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Subluxação do Cristalino

Subluxação do cristalino A subluxação do cristalino é uma condição oftalmológica caracterizada pelo deslocamento parcial do cristalino dentro do olho devido à fraqueza ou ruptura das fibras zonulares que o mantêm em posição. Essa instabilidade pode comprometer a qualidade da visão e predispor a complicações como astigmatismo irregular, diplopia monocular e até mesmo glaucoma secundário. Essa condição pode ocorrer por diversas razões, incluindo fatores genéticos, traumas oculares e doenças oculares degenerativas. A gravidade do deslocamento varia de casos assintomáticos a situações em que a função visual está seriamente comprometida, tornando necessária uma abordagem terapêutica específica. O diagnóstico precoce e o acompanhamento oftalmológico são essenciais para evitar progressão da doença e otimizar os resultados do tratamento. Fisiopatologia O cristalino é mantido suspenso na câmara posterior do olho pelas fibras zonulares, que desempenham um papel essencial na acomodação visual. Quando essas fibras se tornam frágeis ou rompem, o cristalino perde sua posição normal e pode se deslocar parcial (subluxação) ou completamente (luxação). A subluxação pode ser estável ou progressiva, podendo afetar a visão ao induzir astigmatismo, diplopia ou glaucoma secundário. As principais causas da subluxação do cristalino incluem: Condições genéticas: Síndrome de Marfan, homocistinúria, síndrome de Weill-Marchesani. Trauma ocular: Impactos diretos podem causar ruptura zonular. Pseudoexfoliação: Deposição de material fibrilar nas fibras zonulares leva à fraqueza progressiva. Complicações cirúrgicas: Cirurgias intraoculares podem enfraquecer as fibras zonulares.   Os sintomas da subluxação do cristalino variam conforme a severidade do deslocamento e o impacto na função visual. Entre os sinais mais comuns estão: Visão embaçada e flutuação da acuidade visual. Diplopia monocular devido à descentralização da lente natural. Astigmatismo irregular induzido pelo deslocamento do cristalino. Fotofobia e glare (sensibilidade à luz). Aumento da pressão intraocular em casos com obstrução do fluxo do humor aquoso. No exame oftalmológico com lâmpada de fenda, observa-se a mobilidade anormal do cristalino (facodonese). A gonioscopia pode revelar ângulo aberto com pseudoexfoliação ou evidências de bloqueio pupilar. A ultrassonografia do segmento anterior é útil para avaliar o grau de deslocamento do cristalino. Tratamento O manejo da subluxação do cristalino depende do grau de deslocamento e dos sintomas do paciente: Correção óptica: Óculos ou lentes de contato podem corrigir ametropias associadas em casos leves. Monitoramento oftalmológico: Pacientes assintomáticos ou com deslocamento estável devem ser acompanhados regularmente. Cirurgia de facectomia: Indicada para casos avançados com comprometimento visual significativo ou risco de glaucoma secundário. Pode ser necessário implante de lente intraocular fixada na íris ou esclera. Tratamento do glaucoma associado: Uso de colírios hipotensores ou cirurgia antiglaucomatosa para controle da pressão intraocular. Manejo de doenças sistêmicas associadas: Pacientes com síndromes genéticas devem ser avaliados por equipes multidisciplinares. Referências Vasavada AR, Raj SM, Vasavada V, Vasavada SA. “Management of Subluxated Lenses: A Review.” Indian Journal of Ophthalmology. 2020;68(12):2698-2707. Disponível em: https://www.ijo.in/text.asp?2020/68/12/2698/303372. Acesso em: 20 de fevereiro de 2025. Khanna R, Pineda R. “Subluxation and Dislocation of the Crystalline Lens.” Survey of Ophthalmology. 2018;63(3):309-318. Disponível em: https://www.surveyophthalmol.com/article/S0039-6257(18)30030-5/fulltext. Acesso em: 20 de fevereiro de 2025. National Eye Institute. “Marfan Syndrome and its Ocular Manifestations.” Disponível em: https://www.nei.nih.gov/learn-about-eye-health/eye-conditions-and-diseases/marfan-syndrome. Acesso em: 20 de fevereiro de 2025. American Academy of Ophthalmology. “Lens Subluxation: Management and Surgical Techniques.” Disponível em: https://www.aao.org/eye-health/diseases/ectopia-lentis. Acesso em: 20 de fevereiro de 2025. Shah P, Watson MP, Naroo SA, Wolffsohn JS. “Advances in the Management of Lens Instability.” British Journal of Ophthalmology. 2019;103(8):1085-1092. Disponível em: https://bjo.bmj.com/content/103/8/1085. Acesso em: 20 de fevereiro de 2025. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Facodonese – Copy Dr. Marcelo Negreiros março 3, 2025 Atlas de Oftalmo Facodonese Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 28, 2025 Atlas de Oftalmo Ceratites Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Edema de Córnea Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025

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Facodonese

Facodonese A facodonese é uma condição oftalmológica caracterizada pela instabilidade e mobilidade anormal do cristalino dentro do olho. Esse fenômeno ocorre devido à fraqueza ou ruptura das fibras zonulares que sustentam o cristalino, podendo estar associada a diversas doenças oculares e sistêmicas. Fisiopatologia O cristalino é mantido suspenso na câmara posterior do olho pelas fibras zonulares, que conectam essa estrutura ao corpo ciliar. Quando essas fibras sofrem fraqueza ou ruptura parcial, o cristalino perde estabilidade e passa a oscilar com os movimentos oculares, fenômeno conhecido como facodonese. As causas mais comuns incluem trauma ocular, pseudoexfoliação, síndrome de Marfan, homocistinúria e glaucoma congênito. A facodonese pode predispor ao desenvolvimento de luxação do cristalino, levando a complicações como aumento da pressão intraocular, indução de astigmatismo e comprometimento visual. https://medfoco.com/wp-content/uploads/2025/02/Snapsave.app_AQOdFzHhguxg2Q8ii9I_OEaQONHLY1pBx66w1eEx_xH7uVQ_JekyAsoIlVfdtxcafqFk8KtGkzdxsx_VMGm14i5B-online-video-cutter.com_.mp4https://medfoco.com/wp-content/uploads/2025/02/Snapinst.app_video_AQOAUoMkh-UD0M5PZ7WLSN1VP8CdguEh4SKXaFByq_ZzlpOPScShLUUCGAab1M8IO40jchunsDVnZbabGXhKirU61h5GkRp0_Z5wHfY-online-video-cutter.com_.mp4https://medfoco.com/wp-content/uploads/2025/02/Snapinst.app_video_AQP03SnMPXzY3d2e7bf_pHKwfObmFRLGyA50aJ0uz0FaNA7HnhAStomJfzmpfNjfySrf5Qk4kHV-x2tUjzK8fS44bw90IxJceofHuhY-online-video-cutter.com_.mp4 Os sintomas da facodonese variam conforme a gravidade da mobilidade do cristalino. Pacientes podem relatar visão embaçada, diplopia monocular e fotofobia. Em casos mais avançados, o cristalino pode se deslocar parcial ou completamente para a câmara anterior ou para o vítreo, causando edema corneano e aumento da pressão intraocular. No exame oftalmológico com lâmpada de fenda, a facodonese é observada como um tremor do cristalino ao movimentar o olho. O teste de transiluminação da íris pode revelar zonas de afinamento na íris associadas à pseudoexfoliação. A biomicroscopia ultrassônica pode ser utilizada para avaliar o grau de comprometimento das fibras zonulares e a posição do cristalino. Tratamento O manejo da facodonese depende da gravidade da instabilidade do cristalino e do impacto na visão do paciente. As principais abordagens incluem: Correção óptica com óculos ou lentes de contato para minimizar os sintomas de diplopia e distorção visual em casos leves. Monitoramento regular para acompanhar a progressão da instabilidade do cristalino e detectar complicações, como glaucoma secundário. Cirurgia de facectomia indicada quando há luxação do cristalino, comprometimento visual significativo ou risco de aumento da pressão intraocular. O implante de lente intraocular pode ser realizado conforme a condição das fibras zonulares remanescentes. Manejo de doenças sistêmicas associadas, como síndrome de Marfan e pseudoexfoliação, para reduzir o risco de progressão da instabilidade zonular. Referências American Academy of Ophthalmology. “Lens Subluxation and Phacodonesis: Diagnosis and Management.” Disponível em: https://www.aao.org. Acesso em: 20 de fevereiro de 2025. National Eye Institute. “Marfan Syndrome and Ocular Manifestations.” Disponível em: https://www.nei.nih.gov. Acesso em: 20 de fevereiro de 2025. Mayo Clinic. “Pseudoexfoliation Syndrome and its Impact on Lens Stability.” Disponível em: https://www.mayoclinic.org. Acesso em: 20 de fevereiro de 2025. European Society of Cataract & Refractive Surgeons. “Management of Zonular Weakness in Cataract Surgery.” Disponível em: https://www.escrs.org. Acesso em: 20 de fevereiro de 2025. Ting DSJ, Ho CS, Deshmukh R. “Advances in the Surgical Management of Lens Dislocation.” Eye (Lond). 2021. Disponível em: https://www.nature.com/articles/s41433-020-01339-3. Acesso em: 20 de fevereiro de 2025. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Facodonese Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 28, 2025 Atlas de Oftalmo Ceratites Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Edema de Córnea Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Distrofias Corneanas Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025

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Ceratites

Ceratites A ceratite é uma inflamação da córnea que pode ser causada por infecções, trauma, doenças autoimunes ou fatores ambientais. Pode evoluir rapidamente e, se não tratada adequadamente, pode levar a complicações graves, como úlceras corneanas e perda visual. Fisiopatologia A ceratite ocorre quando a integridade da córnea é comprometida, permitindo a entrada de patógenos ou desencadeando uma resposta inflamatória. A inflamação pode ser infecciosa, causada por bactérias, vírus, fungos ou protozoários, ou não infecciosa, resultante de trauma, exposição excessiva a raios UV, uso inadequado de lentes de contato ou doenças autoimunes como artrite reumatoide e síndrome de Sjögren. No caso da ceratite infecciosa, a barreira epitelial da córnea é rompida, permitindo que microrganismos invadam o estroma corneano, levando à resposta inflamatória e, frequentemente, à formação de úlceras. Já a ceratite não infecciosa pode ocorrer por mecanismos alérgicos, exposição química ou ressecamento ocular severo. Os sintomas da ceratite incluem dor ocular intensa, hiperemia conjuntival, lacrimejamento excessivo, fotofobia e visão turva. Em casos infecciosos, pode haver secreção purulenta, enquanto na ceratite viral, observa-se um padrão dendrítico característico em infecções por Herpes simplex vírus. O exame oftalmológico com lâmpada de fenda revela inflamação corneana, defeitos epiteliais detectáveis com fluoresceína e, em casos avançados, infiltração estromal. A ceratite fúngica geralmente apresenta infiltração esbranquiçada com bordas irregulares, enquanto a ceratite amebiana pode exibir um padrão anelar característico. Tratamento O tratamento da ceratite depende de sua etiologia: Ceratite bacteriana: colírios antibióticos de amplo espectro, como fluoroquinolonas, associados a acompanhamento rigoroso. Ceratite viral: antivirais tópicos ou sistêmicos, como aciclovir, especialmente em infecções por Herpes simplex. Ceratite fúngica: antifúngicos tópicos e sistêmicos, como voriconazol, sendo necessária abordagem prolongada. Ceratite amebiana: tratamento intensivo com biguanidas e miltefosina, com resposta variável e risco de complicações. Ceratite não infecciosa: lubrificantes oculares, anti-inflamatórios e controle da causa subjacente. Casos graves podem necessitar de intervenção cirúrgica, como desbridamento corneano, transplante de córnea ou terapia fotodinâmica para reduzir a carga infecciosa e restaurar a transparência corneana. Referências Ting DSJ, Ho CS, Deshmukh R, Said DG, Dua HS. “Infectious keratitis: an update on epidemiology, causative microorganisms, risk factors, and antimicrobial resistance.” Eye (Lond). 2021. Disponível em: https://www.nature.com/articles/s41433-020-01339-3. Acesso em: 20 de fevereiro de 2025. American Academy of Ophthalmology. “Bacterial Keratitis: Diagnosis and Treatment.” Disponível em: https://www.aao.org. Acesso em: 20 de fevereiro de 2025. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). “Acanthamoeba Keratitis and Contact Lens Safety.” Disponível em: https://www.cdc.gov. Acesso em: 20 de fevereiro de 2025. National Eye Institute. “Corneal Diseases and Treatment.” Disponível em: https://www.nei.nih.gov. Acesso em: 20 de fevereiro de 2025. Austin A, Lietman T, Rose-Nussbaumer J. “Update on the Management of Infectious Keratitis.” Ophthalmology. 2017. Disponível em: https://www.aaojournal.org/article/S0161-6420(17)30341-7/fulltext. Acesso em: 20 de fevereiro de 2025. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Ceratites Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Edema de Córnea Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Distrofias Corneanas Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Úlcera de Córnea Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025

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Edema de Córnea

Edema de Córnea O edema de córnea é uma condição oftalmológica caracterizada pelo acúmulo anormal de fluido na córnea, resultando em espessamento e perda da transparência. Esse processo pode ser desencadeado por disfunções do endotélio corneano, inflamações, traumas ou complicações pós-cirúrgicas, como após a facoemulsificação. A progressão do edema pode levar à distorção visual significativa e, em casos graves, dor ocular intensa devido à formação de bolhas epiteliais. Fisiopatologia A integridade da córnea depende do equilíbrio entre a produção e a drenagem do humor aquoso, bem como da função das células endoteliais, que bombeiam fluidos para fora do estroma corneano. Quando o endotélio sofre dano ou disfunção, ocorre acúmulo excessivo de fluido, resultando em espessamento e opacificação corneana. Entre as causas mais comuns estão a distrofia de Fuchs, uveítes crônicas, aumento prolongado da pressão intraocular e complicações cirúrgicas. O edema pode ser transitório ou progressivo, dependendo da extensão da disfunção endotelial. Os sintomas do edema de córnea variam conforme a gravidade da condição. Nos estágios iniciais, os pacientes podem relatar visão embaçada, principalmente ao acordar, com melhora gradual ao longo do dia. Em casos mais avançados, a visão permanece constantemente turva, podendo ser acompanhada por halos ao redor das luzes e dor ocular significativa. O exame oftalmológico revela aumento da espessura corneana, pregas na membrana de Descemet e, em casos graves, a formação de microbolhas epiteliais. O diagnóstico diferencial deve excluir condições como ceratopatia bolhosa e distrofias corneanas. Tratamento O manejo do edema de córnea depende da sua etiologia e da gravidade dos sintomas. Entre as opções terapêuticas incluem-se: Colírios hipertônicos (cloreto de sódio 5%), utilizados para reduzir temporariamente o inchaço corneano. Lentes de contato terapêuticas, indicadas para proteger a córnea em casos de erosão epitelial e aliviar a dor. Controle da pressão intraocular, essencial nos casos associados a hipertensão ocular ou glaucoma. Cirurgias como transplante endotelial (DSAEK ou DMEK), indicadas para distrofia de Fuchs avançada e outras disfunções endoteliais severas. Ceratoplastia penetrante, reservada para casos graves de opacificação corneana que não respondem a outras intervenções. Referências American Academy of Ophthalmology. “Corneal Edema: Causes and Management.” Disponível em: https://www.aao.org. Acesso em: 20 de fevereiro de 2025. Mayo Clinic. “Fuchs’ Dystrophy.” Disponível em: https://www.mayoclinic.org. Acesso em: 20 de fevereiro de 2025. National Eye Institute. “Corneal Disorders.” Disponível em: https://www.nei.nih.gov. Acesso em: 20 de fevereiro de 2025. Harvard Medical School. “Ophthalmology: Corneal Conditions.” Disponível em: https://www.health.harvard.edu. Acesso em: 20 de fevereiro de 2025. European Society of Cataract & Refractive Surgeons. “Management of Corneal Edema Post-Surgery.” Disponível em: https://www.escrs.org. Acesso em: 20 de fevereiro de 2025. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Edema de Córnea Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Distrofias Corneanas Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Úlcera de Córnea Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Leucoma Corneano Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025

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Distrofias Corneanas

Distrofias Corneanas As distrofias corneanas são um grupo de doenças genéticas caracterizadas pelo acúmulo anormal de material na córnea, levando à perda de transparência, alterações estruturais e, em alguns casos, comprometimento visual. Essas condições podem ser classificadas de acordo com a camada da córnea afetada. Fisiopatologia As distrofias corneanas são doenças hereditárias que resultam da deposição anormal de proteínas, lipídios ou material extracelular nas diferentes camadas da córnea. Elas podem afetar o epitélio, estroma ou endotélio corneano. Essas deposições alteram a regularidade da superfície corneana, podendo provocar diminuição da transparência e distorção da visão. Algumas distrofias são progressivas e podem levar a cicatrizes e opacificação corneana. As distrofias corneanas podem se manifestar de forma assintomática ou causar sintomas como fotofobia, visão embaçada e sensação de corpo estranho nos olhos. Dependendo da camada corneana afetada, as principais distrofias incluem: Distrofias do epitélio e da membrana basal: Distrofia de Cogan (distrofia em mapa-ponto-dedo de impressão), causando erosões recorrentes e desconforto ocular. Distrofias do estroma: Distrofia granular, lattice e macular, caracterizadas por depósitos visíveis na córnea que afetam a transparência. Distrofias do endotélio: Distrofia de Fuchs, que leva à perda progressiva de células endoteliais, resultando em edema e comprometimento visual. O diagnóstico é baseado no exame clínico com lâmpada de fenda, microscopia especular do endotélio e, em alguns casos, testes genéticos. Tratamento O tratamento das distrofias corneanas depende da severidade dos sintomas e do grau de comprometimento visual. As abordagens incluem: Lubrificantes oculares e colírios salinos hipertônicos para reduzir o edema e o desconforto ocular. Lentes de contato especiais para melhorar a qualidade visual em casos com irregularidade da córnea. Terapia fototerapêutica com laser excimer (PTK) para tratar erosões recorrentes e melhorar a transparência corneana. Transplante de córnea (ceratoplastia lamelar ou penetrante) indicado nos casos avançados com perda significativa da transparência corneana. Acompanhamento oftalmológico contínuo para monitorar a progressão da distrofia e ajustar o tratamento conforme necessário. Referências Kanski, J. J., Bowling, B. “Oftalmologia Clínica: Uma Abordagem Sistemática”. Elsevier, 2015. Yanoff, M., Duker, J. S. “Oftalmologia de Yanoff e Duker”. Elsevier, 2018. American Academy of Ophthalmology. “Microphthalmia and Anophthalmia: Diagnosis and Management”. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. “Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento das Distrofias Corneanas”. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Distrofias Corneanas Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Úlcera de Córnea Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Leucoma Corneano Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Síndrome de Dispersão Pigmentar Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025

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Úlcera de Córnea

Úlcera de Córnea A úlcera de córnea é uma lesão na superfície corneana geralmente causada por infecção, trauma ou desordens inflamatórias. Se não tratada adequadamente, pode levar a complicações graves, como perfuração corneana e perda da visão. Fisiopatologia A úlcera de córnea ocorre devido à destruição do epitélio e do estroma corneano, frequentemente associada à infecção bacteriana, viral, fúngica ou parasitária. As bactérias, como Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus, são causas comuns em usuários de lentes de contato. O Herpes simplex vírus pode provocar úlceras dendríticas, enquanto infecções fúngicas são mais frequentes após trauma ocular com material orgânico. Além das infecções, doenças autoimunes e deficiência do filme lacrimal também podem predispor ao desenvolvimento da úlcera. Os pacientes com úlcera de córnea frequentemente apresentam dor ocular intensa, hiperemia conjuntival, lacrimejamento excessivo e fotofobia. A acuidade visual pode estar reduzida dependendo da localização e extensão da lesão. O exame com lâmpada de fenda revela uma lesão epitelial corneana com bordas irregulares e infiltração estromal. Em úlceras infecciosas, pode haver secreção purulenta ou presença de hipópio na câmara anterior. O diagnóstico diferencial inclui ceratite superficial, erosão corneana e distrofias corneanas. Tratamento O tratamento da úlcera de córnea depende da etiologia e da gravidade do quadro. As principais abordagens incluem: Colírios antibióticos, antifúngicos ou antivirais, conforme o agente infeccioso identificado. Corticosteroides tópicos, usados com cautela para reduzir a inflamação sem comprometer a cicatrização. Lubrificantes oculares para manter a integridade da superfície ocular. Uso de lentes de contato terapêuticas para proteger a córnea em alguns casos. Cirurgia de transplante de córnea (ceratoplastia) nos casos de perfuração corneana ou cicatrizes graves. Monitoramento oftalmológico contínuo para avaliar a resposta ao tratamento e prevenir complicações. Referências Kanski, J. J., Bowling, B. “Oftalmologia Clínica: Uma Abordagem Sistemática”. Elsevier, 2015. Yanoff, M., Duker, J. S. “Oftalmologia de Yanoff e Duker”. Elsevier, 2018. American Academy of Ophthalmology. “Microphthalmia and Anophthalmia: Diagnosis and Management”. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. “Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento de Doenças Corneanas”. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Úlcera de Córnea Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Leucoma Corneano Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Síndrome de Dispersão Pigmentar Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Síndrome de Pseudoexfoliação Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025

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Leucoma Corneano

Leucoma Corneano O leucoma corneano é uma cicatriz opaca na córnea, resultante de processos inflamatórios, infecciosos ou traumáticos. Dependendo da localização e da extensão da opacidade, a visão pode ser parcial ou totalmente comprometida, exigindo tratamento adequado para evitar complicações. Fisiopatologia O leucoma corneano ocorre devido à perda de transparência do estroma corneano após processos de cicatrização. A integridade da córnea pode ser afetada por úlceras, infecções (como ceratites bacterianas, virais ou fúngicas), trauma ocular ou doenças degenerativas. A resposta inflamatória pode levar à deposição de tecido cicatricial, resultando em uma opacidade permanente na córnea. Os pacientes com leucoma corneano podem apresentar visão embaçada, fotofobia e, em casos mais graves, redução significativa da acuidade visual. A opacidade pode variar de uma leve turvação a uma cicatriz densa e branca que cobre grande parte da córnea. No exame com lâmpada de fenda, observa-se uma área esbranquiçada no estroma corneano, podendo haver irregularidades na superfície corneana e comprometimento do endotélio. O diagnóstico diferencial inclui ceratocone avançado, distrofias corneanas e outras causas de opacidade corneana. Tratamento O tratamento do leucoma corneano depende da gravidade da opacidade e do impacto na visão do paciente. As opções incluem: Colírios lubrificantes e anti-inflamatórios para aliviar sintomas de desconforto ocular. Lentes de contato especiais para melhorar a acuidade visual em opacidades leves a moderadas. Cirurgia de transplante de córnea (ceratoplastia) indicada em casos severos com comprometimento visual significativo. Terapia fototerapêutica com laser excimer (PTK) para remoção de opacidades superficiais e melhora da transparência corneana. Monitoramento oftalmológico contínuo para avaliar a progressão da opacidade e a necessidade de intervenção cirúrgica. Referências Kanski, J. J., Bowling, B. “Oftalmologia Clínica: Uma Abordagem Sistemática”. Elsevier, 2015. Yanoff, M., Duker, J. S. “Oftalmologia de Yanoff e Duker”. Elsevier, 2018. American Academy of Ophthalmology. “Microphthalmia and Anophthalmia: Diagnosis and Management”. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. “Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento de Doenças Corneanas”. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Leucoma Corneano Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Síndrome de Dispersão Pigmentar Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Síndrome de Pseudoexfoliação Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Glaucoma Congênito Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025

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Síndrome de Dispersão Pigmentar

Síndrome de Dispersão Pigmentar A Síndrome de Dispersão Pigmentar (SDP) é uma condição oftalmológica caracterizada pela liberação de pigmentos da camada posterior da íris, que se acumulam nas estruturas do olho, como a córnea, o trabeculado e o humor aquoso. Essa dispersão de pigmentos pode levar ao desenvolvimento do glaucoma pigmentar, uma forma secundária de glaucoma de ângulo aberto. Fisiopatologia Na Síndrome de Dispersão Pigmentar, há um contato anormal entre a íris e o cristalino ou o corpo ciliar, resultando na liberação de grânulos de pigmento da camada posterior da íris. Esses pigmentos se depositam em diversas estruturas intraoculares, causando obstrução da drenagem do humor aquoso e, consequentemente, aumento da pressão intraocular (PIO). Em muitos casos, essa condição pode evoluir para o glaucoma pigmentar, levando à neuropatia óptica progressiva. Os pacientes com SDP podem ser assintomáticos ou apresentar sintomas como halos ao redor das luzes e episódios transitórios de visão turva, especialmente após exercícios físicos, devido ao aumento momentâneo da liberação de pigmento. No exame oftalmológico, achados característicos incluem: Depósito de pigmento na córnea (linha de Krukenberg) Pigmentação excessiva da malha trabecular ao exame de gonioscopia Excavação do nervo óptico aumentada em casos avançados Íris com transiluminação, evidenciando áreas de perda do epitélio pigmentado O diagnóstico diferencial inclui outras causas de hiperpigmentação da câmara anterior, como uveítes e uso de medicações que induzem pigmentação ocular. Tratamento O tratamento da Síndrome de Dispersão Pigmentar visa controlar a pressão intraocular e prevenir a progressão para glaucoma pigmentar. As abordagens incluem: Colírios hipotensores oculares, como betabloqueadores, análogos de prostaglandinas e inibidores da anidrase carbônica, para reduzir a PIO. Trabeculoplastia a laser para aumentar a drenagem do humor aquoso e reduzir a deposição de pigmentos. Iridoplastia a laser para modificar a configuração da íris e reduzir o contato com as estruturas adjacentes. Cirurgia filtrante (trabeculectomia ou implantes de drenagem) em casos de glaucoma refratário ao tratamento clínico. Acompanhamento oftalmológico regular para monitorar a progressão da PIO e do dano ao nervo óptico. Referências Kanski, J. J., Bowling, B. “Oftalmologia Clínica: Uma Abordagem Sistemática”. Elsevier, 2015. Yanoff, M., Duker, J. S. “Oftalmologia de Yanoff e Duker”. Elsevier, 2018. American Academy of Ophthalmology. “Microphthalmia and Anophthalmia: Diagnosis and Management”. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. “Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento do Glaucoma Pigmentar”. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Síndrome de Dispersão Pigmentar Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Síndrome de Pseudoexfoliação Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Glaucoma Congênito Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Rubeose Iridis Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025

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Síndrome de Pseudoexfoliação

Síndrome de Pseudoexfoliação A Síndrome de Pseudoexfoliação (PEX) é uma doença sistêmica caracterizada pelo acúmulo de material fibrilar anômalo nos tecidos oculares e em órgãos extraculares. Essa síndrome está fortemente associada ao desenvolvimento de glaucoma pseudoexfoliativo, sendo uma das principais causas de glaucoma de ângulo aberto secundário. Fisiopatologia A Síndrome de Pseudoexfoliação ocorre devido à deposição anormal de um material fibrilar na superfície do cristalino, íris, corpo ciliar, malha trabecular e outras estruturas oculares. Esse material pode levar ao comprometimento da drenagem do humor aquoso, resultando no aumento da pressão intraocular (PIO) e consequente dano ao nervo óptico. Além do envolvimento ocular, há evidências de que a PEX pode afetar outros órgãos, como coração, pulmões e rins. Os pacientes com PEX podem ser assintomáticos ou apresentar sinais como aumento progressivo da PIO, atrofia da íris e pupilas pouco reativas. O exame oftalmológico revela a presença de material pseudoexfoliativo no cristalino, especialmente ao redor da margem pupilar, formando um padrão em “disco de touro”. O ângulo da câmara anterior pode apresentar pigmentação irregular devido à liberação de fragmentos do material pseudoexfoliativo. Em casos mais avançados, pode haver aumento da escavação do nervo óptico, levando ao diagnóstico de glaucoma pseudoexfoliativo. Tratamento O tratamento da Síndrome de Pseudoexfoliação visa controlar a pressão intraocular e prevenir a progressão para glaucoma. As abordagens incluem: Colírios hipotensores oculares, como betabloqueadores, análogos de prostaglandinas e inibidores da anidrase carbônica. Tratamento a laser (trabeculoplastia a laser de argônio ou seletiva), indicado para melhorar a drenagem do humor aquoso. Cirurgia filtrante (trabeculectomia ou implante de drenagem), em casos de glaucoma refratário ao tratamento clínico. Monitoramento oftalmológico contínuo, essencial para acompanhar a progressão da PEX e evitar complicações visuais. Além disso, pacientes com PEX apresentam maior risco de complicações intraoperatórias em cirurgias de catarata devido à fraqueza da zônula, exigindo planejamento cirúrgico adequado. Referências Kanski, J. J., Bowling, B. “Oftalmologia Clínica: Uma Abordagem Sistemática”. Elsevier, 2015. Yanoff, M., Duker, J. S. “Oftalmologia de Yanoff e Duker”. Elsevier, 2018. American Academy of Ophthalmology. “Microphthalmia and Anophthalmia: Diagnosis and Management”. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. “Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento do Glaucoma Neovascular”. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Síndrome de Pseudoexfoliação Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Glaucoma Congênito Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Rubeose Iridis Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Uveíte Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025

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Glaucoma Congênito

Glaucoma Congênito O glaucoma congênito é uma doença ocular rara caracterizada pelo aumento da pressão intraocular em recém-nascidos e crianças pequenas, devido a uma anomalia no desenvolvimento do sistema de drenagem do humor aquoso. A condição pode levar a danos irreversíveis ao nervo óptico e comprometimento visual grave se não tratada precocemente. Fisiopatologia O glaucoma congênito ocorre devido a um desenvolvimento anômalo do trabeculado e do ângulo iridocorneano, responsáveis pela drenagem do humor aquoso. A falha na drenagem leva ao acúmulo de líquido intraocular e ao consequente aumento da pressão intraocular (PIO). Esse aumento pressórico pode causar estiramento do globo ocular (buftalmia), aumento do diâmetro corneano e atrofia do nervo óptico. A condição pode ser isolada ou estar associada a síndromes genéticas, como a Síndrome de Axenfeld-Rieger e a Síndrome de Sturge-Weber. Fatores hereditários também podem desempenhar um papel importante na patogênese do glaucoma congênito. Os sinais e sintomas do glaucoma congênito geralmente aparecem nos primeiros meses de vida. Os achados clínicos mais comuns incluem: Epífora (lacrimejamento excessivo) Fotofobia (sensibilidade à luz) Blefaroespasmo (piscar excessivo devido ao desconforto ocular) Buftalmia (globo ocular aumentado devido ao aumento da PIO) Aumento do diâmetro corneano (geralmente maior que 11 mm ao nascimento) Opacificação corneana devido ao edema causado pela alta PIO Excavação do nervo óptico nos casos mais avançados O diagnóstico é feito por exame oftalmológico detalhado, incluindo tonometria para medir a PIO, biomicroscopia para avaliação do ângulo de drenagem e fundoscopia para observar o nervo óptico. Em alguns casos, a ultrassonografia ocular pode ser necessária para avaliar a anatomia interna do olho. Tratamento O tratamento do glaucoma congênito deve ser iniciado o mais precocemente possível para evitar danos irreversíveis à visão. As principais abordagens incluem: Cirurgia: é a principal forma de tratamento, sendo a goniotomia e a trabeculotomia as técnicas mais utilizadas para facilitar a drenagem do humor aquoso. Medicamentos hipotensores oculares: como betabloqueadores e inibidores da anidrase carbônica, usados temporariamente para reduzir a PIO antes da cirurgia. Monitoramento oftalmológico contínuo: essencial para avaliar a progressão da doença e ajustar a abordagem terapêutica. Tratamento das complicações: casos avançados podem exigir cirurgias adicionais, como a trabeculectomia ou implantes de drenagem. O prognóstico depende da precocidade do diagnóstico e da resposta ao tratamento. Quando tratado precocemente, muitos pacientes conseguem preservar a visão funcional ao longo da vida. Referências Kanski, J. J., Bowling, B. “Oftalmologia Clínica: Uma Abordagem Sistemática”. Elsevier, 2015. Yanoff, M., Duker, J. S. “Oftalmologia de Yanoff e Duker”. Elsevier, 2018. American Academy of Ophthalmology. “Microphthalmia and Anophthalmia: Diagnosis and Management”. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. “Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento do Glaucoma Neovascular”. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Glaucoma Congênito Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Rubeose Iridis Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Uveíte Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Hipópio Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025

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