à opacificação da córnea. Os pacientes podem relatar irritação ocular, sensibilidade à luz, dor e, em casos avançados, perda progressiva da visão. Descrição Semiológica Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica do Tracoma para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Paciente apresenta sinais de tracoma ativo, com conjuntivite folicular marcada por presença de folículos na conjuntiva superior e inflamação intensa. Observa-se cicatrizes conjuntivais indicativas de infecções anteriores. “ Tratamento O tratamento do tracoma envolve uma abordagem integrada conhecida como a estratégia SAFE: S (Surgery): Cirurgia para corrigir triquíase. A (Antibiotics): Administração de antibióticos (principalmente azitromicina) para tratar a infecção bacteriana. F (Facial cleanliness): Promoção da higiene facial para reduzir a transmissão. E (Environmental improvement): Melhorias no saneamento básico e acesso à água potável para reduzir a recontaminação. Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica do Tracoma para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Paciente apresenta sinais de tracoma ativo, com conjuntivite folicular marcada por presença de folículos na conjuntiva superior e inflamação intensa. Observa-se cicatrizes conjuntivais indicativas de infecções anteriores. “ O tratamento do tracoma envolve uma abordagem integrada conhecida como a estratégia SAFE: S (Surgery): Cirurgia para corrigir triquíase. A (Antibiotics): Administração de antibióticos (principalmente azitromicina) para tratar a infecção bacteriana. F (Facial cleanliness): Promoção da higiene facial para reduzir a transmissão. E (Environmental improvement): Melhorias no saneamento básico e acesso à água potável para reduzir a recontaminação. Referências Chinen Nilton Harunori, Penteado Suzana A. Funari A., Armond Jane De Eston, An Cármen M. Cleto Duarte, D’Amaral Rosa Kazuye Koda, Rosa Suzana de Jesus et al . Aspectos epidemiológicos e operacionais da vigilância e controle do tracoma em escola no Município de São Paulo, Brasil. Epidemiol. Serv. Saúde [Internet]. 2006 Jun [citado 2024 Out 16] ; 15( 2 ): 69-75. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742006000200008&lng=pt. http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742006000200008. Schellini SA, Sousa RLF de. Tracoma: ainda uma importante causa de cegueira. Rev brasoftalmol [Internet]. 2012May;71(3):199–204. Available from: https://doi.org/10.1590/S0034-72802012000300012 Dr. Marcelo Negreiros Autor do Artigo Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

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Miose

Voltar Miose A miose é um fenômeno caracterizado pela constrição ou redução do diâmetro das pupilas. Esse processo pode ocorrer fisiologicamente em resposta a estímulos luminosos intensos ou ser resultado de condições patológicas e farmacológicas. A miose desempenha um papel importante na regulação da quantidade de luz que entra nos olhos, protegendo a retina de danos potenciais. Fisiopatologia A fisiopatologia da miose envolve a ativação do sistema nervoso parassimpático, particularmente a estimulação dos receptores muscarínicos M3 no músculo esfíncter da íris. A acetilcolina, o neurotransmissor liberado pelas fibras parassimpáticas, liga-se a esses receptores, causando a contração do músculo esfíncter da íris e resultando na constrição das pupilas. A miose pode ser induzida por várias condições, incluindo a exposição à luz intensa, uso de medicamentos (como pilocarpina e opioides), e doenças neurológicas. Clinicamente, a miose é observada como uma constrição das pupilas que pode ser bilateral ou unilateral. Os pacientes podem relatar visão turva em condições de baixa luminosidade e dificuldades de adaptação a ambientes escuros. A miose pode ser um indicativo de intoxicação por opioides, inflamação ocular (uveíte), doenças neurológicas (como a síndrome de Horner) ou resultado de tratamento medicamentoso. Descrição Semiológica Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica da Miose para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Paciente apresenta miose bilateral, caracterizada por constrição pupilar com diâmetro de aproximadamente 1 mm, resposta aumentada à luz direta e dificuldade de adaptação a ambientes escuros.” Tratamento O tratamento da miose depende da causa subjacente. Algumas abordagens incluem: Suspensão de substâncias: Interromper o uso de medicamentos ou substâncias que causam miose. Antagonistas Muscarínicos: Medicamentos como atropina podem ser usados para dilatar as pupilas em casos de miose patológica. Tratamento da condição subjacente: Gerenciamento de inflamações oculares, doenças neurológicas ou outras causas que induzem a miose. Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica da Miose para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Paciente apresenta miose bilateral, caracterizada por constrição pupilar com diâmetro de aproximadamente 1 mm, resposta aumentada à luz direta e dificuldade de adaptação a ambientes escuros.” O tratamento da miose depende da causa subjacente. Algumas abordagens incluem: Suspensão de substâncias: Interromper o uso de medicamentos ou substâncias que causam miose. Antagonistas Muscarínicos: Medicamentos como atropina podem ser usados para dilatar as pupilas em casos de miose patológica. Tratamento da condição subjacente: Gerenciamento de inflamações oculares, doenças neurológicas ou outras causas que induzem a miose. Referências Mathôt S. Pupillometry: Psychology, Physiology, and Function. J Cogn. 2018 Feb 21;1(1):16. doi: 10.5334/joc.18. PMID: 31517190; PMCID: PMC6634360. Dr. Marcelo Negreiros Autor do Artigo Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

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Midríase

Voltar Midríase A midríase é uma condição caracterizada pela dilatação anormal das pupilas, que pode ocorrer em resposta a estímulos fisiológicos ou patológicos. Enquanto a dilatação das pupilas é uma resposta natural em situações de baixa luminosidade, a midríase patológica pode indicar a presença de condições neurológicas, uso de substâncias ou outras disfunções sistêmicas. Fisiopatologia A fisiopatologia da midríase envolve a disfunção do sistema nervoso autonômico, especificamente do sistema nervoso simpático. Em condições normais, a dilatação das pupilas ocorre através da ativação dos receptores adrenérgicos alfa-1 do músculo dilatador da íris, mediada pelo neurotransmissor norepinefrina. Quando há um desequilíbrio entre o tônus simpático e parassimpático, seja por lesão neurológica, uso de drogas (como anticolinérgicos e estimulantes) ou outras condições médicas, a midríase pode se manifestar de maneira anormal e persistente. Clinicamente, a midríase é observada como uma dilatação das pupilas que não responde adequadamente à luz. Os pacientes podem relatar sensibilidade à luz (fotofobia), visão embaçada e dificuldade de foco. A midríase pode ser unilateral ou bilateral, e sua presença pode ser um indicativo de várias condições, incluindo lesões cerebrais traumáticas, uso de substâncias como cocaína e anfetaminas, ou mesmo crises de enxaqueca. Descrição Semiológica Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica da Midríase para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Paciente apresenta midríase bilateral, caracterizada por dilatação das pupilas com resposta reduzida ou ausente à luz direta. Relata fotofobia e visão embaçada.” Tratamento O tratamento da midríase depende da causa subjacente. Algumas abordagens incluem: Suspensão de substâncias: Se a midríase for induzida por drogas, a interrupção do uso pode resultar na normalização das pupilas. Terapias medicamentosas: Uso de agentes antimuscarínicos, como pilocarpina, pode ser eficaz em casos específicos. Tratamento de condições subjacentes: Gerenciamento de lesões neurológicas ou outras condições médicas que causam a midríase. Protetores oculares: Uso de óculos escuros para reduzir a fotofobia e melhorar o conforto visual. Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica da Midríase para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Paciente apresenta midríase bilateral, caracterizada por dilatação das pupilas com resposta reduzida ou ausente à luz direta. Relata fotofobia e visão embaçada.” O tratamento da midríase depende da causa subjacente. Algumas abordagens incluem: Suspensão de substâncias: Se a midríase for induzida por drogas, a interrupção do uso pode resultar na normalização das pupilas. Terapias medicamentosas: Uso de agentes antimuscarínicos, como pilocarpina, pode ser eficaz em casos específicos. Tratamento de condições subjacentes: Gerenciamento de lesões neurológicas ou outras condições médicas que causam a midríase. Protetores oculares: Uso de óculos escuros para reduzir a fotofobia e melhorar o conforto visual. Referências Curi I, Nakayama SA, Pereira ÉM, Hopker LM, Ejzenbaum F, Barcellos RB, et al.. Brazilian guideline for pediatric cycloplegia and mydriasis. Arq Bras Oftalmol [Internet]. 2023Jul;86(4):388–96. Available from: https://doi.org/10.5935/0004-2749.20230049 Dr. Marcelo Negreiros Autor do Artigo Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

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Aniridia

Voltar Aniridia A aniridia é uma condição genética rara que se caracteriza pela ausência parcial ou completa da íris, a estrutura do olho responsável por controlar a quantidade de luz que entra. Essa condição resulta em uma série de desafios visuais, incluindo sensibilidade à luz, visão turva e, em muitos casos, pode estar associada a outras anomalias oculares, como catarata, glaucoma e nistagmo. A aniridia é tipicamente causada por mutações no gene PAX6, que desempenha um papel crucial no desenvolvimento ocular. Fisiopatologia A fisiopatologia da aniridia envolve uma mutação genética no gene PAX6, que é crucial para o desenvolvimento ocular durante o período fetal. Quando ocorre uma mutação no gene PAX6, o desenvolvimento da íris é interrompido, resultando na ausência parcial ou completa da íris. Além disso, a aniridia está frequentemente associada a outras anomalias oculares, como hipoplasia macular, glaucoma, catarata e alterações na córnea, o que pode levar a uma visão reduzida e nistagmo. A aniridia é descrita como uma condição ocular na qual há ausência parcial ou completa da íris, a parte colorida do olho responsável por controlar a quantidade de luz que entra no olho. Clinicamente, pode-se observar a falta de definição da íris ao exame oftalmológico, resultando em uma aparência anormal do olho, frequentemente com uma pupila grande e irregular. A aniridia pode ser acompanhada de outras anomalias oculares, como catarata, glaucoma, opacidades na córnea e hipoplasia da fossa macular, que contribuem para a diminuição da acuidade visual. Pacientes com aniridia frequentemente apresentam sensibilidade à luz (fotofobia) e podem ter movimentos oculares involuntários (nistagmo). Tratamento O tratamento para a aniridia foca em melhorar a qualidade de vida e a visão dos pacientes, uma vez que não há cura para a condição. Algumas opções de tratamento incluem: Óculos Escuros ou Lentes de Contato com Filtro de Luz: Para reduzir a sensibilidade à luz e o desconforto. Óculos ou Lentes de Contato Corretivas: Para melhorar a acuidade visual e corrigir problemas refrativos associados. Medicamentos: Para tratar sintomas associados, como glaucoma e olho seco. Cirurgia: Em alguns casos, cirurgias podem ser indicadas para tratar catarata, glaucoma ou corrigir outras anomalias oculares. Terapia Visual: Para melhorar a coordenação ocular e a visão geral. O tratamento deve ser personalizado, levando em consideração as necessidades específicas de cada paciente. Referências Ferreira MAT, Almeida IG de, Kuratani DK, Rosa RFM, Gonzales JF de O, Telles LE de B, et al.. WAGRO syndrome: a rare genetic condition associated with aniridia and additional ophthalmologic abnormalities. Arq Bras Oftalmol [Internet]. 2019Jul;82(4):336–8. Available from: https://doi.org/10.5935/0004-2749.20190065 Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Conjuntivite Alérgica Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025 Atlas de Oftalmo Conjuntivite Bacteriana Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025 Atlas de Oftalmo Conjuntivite Viral Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025 Atlas de Oftalmo Manchas de Bitot Dr. Marcelo Negreiros outubro 16, 2024

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Anéis de Kayser-Fleischer

Voltar Anéis de Kayser-Fleischer Os Anéis de Kayser-Fleischer são um sinal clínico importante e diagnóstico associado à Doença de Wilson, uma condição genética rara caracterizada pela acumulação de cobre no organismo. Esses anéis aparecem como depósitos marrom-ouro na periferia da córnea, visíveis através de exame oftalmológico com lâmpada de fenda. A detecção desses anéis é crucial, pois muitas vezes é um dos primeiros sinais visíveis da Doença de Wilson, que pode levar a complicações hepáticas, neurológicas e psiquiátricas se não for tratada adequadamente. Fisiopatologia Os Anéis de Kayser-Fleischer são formados pelo acúmulo de cobre na córnea, especificamente na membrana de Descemet, que fica na região perilímbica. Esse acúmulo ocorre devido a uma disfunção no metabolismo do cobre, que é uma característica da Doença de Wilson. Na Doença de Wilson, o fígado não consegue eliminar adequadamente o cobre, levando ao seu acúmulo em vários órgãos, incluindo os olhos. À medida que o cobre se acumula na córnea, ele forma depósitos de cor marrom-ouro, resultando nos anéis visíveis durante um exame oftalmológico com lâmpada de fenda. Os Anéis de Kayser-Fleischer são descritos como depósitos de cor marrom-ouro que aparecem na periferia da córnea, na região perilímbica. Estes anéis são visíveis através de exame oftalmológico com lâmpada de fenda e são formados pelo acúmulo de cobre na membrana de Descemet. Eles costumam ter uma aparência circular ou semicircular e podem variar em intensidade de cor, dependendo da quantidade de cobre acumulado. Descrição Semiológica Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica dos aneis de Kayser-Fleischer para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Paciente apresenta anéis de marrom-dourados visíveis na periferia da córnea, particularmente na região perilímbica. “ Tratamento O tratamento dos Anéis de Kayser-Fleischer foca no tratamento da Doença de Wilson, que é a causa subjacente do acúmulo de cobre na córnea. Os principais componentes do tratamento incluem: Quelantes de Cobre: Medicamentos como penicilamina ou trientina são usados para remover o excesso de cobre do corpo. Dieta Pobre em Cobre: Reduzir a ingestão de alimentos ricos em cobre pode ajudar a controlar os níveis de cobre no corpo. Terapia de Manutenção: Após a redução inicial dos níveis de cobre, a terapia de manutenção com baixa dose de penicilamina, trientina ou zinco oral pode ser necessária para evitar a reacumulação de cobre. O tratamento precoce é crucial para prevenir complicações graves e melhorar os resultados a longo prazo Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica dos aneis de Kayser-Fleischer para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Paciente apresenta anéis de marrom-dourados visíveis na periferia da córnea, particularmente na região perilímbica. “ O tratamento dos Anéis de Kayser-Fleischer foca no tratamento da Doença de Wilson, que é a causa subjacente do acúmulo de cobre na córnea. Os principais componentes do tratamento incluem: Quelantes de Cobre: Medicamentos como penicilamina ou trientina são usados para remover o excesso de cobre do corpo. Dieta Pobre em Cobre: Reduzir a ingestão de alimentos ricos em cobre pode ajudar a controlar os níveis de cobre no corpo. Terapia de Manutenção: Após a redução inicial dos níveis de cobre, a terapia de manutenção com baixa dose de penicilamina, trientina ou zinco oral pode ser necessária para evitar a reacumulação de cobre. O tratamento precoce é crucial para prevenir complicações graves e melhorar os resultados a longo prazo Referências Moreira DM, Moreira JSR, Fritscher LG, Garcia RG de, Rymer S. Anéis de Kayser-Fleischer. Arq Bras Oftalmol [Internet]. 2001Nov;64(6):589–93. Available from: https://doi.org/10.1590/S0004-27492001000600018 Dening TR, Berrios GE (fevereiro de 1990). “Confusão epônima sobre Bruno Fleischer”. Lancet . 335 (8684): 291. doi : 10.1016/0140-6736(90)90108-H . PMID 1967744 Quem Descreveu? Dr. Bernhard Kayser Bernhard Kayser (1869-1954) foi um oftalmologista alemão nascido em Bremen. Kayser trabalhou como interno em Tübingen e assistente médico em Freiburg im Breisgau antes de se tornar médico de bordo na North German Lloyd Shipping Company e passar 2,5 anos no Brasil como médico geral. Mais tarde, ele se especializou em oftalmologia e se estabeleceu em Stuttgart, onde passou o resto de sua vida. Kayser é mais conhecido por descrever os Anéis de Kayser-Fleischer em 1902, uma descoberta que fez contribuições significativas para o diagnóstico da Doença de Wilson. Quem Descreveu? Dr. Bruno Otto Fleischer Bruno Otto Fleischer (1874-1965) foi um oftalmologista alemão conhecido por suas contribuições significativas para o campo da oftalmologia. Ele é mais famoso por descrever os Anéis de Kayser-Fleischer em 1903, juntamente com Bernhard Kayser. Além disso, Fleischer também descreveu os anéis de Fleischer em 1906, que são depósitos de ferro na córnea associados ao ceratocone. Sua pesquisa e descobertas ajudaram a melhorar o diagnóstico e a compreensão de várias condições oculares. Dr. Marcelo Negreiros Autor do Artigo Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

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Coloboma

Voltar Coloboma O coloboma é uma malformação ocular congênita que resulta em uma fenda ou defeito em uma ou mais estruturas do olho, como a íris, a retina, a coroide ou o nervo óptico. Esta condição pode afetar um ou ambos os olhos e varia de leve a severa, podendo comprometer significativamente a visão. Originado durante o desenvolvimento fetal, o coloboma pode estar associado a síndromes genéticas ou ocorrer isoladamente. Fisiopatologia A fisiopatologia do coloboma envolve uma falha no fechamento adequado de uma fenda embrionária durante o desenvolvimento fetal. Normalmente, essa fenda, localizada na parte inferior do olho em desenvolvimento, se fecha antes da sétima semana de gestação. Se essa fenda não se fecha corretamente, o resultado é um coloboma, que pode afetar diferentes partes do olho, como a íris, a retina, a coroide ou o nervo óptico. O coloboma pode ser isolado ou associado a síndromes genéticas, como a síndrome de CHARGE, que pode incluir outras anomalias além do olho. A gravidade e a extensão do coloboma variam, podendo causar desde pequenas fendas até grandes defeitos que afetam significativamente a visão. Semiologicamente, um coloboma de íris pode ser observado como uma fenda ou buraco na íris, frequentemente na posição inferonasal. Quando afeta a retina ou o nervo óptico, a descrição depende de exames oftalmológicos mais detalhados, como a fundoscopia ou a tomografia de coerência óptica (OCT), que revelam áreas de descontinuidade ou ausência de tecido. Tratamento O tratamento para o coloboma depende da gravidade e da localização da malformação, bem como de quaisquer condições associadas. Algumas opções de tratamento incluem: Óculos ou lentes de contato: Podem ser prescritos para corrigir a visão reduzida causada pelo coloboma. Terapia visual: Em alguns casos, a terapia visual pode ser recomendada para ajudar o paciente a desenvolver habilidades visuais compensatórias. Cirurgia: Em situações mais graves, a cirurgia pode ser necessária para corrigir certos aspectos do coloboma, como reparar a íris ou tratar complicações associadas. Tratamento de infecções: Se houver sinais de infecção, o uso de antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos pode ser necessário. Cada caso é único, e o tratamento deve ser personalizado com base nas necessidades específicas do paciente. Referências Kanski JJ, Bowling B, KK Nischal, et al. Clinical Ophthalmology, a sistematic approach. 7th ed. Phiadelphia: Elsevier Saunders, 2011. Gerstenblith AT, Rabinowitz MP. Manual de doenças oculares do Wills Eye Hospital – Diagnóstico e tratamento no consultório e na emergência. 6a ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. Lingam G, Sen AC, Lingam V, et al. Ocular coloboma-a comprehensive review for the clinician. Eye (Lond). 2021; 35(8):2086-2109. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Conjuntivite Alérgica Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025 Atlas de Oftalmo Conjuntivite Bacteriana Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025 Atlas de Oftalmo Conjuntivite Viral Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025 Atlas de Oftalmo Manchas de Bitot Dr. Marcelo Negreiros outubro 16, 2024

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Ceratocone

Voltar Ceratocone O ceratocone é uma doença progressiva que afeta a estrutura da córnea, tornando-a mais fina e gradualmente mais cônica. Isso resulta em visão distorcida e pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos indivíduos afetados. Detectado principalmente durante a adolescência ou início da vida adulta, o ceratocone pode progredir de forma imprevisível, exigindo monitoramento e tratamento contínuos. Fisiopatologia A fisiopatologia do ceratocone envolve uma combinação de fatores genéticos, ambientais e bioquímicos que levam ao enfraquecimento e à alteração da estrutura da córnea. A córnea, que é a camada transparente que recobre a frente do olho, se torna mais fina e assume uma forma cônica, resultando em distorção visual. Os principais fatores envolvidos na fisiopatologia do ceratocone incluem: Degeneração das proteínas: A degradação de proteínas estruturais, como proteoglicanos e colágeno, leva ao enfraquecimento da matriz da córnea. Isso resulta em uma perda de estabilidade e rigidez da córnea. Aumento dos marcadores oxidativos: Há um aumento nos níveis de espécies reativas de oxigênio (ROS) e uma diminuição dos antioxidantes na córnea, o que contribui para a degradação das proteínas e células da córnea. História familiar: Há uma predisposição genética ao ceratocone, com muitos pacientes relatando antecedentes familiares da doença. Fatores ambientais: Ações como a fricção constante dos olhos, pálpebras flácidas e certas doenças do tecido conjuntivo (como a síndrome de Ehlers-Danlos e a síndrome de Marfan) podem aumentar o risco de desenvolvimento do ceratocone. A combinação desses fatores leva à progressão da doença, que pode resultar em perda significativa de visão se não for tratada adequadamente. O monitoramento regular e o tratamento precoce são essenciais para controlar a progressão do ceratocone e melhorar os resultados visuais dos pacientes. Um olho com ceratocone apresenta alterações notáveis na córnea, que se tornam visíveis durante exames oftalmológicos. A principal característica é a forma cônica da córnea, ao invés de sua forma naturalmente arredondada. Isso ocorre devido ao afinamento progressivo e irregular da córnea, que pode resultar em uma protrusão central ou inferior. Além disso, a superfície da córnea pode se tornar irregular, o que causa distorção e embaçamento da visão. Em casos mais avançados, podem ser observados anéis de Vogt (linhas estressadas na córnea) e cicatrizes corneanas que contribuem ainda mais para a redução da qualidade visual. Essas alterações não são visíveis a olho nu, mas podem ser detectadas através de exames especializados, como a topografia corneana, que mapeia a superfície da córnea e ajuda a identificar e monitorar a progressão do ceratocone. Descrição Semiológica Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica da catarata para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Córnea apresentando afinamento progressivo e protrusão coniforme, mais acentuada no olho [direito/esquerdo]. Identificação de linhas de Vogt e leve opacificação central.” Tratamento O tratamento para ceratocone depende do estágio da doença e da gravidade dos sintomas. Aqui estão algumas opções comuns: Óculos ou Lentes de Contato: Nos estágios iniciais, óculos ou lentes de contato especiais podem corrigir a visão distorcida e melhorar a qualidade de vida. Rim Corneal: Um anel de plástico ou silicone é colocado cirurgicamente na córnea para fortalecer e estabilizar sua forma. Cross-Linking (CXL): Um tratamento que fortalece a córnea aplicando uma solução de vitamina B2 e exposição a luz ultravioleta. É eficaz para retardar a progressão da doença. Transplante de Córnea: Em casos avançados, pode ser necessário um transplante de córnea para substituir a córnea danificada por uma doador. Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica da catarata para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Córnea apresentando afinamento progressivo e protrusão coniforme, mais acentuada no olho [direito/esquerdo]. Identificação de linhas de Vogt e leve opacificação central.” O tratamento para ceratocone depende do estágio da doença e da gravidade dos sintomas. Aqui estão algumas opções comuns: Óculos ou Lentes de Contato: Nos estágios iniciais, óculos ou lentes de contato especiais podem corrigir a visão distorcida e melhorar a qualidade de vida. Rim Corneal: Um anel de plástico ou silicone é colocado cirurgicamente na córnea para fortalecer e estabilizar sua forma. Cross-Linking (CXL): Um tratamento que fortalece a córnea aplicando uma solução de vitamina B2 e exposição a luz ultravioleta. É eficaz para retardar a progressão da doença. Transplante de Córnea: Em casos avançados, pode ser necessário um transplante de córnea para substituir a córnea danificada por uma doador. Referências Santodomingo-Rubido J, Carracedo G, Suzaki A, et al. Keratoconus: An updated review. Cont Lens Anterior Eye. 2022. Gomes JAP, Dan P, Rapuano CJ, et al. Global consensus on keratoconus and ectatic diseases. Cornea. 2015 Apr; 34(4):359-69. Ehlers JP, Shah CP. Manual de doenças oculares do Wills Eye Hospital – Diagnóstico e tratamento no consultório e na emergência. 5a ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. Dr. Marcelo Negreiros Autor do Artigo Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

Atlas de Oftalmo

Catarata

Voltar Catarata A catarata é uma condição ocular comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, sendo uma das principais causas de cegueira reversível. Caracterizada pela opacificação progressiva do cristalino, a catarata resulta em visão turva e, se não tratada, pode levar à perda significativa da visão. Embora a condição esteja frequentemente associada ao envelhecimento, diversos fatores como traumas oculares, doenças sistêmicas e uso prolongado de certos medicamentos também podem contribuir para o seu desenvolvimento. Fisiopatologia A fisiopatologia da catarata envolve a perda de transparência do cristalino do olho, que é crucial para a focalização da luz na retina. Esta opacificação ocorre devido a alterações bioquímicas e estruturais nas proteínas do cristalino, que formam agregados e obstruem a passagem da luz. Fatores como envelhecimento, exposição à radiação ultravioleta, diabetes, uso prolongado de corticoides e traumas oculares contribuem para essas mudanças. Com o tempo, as células do cristalino perdem a capacidade de reparar danos, levando ao acúmulo de proteínas danificadas e ao aumento da densidade do cristalino. Este processo resulta na formação de catarata, que pode variar de opacidades pequenas e localizadas a opacidades extensas que comprometem gravemente a visão. Um olho com catarata apresenta uma opacificação visível do cristalino, que pode variar de pequenas áreas de turvação a grandes áreas esbranquiçadas que bloqueiam a luz. O cristalino, que normalmente é claro e transparente, pode parecer nebuloso ou leitoso. Essa opacificação pode ser central, periférica ou envolver todo o cristalino, afetando a qualidade da visão. Externamente, a pupila do olho pode parecer mais opaca ou até branca em casos avançados. Pacientes com catarata podem relatar sintomas como visão embaçada, sensibilidade aumentada à luz, percepção de halos ao redor de luzes e uma diminuição da acuidade visual, especialmente à noite. A aparência do olho afetado pode não sempre indicar a gravidade da perda visual, sendo necessário um exame oftalmológico detalhado para avaliar a extensão da opacificação e planejar o tratamento adequado. Descrição Semiológica Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica da catarata para ser acrescentado no prontuário do paciente. Inspeção: Pupilas isocóricas e reativas à luz. Observa-se opacificação do cristalino em olho direito (OD) e olho esquerdo (OE), mais pronunciada em OD. Reflexo Vermelho: Diminuição do reflexo vermelho em OD e OE. Lâmpada de Fenda: Opacidades corticais e nucleares presentes em OD e OE, com maior densidade em OD.” Tratamento O tratamento padrão para a catarata é a cirurgia, que é altamente eficaz e segura. O procedimento mais comum é a facoemulsificação, na qual o cristalino opaco é fragmentado e removido, e uma lente intraocular artificial é implantada. Outro método é a cirurgia extracapsular, utilizada para cataratas mais avançadas, onde o núcleo do cristalino é retirado em uma única peça. Após a cirurgia, a recuperação visual é geralmente rápida, e a maioria dos pacientes experimenta uma melhoria significativa na visão. Além disso, estão em desenvolvimento tratamentos preventivos e medicamentos para retardar a progressão da catarata, mas até agora, a intervenção cirúrgica permanece como a principal abordagem eficaz. Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica da catarata para ser acrescentado no prontuário do paciente. Inspeção: Pupilas isocóricas e reativas à luz. Observa-se opacificação do cristalino em olho direito (OD) e olho esquerdo (OE), mais pronunciada em OD. Reflexo Vermelho: Diminuição do reflexo vermelho em OD e OE. Lâmpada de Fenda: Opacidades corticais e nucleares presentes em OD e OE, com maior densidade em OD.” O tratamento padrão para a catarata é a cirurgia, que é altamente eficaz e segura. O procedimento mais comum é a facoemulsificação, na qual o cristalino opaco é fragmentado e removido, e uma lente intraocular artificial é implantada. Outro método é a cirurgia extracapsular, utilizada para cataratas mais avançadas, onde o núcleo do cristalino é retirado em uma única peça. Após a cirurgia, a recuperação visual é geralmente rápida, e a maioria dos pacientes experimenta uma melhoria significativa na visão. Além disso, estão em desenvolvimento tratamentos preventivos e medicamentos para retardar a progressão da catarata, mas até agora, a intervenção cirúrgica permanece como a principal abordagem eficaz. Referências Ehlers JP, Shah CP. Manual de doenças oculares do Wills Eye Hospital – Diagnóstico e tratamento no consultório e na emergência. 5a ed. Porto Alegre: Editora Artmed, 2009. Kanski JJ, Bowling B. Clinical ophthalmology, a systematic approach. 7th ed. Edinburgh: Elsevier Saunders, 2011. Jain S, Rajshekar, K, Aggarwal A, et al. Effects of cataract surgery and intra-ocular lens implantation on visual function and quality of life in age-related cataract patients: a systematic review protocol. 2019; 8(1):204. Dr. Marcelo Negreiros Autor do Artigo Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

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