Atlas de Oftalmo

Atlas de Oftalmo

Conjuntivite Alérgica

Voltar Conjuntivite Alérgica A conjuntivite alérgica é uma reação inflamatória da conjuntiva causada por uma resposta imune exagerada a alérgenos ambientais, como pólen, ácaros, pelos de animais e produtos químicos. Geralmente, acomete ambos os olhos e está associada a condições alérgicas sistêmicas, como rinite alérgica e asma. Fisiopatologia A conjuntivite alérgica ocorre devido a uma resposta de hipersensibilidade mediada por imunoglobulina E (IgE). Quando o alérgeno entra em contato com a conjuntiva, há ativação de mastócitos, que liberam histamina e outros mediadores inflamatórios. Essa reação leva a sintomas como prurido, hiperemia conjuntival, lacrimejamento e edema palpebral. Em casos crônicos, pode haver espessamento conjuntival e formação de papilas na conjuntiva tarsal. O olho com conjuntivite alérgica apresenta hiperemia conjuntival moderada, com um tom avermelhado e vasos dilatados visíveis. O sintoma mais característico é o prurido intenso, que leva o paciente a esfregar os olhos constantemente, piorando a inflamação. O lacrimejamento é frequente e acompanhado de secreção serosa, mas sem presença de pus, diferenciando-se da conjuntivite bacteriana. Pode haver edema palpebral e leve fotofobia. Em quadros crônicos ou sazonais, podem ser observadas papilas hipertrofiadas na conjuntiva tarsal superior. A evolução do quadro geralmente é recorrente e está relacionada à exposição a alérgenos, sendo mais comum durante determinadas estações do ano. Tratamento O tratamento da conjuntivite alérgica envolve o controle dos sintomas e a redução da exposição aos alérgenos. As principais abordagens incluem: Evitar o contato com alérgenos conhecidos, como pólen, poeira e pelos de animais. Lágrimas artificiais para ajudar a diluir e remover os alérgenos da superfície ocular. Colírios anti-histamínicos e estabilizadores de mastócitos, como olopatadina e cetotifeno, para reduzir a resposta alérgica. Corticosteroides tópicos de curta duração, apenas em casos graves e sob supervisão médica. Anti-histamínicos orais, como loratadina e cetirizina, quando a conjuntivite está associada a outros sintomas alérgicos. Compressas frias para aliviar o edema e a irritação ocular. O manejo adequado e a prevenção da exposição a alérgenos são essenciais para reduzir a recorrência da condição. Referências Kanski, J. J., Bowling, B. “Oftalmologia Clínica: Uma Abordagem Sistemática”. Elsevier, 2015. Yanoff, M., Duker, J. S. “Oftalmologia de Yanoff e Duker”. Elsevier, 2018. American Academy of Ophthalmology. “Bacterial Conjunctivitis: Diagnosis and Management”. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. “Protocolo de Conjuntivites Alérgicas”. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Conjuntivite Alérgica Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025 Atlas de Oftalmo Conjuntivite Bacteriana Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025 Atlas de Oftalmo Conjuntivite Viral Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025 Atlas de Oftalmo Manchas de Bitot Dr. Marcelo Negreiros outubro 16, 2024

Atlas de Oftalmo

Conjuntivite Bacteriana

Voltar Conjuntivite Bacteriana A conjuntivite bacteriana é uma infecção da conjuntiva causada por bactérias, resultando em inflamação, secreção purulenta e desconforto ocular. Pode afetar um ou ambos os olhos e sua transmissão ocorre por contato direto com secreções contaminadas, superfícies infectadas ou pelo uso compartilhado de objetos pessoais. Fisiopatologia A conjuntivite bacteriana ocorre quando bactérias patogênicas invadem a conjuntiva, desencadeando uma resposta inflamatória. Os principais agentes causadores incluem Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis. Essas bactérias aderem ao epitélio conjuntival, promovem a liberação de toxinas e desencadeiam uma resposta inflamatória que resulta em edema, secreção purulenta e hiperemia ocular. O olho com conjuntivite bacteriana apresenta hiperemia conjuntival difusa, com vasos dilatados e um tom vermelho intenso. A secreção característica é espessa e purulenta, variando de amarelo a verde, podendo formar crostas ao redor dos olhos, especialmente ao despertar. O paciente frequentemente relata sensação de areia ou corpo estranho nos olhos, associada a ardência e desconforto. Em alguns casos, pode haver edema palpebral significativo, dificultando a abertura dos olhos pela manhã devido ao acúmulo de secreção seca. A fotofobia costuma ser leve ou ausente. O acometimento é, geralmente, unilateral no início, mas pode se espalhar para o outro olho rapidamente se não forem seguidos cuidados de higiene adequados. A evolução pode variar de 5 a 7 dias, com melhora progressiva caso haja tratamento adequado. Tratamento O tratamento da conjuntivite bacteriana é baseado no uso de antibióticos tópicos para erradicar a infecção e reduzir a inflamação. As principais medidas incluem: Antibióticos tópicos: colírios ou pomadas contendo ciprofloxacino, tobramicina, cloranfenicol ou sulfacetamida, aplicados conforme prescrição médica. Higiene rigorosa: lavar as mãos frequentemente e evitar tocar os olhos para reduzir a disseminação da infecção. Remoção da secreção: compressas mornas ajudam a remover crostas e aliviar o desconforto. Evitar o uso de lentes de contato durante a infecção para prevenir complicações adicionais. A maioria dos casos apresenta melhora significativa em 48 a 72 horas após o início do tratamento adequado. O uso de antibióticos deve ser mantido pelo período prescrito, mesmo que os sintomas melhorem antes do término do tratamento. Referências Kanski, J. J., Bowling, B. “Oftalmologia Clínica: Uma Abordagem Sistemática”. Elsevier, 2015. Yanoff, M., Duker, J. S. “Oftalmologia de Yanoff e Duker”. Elsevier, 2018. American Academy of Ophthalmology. “Bacterial Conjunctivitis: Diagnosis and Management”. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. “Protocolo de Conjuntivites Infecciosas”. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Conjuntivite Bacteriana Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025 Atlas de Oftalmo Conjuntivite Viral Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025 Atlas de Oftalmo Manchas de Bitot Dr. Marcelo Negreiros outubro 16, 2024 Atlas de Oftalmo Arco Senil Dr. Marcelo Negreiros outubro 16, 2024

Atlas de Oftalmo

Conjuntivite Viral

Voltar Conjuntivite Viral As conjuntivites virais são inflamações da conjuntiva causadas por vírus, sendo altamente contagiosas e de grande importância clínica. Elas geralmente apresentam início agudo, hiperemia ocular, lacrimejamento excessivo e secreção serosa. A transmissão ocorre pelo contato direto com secreções oculares, mãos contaminadas ou objetos infectados. Fisiopatologia As conjuntivites virais ocorrem quando um vírus infecta a conjuntiva, desencadeando uma resposta inflamatória. O contato direto com secreções contaminadas facilita a disseminação do agente infeccioso. O adenovírus é o principal causador, invadindo as células epiteliais da conjuntiva e desencadeando uma resposta imune que resulta em edema, hiperemia e produção de secreção aquosa. Outros vírus, como o herpes simples e o varicela-zóster, podem causar ulcerações corneanas e manifestações mais graves. O olho com conjuntivite viral apresenta uma hiperemia conjuntival intensa, com coloração avermelhada difusa e vasos dilatados visíveis. A secreção é predominantemente aquosa ou mucosa, sem a presença significativa de pus, o que diferencia das conjuntivites bacterianas. O paciente pode relatar prurido e sensação de corpo estranho, o que gera desconforto ocular constante. O edema palpebral pode variar de leve a moderado, conferindo ao paciente uma aparência de inchaço ao redor dos olhos. O lacrimejamento excessivo é uma queixa comum e pode ser acompanhado de adenopatia pré-auricular palpável e dolorosa, um achado característico das infecções por adenovírus. Em alguns casos, há também fotofobia e sensação de ardência, principalmente em infecções mais graves ou que envolvem a córnea. Nos quadros mais intensos, podem surgir membranas ou pseudomembranas conjuntivais, especialmente nas conjuntivites adenovirais severas. A evolução do quadro geralmente é autolimitada, com resolução espontânea entre 7 a 14 dias. No entanto, infecções por herpes simples ou varicela-zóster podem apresentar progressão mais severa, necessitando de intervenção precoce. Tratamento O tratamento é sintomático na maioria dos casos, pois as conjuntivites virais são autolimitadas. As principais recomendações incluem: Compressas frias para alívio dos sintomas. Lágrimas artificiais para hidratação ocular. Higiene rigorosa para evitar a disseminação da infecção. Evitar contato com outras pessoas e uso compartilhado de objetos pessoais. Antivirais tópicos (aciclovir, ganciclovir) em casos de conjuntivite herpética. Não são indicados antibióticos, pois não têm efeito sobre infecções virais e podem favorecer resistência bacteriana. Referências Kanski, J. J., Bowling, B. “Oftalmologia Clínica: Uma Abordagem Sistemática”. Elsevier, 2015. Yanoff, M., Duker, J. S. “Oftalmologia de Yanoff e Duker”. Elsevier, 2018. American Academy of Ophthalmology. “Viral Conjunctivitis: Diagnosis and Management”. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. “Protocolo de Conjuntivites Infecciosas”. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Conjuntivite Viral Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025 Atlas de Oftalmo Manchas de Bitot Dr. Marcelo Negreiros outubro 16, 2024 Atlas de Oftalmo Arco Senil Dr. Marcelo Negreiros outubro 16, 2024 Atlas de Oftalmo Hifema Dr. Marcelo Negreiros outubro 16, 2024

Atlas de Oftalmo

Manchas de Bitot

Voltar Manchas de Bitot As Manchas de Bitot são lesões oculares caracterizadas por acúmulos espumosos e ceratinizados na conjuntiva, frequentemente associadas à deficiência de vitamina A. Estas manchas são um sinal clínico importante de xeroftalmia, uma condição que pode levar à cegueira se não tratada adequadamente. A prevalência das Manchas de Bitot é mais alta em regiões com baixos níveis de vitamina A na dieta, tornando-se um indicador crucial de desnutrição em populações vulneráveis. Fisiopatologia A fisiopatologia das Manchas de Bitot está diretamente relacionada à deficiência de vitamina A. A vitamina A é essencial para a manutenção da saúde ocular e do epitélio conjuntival. Sua deficiência leva à metaplasia escamosa da conjuntiva e à produção anormal de ceratina. Como resultado, surgem áreas espumosas e ceratinizadas na conjuntiva, conhecidas como Manchas de Bitot. A deficiência prolongada de vitamina A pode também comprometer a função imunológica e a integridade das mucosas, agravando ainda mais a condição ocular. Clinicamente, as Manchas de Bitot se apresentam como placas espumosas, esbranquiçadas ou amareladas na conjuntiva bulbar, geralmente nas porções temporais do olho. Estas manchas são bilaterais e podem variar em tamanho. Os pacientes podem não apresentar sintomas significativos além da presença visível das manchas, mas em casos de deficiência severa de vitamina A, podem ocorrer sintomas como visão embaçada, xeroftalmia e, eventualmente, ceratomalacia, levando à cegueira. Tratamento O tratamento das Manchas de Bitot envolve a correção da deficiência de vitamina A e a melhoria da saúde nutricional geral. Algumas abordagens incluem: Suplementação de Vitamina A: Administração de doses terapêuticas de vitamina A para corrigir a deficiência. Dietas Ricas em Vitamina A: Aumento da ingestão de alimentos ricos em vitamina A, como vegetais de folhas verdes, cenouras, batatas-doces e fígado. Educação Nutricional: Programas de educação para promover dietas balanceadas e prevenir recorrências. Tratamento das Complicações: Manejo das complicações associadas, como infecções secundárias e xeroftalmia severa. Quem Descreveu Dr. Pierre Alain Bitôt Pierre Bitôt (1822-1888) foi um médico, anatomista e cirurgião francês, mais conhecido por descrever as Manchas de Bitôt, lesões oculares associadas à deficiência de vitamina A. Além de suas contribuições à oftalmologia, Bitôt publicou uma ampla gama de trabalhos sobre anatomia e cirurgia. Referências Martins EN, Alvarenga LS, Lopes FA, Gomes JÁP, Freitas D de. Deficiência de vitamina A: relato de caso. Arq Bras Oftalmol [Internet]. 1999Dec;62(6):755–7. Available from: https://doi.org/10.1590/S0004-27491999000600019 Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Manchas de Bitot Dr. Marcelo Negreiros outubro 16, 2024 Atlas de Oftalmo Arco Senil Dr. Marcelo Negreiros outubro 16, 2024 Atlas de Oftalmo Hifema Dr. Marcelo Negreiros outubro 16, 2024 Atlas de Oftalmo Hemorragia Subconjuntival Dr. Marcelo Negreiros outubro 16, 2024

Atlas de Oftalmo

Arco Senil

Arco Senil O arco senil, também conhecido como arco corneano, é uma condição oftalmológica comum em idosos, caracterizada pela presença de um anel opaco esbranquiçado ou cinzento ao redor da margem da córnea. Embora seja geralmente considerado uma alteração benigna associada ao envelhecimento, o arco senil pode, em alguns casos, ser indicativo de dislipidemia subjacente. Fisiopatologia A fisiopatologia do arco senil envolve o depósito de lipídios, como colesterol e fosfolipídios, na periferia da córnea, especificamente na membrana de Bowman. Esses depósitos resultam na formação de um anel opaco que é mais pronunciado em indivíduos idosos. O desenvolvimento do arco senil está associado a alterações no metabolismo lipídico, frequentemente observadas com o avanço da idade. Embora a condição seja geralmente benigna, a presença do arco senil em pacientes mais jovens pode sugerir a existência de dislipidemia ou outros distúrbios metabólicos. Clinicamente, o arco senil é caracterizado pela presença de um anel esbranquiçado ou cinzento ao redor da margem da córnea. Este anel é geralmente bilateral e simétrico, não afeta a visão e é mais comum em indivíduos com idade avançada. Os pacientes geralmente não apresentam sintomas associados e o achado é tipicamente identificado durante exames oftalmológicos de rotina. Em alguns casos, o arco senil pode ser confundido com outras condições, como o anel de Kayser-Fleischer, sendo importante diferenciá-los clinicamente. Tratamento O arco senil é geralmente uma condição benigna que não requer tratamento específico. No entanto, a presença do arco em indivíduos mais jovens pode justificar uma avaliação adicional para investigar possíveis dislipidemias subjacentes ou outros distúrbios metabólicos. O tratamento das condições subjacentes pode incluir: Modificação do estilo de vida: Alterações na dieta, exercício físico regular e cessação do tabagismo. Medicações hipolipemiantes: Em casos de dislipidemia, o uso de estatinas ou outros medicamentos para controlar os níveis de lipídios no sangue. Referências Santos JE dos, Guimarães AC, Diament J. Consenso Brasileiro Sobre Dislipidemias Detecção, Avaliação e Tratamento. Arq Bras Endocrinol Metab [Internet]. 1999Aug;43(4):287–305. Available from: https://doi.org/10.1590/S0004-27301999000400005 Couto M da C. O arco senil em medicina legal. 1925 ;[citado 2024 out. 16 ] Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Conjuntivite Alérgica Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025 Atlas de Oftalmo Conjuntivite Bacteriana Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025 Atlas de Oftalmo Conjuntivite Viral Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025 Atlas de Oftalmo Manchas de Bitot Dr. Marcelo Negreiros outubro 16, 2024

Atlas de Oftalmo

Hifema

Voltar Hifema O hifema é uma condição oftalmológica caracterizada pela presença de sangue na câmara anterior do olho, a área entre a córnea e a íris. Essa condição geralmente resulta de traumas oculares, mas também pode ocorrer devido a doenças como uveíte, neovascularização da íris ou complicações após cirurgias oculares. O hifema pode variar em gravidade, desde um leve acúmulo de sangue até uma obstrução completa da visão, e requer atenção médica imediata para evitar complicações. Fisiopatologia A fisiopatologia do hifema envolve a ruptura de vasos sanguíneos na íris ou nos corpos ciliares, levando ao extravasamento de sangue para a câmara anterior. Isso pode ser desencadeado por traumas diretos ao olho, aumento súbito da pressão intraocular ou outras condições patológicas. O sangue na câmara anterior pode interferir com o fluxo do humor aquoso, aumentando o risco de glaucoma agudo. Além disso, o sangue extravasado pode causar inflamação e levar à formação de sinéquias ou hemossiderose, uma complicação que pode prejudicar a visão a longo prazo. Clinicamente, o hifema é visível como uma camada de sangue na câmara anterior do olho, que pode variar em altura e densidade. Os pacientes geralmente relatam visão embaçada, dor ocular, sensibilidade à luz (fotofobia) e, em alguns casos, visão dupla (diplopia). A aparência clínica pode variar de um leve acúmulo de sangue na parte inferior da câmara anterior a uma obstrução completa da visão quando o sangue preenche toda a câmara. O exame oftalmológico revela a presença de sangue e pode incluir medições de pressão intraocular, além de uma avaliação detalhada do segmento anterior do olho. Descrição Semiológica Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica do Hifema para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Paciente apresenta hifema de grau II no olho direito, com acúmulo de sangue preenchendo aproximadamente metade da câmara anterior. Relata visão embaçada, dor ocular moderada e fotofobia. Pressão intraocular medida em 24 mmHg. Exame com lâmpada de fenda confirma a presença de sangue na câmara anterior, sem sinais de sinéquias ou outras complicações no momento.” Tratamento O tratamento do hifema depende da gravidade e da causa subjacente. Algumas abordagens incluem: Repouso e Elevação da Cabeça: Manter a cabeça elevada pode ajudar a reabsorção do sangue. Protetores Oculares: Uso de escudos oculares para proteger o olho afetado. Medicamentos: Uso de colírios cicloplégicos para diminuir a dor e colírios de corticosteroides para reduzir a inflamação. Antifibrinolíticos podem ser usados para prevenir ressangramento. Controle da Pressão Intraocular: Medicações para reduzir a pressão intraocular, como beta-bloqueadores ou inibidores da anidrase carbônica. Cirurgia: Em casos graves ou persistentes, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica para remover o sangue acumulado. Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica do Hifema para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Paciente apresenta hifema de grau II no olho direito, com acúmulo de sangue preenchendo aproximadamente metade da câmara anterior. Relata visão embaçada, dor ocular moderada e fotofobia. Pressão intraocular medida em 24 mmHg. Exame com lâmpada de fenda confirma a presença de sangue na câmara anterior, sem sinais de sinéquias ou outras complicações no momento.” O tratamento do hifema depende da gravidade e da causa subjacente. Algumas abordagens incluem: Repouso e Elevação da Cabeça: Manter a cabeça elevada pode ajudar a reabsorção do sangue. Protetores Oculares: Uso de escudos oculares para proteger o olho afetado. Medicamentos: Uso de colírios cicloplégicos para diminuir a dor e colírios de corticosteroides para reduzir a inflamação. Antifibrinolíticos podem ser usados para prevenir ressangramento. Controle da Pressão Intraocular: Medicações para reduzir a pressão intraocular, como beta-bloqueadores ou inibidores da anidrase carbônica. Cirurgia: Em casos graves ou persistentes, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica para remover o sangue acumulado. Referências Rocha KM, Engel DP, Gusmão FBA de, Martins EN, Moraes NSB de. Hifema traumático: seguimento de um ano. Arq Bras Oftalmol [Internet]. 2004Jan;67(1):133–7. Available from: https://doi.org/10.1590/S0004-27492004000100024 Dr. Marcelo Negreiros Autor do Artigo Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

Atlas de Oftalmo

Hemorragia Subconjuntival

Voltar Hemorragia Subconjuntival A hemorragia subconjuntival é uma condição ocular relativamente comum, caracterizada pelo acúmulo de sangue sob a conjuntiva, a membrana transparente que cobre a parte branca do olho e a superfície interna das pálpebras. Embora a aparência de um olho vermelho intenso possa ser alarmante, essa condição é geralmente inofensiva e indolor, resolvendo-se espontaneamente sem a necessidade de tratamento significativo. Fatores como trauma, esforço físico, tosse intensa e hipertensão são frequentemente associados ao surgimento da hemorragia subconjuntival. Fisiopatologia A fisiopatologia da hemorragia subconjuntival envolve a ruptura de pequenos vasos sanguíneos na conjuntiva, resultando no extravasamento de sangue para o espaço subconjuntival. A conjuntiva não absorve rapidamente o sangue extravasado, levando à formação de uma mancha vermelha visível na superfície ocular. Fatores de risco incluem trauma ocular, aumento súbito da pressão venosa, coagulopatias e uso de anticoagulantes. Apesar da aparência dramática, a hemorragia subconjuntival geralmente não afeta a visão nem causa dor. Clinicamente, a hemorragia subconjuntival se apresenta como uma mancha vermelha brilhante e bem delimitada na esclera, variando em tamanho de pequeno ponto a grandes áreas que cobrem a maior parte do olho. Os pacientes raramente relatam sintomas significativos além da aparência do olho vermelho, embora possam ocasionalmente sentir leve desconforto ou sensação de pressão. A visão geralmente não é afetada, e a hemorragia não está associada a secreção ocular ou dor significativa. Tratamento O tratamento da hemorragia subconjuntival é geralmente conservador, uma vez que a condição tende a resolver-se espontaneamente em uma a duas semanas. Algumas abordagens incluem: Observação: Monitoramento do paciente, assegurando que a condição se resolva sem intervenções. Lubrificantes Oculares: Colírios lubrificantes para aliviar qualquer desconforto ou sensação de secura. Controle de Fatores de Risco: Identificação e manejo de fatores de risco subjacentes, como hipertensão ou uso de anticoagulantes, para prevenir recorrências. Referências HOLLY CRONAU, MD; RAMANA REDDY KANKANALA, MD; and THOMAS MAUGER. Diagnosis and Management of Red Eye in Primary Care. Am Fam Physician. 2010 Jan 15;81(2):137-144. Hemorragia subconjuntival. Manual MSD Versão Saúde pra a Família Subconjunctival hemorrhage. Mayo Clinic Boas práticas em Oftalmologia – Manual da Direção Geral da Saúde. 2008 Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Manchas de Bitot Dr. Marcelo Negreiros outubro 16, 2024 Atlas de Oftalmo Arco Senil Dr. Marcelo Negreiros outubro 16, 2024 Atlas de Oftalmo Hifema Dr. Marcelo Negreiros outubro 16, 2024 Atlas de Oftalmo Hemorragia Subconjuntival Dr. Marcelo Negreiros outubro 16, 2024

Atlas de Oftalmo

Enoftalmia

Voltar Enoftalmia A enoftalmia é uma condição oftalmológica caracterizada pelo recuo anormal do globo ocular na órbita. Essa condição pode resultar de diversos fatores, incluindo traumas, condições inflamatórias, doenças sistêmicas e alterações anatômicas. A enoftalmia pode ter um impacto significativo na aparência facial e na função ocular, levando a complicações visuais e desconforto para o paciente. Fisiopatologia A fisiopatologia da enoftalmia envolve a redução do volume orbital ou o deslocamento posterior do conteúdo orbitário. Isso pode ocorrer devido a perda de gordura orbital, atrofia muscular, retração cicatricial dos tecidos orbitários ou aumento do volume da cavidade sinusal. Condições como síndrome de Parry-Romberg, trauma ocular, infecções orbitárias ou sequelas de cirurgias oculares podem levar ao desenvolvimento de enoftalmia. Clinicamente, a enoftalmia é observada como um recuo visível do globo ocular na órbita, que pode ser unilateral ou bilateral. Os pacientes podem relatar alteração na aparência facial, visão dupla (diplopia), sensação de olho afundado e, em casos graves, dificuldades na movimentação ocular. O exame físico pode revelar assimetria facial, recessão da margem palpebral e exposição da esclera. A enoftalmia pode ser confirmada por exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), que mostram a posição do globo ocular e a anatomia orbital. Descrição Semiológica Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica da Enoftalmia para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Paciente apresenta enoftalmia unilateral no olho esquerdo, caracterizada por recuo do globo ocular na órbita, visível a olho nu e confirmado por tomografia computadorizada. Relata visão dupla e sensação de olho afundado. Exame físico revela assimetria facial e recessão da margem palpebral inferior.” Tratamento O tratamento da enoftalmia depende da causa subjacente e da severidade da condição. Algumas abordagens incluem: Preenchimento Orbital: Injeções de materiais de preenchimento, como ácido hialurônico, podem ser usadas para corrigir o recuo do globo ocular. Cirurgia Reconstrutiva: Procedimentos cirúrgicos para reposicionar o globo ocular e reconstruir a órbita, utilizando implantes orbitários ou enxertos de tecido. Tratamento da Condição Subjacente: Gerenciamento de doenças inflamatórias, trauma ou outras causas que levaram à enoftalmia. Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica da Enoftalmia para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Paciente apresenta enoftalmia unilateral no olho esquerdo, caracterizada por recuo do globo ocular na órbita, visível a olho nu e confirmado por tomografia computadorizada. Relata visão dupla e sensação de olho afundado. Exame físico revela assimetria facial e recessão da margem palpebral inferior.” O tratamento da enoftalmia depende da causa subjacente e da severidade da condição. Algumas abordagens incluem: Preenchimento Orbital: Injeções de materiais de preenchimento, como ácido hialurônico, podem ser usadas para corrigir o recuo do globo ocular. Cirurgia Reconstrutiva: Procedimentos cirúrgicos para reposicionar o globo ocular e reconstruir a órbita, utilizando implantes orbitários ou enxertos de tecido. Tratamento da Condição Subjacente: Gerenciamento de doenças inflamatórias, trauma ou outras causas que levaram à enoftalmia. Referências Fonseca Junior NL da, Lucci LMD, Rehder JRCL. A importância da enoftalmia senil no desenvolvimento do entrópio involucional. Arq Bras Oftalmol [Internet]. 2007Jan;70(1):63–6. Available from: https://doi.org/10.1590/S0004-27492007000100012 Herzog Neto G. Enoftalmia causada por uso tópico unilateral de Bimatoprost. Rev brasoftalmol [Internet]. 2016Jan;75(1):55–7. Available from: https://doi.org/10.5935/0034-7280.20160012 Dr. Marcelo Negreiros Autor do Artigo Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

Atlas de Oftalmo

Exoftalmia

Voltar Exoftalmia A exoftalmia, também conhecida como proptose, é uma condição oftalmológica caracterizada pela protrusão anormal do globo ocular. Essa condição pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo doenças inflamatórias, infecciosas, tumorais ou endocrinológicas. A exoftalmia pode afetar tanto a aparência quanto a função do olho, levando a complicações visuais e desconforto significativo para o paciente. Fisiopatologia A fisiopatologia da exoftalmia envolve o aumento do volume das estruturas orbitais, que empurra o globo ocular para a frente. Isso pode resultar de processos inflamatórios, como a orbitopatia de Graves, ou de massas orbitais, como tumores, cistos ou hematomas. Em casos de doenças tiroideanas, a exoftalmia é frequentemente causada pelo acúmulo de tecido adiposo e músculos extraoculares hipertrofiados devido à infiltração de células inflamatórias e deposição de glicosaminoglicanos. Clinicamente, a exoftalmia é observada como protrusão do globo ocular, visível a olho nu ou medido por exoftalmometria. Os pacientes podem relatar sintomas como dor ocular, visão dupla (diplopia), olho seco, lacrimejamento excessivo e dificuldade em fechar completamente as pálpebras (lagoftalmo). Nos casos graves, a exoftalmia pode comprometer a função visual devido à compressão do nervo óptico ou exposição da córnea. Descrição Semiológica Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica da Exoftalmia para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Paciente apresenta exoftalmia bilateral, com protrusão de aproximadamente 4 mm além do limite orbital normal, medida por exoftalmometria. Relata visão dupla, sensação de olho seco e dificuldade em fechar completamente as pálpebras. Exame físico revela hiperemia conjuntival e lagoftalmo.” Tratamento O tratamento da exoftalmia depende da causa subjacente e pode incluir: Medicamentos: Corticosteroides e imunossupressores para reduzir a inflamação em casos de doenças autoimunes. Cirurgia: Descompressão orbital para reduzir a pressão nas estruturas orbitais e reverter a protrusão ocular. Radioterapia: Em alguns casos, a radioterapia pode ser usada para tratar tumores orbitais. Lubrificantes Oculares: Colírios lubrificantes para aliviar o ressecamento ocular e prevenir lesões na córnea. Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica da Exoftalmia para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Paciente apresenta exoftalmia bilateral, com protrusão de aproximadamente 4 mm além do limite orbital normal, medida por exoftalmometria. Relata visão dupla, sensação de olho seco e dificuldade em fechar completamente as pálpebras. Exame físico revela hiperemia conjuntival e lagoftalmo.” O tratamento da exoftalmia depende da causa subjacente e pode incluir: Medicamentos: Corticosteroides e imunossupressores para reduzir a inflamação em casos de doenças autoimunes. Cirurgia: Descompressão orbital para reduzir a pressão nas estruturas orbitais e reverter a protrusão ocular. Radioterapia: Em alguns casos, a radioterapia pode ser usada para tratar tumores orbitais. Lubrificantes Oculares: Colírios lubrificantes para aliviar o ressecamento ocular e prevenir lesões na córnea. Referências Baptista AC, Marchiori E, Boasquevisque E, Cabral CEL. Proptose ocular como manifestação clínica de tumores malignos extra-orbitários: estudo pela tomografia computadorizada. Radiol Bras [Internet]. 2003Mar;36(2):81–8. Available from: https://doi.org/10.1590/S0100-39842003000200006 Machado KFS, Garcia M de M. Oftalmopatia tireoidea revisitada. Radiol Bras [Internet]. 2009Jul;42(4):261–6. Available from: https://doi.org/10.1590/S0100-39842009000400014 Dr. Marcelo Negreiros Autor do Artigo Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

Atlas de Oftalmo

Sinéquia

Voltar Sinéquia A sinéquia ocular é uma condição oftalmológica caracterizada pela aderência anormal entre a íris e outras estruturas do olho, como o cristalino (sinéquia posterior) ou a córnea (sinéquia anterior). Essas aderências podem resultar de inflamações, traumas ou cirurgias oculares, levando a complicações que afetam a função visual. A identificação e o tratamento adequados da sinéquia ocular são essenciais para prevenir problemas visuais graves e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Fisiopatologia A fisiopatologia da sinéquia ocular envolve a formação de aderências fibróticas entre a íris e o cristalino ou córnea, resultantes de processos inflamatórios, traumáticos ou cirúrgicos. Inflamações intraoculares, como uveítes, podem provocar a liberação de proteínas e células inflamatórias, que formam pontes fibróticas entre as superfícies oculares. Traumas oculares ou cirurgias também podem levar à cicatrização anormal e formação de sinéquias, comprometendo a motilidade da íris e a dinâmica do humor aquoso. Clinicamente, a sinéquia ocular se manifesta por aderências visíveis entre a íris e o cristalino ou córnea. Pacientes podem relatar visão turva, dor ocular, fotofobia e embaçamento visual. O exame com lâmpada de fenda pode revelar a presença de sinéquias, frequentemente associadas a sinais de inflamação, como hiperemia conjuntival e presença de células inflamatórias na câmara anterior. Nos casos mais graves, a sinéquia pode levar a complicações como glaucoma e catarata. Descrição Semiológica Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica da Sinéquia Ocular para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Paciente apresenta sinéquia ocular anterior no olho esquerdo, caracterizada por aderência entre a íris e a córnea, visível ao exame com lâmpada de fenda. Relata visão turva, dor ocular e fotofobia. Presença de hiperemia conjuntival e células inflamatórias na câmara anterior. “ Tratamento O tratamento da sinéquia ocular visa a resolução das aderências e controle da inflamação subjacente. Algumas abordagens incluem: Medicamentos Anti-inflamatórios: Corticosteroides tópicos ou sistêmicos para reduzir a inflamação e prevenir a formação de novas aderências. Midriáticos e Cicloplégicos: Para dilatar a pupila e romper as aderências existentes. Cirurgia: Em casos graves, procedimentos cirúrgicos como iridectomia ou iridocenteses podem ser necessários para remover as sinéquias e restaurar a anatomia ocular normal. Tratamento da Condição Subjacente: Controle de doenças inflamatórias subjacentes, como uveítes, para prevenir a recorrência das sinéquias. Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica da Sinéquia Ocular para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Paciente apresenta sinéquia ocular anterior no olho esquerdo, caracterizada por aderência entre a íris e a córnea, visível ao exame com lâmpada de fenda. Relata visão turva, dor ocular e fotofobia. Presença de hiperemia conjuntival e células inflamatórias na câmara anterior. “ O tratamento da sinéquia ocular visa a resolução das aderências e controle da inflamação subjacente. Algumas abordagens incluem: Medicamentos Anti-inflamatórios: Corticosteroides tópicos ou sistêmicos para reduzir a inflamação e prevenir a formação de novas aderências. Midriáticos e Cicloplégicos: Para dilatar a pupila e romper as aderências existentes. Cirurgia: Em casos graves, procedimentos cirúrgicos como iridectomia ou iridocenteses podem ser necessários para remover as sinéquias e restaurar a anatomia ocular normal. Tratamento da Condição Subjacente: Controle de doenças inflamatórias subjacentes, como uveítes, para prevenir a recorrência das sinéquias. Referências Sinequia vulvar: uma condição ainda desconhecida Ferreira BM, Rosa VM. Sinequia vulvar: uma condição ainda desconhecida. Brasília Med 2022;59(Anual):1-7 Guedes RAP, Gravina DM, Moraes DAG. Sinéquia iriana no Xen45 Gel Stent. Rev brasoftalmol [Internet]. 2023;82:e0053. Available from: https://doi.org/10.37039/1982.8551.20230053 Dr. Marcelo Negreiros Autor do Artigo Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

Rolar para cima