Author name: Dr. Marcelo Negreiros

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Guia de Intoxicação

Giesta

Voltar Intoxicação por Giesta A giesta, conhecida cientificamente como Spartium junceum, é uma planta ornamental amplamente encontrada em várias regiões temperadas do mundo. Apesar de sua aparência atraente, essa planta contém compostos tóxicos que podem causar sérias complicações em humanos e animais. A intoxicação por giesta ocorre principalmente através da ingestão de suas partes, especialmente as sementes e as flores, que contêm alcaloides tóxicos como a citisina, a sparteína e a ammodendrina. Esses alcaloides podem interferir no sistema nervoso central, causando uma variedade de sintomas clínicos que variam desde náuseas e vômitos até arritmias cardíacas e convulsões. Toxodinâmica Todas as partes da planta contêm alcaloides de quinolizidina, tais como citisina, esparteína e isosparteína. A citisina atua agonicamente nos receptores de acetilcolina (colinérgicos); ela é um agonista parcial dos receptores nicotínicos a4b2. Tais alcaloides têm efeitos diversos, dependendo da dose administrada e da duração da exposição. Toxicocinética: A nicotina e os alcaloides semelhantes à nicotina são prontamente absorvidos por todas as vias de exposição e são rápida e amplamente distribuídos, atravessando facilmente a barreira hematoencefálica e a placenta, sendo livremente distribuídos no leite materno. O metabolismo ocorre predominantemente no fígado, seguido de rápida eliminação renal. Dose tóxica: Sintomas gastrointestinais podem ocorrer com a ingestão de uma a duas sementes. Não há relatos na literatura de sintomas neurológicos graves associados a ingestão abaixo de oito sementes. Diagnóstico O diagnóstico é feito baseado na suspeita de ingestão (que geralmente ocorre em crianças, de maneira acidental) associado à presença de sintomas compatíveis com a síndrome nicotínica, já descritos acima. Não há exames laboratoriais específicos nem dosagem de toxinas realizados rotineiramente que auxiliem no diagnóstico. Todas as partes da planta contêm alcaloides de quinolizidina, tais como citisina, esparteína e isosparteína. A citisina atua agonicamente nos receptores de acetilcolina (colinérgicos); ela é um agonista parcial dos receptores nicotínicos a4b2. Tais alcaloides têm efeitos diversos, dependendo da dose administrada e da duração da exposição. Toxicocinética: A nicotina e os alcaloides semelhantes à nicotina são prontamente absorvidos por todas as vias de exposição e são rápida e amplamente distribuídos, atravessando facilmente a barreira hematoencefálica e a placenta, sendo livremente distribuídos no leite materno. O metabolismo ocorre predominantemente no fígado, seguido de rápida eliminação renal. Dose tóxica: Sintomas gastrointestinais podem ocorrer com a ingestão de uma a duas sementes. Não há relatos na literatura de sintomas neurológicos graves associados a ingestão abaixo de oito sementes. O diagnóstico é feito baseado na suspeita de ingestão (que geralmente ocorre em crianças, de maneira acidental) associado à presença de sintomas compatíveis com a síndrome nicotínica, já descritos acima. Não há exames laboratoriais específicos nem dosagem de toxinas realizados rotineiramente que auxiliem no diagnóstico. Quadro Clínico Após a exposição aguda, os sintomas geralmente seguem um padrão bifásico. A fase inicial consiste na estimulação colinérgica nicotínica, resultando em sintomas como dor abdominal, hipertensão, taquicardia e tremores. A segunda fase inibitória é atrasada e muitas vezes anunciada por hipotensão, bradicardia e dispneia, levando finalmente ao coma e à insuficiência respiratória. A clínica varia dependendo da dose, da via de exposição e do tempo decorrido. Sintomas: Gastrointestinais: Os primeiros sintomas aparecem por volta do momento da ingestão e consistem em leve irritação da mucosa oral e faríngea, hipersalivação e vômitos. A dor abdominal e a diarreia são resultado da estimulação parassimpática; Neurológicos: Nos casos mais graves, surgem manifestações neurológicas (midríase, cefaleia, delirium, confusão mental e convulsões); Casos graves (ingestão maciça – mais de oito sementes): Hipotonia, paralisia muscular, hipotensão, bradicardia, coma e insuficiência respiratória, podendo levar à morte do paciente. Tratamento O manejo do paciente vai depender do tipo de exposição, da quantidade ingerida e dos sintomas associados. Pacientes assintomáticos: Devem permanecer seis horas em observação e, após esse período, podem receber alta; Sintomas gastrointestinais leves: Dor abdominal, náuseas e vômitos devem ser tratados com sintomáticos tais como analgésicos, antieméticos e antiespasmóticos, assim como correção de distúrbios hidroleletrolíticos e hidratação adequada; Sintomas neurológicos/nicotínicos intensos: Na presença de convulsões, tremores e fasciculações musculares, pode ser necessário o uso de benzodiazepínicos. Atenção à rabdomiólise, hipercalemia e alterações de função renal; Paralisia diafragmática e asfixia: Na presença de esforço respiratório, dessaturação e sinais de insuficiência respiratória, o paciente deve ter sua via aérea protegida e receber assistência ventilatória até que sua função muscular seja restabelecida. Após a exposição aguda, os sintomas geralmente seguem um padrão bifásico. A fase inicial consiste na estimulação colinérgica nicotínica, resultando em sintomas como dor abdominal, hipertensão, taquicardia e tremores. A segunda fase inibitória é atrasada e muitas vezes anunciada por hipotensão, bradicardia e dispneia, levando finalmente ao coma e à insuficiência respiratória. A clínica varia dependendo da dose, da via de exposição e do tempo decorrido. Sintomas: Gastrointestinais: Os primeiros sintomas aparecem por volta do momento da ingestão e consistem em leve irritação da mucosa oral e faríngea, hipersalivação e vômitos. A dor abdominal e a diarreia são resultado da estimulação parassimpática; Neurológicos: Nos casos mais graves, surgem manifestações neurológicas (midríase, cefaleia, delirium, confusão mental e convulsões); Casos graves (ingestão maciça – mais de oito sementes): Hipotonia, paralisia muscular, hipotensão, bradicardia, coma e insuficiência respiratória, podendo levar à morte do paciente. O manejo do paciente vai depender do tipo de exposição, da quantidade ingerida e dos sintomas associados. Pacientes assintomáticos: Devem permanecer seis horas em observação e, após esse período, podem receber alta; Sintomas gastrointestinais leves: Dor abdominal, náuseas e vômitos devem ser tratados com sintomáticos tais como analgésicos, antieméticos e antiespasmóticos, assim como correção de distúrbios hidroleletrolíticos e hidratação adequada; Sintomas neurológicos/nicotínicos intensos: Na presença de convulsões, tremores e fasciculações musculares, pode ser necessário o uso de benzodiazepínicos. Atenção à rabdomiólise, hipercalemia e alterações de função renal; Paralisia diafragmática e asfixia: Na presença de esforço respiratório, dessaturação e sinais de insuficiência respiratória, o paciente deve ter sua via aérea protegida e receber assistência ventilatória até que sua função muscular seja restabelecida. Tratamento Intoxicação por Giesta Tratamento Intoxicação por Giesta Escolha o tratamento: Sintomas GastrointestinaisSintomas Neurológicos Ver Resultado Referências Abreu-Matos F J. Plantas tóxicas: estudo de fitotoxidade química de plantas brasileiras. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2011. Lorenzi H, Abreu-Matos FJ. Plantas medicinais no Brasil: nativas

Guia de Zoonoses

Criptococose

Voltar Criptococose A criptococose é uma infecção fúngica que representa uma preocupação significativa de saúde pública, especialmente em regiões tropicais e subtropicais. Causada principalmente pelos fungos Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii, a criptococose é uma zoonose que pode afetar tanto humanos quanto animais. Esses fungos estão presentes no ambiente, especialmente em excrementos de aves e em árvores específicas, e podem ser inalados, levando à infecção pulmonar inicial. Em indivíduos com sistemas imunológicos comprometidos, como aqueles com HIV/AIDS, a infecção pode se disseminar para o sistema nervoso central, causando meningite criptocócica, uma condição potencialmente fatal. Vetor A criptococose é uma zoonose causada principalmente pelos fungos Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. Esses fungos são encontrados no ambiente, particularmente em excrementos de aves, como pombos, e em árvores específicas, como os eucaliptos. Embora as aves não sejam vetores diretos da doença, seus excrementos criam um ambiente propício para o crescimento e dispersão dos fungos. Os esporos do Cryptococcus são liberados no ar a partir dos excrementos secos e do solo contaminado. A inalação desses esporos pode levar à infecção pulmonar inicial. Indivíduos com sistemas imunológicos comprometidos, como aqueles com HIV/AIDS, são especialmente suscetíveis à infecção, que pode se disseminar para o sistema nervoso central e causar meningite criptocócica, uma condição grave e potencialmente fatal. A criptococose é, portanto, uma doença ambientalmente transmitida, com os excrementos de aves e certos tipos de árvores desempenhando um papel crucial na manutenção e disseminação dos fungos Cryptococcus. Prevenir a exposição a essas fontes, especialmente em áreas urbanas, é uma medida importante na prevenção da criptococose. Epidemiologia A criptococose é uma infecção fúngica causada pelos fungos Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. A epidemiologia dessa doença varia conforme a região e a população afetada. A criptococose é mais comum em indivíduos com sistemas imunológicos comprometidos, como aqueles com HIV/AIDS, linfoma de Hodgkin, sarcoidose ou que estão em tratamento prolongado com corticoides. A infecção é adquirida pela inalação de esporos presentes no solo contaminado, especialmente em áreas próximas a excrementos de aves, como pombos, e em árvores como os eucaliptos. Cryptococcus neoformans tem uma distribuição mais ampla e é considerado uma infecção oportunista, afetando tanto indivíduos imunocompetentes quanto imunocomprometidos. Por outro lado, Cryptococcus gattii é mais prevalente em regiões tropicais e subtropicais, como a América do Norte, América do Sul, África e Austrália. Após a inalação dos esporos, a infecção inicial geralmente ocorre nos pulmões, causando sintomas como febre, tosse, dor no peito e perda de peso. Em casos graves, especialmente em indivíduos imunocomprometidos, a infecção pode se disseminar para o sistema nervoso central, causando meningite criptocócica, que pode ser fatal se não tratada adequadamente. Fisiopatologia A criptococose é uma infecção fúngica causada principalmente pelos fungos Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. A infecção começa com a inalação de esporos presentes no solo contaminado, especialmente em áreas próximas a excrementos de aves e em árvores como os eucaliptos. Após a inalação, os esporos alcançam os pulmões, onde podem causar lesões assintomáticas ou sintomáticas. Em indivíduos imunocompetentes, essas lesões pulmonares muitas vezes se resolvem espontaneamente sem disseminação. No entanto, em indivíduos imunocomprometidos, a infecção pode progredir. O fungo pode se disseminar hematogenamente para outras partes do corpo, incluindo o sistema nervoso central (SNC). A infecção do SNC pode levar à meningite criptocócica, uma condição grave e potencialmente fatal. O fungo utiliza sua cápsula polissacarídica para evitar a fagocitose pelo sistema imunológico, facilitando sua sobrevivência e disseminação. A resposta imunológica ao Cryptococcus envolve a ativação de células T e macrófagos para eliminar o fungo. No entanto, a cápsula do fungo ajuda a inibir a resposta imunológica, permitindo que ele persista e cause infecção crônica. Indivíduos com sistemas imunológicos comprometidos, como aqueles com HIV/AIDS, linfoma de Hodgkin, sarcoidose ou aqueles em tratamento prolongado com corticoides, são mais suscetíveis à infecção. A criptococose é uma zoonose causada principalmente pelos fungos Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. Esses fungos são encontrados no ambiente, particularmente em excrementos de aves, como pombos, e em árvores específicas, como os eucaliptos. Embora as aves não sejam vetores diretos da doença, seus excrementos criam um ambiente propício para o crescimento e dispersão dos fungos. Os esporos do Cryptococcus são liberados no ar a partir dos excrementos secos e do solo contaminado. A inalação desses esporos pode levar à infecção pulmonar inicial. Indivíduos com sistemas imunológicos comprometidos, como aqueles com HIV/AIDS, são especialmente suscetíveis à infecção, que pode se disseminar para o sistema nervoso central e causar meningite criptocócica, uma condição grave e potencialmente fatal. A criptococose é, portanto, uma doença ambientalmente transmitida, com os excrementos de aves e certos tipos de árvores desempenhando um papel crucial na manutenção e disseminação dos fungos Cryptococcus. Prevenir a exposição a essas fontes, especialmente em áreas urbanas, é uma medida importante na prevenção da criptococose. A criptococose é uma infecção fúngica causada pelos fungos Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. A epidemiologia dessa doença varia conforme a região e a população afetada. A criptococose é mais comum em indivíduos com sistemas imunológicos comprometidos, como aqueles com HIV/AIDS, linfoma de Hodgkin, sarcoidose ou que estão em tratamento prolongado com corticoides. A infecção é adquirida pela inalação de esporos presentes no solo contaminado, especialmente em áreas próximas a excrementos de aves, como pombos, e em árvores como os eucaliptos. Cryptococcus neoformans tem uma distribuição mais ampla e é considerado uma infecção oportunista, afetando tanto indivíduos imunocompetentes quanto imunocomprometidos. Por outro lado, Cryptococcus gattii é mais prevalente em regiões tropicais e subtropicais, como a América do Norte, América do Sul, África e Austrália. Após a inalação dos esporos, a infecção inicial geralmente ocorre nos pulmões, causando sintomas como febre, tosse, dor no peito e perda de peso. Em casos graves, especialmente em indivíduos imunocomprometidos, a infecção pode se disseminar para o sistema nervoso central, causando meningite criptocócica, que pode ser fatal se não tratada adequadamente. A criptococose é uma infecção fúngica causada principalmente pelos fungos Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. A infecção começa com a inalação de esporos presentes no solo contaminado, especialmente em áreas próximas a excrementos de

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Esporotricose

Voltar Esporotricose A esporotricose é uma infecção fúngica que tem ganhado notoriedade nos últimos anos devido ao seu aumento de casos, especialmente em áreas urbanas. Causada pelo fungo Sporothrix schenckii, a doença acomete principalmente a pele, mas pode se espalhar para os vasos linfáticos e, em casos mais graves, para outros órgãos do corpo. A transmissão ocorre principalmente através do contato com solos, plantas e materiais orgânicos contaminados, além do contato direto com animais infectados, como gatos. Vetor A esporotricose é uma zoonose, ou seja, uma doença que pode ser transmitida entre animais e seres humanos. O principal vetor dessa doença são os gatos, especialmente aqueles que vivem em condições de rua ou sem cuidados adequados. Gatos infectados pelo fungo Sporothrix schenckii podem desenvolver lesões na pele, geralmente nas patas, na cabeça ou na cauda, que liberam esporos do fungo para o ambiente. A transmissão para os humanos ocorre, na maioria dos casos, através de arranhões, mordidas ou contato direto com essas lesões infectadas nos gatos. É importante destacar que a esporotricose não é transmitida de pessoa para pessoa, mas sim pelo contato com o fungo presente em materiais orgânicos (como solo e vegetação) ou através dos animais infectados. Outros animais, como cães e roedores, também podem ser infectados, mas são vetores menos comuns. A crescente urbanização, associada ao aumento da população de gatos de rua, tem contribuído para a disseminação da esporotricose em áreas urbanas, tornando essa zoonose uma preocupação de saúde pública. Epidemiologia A esporotricose é uma infecção fúngica que tem sido cada vez mais reconhecida como uma importante zoonose, especialmente em regiões urbanas. Originalmente considerada uma doença relacionada ao trabalho agrícola e ao manejo de plantas e solos contaminados, a esporotricose emergiu como um problema significativo de saúde pública em áreas urbanas devido ao aumento da população de gatos de rua. Distribuição Geográfica: A esporotricose é encontrada em diversas regiões do mundo, incluindo América do Sul, América do Norte, África, Ásia e Oceania. No Brasil, o estado do Rio de Janeiro tem sido particularmente afetado, com surtos em áreas urbanas e um número crescente de casos em humanos e animais, especialmente gatos. Populações Afetadas Humanos: A doença pode acometer qualquer pessoa, mas é mais comum em indivíduos que têm contato frequente com plantas, solo ou animais infectados. Profissionais como agricultores, jardineiros e veterinários estão em maior risco. Animais: Gatos são os principais vetores da esporotricose urbana. A infecção em gatos é muitas vezes subdiagnosticada, mas esses animais desempenham um papel crucial na disseminação da doença para humanos e outros animais. Cães e outros animais de companhia também podem ser afetados, embora com menos frequência. A transmissão ocorre principalmente através do contato direto com lesões cutâneas infectadas em gatos ou com materiais orgânicos contaminados, como solo e vegetação. A doença não é transmitida de pessoa para pessoa, mas sim pelo fungo presente no ambiente ou em animais infectados. Fatores de Risco Contato com Gatos: Proprietários de gatos, especialmente aqueles que cuidam de gatos de rua, estão em maior risco de infecção. Ambientes Urbanos: A alta densidade populacional de gatos de rua em áreas urbanas contribui para a disseminação da esporotricose. Atividades Profissionais: Trabalhos que envolvem o manejo de solo e plantas contaminadas aumentam o risco de exposição ao fungo. Medidas de Controle e Prevenção: A educação pública e a conscientização sobre a esporotricose são fundamentais para controlar a disseminação da doença. Medidas preventivas incluem o manejo adequado de gatos de rua, o uso de equipamentos de proteção ao lidar com solo e vegetação, e o tratamento rápido e eficaz de animais infectados. Fisiopatologia A fisiopatologia da esporotricose envolve a infecção pelo fungo dimórfico Sporothrix schenckii, que pode existir tanto na forma de levedura quanto na forma de hifas, dependendo das condições ambientais. A infecção geralmente ocorre através de pequenas lesões na pele, como cortes ou arranhões, que permitem a entrada do fungo no corpo. Uma vez dentro do corpo, o fungo pode se multiplicar e causar uma resposta inflamatória. A infecção inicial geralmente se manifesta como nódulos subcutâneos que podem ulcerar e se espalhar ao longo dos linfonodos, formando uma cadeia de nódulos linfáticos inchados. A resposta inflamatória envolve a presença de macrófagos e células epitelioides que tentam combater a infecção, mas o fungo pode sobreviver e continuar a se multiplicar. Em casos mais graves, a infecção pode se disseminar para outros órgãos, como pulmões, ossos e sistema nervoso central, especialmente em indivíduos com sistemas imunológicos comprometidos. O diagnóstico é geralmente feito por meio de culturas de lesões cutâneas, e o tratamento envolve o uso de antifúngicos, como itraconazol e anfotericina B. A esporotricose é uma zoonose, ou seja, uma doença que pode ser transmitida entre animais e seres humanos. O principal vetor dessa doença são os gatos, especialmente aqueles que vivem em condições de rua ou sem cuidados adequados. Gatos infectados pelo fungo Sporothrix schenckii podem desenvolver lesões na pele, geralmente nas patas, na cabeça ou na cauda, que liberam esporos do fungo para o ambiente. A transmissão para os humanos ocorre, na maioria dos casos, através de arranhões, mordidas ou contato direto com essas lesões infectadas nos gatos. É importante destacar que a esporotricose não é transmitida de pessoa para pessoa, mas sim pelo contato com o fungo presente em materiais orgânicos (como solo e vegetação) ou através dos animais infectados. Outros animais, como cães e roedores, também podem ser infectados, mas são vetores menos comuns. A crescente urbanização, associada ao aumento da população de gatos de rua, tem contribuído para a disseminação da esporotricose em áreas urbanas, tornando essa zoonose uma preocupação de saúde pública. A esporotricose é uma infecção fúngica que tem sido cada vez mais reconhecida como uma importante zoonose, especialmente em regiões urbanas. Originalmente considerada uma doença relacionada ao trabalho agrícola e ao manejo de plantas e solos contaminados, a esporotricose emergiu como um problema significativo de saúde pública em áreas urbanas devido ao aumento da população de gatos de rua. Distribuição Geográfica: A esporotricose é encontrada em diversas regiões do

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Células Espumosas

Voltar Celula Espumosa As células espumosas, também conhecidas como células de espuma, são macrófagos que ingeriram grandes quantidades de lipídios, especialmente colesterol, resultando em um citoplasma cheio de vacúolos lipidicos. Esses vacúolos dão à célula uma aparência espumosa característica, daí seu nome. Células espumosas desempenham um papel central na formação de placas ateroscleróticas nas paredes das artérias, sendo um componente crucial no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como a aterosclerose. A formação de células espumosas ocorre quando macrófagos englobam lipoproteínas de baixa densidade (LDL) modificadas, levando a uma acumulação excessiva de colesterol. Este processo é desencadeado por diversos fatores, incluindo dietas ricas em gorduras, inflamação crônica e predisposição genética. A presença de células espumosas nas placas ateroscleróticas contribui para a inflamação e o estreitamento das artérias, aumentando o risco de eventos cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Função As células espumosas desempenham um papel crucial, mas prejudicial, na formação de placas ateroscleróticas dentro das artérias. Sua principal função é a fagocitose de lipídios, especialmente colesterol, que resulta na sua característica aparência “espumosa”. Ao englobarem lipoproteínas de baixa densidade (LDL) modificadas, essas células se acumulam na parede das artérias, contribuindo para o desenvolvimento e progressão da aterosclerose. Essas células são geradas principalmente a partir de macrófagos que, ao ingerirem grandes quantidades de lipídios, se transformam em células espumosas. A presença dessas células na placa aterosclerótica causa inflamação local e contribui para o estreitamento das artérias, aumentando o risco de doenças cardiovasculares como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Imagem 01 Imagem 02 Imagem 03 Imagem 04 Imagem 01 Microscopia Eletrônica: Podemos observar uma célula de espumosa em aproximação. Note as múltiplas vesículas de colesterol que esse macrófago está carregando. Imagem 02 Microscopia Óptica: Uma visualização simples de várias células espumosas. Essa lâmina é de uma zona de infarto antigo, onde os macrófagos se acumularam e é um exemplo de esteatose por absorção de macrófagos. Imagem 03 Microscopia Óptica: Em evidência algumas células espumosas. Ela possui um citoplasma mais claro e repleto de vacúolos de gordura. Imagem 04 Microscopia Óptica: Em evidência uma célula espumosa com outros leucócitos ao redor. Ela é notavelmente maior que os linfócitos e monócitos presentes e seu citoplasma está repleto de vacúolos de gordura. Microscopia Eletrônica: Podemos observar uma célula de espumosa em aproximação. Note as múltiplas vesículas de colesterol que esse macrófago está carregando. Microscopia Óptica: Uma visualização simples de várias células espumosas. Essa lâmina é de uma zona de infarto antigo, onde os macrófagos se acumularam e é um exemplo de esteatose por absorção de macrófagos. Microscopia Óptica: Em evidência algumas células espumosas. Ela possui um citoplasma mais claro e repleto de vacúolos de gordura. Microscopia Óptica: Em evidência uma célula espumosa com outros leucócitos ao redor. Ela é notavelmente maior que os linfócitos e monócitos presentes e seu citoplasma está repleto de vacúolos de gordura. As células espumosas, sob um microscópio óptico, aparecem como células grandes com um citoplasma “espumoso”, cheio de vacúolos de lipídios. Estes vacúolos são gotas de gordura que os macrófagos ingeriram. Sob colorações específicas, como a coloração de óleo vermelho O ou Sudan IV, as células espumosas se destacam pela presença de lipídios. No microscópio eletrônico, a visualização é ainda mais detalhada. Podemos ver a estrutura interna dos vacúolos lipídicos, a membrana celular e outros componentes celulares com precisão. Os vacúolos aparecem como áreas claras dentro do citoplasma denso e esponjoso da célula. Referências Gutierrez, P. S. (2022). Foam Cells in Atherosclerosis. Arq. Bras. Cardiol., 119(4), 542-543. https://doi.org/10.36660/abc.20220659 Corrêa-Camacho, C. R., Dias-Melicio, L. A., & Soares, A. M. V. C. (2022). Aterosclerose, uma resposta inflamatória. Repositório RACS. https://repositorio-racs.famerp.br/racs_ol/vol-14-1/ID205.pdf SciELO Brasil. (2022). Células Espumosas na Aterosclerose. Arq. Bras. Cardiol. https://www.scielo.br/j/abc/a/FSPwyLn483x3pxhbxjg37Yx/ Dr. Marcelo Negreiros Autor do Artigo Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

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Células de Merkel

Voltar Células de Merkel As células de Merkel, descobertas por Friedrich Sigmund Merkel em 1875, são células sensoriais especializadas localizadas na pele e em algumas membranas mucosas. Elas desempenham um papel crucial na percepção tátil, especialmente em áreas sensíveis como as pontas dos dedos e os lábios. Estas células são parte do sistema mecanorreceptor da pele e estão intimamente associadas a terminações nervosas, formando complexos de células de Merkel-neurite. A função exata dessas células ainda é objeto de intensa pesquisa, mas sabe-se que elas são essenciais para a discriminação de textura e a detecção de formas e bordas de objetos. Função As células de Merkel têm um papel crucial na função sensorial da pele, particularmente na percepção do toque. Elas são mecanorreceptores, o que significa que são capazes de detectar estímulos mecânicos. Localizadas principalmente nas camadas basais da epiderme, associam-se estreitamente às terminações nervosas, formando complexos de células de Merkel-neurite. Essas células são responsáveis pela detecção de formas, texturas e bordas dos objetos, permitindo uma discriminação tátil refinada. A informação sensorial capturada pelas células de Merkel é transmitida ao sistema nervoso central, onde é processada e interpretada. Imagem 01 Imagem 02 Imagem 03 Imagem 04 Imagem 01 Microscopia Eletrônica: Podemos observar uma célula de Merkel isolada. Na ultraestrutura, o citoplasma parece claro, mas contém grânulos pequenos, esféricos, de centro escuro (densos em elétrons), de 80-120 nm. Também mostra filamentos escuros, curtos e paralelos. O retículo endoplasmático é grande, assim como o Golgi, demonstrando síntese e secreção. O núcleo é lobulado com reentrâncias profundas e paralelo à superfície do epitélio. A cromatina parece pouco condensada, o que implica altas taxas de transcrição . Um ou dois nucléolos são vistos . O citoplasma emite processos em forma de dedo ou espigão em direção à epiderme, que se interdigitam com os queratinócitos circundantes através de desmossomos .​ Aqui existem numerosas junções estreitas do tipo desmossoma. Imagem 02 Microscopia Óptica: Esta coloração por imuno-histoquímica evidencia uma célula de Merkel. As células táteis de Merkel com coloração usual são difíceis de distinguir devido ao seu citoplasma claro (se confundem com Melanócitos ou Células de Langerhans). Essas células, com comprimento de 15-20 μm, são maiores que as outras células epiteliais que as circundam. Eles mostram um grande núcleo vesicular paralelo à superfície do epitélio. Eles são vistos especialmente perto do estrato basal da epiderme e perto dos folículos pilosos . Abaixo da célula de Merkel existe um “menisco tátil”, um disco côncavo-convexo, contínuo com uma fibrila nervosa. A mielina da fibrila cessa antes de chegar à fileira epidérmica mais baixa. ​São facilmente distinguíveis por imuno-histoquímica e microscopia confocal. Imagem 03 Microscopia Óptica: Aqui temos um corte histológico de pele corado por imunofluorecência. Os pontos em vermelho são complexos de células de merkel. Imagem 04 Microscopia Óptica: Corte histológico de pele. Nessa imagem podemos observar algumas células com citoplasma claro na camada basal da epiderme (setas). Normalmente essas células são classificadas como melanócitos mas algumas delas podem ser células de merkel ja que, como dito na legenda de imagem 2, não conseguimos diferencia-las por metodos convencionais. Microscopia Eletrônica: Podemos observar uma célula de Merkel isolada. Na ultraestrutura, o citoplasma parece claro, mas contém grânulos pequenos, esféricos, de centro escuro (densos em elétrons), de 80-120 nm. Também mostra filamentos escuros, curtos e paralelos. O retículo endoplasmático é grande, assim como o Golgi, demonstrando síntese e secreção. O núcleo é lobulado com reentrâncias profundas e paralelo à superfície do epitélio. A cromatina parece pouco condensada, o que implica altas taxas de transcrição . Um ou dois nucléolos são vistos . O citoplasma emite processos em forma de dedo ou espigão em direção à epiderme, que se interdigitam com os queratinócitos circundantes através de desmossomos .​ Aqui existem numerosas junções estreitas do tipo desmossoma. Microscopia Óptica: Esta coloração por imuno-histoquímica evidencia uma célula de Merkel. As células táteis de Merkel com coloração usual são difíceis de distinguir devido ao seu citoplasma claro (se confundem com Melanócitos ou Células de Langerhans). Essas células, com comprimento de 15-20 μm, são maiores que as outras células epiteliais que as circundam. Eles mostram um grande núcleo vesicular paralelo à superfície do epitélio. Eles são vistos especialmente perto do estrato basal da epiderme e perto dos folículos pilosos . Abaixo da célula de Merkel existe um “menisco tátil”, um disco côncavo-convexo, contínuo com uma fibrila nervosa. A mielina da fibrila cessa antes de chegar à fileira epidérmica mais baixa. ​São facilmente distinguíveis por imuno-histoquímica e microscopia confocal. Microscopia Óptica: Aqui temos um corte histológico de pele corado por imunofluorecência. Os pontos em vermelho são complexos de células de merkel. Microscopia Óptica: Corte histológico de pele. Nessa imagem podemos observar algumas células com citoplasma claro na camada basal da epiderme (setas). Normalmente essas células são classificadas como melanócitos mas algumas delas podem ser células de merkel ja que, como dito na legenda de imagem 2, não conseguimos diferencia-las por metodos convencionais. As células de Merkel podem ser vistas no microscópio usando técnicas específicas de coloração. Sob o microscópio óptico, elas aparecem como células ovaladas ou em forma de disco na camada basal da epiderme, frequentemente associadas a terminações nervosas. Usando imuno-histoquímica, que envolve a coloração com anticorpos específicos, as células de Merkel podem ser identificadas com maior precisão graças à presença de marcadores específicos, como o citoqueratina 20 (CK20). No microscópio eletrônico, a estrutura interna das células de Merkel é ainda mais detalhada, revelando grânulos densos nas suas membranas e sua íntima associação com os nervos. Referências Resnick, B. (2017). Middle Range Nursing Theory of Self-Efficacy. In S. J. Peterson & T. S. Bredow (Eds.), Middle Range Theories: Application to Nursing Research and Practice (5th ed., pp. 223-223). Lippincott Williams & Wilkins. Bandura, A. (1997). Self-Efficacy: The Exercise of Control. W. H. Freeman and Company. Lee, J., & Noh, D. (2021). Factors Associated With Self-Care Among Patients Receiving Hemodialysis: A Cross-Sectional Observational Study. Research and Theory for Nursing Practice, 35(2), RTNP-D-20-00042. Quem Descobriu? Dr. Friedrich Sigmund Merkel Friedrich Sigmund Merkel (1845-1919) foi um anatomista e histopatologista alemão renomado do final do século XIX. Ele é

Teorias da Enfermagem

Teoria da Autoeficácia

Teoria da Autoeficácia A Teoria da Autoeficácia, desenvolvida por Barbara Resnick, oferece uma perspectiva essencial para a prática da enfermagem, concentrando-se na capacidade dos indivíduos de acreditar em suas próprias habilidades para realizar ações necessárias e atingir metas específicas de saúde e bem-estar. Resnick baseou sua teoria na premissa de que a autoeficácia, ou a crença na própria capacidade de executar comportamentos para alcançar objetivos, é um fator determinante para a promoção da saúde e a recuperação de doenças. Resnick identifica que a autoeficácia influencia diretamente as escolhas de comportamento, a persistência diante de desafios e a resiliência em situações adversas. Em contextos de saúde, a teoria sugere que os enfermeiros devem atuar como facilitadores, promovendo a autoeficácia dos pacientes através de apoio, encorajamento e educação. Isso inclui ajudar os pacientes a definir metas realistas, oferecer feedback positivo e criar oportunidades para o sucesso. Fundamentos A Teoria da Autoeficácia, proposta por Albert Bandura, se baseia na ideia de que a crença de uma pessoa na sua capacidade de executar comportamentos necessários para produzir resultados específicos afeta suas ações, motivações e níveis de estresse. Esses são os pilares dessa teoria: Experiências de domínio: Sucessos anteriores aumentam a confiança na autoeficácia, enquanto fracassos a reduzem. Experiências vicárias: Observar alguém semelhante a si mesmo tendo sucesso pode aumentar a autoeficácia. Persuasão verbal: Encorajamento e feedback positivo de outros podem fortalecer a crença na própria capacidade. Estados fisiológicos e emocionais: Níveis de estresse e emoções positivas ou negativas podem influenciar a autoeficácia. Impáctos na Prática A Teoria da Enfermagem de Barbara Resnick, que se baseia na Teoria da Autoeficácia, tem vários impactos práticos no campo da enfermagem: Melhoria na qualidade do atendimento: Enfermeiros que acreditam em suas próprias capacidades são mais propensos a implementar práticas baseadas em evidências, resultando em melhores cuidados aos pacientes. Promoção da saúde preventiva: Profissionais com alta autoeficácia são mais eficazes na educação dos pacientes sobre a importância de hábitos saudáveis, promovendo a prevenção de doenças. Redução do estresse ocupacional: A crença na própria capacidade ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade, aumentando a resiliência dos profissionais de enfermagem diante de situações desafiadoras. Maior aderência a protocolos e procedimentos: A autoeficácia facilita a confiança dos enfermeiros na execução de protocolos e procedimentos padrão, garantindo segurança e eficácia no cuidado. Capacitação contínua: Enfermeiros com alta autoeficácia estão mais dispostos a buscar educação continuada e treinamentos, aprimorando constantemente suas habilidades e conhecimentos. Esses impactos combinados resultam em um ambiente de trabalho mais positivo e produtivo, além de contribuir para melhores resultados de saúde para os pacientes. Desafios e Limitações Embora a Teoria da Autoeficácia de Bandura (e adaptada por Barbara Resnick) ofereça muitas vantagens, ela não é isenta de desafios e limitações na prática: Variabilidade individual: Nem todos respondem da mesma maneira aos métodos de fortalecimento da autoeficácia. Fatores como personalidade, experiências passadas e suporte social podem influenciar a eficácia das intervenções. Contexto específico: A aplicabilidade da autoeficácia pode variar em diferentes contextos e situações. O que funciona bem em um ambiente de cuidados intensivos pode não ser tão eficaz em cuidados domiciliares, por exemplo. Medida subjetiva: A autoeficácia é uma crença subjetiva e pode ser difícil de medir com precisão. Autoavaliações podem ser influenciadas por fatores emocionais e de autoestima. Tempo e recursos: Promover a autoeficácia de forma eficaz pode exigir tempo e recursos consideráveis para treinamento e suporte contínuo, algo que nem todas as instituições de saúde podem fornecer. Dependência de experiências prévias: A construção da autoeficácia baseia-se em experiências de sucesso anteriores. Profissionais de enfermagem mais jovens ou menos experientes podem lutar para desenvolver uma autoeficácia sólida sem um histórico de sucessos. Esses desafios não diminuem a importância da Teoria da Autoeficácia, mas destacam a necessidade de abordagens complementares e personalizadas na prática de enfermagem. Quem Criou? Enf. Barbara Resnick Barbara Resnick é uma renomada enfermeira, pesquisadora e mentora na área de gerontologia. Ela é Professora e Cadeira Sonya Ziporkin Gershowitz em Gerontologia na Escola de Enfermagem da Universidade de Maryland. Resnick desenvolveu a abordagem de Cuidado Focado na Função (Function-Focused Care), que visa ajudar os idosos a manterem sua mobilidade e realizar atividades diárias, promovendo a saúde e prevenindo declínios funcionais. Ela também é conhecida por seu trabalho em pesquisa sobre exercício e mobilidade, e tem contribuído significativamente para a educação e prática clínica em cuidados geriátricos. Resnick foi presidente da American Geriatrics Society e recebeu vários prêmios por suas contribuições à saúde e bem-estar dos idosos. Referências Resnick, B. (2017). Middle Range Nursing Theory of Self-Efficacy. In S. J. Peterson & T. S. Bredow (Eds.), Middle Range Theories: Application to Nursing Research and Practice (5th ed., pp. 223-223). Lippincott Williams & Wilkins. Bandura, A. (1997). Self-Efficacy: The Exercise of Control. W. H. Freeman and Company. Lee, J., & Noh, D. (2021). Factors Associated With Self-Care Among Patients Receiving Hemodialysis: A Cross-Sectional Observational Study. Research and Theory for Nursing Practice, 35(2), RTNP-D-20-00042. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Teorias da Enfermagem Teorias da Enfermagem: Teoria da Autoeficácia Dr. Marcelo Negreiros novembro 1, 2024 Teorias da Enfermagem Teorias da Enfermagem: Teoria das Transições Dr. Marcelo Negreiros novembro 1, 2024 Teorias da Enfermagem Teorias da Enfermagem: Teoria do Modelo de Seres Humanos Unificados Dr. Marcelo Negreiros novembro 1, 2024 Teorias da Enfermagem Teorias da Enfermagem: Teoria da Saúde como Consciência Expandida Dr. Marcelo Negreiros outubro 31, 2024

Teorias da Enfermagem

Teoria das Transições

Teoria das Transições A Teoria das Transições, desenvolvida pela renomada enfermeira e teórica Afaf Meleis, é uma das abordagens mais significativas e práticas da enfermagem contemporânea. Esta teoria foca na compreensão e gerenciamento das transições que indivíduos e grupos enfrentam ao longo de suas vidas, especialmente nos contextos de saúde e doença. Meleis identificou que as transições, sejam elas de saúde, desenvolvimento, situacionais ou organizacionais, são momentos críticos que afetam o bem-estar das pessoas e requerem intervenções específicas de enfermagem. Meleis propõe que os enfermeiros têm um papel fundamental em facilitar essas transições, ajudando os pacientes e suas famílias a se adaptarem às novas situações, promovendo a saúde e prevenindo complicações. A Teoria das Transições enfatiza a importância de reconhecer os sinais de transição, avaliar os padrões e identificar as estratégias necessárias para apoiar os indivíduos durante essas fases críticas. Fundamentos A Teoria das Transições de Afaf Meleis baseia-se nos seguintes fundamentos: Natureza das Transições: Meleis identifica que as transições podem ser de diversos tipos, incluindo transições de saúde/doença, desenvolvimento, situacionais e organizacionais. Cada tipo de transição possui características e necessidades específicas. Indicadores de Transição: Reconhecimento de sinais que indicam uma transição, como alterações no estado de saúde, mudanças de papel social ou eventos significativos da vida. Padrões de Resposta: Análise de como os indivíduos respondem às transições, incluindo aspectos emocionais, comportamentais e psicológicos. A compreensão desses padrões ajuda a identificar intervenções adequadas. Facilitadores e Barreiras: Identificação de fatores que facilitam ou impedem a adaptação durante as transições. Facilitadores incluem apoio social e acesso a recursos, enquanto barreiras podem ser estressores adicionais ou falta de suporte. Intervenções de Enfermagem: Estratégias específicas que enfermeiros podem usar para ajudar os pacientes a lidar com as transições, promovendo a adaptação, o bem-estar e a autonomia. Isso inclui educação, aconselhamento e apoio emocional. Resultados Esperados: Foco em resultados positivos, como a melhoria na qualidade de vida, maior independência e adaptação bem-sucedida às novas circunstâncias. Esses fundamentos destacam a importância de um cuidado adaptativo e holístico, proporcionando um suporte contínuo e centrado no paciente durante as mudanças significativas da vida. Impáctos na Prática A Teoria das Transições de Afaf Meleis trouxe impactos significativos à prática da enfermagem: Cuidado Personalizado: Promoveu uma abordagem mais personalizada, onde enfermeiros reconhecem e respondem às necessidades individuais dos pacientes durante transições importantes de suas vidas. Apoio Integral: Enfatizou a importância do apoio emocional, social e educacional aos pacientes, ajudando-os a se adaptar às novas situações e promover o bem-estar. Planejamento de Cuidados: Ajudou enfermeiros a planejar intervenções específicas que facilitam a adaptação dos pacientes, resultando em um cuidado mais proativo e preventivo. Educação e Formação: Influenciou programas de formação em enfermagem, integrando a compreensão das transições de vida nos currículos, preparando enfermeiros para lidar com essas situações de maneira eficaz. Melhoria na Qualidade de Vida: Focando em facilitar transições, a teoria contribuiu para uma melhor qualidade de vida dos pacientes, promovendo autonomia e independência. Esses impactos mostram como a teoria de Meleis transformou a prática da enfermagem, tornando o cuidado mais sensível e adaptado às mudanças e necessidades dos pacientes. Desafios e Limitações A Teoria das Transições de Afaf Meleis, apesar de sua profundidade e aplicabilidade, enfrenta alguns desafios e limitações: Complexidade na Implementação: A identificação e gestão eficaz das transições podem ser complicadas, especialmente em ambientes de saúde ocupados e com recursos limitados. Subjetividade: As experiências de transição são subjetivas e variam amplamente entre indivíduos, tornando difícil desenvolver intervenções padronizadas. Formação e Treinamento: Implementar essa teoria requer que os enfermeiros tenham um entendimento profundo das transições e das estratégias de intervenção, o que pode não estar suficientemente coberto em todos os currículos de enfermagem. Integração Multidisciplinar: A teoria pode exigir uma abordagem colaborativa com outros profissionais de saúde, o que pode ser difícil em sistemas de saúde fragmentados. Esses desafios ressaltam a necessidade de adaptação e formação contínua para aplicar a teoria de maneira eficaz na prática clínica. Quem Criou? Enf. Afaf Meleis Afaf Meleis é uma enfermeira, acadêmica e teórica de renome mundial, reconhecida por suas contribuições à teoria da enfermagem e à educação em saúde. Nascida no Egito, Meleis teve uma carreira ilustre, incluindo posições de destaque em várias universidades renomadas, como a Universidade da Califórnia, São Francisco, e a Universidade da Pensilvânia. Ela desenvolveu a Teoria das Transições, que foca nas mudanças e desafios que os indivíduos enfrentam ao longo da vida e como os enfermeiros podem facilitar essas transições. Meleis também é conhecida por seu trabalho na promoção da saúde das mulheres, imigração e globalização em enfermagem. Sua influência continua a moldar a prática de enfermagem e a formação de novos profissionais na área. Referências Meleis, A. I. (2010). Theoretical nursing: Development and progress (5th ed.). Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins. Chick, N., & Meleis, A. I. (1989). Nursing research methodology: Issues and applications. Philadelphia: J.B. Lippincott Company. Neto, J. M. R., Marques, D. K. A., Fernandes, M. G. M., & Nóbrega, M. M. L. (2016). Análise de teorias de enfermagem de Meleis: Revisão integrativa. Revista Brasileira de Enfermagem, 69(1), 162-168. doi:10.1590/0034-7167.2016690123i Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Teorias da Enfermagem Teoria da Autoeficácia Dr. Marcelo Negreiros novembro 1, 2024 Teorias da Enfermagem Teoria das Transições Dr. Marcelo Negreiros novembro 1, 2024 Teorias da Enfermagem Teorias da Enfermagem: Teoria do Modelo de Seres Humanos Unificados Dr. Marcelo Negreiros novembro 1, 2024 Teorias da Enfermagem Teorias da Enfermagem: Teoria da Saúde como Consciência Expandida Dr. Marcelo Negreiros outubro 31, 2024

Teorias da Enfermagem

Teoria do Ser Humano Unitário

Teoria do Ser Humano Unitário A Teoria do Ser Humano Unitário, proposta por Martha Rogers, é uma das abordagens mais inovadoras e influentes na enfermagem moderna. Rogers, uma visionária na área de saúde, concebeu a teoria com base na premissa de que os seres humanos são seres unitários em constante interação com um universo que está em permanente mudança. Essa teoria vai além da visão tradicional de saúde e doença, propondo que saúde é uma expressão do campo de energia humano, que está em constante transformação e interação com o ambiente. De acordo com Rogers, a enfermagem deve se focar na promoção da saúde e bem-estar ao invés de simplesmente tratar doenças. Sua teoria enfatiza a importância da percepção da pessoa como um todo, considerando as dimensões físicas, emocionais, espirituais e ambientais. A Teoria do Ser Humano Unitário também introduz conceitos inovadores como ressonância, helicidade e integridade pandimensional, que refletem a complexidade e a dinâmica dos campos de energia humana. Fundamentos Os fundamentos da Teoria do Ser Humano Unitário de Martha Rogers são baseados em uma visão holística e dinâmica dos seres humanos como campos de energia em constante interação com o universo. Aqui estão os principais conceitos: Seres Humanos Unificados: Rogers vê os indivíduos como seres unitários, integrados e únicos, que não podem ser reduzidos às suas partes. Eles são vistos como um todo em constante interação com o ambiente. Campos de Energia: A saúde e a doença são expressões de um campo de energia humano, que está em constante mudança. Esses campos de energia são invisíveis, mas influenciam diretamente a saúde e o bem-estar. Padrões Onda: A teoria utiliza conceitos como ressonância (padrões de vibração) e helicidade (padrões em espiral) para descrever as dinâmicas dos campos de energia. Pandimensionalidade: Refere-se à ideia de que os seres humanos existem em um universo multidimensional, além das limitações do espaço e do tempo. Processo de Vida: A saúde é vista como um processo contínuo de mudança e adaptação, onde os enfermeiros devem ajudar os pacientes a harmonizar seus campos de energia com o ambiente para promover o bem-estar. Esses fundamentos desafiam as abordagens tradicionais, oferecendo uma perspectiva mais abrangente e holística sobre a saúde e o cuidado de enfermagem. Impáctos na Prática A Teoria do Ser Humano Unitário de Martha Rogers teve impactos significativos na prática da enfermagem: Cuidado Holístico: Incentivou uma abordagem mais holística, onde os enfermeiros consideram não apenas os aspectos físicos da saúde, mas também os emocionais, espirituais e ambientais, resultando em um cuidado mais completo e personalizado. Promoção da Saúde: Focando na promoção da saúde e bem-estar ao invés de apenas tratar doenças, a teoria mudou a prática de enfermagem para incluir práticas preventivas e de promoção da saúde. Intervenções Inovadoras: A teoria abriu espaço para a adoção de intervenções inovadoras, como terapias complementares e alternativas que ajudam a harmonizar os campos de energia dos pacientes. Relacionamento Terapêutico: Enfatizou a importância do relacionamento terapêutico entre enfermeiro e paciente, promovendo uma comunicação mais profunda e significativa. Formação e Pesquisa: Influenciou o currículo de enfermagem e a pesquisa, levando ao desenvolvimento de novos modelos de cuidado baseados na interação contínua entre o paciente e o ambiente. Esses impactos mostram como a teoria de Rogers transformou a prática da enfermagem, tornando o cuidado mais abrangente e centrado no paciente. Desafios e Limitações A Teoria do Ser Humano Unitário de Martha Rogers, apesar de inovadora, apresenta alguns desafios e limitações: Abstração Conceitual: Os conceitos da teoria, como campos de energia e pandimensionalidade, são abstratos e podem ser difíceis de traduzir em ações práticas e específicas na rotina clínica. Medida de Resultados: Avaliar os efeitos das intervenções baseadas na teoria pode ser complexo, pois muitos dos resultados estão relacionados a mudanças subjetivas na percepção e consciência dos pacientes. Integração com Práticas Convencionais: A teoria pode ser difícil de integrar com modelos biomédicos tradicionais que são mais focados em aspectos físicos e mensuráveis da saúde. Formação Adequada: Implementar a teoria na prática requer um treinamento profundo para que os enfermeiros possam aplicar seus princípios de maneira eficaz, o que nem sempre é oferecido em todos os programas de enfermagem. Esses desafios destacam a necessidade de adaptações e formação contínua para aplicar a teoria de forma eficaz na prática clínica. Quem Criou? Enf. Martha Rogers Martha E. Rogers (1914-1994) foi uma enfermeira e teórica norte-americana, conhecida por desenvolver a Teoria do Ser Humano Unitário. Sua visão inovadora propôs que os seres humanos são campos de energia em constante interação com o universo, e que a saúde é um processo dinâmico de integração e adaptação. Rogers enfatizou a importância de considerar o paciente como um todo, indo além do tratamento dos sintomas físicos para incluir aspectos emocionais, espirituais e ambientais. Sua teoria continua a influenciar profundamente a prática e a educação em enfermagem, promovendo uma abordagem holística e centrada no paciente. Referências Rogers, M. E. (1970). An Introduction to the Theoretical Basis of Nursing. Philadelphia: F.A. Davis. Barrett, E. A. M., & Malinski, V. (1994). Martha E. Rogers: 80 Years of Excellence. New York: Society of Rogerian Scholars Press. Horta, W. A., et al. (1970). O ensino dos instrumentos básicos de enfermagem. Revista de Enfermagem, 1(2), 5. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Teorias da Enfermagem Teoria da Autoeficácia Dr. Marcelo Negreiros novembro 1, 2024 Teorias da Enfermagem Teoria das Transições Dr. Marcelo Negreiros novembro 1, 2024 Teorias da Enfermagem Teoria do Modelo de Seres Humanos Unificados Dr. Marcelo Negreiros novembro 1, 2024 Teorias da Enfermagem Teorias da Enfermagem: Teoria da Saúde como Consciência Expandida Dr. Marcelo Negreiros outubro 31, 2024

Teorias da Enfermagem

Teoria da Saúde como Consciência Expandida

Teoria da Saúde como Consciência Expandida A Teoria da Saúde como Consciência Expandida, desenvolvida por Margaret Newman, oferece uma perspectiva inovadora e holística sobre o conceito de saúde na prática de enfermagem. Essa teoria desafia as noções tradicionais de saúde como a mera ausência de doença, propondo que a saúde é um estado dinâmico de consciência expandida, onde indivíduos experimentam uma maior compreensão de si mesmos e de seu ambiente, independentemente do seu estado físico. Newman sugere que a saúde e a doença são partes integradas do processo de viver e que a interação contínua entre ambos leva ao crescimento pessoal e ao aumento da consciência. A enfermagem, segundo Newman, deve focar em facilitar esse processo de consciência expandida, ajudando os pacientes a encontrar significado em suas experiências de saúde e doença. Fundamentos Os fundamentos da Teoria da Saúde como Consciência Expandida de Margaret Newman são baseados na ideia de que a saúde é um processo dinâmico de crescimento e desenvolvimento pessoal, e não apenas a ausência de doença. Aqui estão os principais pontos: Consciência Expandida: A saúde é definida como a expansão da consciência, permitindo que os indivíduos compreendam melhor a si mesmos e ao seu ambiente. Essa consciência ampliada leva ao crescimento pessoal e à realização de um estado de bem-estar. Interação Contínua entre Saúde e Doença: Newman propõe que saúde e doença não são opostos, mas sim partes de um processo contínuo. A interação entre ambos contribui para o desenvolvimento da consciência e do crescimento pessoal. Padrões de Energia: A teoria enfatiza a importância dos padrões de energia na vida de uma pessoa. Esses padrões refletem a complexidade da interação entre o indivíduo e seu ambiente, influenciando a saúde e o bem-estar. Papel do Enfermeiro: O enfermeiro deve facilitar o processo de expansão da consciência do paciente, ajudando-o a encontrar significado em suas experiências de saúde e doença. Isso envolve uma abordagem holística que considera todos os aspectos da vida do paciente. Cuidado Centrado no Paciente: A teoria promove um cuidado que transcende o tratamento dos sintomas físicos, abordando as dimensões emocionais, espirituais e sociais do paciente para promover o bem-estar total. Esses fundamentos destacam a importância de uma abordagem holística e centrada no paciente na prática da enfermagem, focando no crescimento pessoal e na expansão da consciência como componentes centrais da saúde. Impáctos na Prática A Teoria da Saúde como Consciência Expandida de Margaret Newman teve vários impactos significativos na prática da enfermagem: Abordagem Holística: Incentivou os enfermeiros a olhar além dos sintomas físicos, considerando as dimensões emocionais, espirituais e sociais dos pacientes. Isso resultou em um cuidado mais completo e personalizado. Empoderamento do Paciente: Focando na expansão da consciência e no crescimento pessoal, a teoria promoveu a autonomia do paciente, ajudando-os a encontrar significado em suas experiências de saúde e doença. Desenvolvimento Profissional: A teoria levou a uma maior reflexão e desenvolvimento profissional entre os enfermeiros, incentivando-os a explorar novas formas de cuidado e interação com os pacientes. Melhoria na Comunicação: Ao enfatizar a importância da compreensão e do significado, a teoria melhorou a comunicação entre enfermeiros e pacientes, criando um relacionamento mais profundo e terapêutico. Integração de Práticas Complementares: A teoria abriu espaço para a integração de práticas complementares e alternativas na enfermagem, como a meditação e a atenção plena, que promovem a expansão da consciência. Esses impactos mostram como a teoria de Newman tem influenciado a prática de enfermagem, levando a um cuidado mais humanizado e centrado no paciente. Desafios e Limitações A Teoria da Saúde como Consciência Expandida de Margaret Newman, embora inovadora, apresenta alguns desafios e limitações: Abstração Conceitual: A ideia de saúde como consciência expandida é abstrata e pode ser difícil de operacionalizar na prática clínica diária. Enfermeiros podem encontrar dificuldades em traduzir esses conceitos em ações concretas. Medida de Resultados: Avaliar o impacto da expansão da consciência e o crescimento pessoal dos pacientes pode ser subjetivo e complexo, dificultando a medição dos resultados de forma objetiva e padronizada. Formação e Treinamento: Implementar essa teoria requer um treinamento extensivo para que os enfermeiros compreendam e apliquem os princípios de forma eficaz. Nem todos os programas de enfermagem fornecem uma formação adequada sobre essa teoria. Integração com Modelos Tradicionais: A teoria pode não se integrar facilmente com os modelos de cuidados de saúde tradicionais, que muitas vezes são mais focados no tratamento de sintomas físicos do que no bem-estar holístico e no crescimento pessoal. Esses desafios destacam a necessidade de adaptações e desenvolvimento contínuo para aplicar a Teoria da Saúde como Consciência Expandida de maneira eficaz na prática clínica. Quem Criou? Enf. Margaret Newman Margaret Newman (1933-2018) foi uma teórica e educadora norte-americana, renomada por sua Teoria da Saúde como Consciência Expandida. Sua teoria propôs que a saúde é um processo dinâmico de crescimento e desenvolvimento pessoal, indo além da ausência de doença. Newman acreditava que a interação entre saúde e doença contribuía para a expansão da consciência e o bem-estar holístico. Professora na Universidade de Minnesota, ela publicou extensivamente e influenciou a prática e a educação em enfermagem, promovendo uma abordagem mais holística e centrada no paciente. Referências Newman, M. (1997). Health as Expanding Consciousness. Sudbury, MA: Jones & Bartlett Learning. Smith, M. C., & Liehr, P. R. (2010). Foundations of Nursing Theory. Upper Saddle River, NJ: Pearson Education. McEwen, M., & Wills, E. M. (2019). Theoretical Basis for Nursing (5th ed.). Philadelphia, PA: Wolters Kluwer. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Teorias da Enfermagem Teoria da Autoeficácia Dr. Marcelo Negreiros novembro 1, 2024 Teorias da Enfermagem Teoria das Transições Dr. Marcelo Negreiros novembro 1, 2024 Teorias da Enfermagem Teoria do Ser Humano Unitário Dr. Marcelo Negreiros novembro 1, 2024 Teorias da Enfermagem Teoria da Saúde como Consciência Expandida Dr. Marcelo Negreiros outubro 31, 2024

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Teoria do Cuidado Transcultural

Teoria do Cuidado Transcultural A Teoria do Cuidado Transcultural, desenvolvida pela enfermeira e antropóloga Madeleine Leininger, é uma das abordagens mais inovadoras e impactantes na enfermagem contemporânea. Leininger reconheceu a importância de compreender o contexto cultural dos pacientes e como esses contextos influenciam seus cuidados de saúde e bem-estar. A teoria propõe que para oferecer um cuidado verdadeiramente holístico e eficaz, é essencial considerar e respeitar a diversidade cultural dos indivíduos. A Teoria do Cuidado Transcultural enfatiza que os valores, crenças e práticas culturais dos pacientes moldam significativamente suas experiências de saúde e de doença, e que os enfermeiros devem desenvolver competência cultural para proporcionar um cuidado sensível e apropriado. Leininger identificou três modos de ação que os enfermeiros podem usar para fornecer cuidado culturalmente congruente: preservação ou manutenção do cuidado cultural, acomodação ou negociação do cuidado cultural, e repadronização ou reestruturação do cuidado cultural. Fundamentos Os fundamentos da Teoria do Cuidado Transcultural de Madeleine Leininger são baseados na compreensão e respeito pelas diferenças culturais ao prestar cuidados de saúde. Aqui estão os principais pontos: Competência Cultural: Enfermeiros devem desenvolver habilidades e conhecimento para entender as culturas dos pacientes, suas crenças e práticas de saúde, e como essas influenciam suas respostas à doença e ao cuidado. Cuidado Culturalmente Congruente: Proporcionar cuidados que sejam significativos e adequados às necessidades culturais do paciente. Isso inclui respeitar os valores, práticas e visões de mundo dos indivíduos. Modos de Ação: Preservação ou Manutenção do Cuidado Cultural: Apoiar e encorajar práticas culturais de saúde que sejam benéficas para o paciente. Acomodação ou Negociação do Cuidado Cultural: Ajustar ou negociar práticas culturais de saúde para que sejam compatíveis com a medicina moderna e ainda respeitem as crenças do paciente. Repadronização ou Reestruturação do Cuidado Cultural: Ajudar os pacientes a modificar práticas culturais de saúde que possam ser prejudiciais, promovendo novas práticas benéficas. Modelos de Leininger: Inclui o Modelo do Sol Nascente que ilustra como fatores culturais influenciam os contextos de cuidado e saúde, abrangendo dimensões tecnológicas, religiosas, filosóficas, relações sociais, políticas, econômicas, educacionais, de valores culturais e de linguagem. Esses fundamentos destacam a importância de um cuidado de enfermagem que respeite e integre as diversas culturas dos pacientes, promovendo um ambiente de cuidado mais inclusivo e eficaz. Impáctos na Prática A Teoria do Cuidado Transcultural de Madeleine Leininger teve impactos profundos na prática da enfermagem: Competência Cultural: Encorajou enfermeiros a desenvolver habilidades e conhecimento sobre as culturas dos pacientes, promovendo um cuidado mais sensível e inclusivo. Cuidado Personalizado: Incentivou a prestação de cuidados que respeitam e integram os valores culturais dos pacientes, melhorando a satisfação e a adesão ao tratamento. Educação e Formação: Influenciou o currículo de enfermagem, incorporando a importância da competência cultural e do cuidado centrado na diversidade. Políticas de Saúde: Promoveu a criação de políticas de saúde que reconhecem a importância da diversidade cultural na prestação de cuidados, resultando em ambientes de cuidados mais inclusivos. Pesquisa em Enfermagem: Estimulou pesquisas sobre práticas de cuidados culturais e suas implicações na saúde, proporcionando uma base científica para intervenções culturalmente competentes. Esses impactos mostram como a teoria de Leininger transformou a prática de enfermagem, tornando o cuidado mais holístico e adaptado às necessidades de um mundo diversificado. Desafios e Limitações A Teoria do Cuidado Transcultural de Madeleine Leininger, apesar de seus muitos méritos, enfrenta alguns desafios e limitações: Complexidade na Aplicação: Implementar cuidados culturalmente congruentes pode ser complexo, exigindo um profundo entendimento das práticas culturais de cada paciente, o que pode ser difícil em ambientes de saúde ocupados e com falta de recursos. Variedade Cultural: A diversidade cultural é vasta e continuamente evolui. Manter-se atualizado e compreender todas as nuances culturais pode ser um desafio significativo para os profissionais de saúde. Recursos Educacionais: Nem todos os programas de formação em enfermagem oferecem treinamento extensivo em competência cultural, o que pode limitar a capacidade dos enfermeiros de aplicar a teoria de forma eficaz. Aceitação e Resistência: Em alguns contextos, pode haver resistência à integração de práticas culturais devido a preconceitos, falta de entendimento ou diferenças nas práticas de saúde estabelecidas. Esses desafios ressaltam a importância de um compromisso contínuo com a educação em competência cultural e a adaptação da teoria para diferentes contextos de prática. Quem Criou? Enf. Madeleine Leininger Madeleine Leininger (1925-2012) foi uma enfermeira e antropóloga norte-americana, pioneira na área de enfermagem transcultural. Ela é mais conhecida por desenvolver a Teoria do Cuidado Transcultural, que enfatiza a importância de compreender e respeitar as culturas dos pacientes para fornecer cuidados de saúde eficazes e sensíveis. Leininger introduziu o conceito de competência cultural na enfermagem, promovendo a ideia de que a saúde e a cura são profundamente influenciadas por fatores culturais. Seu trabalho continua a influenciar a prática da enfermagem e a formação de enfermeiros em todo o mundo, destacando a importância de um cuidado inclusivo e centrado na diversidade cultural. Referências Leininger, M. M. (1991). Transcultural Nursing: Concepts, Theories, Research & Practices. New York: McGraw-Hill. Seima, M. D., Michel, T., Méri, M. J., Wall, M. L., & Lenardt, M. H. (2011). A produção científica da enfermagem e a utilização da teoria de Madeleine Leininger: revisão integrativa 1985-2011. Esc. Anna Nery Rev. Enferm, 15(4), 851-857. Guesser, J. C., Monticelli, M., Eggert Boehs, A., Gehrmann, T., & Paiva, K. (2007). A teoria de Leininger e sua utilização como referencial para a prática profissional nas dissertações de mestrado em enfermagem da UFSC. Online Brazilian Journal of Nursing, 6(0), 139-140. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Teorias da Enfermagem Teoria da Autoeficácia Dr. Marcelo Negreiros novembro 1, 2024 Teorias da Enfermagem Teoria das Transições Dr. Marcelo Negreiros novembro 1, 2024 Teorias da Enfermagem Teoria do Ser Humano Unitário Dr. Marcelo Negreiros novembro 1, 2024 Teorias da Enfermagem Teoria da Saúde como Consciência Expandida Dr. Marcelo Negreiros outubro 31, 2024

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