Author name: Dr. Marcelo Negreiros

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Sinal de Barré

✋ Sinal de Barré O sinal de Barré é um teste clínico utilizado para evidenciar paresia discreta nos membros superiores ou inferiores, especialmente em casos de lesões piramidais iniciais ou déficits motores sutis. É uma ferramenta simples e extremamente útil na prática neurológica para detectar fraqueza muscular leve que muitas vezes passa despercebida na inspeção estática. Importância clínica O sinal de Barré é extremamente valioso por ser: Fácil de executar e não invasivo Altamente sensível para detectar paresia sutil Um dos primeiros sinais motores a se alterar em lesões corticais motoras Útil em consultórios, pronto-atendimentos e triagens neurológicas É frequentemente realizado junto a outros testes como o sinal de Mingazzini, sinal de Gowers e avaliação do tônus e reflexos profundos. https://youtu.be/iRkBEurDHj0 Nos membros superiores: O paciente é orientado a elevar os braços à frente do corpo, mantendo os cotovelos estendidos e as palmas voltadas para cima (posição de supinação). Deve manter essa posição com os olhos fechados por cerca de 20 a 30 segundos. O sinal é considerado positivo quando há: Pronação de um dos antebraços Queda progressiva do braço afetado Tremores ou instabilidade postural unilateral Nos membros inferiores: O paciente é colocado em decúbito ventral (barriga para baixo) com os joelhos flexionados a 90 graus. Deve manter a posição por 30 segundos. O sinal é positivo se uma das pernas cai lentamente ou não consegue ser sustentada na posição. O que significa um sinal de Barré positivo? Um sinal de Barré positivo indica fraqueza muscular discreta, geralmente associada a: Lesão do trato corticoespinal (síndrome piramidal) Acidente vascular cerebral (AVC) leve ou em resolução Esclerose múltipla Compressões medulares parciais Doenças desmielinizantes Lesões focais motoras iniciais Quem Criou? Dr. Jean Alexandre Barré Jean Alexandre Barré (1880–1967) foi um neurologista francês, amplamente reconhecido por sua colaboração com Georges Guillain na descrição da síndrome de Guillain-Barré. Além disso, Barré descreveu diversos sinais clínicos para avaliação neurológica, incluindo este sinal que leva seu nome, e foi pioneiro na neurologia funcional durante a Primeira Guerra Mundial. Referências Ropper AH, Samuels MA. Adams & Victor: Principles of Neurology. McGraw-Hill, 2014. DeMyer W. Techniques of the Neurologic Examination. McGraw-Hill, 2004. Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo de Avaliação Neurológica. Snell RS. Neuroanatomia Clínica. Guanabara Koogan, 2011. Pearce JMS. Jean Barré and the signs of subtle paresis. Eur Neurol. 2006. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… SInais Clínicos Sinal de Barré Dr. Marcelo Negreiros abril 10, 2025 SInais Clínicos Sinal de Gowers Dr. Marcelo Negreiros abril 10, 2025 SInais Clínicos Sinal de Bing Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Sinal de Schaeffer Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025

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Sinal de Gowers

🧍‍♂️ Sinal de Gowers O sinal de Gowers é uma manobra observada quando o paciente tenta se levantar do chão ou de uma posição agachada, utilizando as mãos para “subir” pelas próprias pernas. Isso ocorre devido à fraqueza muscular proximal, principalmente dos músculos do quadril e coxas. É um sinal clássico de doenças neuromusculares, especialmente aquelas que afetam a musculatura esquelética de forma simétrica e progressiva. Importância clínica O sinal de Gowers é um achado clínico valioso em pediatria neuromuscular, pois: Sugere fraqueza muscular proximal precoce É fácil de observar clinicamente, mesmo sem testes laboratoriais Ajuda a diferenciar miopatias de neuropatias, já que nas neuropatias distais (como polineuropatias) o padrão de fraqueza é diferente Costuma estar presente anos antes do diagnóstico formal, especialmente na distrofia muscular de Duchenne https://youtu.be/57i9D5_Yq3s O paciente, ao tentar se levantar do chão: Inicialmente empurra o solo com os braços para ficar de joelhos. Depois, coloca as mãos sobre os joelhos ou coxas e faz um “movimento de escalada” com os braços, usando-os como apoio. Essa compensação é chamada de manobra de Gowers positiva. Esse padrão revela fraqueza da musculatura extensora dos quadris, especialmente dos glúteos e quadríceps. Em que situações aparece? O sinal de Gowers é típico de miopatias proximais, principalmente em: Distrofia muscular de Duchenne (mais comum) Distrofia muscular de Becker Distrofias congênitas Miopatias inflamatórias (polimiosite, dermatomiosite) Miopatias metabólicas Síndromes miastênicas congênitas Casos graves de miopatia induzida por corticoides Também pode ser visto em: Doenças do neurônio motor inferior com predomínio em músculos proximais Miopatias tóxicas Quem Criou? Dr. William Richard Gowers William Richard Gowers (1845–1915) foi um renomado neurologista britânico, amplamente reconhecido por sua habilidade clínica e por contribuições fundamentais à neurologia moderna. Ele descreveu esse sinal como parte de suas observações em doenças musculares progressivas, e também deixou importantes legados em epilepsia, neuroanatomia e reflexos neurológicos. Referências Ropper AH, Samuels MA. Adams & Victor: Principles of Neurology. McGraw-Hill, 2014. Dubowitz V. Muscle Disorders in Childhood. 3rd ed. Saunders, 2007. DeMyer W. Techniques of the Neurologic Examination. McGraw-Hill, 2004. Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Distrofia Muscular de Duchenne/Becker. Snell RS. Neuroanatomia Clínica. Guanabara Koogan, 2011. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… SInais Clínicos Sinal de Gowers Dr. Marcelo Negreiros abril 10, 2025 SInais Clínicos Sinal de Bing Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Sinal de Schaeffer Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Sinal de Chaddock Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025

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Sinal de Bing

🦶 Sinal de Bing O sinal de Bing é um reflexo plantar patológico, indicado pela extensão do hálux (dedo grande do pé) em resposta à estimulação com um objeto pontiagudo ou agulha na região dorsal do pé, especialmente próximo à base dos artelhos. Assim como o sinal de Babinski, o sinal de Bing reflete uma liberação piramidal, sendo um indicativo clínico de lesão do trato corticoespinal ou síndrome do neurônio motor superior. Importância clínica O sinal de Bing pode ser particularmente útil em: Casos onde o reflexo plantar clássico não pode ser avaliado diretamente Pacientes com sensibilidade alterada na planta do pé Confirmação de síndrome do neurônio motor superior, quando associado a outros sinais como espasticidade, clônus, hiperreflexia e Babinski Sua presença reforça o diagnóstico de lesão do sistema nervoso central, mesmo quando sutil. https://youtu.be/j40BBhQAht0 Com o paciente em decúbito dorsal e o pé relaxado: O examinador aplica estímulos repetitivos com uma agulha ou objeto fino e não cortante na pele sobre o dorso do pé, próximo à base dos dedos. A resposta anormal (positiva) é a extensão involuntária do hálux, muitas vezes acompanhada de abertura dos outros dedos. O que significa Bing positivo? A presença do sinal de Bing positivo indica liberação de reflexos primitivos, o que ocorre em situações de lesão central, como: Acidente vascular cerebral (AVC) Esclerose múltipla Esclerose lateral amiotrófica (ELA) Mielopatias cervicais ou torácicas Traumatismo cranioencefálico Tumores do sistema nervoso central Relação com outros reflexos plantares O sinal de Bing é um dos reflexos plantares patológicos equivalentes ao de Babinski, ao lado de: Sinal de Chaddock Sinal de Oppenheim Sinal de Gordon Sinal de Schaefer Todos compartilham a mesma resposta anormal — extensão do hálux — com diferenças apenas na forma de estímulo. Quem Criou? Dr. Paul Robert Bing Paul Robert Bing (1878–1956) foi um neurologista suíço, aluno de Constantin von Monakow. Ele é lembrado por suas contribuições à neurologia clínica e por descrever esse reflexo plantar alternativo. Bing também é conhecido por trabalhos sobre a neuroanatomia funcional e pela classificação de síndromes neurológicas relacionadas ao tronco encefálico e à medula espinhal. Referências Ropper AH, Samuels MA. Adams & Victor: Principles of Neurology. McGraw-Hill, 2014. DeMyer W. Techniques of the Neurologic Examination. McGraw-Hill, 2004. Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo de Avaliação Neurológica. Pearce JMS. Paul Bing and the plantar reflex. Eur Neurol. 2005. Snell RS. Neuroanatomia Clínica. 7ª ed. Guanabara Koogan, 2011 Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… SInais Clínicos Sinal de Bing Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Sinal de Schaeffer Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Sinal de Chaddock Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Sinal de Rossolimo Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025

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Sinal de Schaeffer

🦶 Sinal de Schaeffer O sinal de Schaeffer é um reflexo plantar patológico que consiste na extensão do hálux (dedo grande do pé) ao se comprimir o tendão de Aquiles. Assim como o sinal de Babinski, trata-se de um reflexo indicativo de lesão do trato corticoespinal, ou seja, de síndrome do neurônio motor superior. É um dos chamados reflexos plantares equivalentes ao Babinski, utilizado como alternativa em situações clínicas específicas. Importância clínica O sinal de Schaeffer é particularmente útil: Em pacientes com lesões plantares, amputações ou hipersensibilidade na sola do pé Quando o sinal de Babinski está ausente ou de difícil interpretação Como confirmação de síndrome do neurônio motor superior nos membros inferiores Sua presença deve ser interpretada em conjunto com outros sinais clínicos como espasticidade, hiperreflexia, clônus e reflexos plantares patológicos. https://youtu.be/4u-5l_Hru4s Com o paciente deitado (decúbito dorsal) e o pé relaxado, o examinador: Comprime firmemente o tendão de Aquiles com os dedos ou o polegar. Uma resposta positiva é observada quando ocorre extensão involuntária do hálux, podendo ser acompanhada de leve abertura dos outros artelhos. O que significa Schaeffer positivo? O reflexo de Schaeffer positivo representa uma liberação de reflexos primitivos plantares, algo que ocorre quando há perda da inibição cortical por lesão do trato piramidal. É observado em: Acidente vascular cerebral (AVC) Traumatismo cranioencefálico Esclerose múltipla Esclerose lateral amiotrófica (ELA) Mielopatia compressiva Tumores do sistema nervoso central Relação com outros reflexos plantares O sinal de Schaeffer é parte de um grupo de reflexos plantares patológicos alternativos ao Babinski, com os quais compartilha significado clínico. Entre eles: Sinal de Chaddock – estímulo ao redor do maléolo lateral Sinal de Oppenheim – pressão na face anterior da tíbia Sinal de Gordon – compressão da panturrilha Sinal de Bing – estímulo com agulha na região dorsal do pé Esses sinais são úteis para confirmar lesão piramidal quando o teste plantar clássico não pode ser realizado. Quem Criou? Dr. Max Schaeffer Max Schaeffer foi um médico e pesquisador do início do século XX que descreveu este reflexo como uma alternativa clínica ao sinal de Babinski. Embora pouco se saiba sobre sua trajetória detalhada, sua contribuição permanece reconhecida na neurologia clínica por meio deste reflexo que leva seu nome. Referências Ropper AH, Samuels MA. Adams & Victor: Principles of Neurology. McGraw-Hill, 2014. DeMyer W. Techniques of the Neurologic Examination. McGraw-Hill, 2004. Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo de Avaliação Neurológica. Snell RS. Neuroanatomia Clínica. 7ª ed. Guanabara Koogan, 2011. Pearce JMS. Historical notes on pathological reflexes. Eur Neurol. 2005. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… SInais Clínicos Sinal de Schaeffer Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Sinal de Chaddock Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Sinal de Rossolimo Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Sinal de Tromner Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025

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Sinal de Chaddock

🦶 Sinal de Chaddock O sinal de Chaddock é um reflexo plantar patológico, assim como o sinal de Babinski, e consiste na extensão do hálux (dedo grande do pé) em resposta ao estímulo tátil aplicado ao redor do maléolo lateral, na região lateral do pé. Esse sinal é indicativo de lesão do trato corticoespinal, sendo considerado uma variação do Babinski, com a mesma interpretação clínica. Importância clínica O sinal de Chaddock é útil especialmente em situações em que o reflexo plantar clássico não pode ser realizado (como amputações, feridas plantares ou hipersensibilidade), oferecendo uma via alternativa confiável para avaliar lesões do sistema nervoso central. Além disso, ele pode ser mais facilmente reproduzido em pacientes idosos ou com alterações tróficas nos pés, onde a resposta ao Babinski pode ser sutil. https://youtu.be/MRvqBbZkEis Com o paciente em decúbito dorsal e o pé relaxado, o examinador: Estimula com um objeto rombo (como a ponta de um cabo de martelo de reflexo ou dedo enluvado) a região ao redor do maléolo lateral, em direção à parte lateral do dorso do pé. A resposta considerada positiva é a extensão do hálux, podendo ser acompanhada de abertura em leque dos demais artelhos. Quando é considerado anormal? O sinal de Chaddock não deve estar presente em adultos neurologicamente íntegros. Sua presença indica síndrome do neurônio motor superior, frequentemente associada a: Acidente vascular cerebral (AVC) Traumatismo cranioencefálico Esclerose lateral amiotrófica (ELA) Esclerose múltipla Mielopatias Tumores do sistema nervoso central Relação com outros reflexos plantares O sinal de Chaddock é um dos reflexos plantares equivalentes ao Babinski, assim como: Sinal de Oppenheim – pressão descendente na tíbia Sinal de Gordon – compressão da panturrilha Sinal de Schaefer – compressão do tendão de Aquiles Sinal de Bing – estímulo com agulha no dorso do pé Todos esses sinais têm em comum a extensão anormal do hálux, e sua presença reforça o diagnóstico de liberação piramidal. Quem Criou? Dr. Charles Gilbert Chaddock Charles Gilbert Chaddock (1861–1936) foi um neurologista americano, conhecido por descrever este sinal em 1911 como uma alternativa diagnóstica ao sinal de Babinski. Ele também é lembrado por sua tradução dos trabalhos de Freud para o inglês e por sua dedicação ao ensino da neurologia clínica nos Estados Unidos. Referências Ropper AH, Samuels MA. Adams & Victor: Principles of Neurology. McGraw-Hill, 2014. DeMyer W. Techniques of the Neurologic Examination. McGraw-Hill, 2004. Snell RS. Neuroanatomia Clínica. Guanabara Koogan, 2011. Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo de Avaliação Neurológica. Pearce JMS. Charles Chaddock and the reflex that bears his name. Eur Neurol. 2006. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… SInais Clínicos Sinal de Chaddock Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Sinal de Rossolimo Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Sinal de Tromner Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Sinal de Oppenheim Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025

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Sinal de Rossolimo

👣 Sinal de Rossolimo O sinal de Rossolimo é um reflexo patológico caracterizado por flexão brusca dos dedos do pé em resposta a percussão rápida da polpa digital dos artelhos (geralmente do 2º ao 5º dedo). É indicativo de liberação piramidal e está associado a síndrome do neurônio motor superior. Ele representa a presença de um reflexo primitivo que deveria estar suprimido em adultos com sistema nervoso intacto. Importância clínica O sinal de Rossolimo é especialmente útil quando o sinal de Babinski está ausente ou de difícil interpretação, como em pacientes com lesões plantares, amputações, ou sensibilidade alterada nos pés. Sua positividade sugere fortemente lesão do sistema nervoso central, especialmente quando associado a: Espasticidade Hiperreflexia profunda Clônus Outros reflexos plantares patológicos https://youtu.be/bzLYkJlGhUM Com o paciente deitado ou sentado com os pés relaxados, o examinador: Percute repetidamente e rapidamente a polpa dos artelhos com os dedos ou martelo de reflexos. A resposta anormal (positiva) consiste na flexão rápida e involuntária dos dedos do pé. Esse reflexo não deve estar presente em adultos saudáveis, sendo sinal de lesão do trato corticoespinal. O que significa um Rossolimo positivo? A presença do reflexo indica liberação de reflexos primitivos dos membros inferiores, sugerindo lesão do trato piramidal. Suas principais causas incluem: Acidente vascular cerebral (AVC) Esclerose múltipla Esclerose lateral amiotrófica (ELA) Mielopatias cervicais ou torácicas Traumatismos encefálicos ou medulares Tumores do sistema nervoso central Diferença em relação ao Babinski Embora ambos indiquem lesão do neurônio motor superior, o Babinski provoca extensão do hálux, enquanto o Rossolimo provoca flexão dos artelhos. Ou seja: Babinski → extensão do 1º dedo (hálux) Rossolimo → flexão dos artelhos ao toque São sinais complementares, e sua presença conjunta reforça a suspeita de síndrome piramidal. Quem Criou? Dr. Grigory Ivanovich Rossolimo Grigory Ivanovich Rossolimo (1860–1928) foi um neurologista russo, reconhecido por suas contribuições à neurologia infantil e ao estudo dos reflexos. Ele descreveu esse sinal reflexo como um marcador clínico importante na avaliação de lesões corticais e medulares. Rossolimo também foi pioneiro na neuropsicologia russa e na criação de métodos de avaliação funcional neurológica. Referências Ropper AH, Samuels MA. Adams & Victor: Principles of Neurology. McGraw-Hill, 2014. DeMyer W. Techniques of the Neurologic Examination. McGraw-Hill, 2004. Snell RS. Neuroanatomia Clínica. Guanabara Koogan, 2011. Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo de Avaliação Neurológica. Pearce JMS. Reflexes of the toes: Babinski and beyond. Eur Neurol. 2005. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… SInais Clínicos Sinal de Rossolimo Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Sinal de Tromner Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Sinal de Oppenheim Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Sinal de Gordon Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025

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Sinal de Tromner

✋ Sinal de Tromner O sinal de Tromner é um reflexo patológico dos membros superiores, caracterizado por uma flexão involuntária do polegar e, às vezes, dos dedos indicadores quando a superfície palmar das falanges distais dos dedos médios ou anulares é percutida. Esse sinal indica liberação do arco reflexo e está associado à síndrome do neurônio motor superior, sendo considerado equivalente ao sinal de Hoffmann, mas com estímulo oposto (palmar em vez de dorsal). Importância clínica O sinal de Tromner é especialmente útil em: Casos sutis de disfunção piramidal dos membros superiores Complementação ao sinal de Hoffmann Rastreamento de compressão medular cervical subclínica Identificação precoce de doenças degenerativas da medula Quando positivo, deve ser interpretado no contexto clínico, associado a outros sinais de neurônio motor superior, como espasticidade, hiperreflexia, clônus e sinal de Babinski. https://youtu.be/jxiBjJ_osng Com o braço do paciente relaxado e a mão ligeiramente supinada, o examinador segura a mão do paciente pelo punho. Percute-se de forma rápida e firme a superfície palmar da falange distal do 2º ou 3º dedo. O sinal é considerado positivo se houver flexão do polegar e, possivelmente, dos dedos adjacentes. Interpretação Sinal de Tromner positivo: flexão involuntária do polegar (com ou sem movimento dos demais dedos), sugere lesão do trato corticoespinal. Pode ser unilateral ou bilateral, dependendo da lesão. Também pode ser observado em pacientes com hipertireoidismo, ansiedade ou tremores, porém sem significado patológico isolado nesses casos. Comparação com o sinal de Hoffmann O sinal de Tromner é considerado um reflexo patológico equivalente ao sinal de Hoffmann, ambos indicativos de lesão do trato corticoespinal nos membros superiores. A principal diferença está na forma de estímulo: enquanto Hoffmann é provocado por uma percussão na face dorsal (cima pra baixo) da falange distal do dedo médio, Tromner é elicidado por percussão da face palmar (baixo pra cima) dos dedos. Ambos provocam uma resposta anormal — flexão involuntária do polegar e/ou do indicador — e podem ser usados de forma complementar na investigação de síndrome do neurônio motor superior cervical. Quem Criou? Dr. Ernst Otto Richard Tromner Ernst Otto Richard Tromner (1867–1930) foi um neurologista alemão, discípulo de Carl Wernicke. Tromner descreveu esse reflexo como uma forma de detectar precocemente lesões piramidais em membros superiores. Ele também contribuiu para a neurologia com pesquisas sobre epilepsia e neurofisiologia reflexa. Referências DeMyer W. Techniques of the Neurologic Examination. McGraw-Hill, 2004. Ropper AH, Samuels MA. Adams & Victor: Principles of Neurology. McGraw-Hill, 2014. Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo de Avaliação Neurológica. Snell RS. Neuroanatomia Clínica. 7ª ed. Guanabara Koogan, 2011. Pearce JMS. Ernst Tromner: a historical note. Eur Neurol. 2002. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… SInais Clínicos Sinal de Tromner Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Sinal de Oppenheim Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Sinal de Gordon Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Sinal de Hoffmann Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025

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Sinal de Oppenheim

🦵 Sinal de Oppenheim O sinal de Oppenheim é um reflexo patológico caracterizado pela extensão do hálux (dedo grande do pé) — às vezes acompanhada de abertura em leque dos demais dedos — em resposta à pressão descendente exercida ao longo da tíbia. Assim como o sinal de Babinski, o sinal de Oppenheim é um indicador de lesão do trato corticoespinal, estando associado à síndrome do neurônio motor superior. Importância clínica O sinal de Oppenheim é especialmente útil em situações onde o teste plantar clássico (Babinski) não pode ser executado ou apresenta resposta duvidosa. Ele aumenta a sensibilidade da investigação de lesão do trato corticoespinal. Além disso, seu achado reforça o diagnóstico de síndrome piramidal, principalmente quando associado a outros reflexos plantares patológicos. https://youtu.be/kLK0qfy3iY4 O paciente deve estar em decúbito dorsal, com a perna estendida e relaxada. O examinador aplica pressão firme com os dedos polegares ou com os nós dos dedos ao longo da borda anterior da tíbia, desde a região inferior do joelho até o tornozelo. A resposta esperada é a extensão do hálux, configurando um sinal de Oppenheim positivo. Essa resposta é anormal em adultos e indica liberação de reflexos primitivos plantares. O que significa um sinal de Oppenheim positivo? A resposta anormal ocorre por perda da inibição cortical dos reflexos espinais, sendo frequentemente observada em: Acidente vascular cerebral (AVC) Traumatismo cranioencefálico Esclerose múltipla Esclerose lateral amiotrófica (ELA) Mielopatias cervicais ou torácicas Paralisia cerebral do tipo espástica A presença do sinal deve ser interpretada no contexto de outros sinais piramidais, como espasticidade, hiperreflexia e clônus. Relação com outros reflexos plantares O sinal de Oppenheim é um dos chamados reflexos plantares equivalentes ao Babinski. Outros reflexos semelhantes incluem: Sinal de Chaddock – estímulo ao redor do maléolo lateral Sinal de Gordon – compressão da panturrilha Sinal de Schaefer – compressão do tendão de Aquiles Sinal de Bing – estímulo com agulha no dorso do pé Todos esses testes, quando positivos, indicam lesão do sistema piramidal. Quem Criou? Dr. Hermann Oppenheim Hermann Oppenheim (1858–1919) foi um importante neurologista alemão, conhecido por seu trabalho pioneiro em doenças neuromusculares e por descrever vários sinais clínicos relacionados ao sistema nervoso central. Discípulo de Carl Westphal, Oppenheim deixou sua marca na medicina por meio de livros, descrições clínicas e sua atuação em Berlim como professor de neurologia. 📚 Referências Bibliográficas Ropper AH, Samuels MA. Adams & Victor: Principles of Neurology. McGraw-Hill, 2014. DeMyer W. Techniques of the Neurologic Examination. McGraw-Hill, 2004. Snell RS. Neuroanatomia Clínica. Guanabara Koogan, 2011. Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo de Avaliação Neurológica. Pearce JMS. Historical Note: Hermann Oppenheim (1858–1919). Eur Neurol, 2003. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… SInais Clínicos Sinal de Mingazzini Dr. Marcelo Negreiros abril 10, 2025 SInais Clínicos Sinal de Froment Dr. Marcelo Negreiros abril 10, 2025 SInais Clínicos Paratonia Dr. Marcelo Negreiros abril 10, 2025 SInais Clínicos Rigidez em Roda Denteada Dr. Marcelo Negreiros abril 10, 2025

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Sinal de Gordon

🦶 Sinal de Gordon O sinal de Gordon é um reflexo patológico plantar, assim como o sinal de Babinski, e consiste na extensão do hálux (dedo grande do pé) em resposta à compressão do músculo da panturrilha (músculo gastrocnêmio). A presença dessa resposta é indicativa de lesão do trato corticoespinal, também conhecido como trato piramidal, sendo característico de síndrome do neurônio motor superior. Importância clínica O sinal de Gordon tem valor semelhante ao Babinski, sendo útil em casos em que o sinal plantar clássico não pode ser realizado adequadamente, como em pacientes com lesões plantares, amputações ou hipersensibilidade. Além disso, reforça o diagnóstico de síndrome do neurônio motor superior quando aparece associado a outros sinais piramidais, como: Espasticidade Hiperreflexia profunda Reflexos patológicos em membros superiores (ex: Hoffmann) https://youtu.be/tV4YsWCLhtw Com o paciente em decúbito dorsal e a perna relaxada, o examinador comprime firmemente o músculo da panturrilha com os dedos. A resposta esperada em indivíduos normais é nenhuma movimentação dos dedos do pé. A resposta considerada positiva (anormal) é a extensão do hálux, podendo vir acompanhada de abertura em leque dos outros dedos. O que significa o sinal de Gordon positivo? O sinal de Gordon positivo indica liberação de reflexos primitivos plantares, ou seja, falha na inibição suprassegmentar do reflexo extensor do hálux. Isso ocorre em condições que afetam o trato corticoespinal, como: Acidente vascular cerebral (AVC) Traumatismo cranioencefálico Esclerose lateral amiotrófica (ELA) Esclerose múltipla Mielopatia cervical Tumores cerebrais ou medulares Relação com outros reflexos plantares O sinal de Gordon é um dos reflexos plantares ditos “equivalentes ao Babinski”, pois compartilha o mesmo significado clínico, mas é provocado por estímulos diferentes. Outros sinais relacionados incluem: Sinal de Chaddock – estimulação ao redor do maléolo lateral Sinal de Oppenheim – pressão descendente na tíbia Sinal de Schaefer – compressão do tendão de Aquiles Sinal de Bing – estímulo com agulha no dorso do pé Todos resultam em extensão do hálux quando positivos. Quem Criou? Dr. Alfred Gordon Alfred Gordon (1874–1953) foi um neurologista ucraniano naturalizado norte-americano, atuante na Filadélfia. Ele descreveu este reflexo como parte de suas contribuições ao estudo dos reflexos plantares e da neurofisiologia clínica no início do século XX. Embora menos conhecido que Joseph Babinski, seu nome permanece presente na prática neurológica por esse sinal associado ao sistema piramidal. Referências Ropper AH, Samuels MA. Adams & Victor: Principles of Neurology. McGraw-Hill, 2014. DeMyer W. Techniques of the Neurologic Examination. McGraw-Hill, 2004. Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo de Avaliação Neurológica. Snell RS. Neuroanatomia Clínica. Guanabara Koogan, 2011. Pearce JMS. Historical Aspects of Plantar Reflexes. Eur Neurol. 2005. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… SInais Clínicos Sinal de Gordon Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Sinal de Hoffmann Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Sinal de Babinski Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Alodinia Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025

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Sinal de Hoffmann

✋ Sinal de Hoffmann O sinal de Hoffmann é um reflexo patológico que indica disfunção do trato corticoespinal (trato piramidal), especialmente em sua porção cervical. É considerado um equivalente do sinal de Babinski, porém nos membros superiores. É desencadeado por uma manobra simples, onde a flexão do dedo médio provoca uma resposta involuntária de flexão do polegar e/ou do indicador, sinalizando hiperreflexia e liberação de reflexos espinais. Importância clínica O sinal de Hoffmann é útil para: Identificar lesões piramidais iniciais, principalmente em nível cervical Monitorar doenças degenerativas da medula espinhal Complementar a avaliação de Babinski e de outros sinais motores Triar pacientes com queixas cervicais leves, que podem esconder mielopatia subclínica É importante lembrar que o sinal deve ser interpretado no contexto clínico completo, já que sua presença isolada, especialmente se unilateral, exige investigação cuidadosa com exames de imagem como ressonância cervical. https://youtu.be/C_F6NL0A2Hk O paciente deve estar com o braço relaxado. O examinador segura a mão do paciente, sustentando o dedo médio em flexão parcial. Em seguida, realiza uma percussão ou movimento brusco de flexão da falange distal do dedo médio, como se fosse “dar um estalinho”. A resposta é considerada positiva se houver flexão involuntária do polegar e/ou do indicador. Essa resposta indica hipersensibilidade reflexa, característica de síndrome do neurônio motor superior. O que significa um sinal de Hoffmann positivo? Um Hoffmann positivo pode indicar: Lesão da medula espinhal cervical Comprometimento do trato corticoespinal Mielopatia cervical espondilótica Esclerose múltipla Esclerose lateral amiotrófica (ELA) Tumores medulares cervicais Traumatismos cervicais Também pode estar presente transitoriamente em indivíduos ansiosos, com tremores essenciais, hipertireoidismo ou durante febre, mas nestes casos costuma ser bilateral, simétrico e não acompanhado de outros sinais neurológicos. Quem Criou? Dr. Johann Hoffmann Johann Hoffmann (1857–1919) foi um neurologista alemão, discípulo de Wilhelm Erb, e é lembrado por diversas contribuições à neurologia, incluindo o sinal que leva seu nome e sua descrição de distrofias musculares hereditárias. O sinal de Hoffmann foi descrito como um reflexo patológico útil para diagnosticar lesões corticoespinais precoces, especialmente na região cervical. Referências Ropper AH, Samuels MA. Adams & Victor: Principles of Neurology. McGraw-Hill, 2014. DeMyer W. Techniques of the Neurologic Examination. McGraw-Hill, 2004. Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo de Avaliação Neurológica. Snell RS. Neuroanatomia Clínica. 7ª ed. Guanabara Koogan, 2011. Kim P, et al. Hoffmann’s reflex: clinical utility in cervical myelopathy. Spine J, 2015. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… SInais Clínicos Sinal de Hoffmann Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Sinal de Babinski Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Alodinia Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025 SInais Clínicos Sinal de Romberg Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025

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