Author name: Dr. Marcelo Negreiros

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Medicina Intensiva

Cetamina

💊 Cetamina na UTI – Sedação Contínua A cetamina é um anestésico dissociativo com propriedades sedativas, analgésicas e amnésticas. Na UTI, ela é uma excelente opção para sedação e controle da dor, especialmente em pacientes com instabilidade hemodinâmica, pois promove aumento do tônus simpático e manutenção da pressão arterial. É também uma alternativa útil em casos de broncoespasmo e em pacientes refratários a outros sedativos. Mecanismo de Ação A cetamina atua como antagonista não competitivo dos receptores NMDA no sistema nervoso central, promovendo dissociação entre a percepção sensorial e a consciência. Além disso, tem ação agonista indireta sobre receptores adrenérgicos e estimula o sistema simpático, resultando em aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Também possui leve ação analgésica via modulação de receptores opioides. Indicações Sedação contínua de pacientes em ventilação mecânica Ideal para controle fino da sedação devido ao rápido início e curta duração de ação. Indução anestésica para intubação orotraqueal Usado em sequência rápida de intubação ou procedimentos eletivos. Procedimentos breves na UTI ou emergência Cardioversão elétrica, broncoscopia, endoscopia digestiva, entre outros. Controle da pressão intracraniana Usado em pacientes neurocríticos por reduzir o metabolismo cerebral. Tratamento adjuvante de crises epilépticas refratárias Em status epilepticus não responsivo a benzodiazepínicos e barbitúricos. Sedação de pacientes agitados ou com delirium refratário Associado a outros sedativos/analgésicos quando indicado. Sedação contínua de pacientes em ventilação mecânica Ideal para controle fino da sedação devido ao rápido início e curta duração de ação. Indução anestésica para intubação orotraqueal Usado em sequência rápida de intubação ou procedimentos eletivos. Procedimentos breves na UTI ou emergência Cardioversão elétrica, broncoscopia, endoscopia digestiva, entre outros. Controle da pressão intracraniana Usado em pacientes neurocríticos por reduzir o metabolismo cerebral. Tratamento adjuvante de crises epilépticas refratárias Em status epilepticus não responsivo a benzodiazepínicos e barbitúricos. Sedação de pacientes agitados ou com delirium refratário Associado a outros sedativos/analgésicos quando indicado. Contraindicações Alergia ao propofol ou componentes da formulação Inclui alergia a ovo, soja ou produtos derivados (usados no veículo da emulsão lipídica). Hipotensão grave ou choque não compensado Risco de piora do quadro hemodinâmico pela ação vasodilatadora. Insuficiência cardíaca grave Pode acentuar bradicardia e reduzir o débito cardíaco. Síndrome do propofol (ou risco aumentado) Evitar uso contínuo em altas doses por longos períodos (>48h com >5 mg/kg/h). Disfunção hepática ou renal grave sem monitorização adequada A droga é metabolizada principalmente no fígado, com eliminação renal dos metabólitos. Alergia ao propofol ou componentes da formulação Inclui alergia a ovo, soja ou produtos derivados (usados no veículo da emulsão lipídica). Hipotensão grave ou choque não compensado Risco de piora do quadro hemodinâmico pela ação vasodilatadora. Insuficiência cardíaca grave Pode acentuar bradicardia e reduzir o débito cardíaco. Síndrome do propofol (ou risco aumentado) Evitar uso contínuo em altas doses por longos períodos (>48h com >5 mg/kg/h). Disfunção hepática ou renal grave sem monitorização adequada A droga é metabolizada principalmente no fígado, com eliminação renal dos metabólitos. Apresentação Solução injetável: 50 mg/mL – ampola com 10 mL (Ketamin®, genérico); 50 mg/mL – ampola com 2 mL (Ketamin NP®, Newcet NP®, genérico). ⚗️ Diluição para infusão A cetamina pode ser diluída em soro fisiológico 0,9% (SF 0,9%) ou glicose 5% (SG 5%), sendo compatível com ambas as soluções. As duas diluições mais utilizadas na prática da UTI são: ✅ Concentração usual: 1 mg/mL 2 mL de cetamina (50 mg/mL) → totalizando 100 mg de cetamina Diluir em 98 mL de SF 0,9% Volume final: 100 mL 🔹 Concentração final: 1 mg/mL 🚨 Concentração máxima: 2 mg/mL 4 mL de cetamina (50 mg/mL) → totalizando 200 mg de cetamina Diluir em 96 mL de SF 0,9% Volume final: 100 mL 🔹 Concentração final: 2 mg/mL 📦 Passo a passo do preparo: Aspire o volume necessário de cetamina (ex: 2 mL ou 4 mL) conforme a concentração desejada Injete em uma seringa ou frasco com capacidade para 100 mL Complete o volume com SF 0,9% até 100 mL Homogeneíze cuidadosamente Identifique o recipiente. Aspire o volume necessário de cetamina (ex: 2 mL ou 4 mL) conforme a concentração desejada Injete em uma seringa ou frasco com capacidade para 100 mL Complete o volume com SF 0,9% até 100 mL Homogeneíze cuidadosamente Identifique o recipiente. Posologia ✅ Infusão contínua (manutenção) Dose usual na UTI: 0,05 a 0,4 mg/kg/h Faixa terapêutica estendida (com monitoramento): Pode variar de 0,02 a 1 mg/kg/h, dependendo do objetivo (analgesia x sedação profunda) 📌 A titulação deve ser feita de forma gradual, com aumentos de 0,05 a 0,1 mg/kg/h, reavaliando sedação, analgesia e parâmetros hemodinâmicos. 💉 Bolus (opcional) Para sedação ou pré-intubação (em sequência rápida):1 a 2 mg/kg IV em dose única, com início de ação em 30 segundos Para analgesia (baixa dose):0,1 a 0,3 mg/kg IV, podendo ser repetido conforme resposta ⚠️ O bolus de cetamina é especialmente útil em pacientes com instabilidade hemodinâmica, pois tende a manter ou até elevar a pressão arterial. 💡 Dica prática A cetamina pode ser usada isoladamente ou em associação com outros sedativos (ex: midazolam, dexmedetomidina) e analgésicos (ex: fentanil) Quando utilizada para analgesia adjuvante, doses mais baixas (0,05 a 0,1 mg/kg/h) são suficientes Monitorar frequentemente: RASS, PAS, FC, respiração, salivação e reações dissociativas Calculadora de Cetamina Calculadora de Cetamina para Infusão Contínua Peso do paciente (kg): Tipo de ampola disponível: 50 mg/mL – ampola com 10 mL50 mg/mL – ampola com 2 mL Escolha a concentração final desejada: 1 mg/mL (usual)2 mg/mL (máxima) Calcular ❓ Perguntas Frequentes sobre o uso da Cetamina na UTI 🔼 Quando aumentar a dose? Quando o paciente apresentar dor intensa, agitação, resistência à ventilação ou sedação insuficiente, mesmo com outras medicações. Também pode ser indicada uma dose maior se o paciente estiver em choque séptico ou hipovolêmico, já que a cetamina auxilia na estabilização hemodinâmica. 📌 Aumentar em incrementos de 0,1 a 0,3 mg/kg/h, com reavaliação clínica frequente. 🔽 Quando diminuir a dose? Quando houver sinais de hipersalivação, alucinações, agitação paradoxal ou aumento indesejado da pressão arterial. Também se deve reduzir se o paciente atingir níveis profundos de sedação (RASS -4 a

Medicina Intensiva

Propofol

💊 Propofol na UTI – Sedação Contínua O propofol é um sedativo-hipnótico de ação rápida amplamente utilizado na terapia intensiva para sedação de pacientes sob ventilação mecânica, procedimentos invasivos e controle da pressão intracraniana. Sua principal vantagem é o início de ação e recuperação rápidos, permitindo ajustes finos na sedação contínua. Mecanismo de Ação O propofol atua potencializando a ação do GABA (ácido gama-aminobutírico) no sistema nervoso central, promovendo um efeito sedativo, hipnótico e amnésico. Sua ação rápida e curta se deve à alta lipossolubilidade, com início em 30–60 segundos e duração de 3 a 10 minutos após a suspensão da infusão. Indicações Sedação contínua de pacientes em ventilação mecânica Ideal para controle fino da sedação devido ao rápido início e curta duração de ação. Indução anestésica para intubação orotraqueal Usado em sequência rápida de intubação ou procedimentos eletivos. Procedimentos breves na UTI ou emergência Cardioversão elétrica, broncoscopia, endoscopia digestiva, entre outros. Controle da pressão intracraniana Usado em pacientes neurocríticos por reduzir o metabolismo cerebral. Tratamento adjuvante de crises epilépticas refratárias Em status epilepticus não responsivo a benzodiazepínicos e barbitúricos. Sedação de pacientes agitados ou com delirium refratário Associado a outros sedativos/analgésicos quando indicado. Sedação contínua de pacientes em ventilação mecânica Ideal para controle fino da sedação devido ao rápido início e curta duração de ação. Indução anestésica para intubação orotraqueal Usado em sequência rápida de intubação ou procedimentos eletivos. Procedimentos breves na UTI ou emergência Cardioversão elétrica, broncoscopia, endoscopia digestiva, entre outros. Controle da pressão intracraniana Usado em pacientes neurocríticos por reduzir o metabolismo cerebral. Tratamento adjuvante de crises epilépticas refratárias Em status epilepticus não responsivo a benzodiazepínicos e barbitúricos. Sedação de pacientes agitados ou com delirium refratário Associado a outros sedativos/analgésicos quando indicado. Contraindicações Alergia ao propofol ou componentes da formulação Inclui alergia a ovo, soja ou produtos derivados (usados no veículo da emulsão lipídica). Hipotensão grave ou choque não compensado Risco de piora do quadro hemodinâmico pela ação vasodilatadora. Insuficiência cardíaca grave Pode acentuar bradicardia e reduzir o débito cardíaco. Síndrome do propofol (ou risco aumentado) Evitar uso contínuo em altas doses por longos períodos (>48h com >5 mg/kg/h). Disfunção hepática ou renal grave sem monitorização adequada A droga é metabolizada principalmente no fígado, com eliminação renal dos metabólitos. Alergia ao propofol ou componentes da formulação Inclui alergia a ovo, soja ou produtos derivados (usados no veículo da emulsão lipídica). Hipotensão grave ou choque não compensado Risco de piora do quadro hemodinâmico pela ação vasodilatadora. Insuficiência cardíaca grave Pode acentuar bradicardia e reduzir o débito cardíaco. Síndrome do propofol (ou risco aumentado) Evitar uso contínuo em altas doses por longos períodos (>48h com >5 mg/kg/h). Disfunção hepática ou renal grave sem monitorização adequada A droga é metabolizada principalmente no fígado, com eliminação renal dos metabólitos. Apresentação Emulsão injetável: 10 mg/mL – ampola com 10 mL (Propovan®); 10 mg/mL – ampola com 20 mL (Diprivan®, Lipuro®, Profolen®, Propotil®, Propovan®, genérico); 10 mg/mL – ampola com 50 mL (Propovan®); 10 mg/mL – frasco-ampola com 10 mL (Provive®); 10 mg/mL – frasco-ampola com 20 mL (Lipuro®, Provive®, Spiva MCT-LCT®, Hyfol®, Oponap®, genérico); 10 mg/mL – frasco-ampola com 50 mL (Diprivan®, Lipuro®, Provive®, genérico); 10 mg/mL – frasco-ampola com 100 mL (Diprivan®, Lipuro®, Provive®, genérico); 10 mg/mL – seringa preenchida com 50 mL (Diprivan PFS®); 20 mg/mL – frasco-ampola com 50 mL (Diprivan®, Fresofol®, genérico); 20 mg/mL – seringa preenchida com 50 mL (Diprivan PFS®). ⚗️ Diluição para infusão O propofol é fornecido em emulsão lipídica pronta para uso, portanto não deve ser diluído. A administração é feita diretamente na bomba de infusão, respeitando os cuidados com estabilidade, contaminação e troca regular do equipo. 🔹 Concentração final: 10 mg/mL ⚠️ Importante O propofol não deve ser diluído com SF 0,9% ou SG 5% — isso altera a estabilidade da emulsão e aumenta o risco de contaminação. Utilizar equipo exclusivo, preferencialmente com filtro de 0,22 μm. Trocar o frasco e o equipo a cada 12 horas para evitar contaminação bacteriana. Manter o frasco sempre fechado e protegido da luz direta. 📦 Passo a passo do preparo: Verifique a integridade do frasco (propofol vem pronto para uso). Conecte o frasco ou seringa à bomba de infusão, utilizando equipo apropriado. Programe a dose prescrita em mg/kg/h, convertendo para mL/h com base na concentração de 10 mg/mL. Identifique o frasco com nome do paciente, dose e hora de início. Troque a solução e o equipo a cada 12 horas. Verifique a integridade do frasco (propofol vem pronto para uso). Conecte o frasco ou seringa à bomba de infusão, utilizando equipo apropriado. Programe a dose prescrita em mg/kg/h, convertendo para mL/h com base na concentração de 10 mg/mL. Identifique o frasco com nome do paciente, dose e hora de início. Troque a solução e o equipo a cada 12 horas. Posologia ✅ Infusão contínua (manutenção) Dose usual: 1 a 4 mg/kg/h, titulada conforme o nível de sedação desejado (ex: RASS -2 a -3) Faixa de dose segura: Mínima: 0,3 mg/kg/h Máxima: até 5 mg/kg/h (por tempo limitado e com monitoramento rigoroso) 📌 A titulação deve ser feita com aumentos de 0,5 a 1 mg/kg/h, avaliando a resposta clínica e parâmetros hemodinâmicos. 💉 Bolus (opcional) Indução anestésica: 1 a 2 mg/kg em dose única IV lenta, especialmente para intubação orotraqueal ou procedimentos rápidos Sedação em procedimentos breves (ex: cardioversão):0,5 a 1 mg/kg em bolus, podendo ser repetido conforme resposta ⚠️ Em pacientes críticos, o bolus deve ser usado com extrema cautela devido ao risco de hipotensão e bradicardia súbitas. Calculadora de Propofol Calculadora de Propofol para Infusão Contínua Peso do paciente (kg): Concentração da solução disponível: 10 mg/mL20 mg/mL Calcular ❓ Perguntas Frequentes sobre o uso de Propofol na UTI 🔼 Quando aumentar a dose? Quando o paciente estiver menos sedado que o desejado (ex: RASS 0 a +1) e apresentar sinais de agitação, desconforto com a ventilação ou movimentação excessiva. Sempre confirmar se a bomba está funcionando corretamente, e se não há dor ou delirium associados. 📌 Aumente a infusão em incrementos de 0,5 a

Medicina Intensiva

Dexmedetomidina

💊 Dexmedetomidina na UTI – Sedação Contínua A dexmedetomidina é um sedativo altamente seletivo para receptores α2-adrenérgicos, com ação ansiolítica, sedativa e analgésica leve, sem causar depressão respiratória significativa. É uma excelente opção para sedação leve e contínua em pacientes críticos, especialmente em desmame da ventilação mecânica. Mecanismo de Ação A dexmedetomidina atua como um agonista altamente seletivo dos receptores adrenérgicos α2 localizados no sistema nervoso central. Sua principal ação ocorre na região do locus coeruleus, onde inibe a liberação de noradrenalina, resultando em uma redução da atividade simpática. Esse efeito promove sedação de forma semelhante ao sono fisiológico, com o paciente podendo permanecer responsivo e cooperativo. Além disso, a droga possui leve efeito analgésico e ansiolítico, o que a torna útil tanto para promover conforto quanto para facilitar o desmame ventilatório. Um dos principais diferenciais da dexmedetomidina é que ela proporciona sedação sem causar depressão respiratória significativa, o que a torna particularmente vantajosa em ambientes de terapia intensiva. Indicações Sedação leve a moderada em pacientes intubados Ideal para manter o paciente confortavelmente sedado, mas responsivo. Facilitação do desmame da ventilação mecânica Ajuda a manter nível de consciência adequado durante a transição para extubação. Controle da agitação e delirium na UTI Especialmente útil em pacientes com risco de delirium hiperativo. Sedação consciente em pacientes críticos Como em pós-operatórios de alta complexidade ou em vigilância neurológica. Cuidados paliativos e controle da agitação terminal Alternativa segura quando há necessidade de sedação sem depressão respiratória. Substituição de benzodiazepínicos ou propofol Quando se deseja menor depressão respiratória ou evitar acúmulo de sedativos. Sedação leve a moderada em pacientes intubados Ideal para manter o paciente confortavelmente sedado, mas responsivo. Facilitação do desmame da ventilação mecânica Ajuda a manter nível de consciência adequado durante a transição para extubação. Controle da agitação e delirium na UTI Especialmente útil em pacientes com risco de delirium hiperativo. Sedação consciente em pacientes críticos Como em pós-operatórios de alta complexidade ou em vigilância neurológica. Cuidados paliativos e controle da agitação terminal Alternativa segura quando há necessidade de sedação sem depressão respiratória. Substituição de benzodiazepínicos ou propofol Quando se deseja menor depressão respiratória ou evitar acúmulo de sedativos. Contraindicações Hipersensibilidade ao fármaco Reação alérgica conhecida a dexmedetomidina ou componentes da fórmula. Bradicardia significativa Frequência cardíaca persistentemente baixa (< 50 bpm), especialmente sintomática. Bloqueio atrioventricular de 2º ou 3º grau sem marca-passo Risco de agravamento do bloqueio com uso contínuo. Hipotensão grave ou instabilidade hemodinâmica Pode piorar o quadro devido à ação simpaticolítica. Disfunção hepática avançada Exige redução da dose e monitoramento intensivo devido à metabolização hepática. Hipersensibilidade ao fármaco Reação alérgica conhecida a dexmedetomidina ou componentes da fórmula. Bradicardia significativa Frequência cardíaca persistentemente baixa (< 50 bpm), especialmente sintomática. Bloqueio atrioventricular de 2º ou 3º grau sem marca-passo Risco de agravamento do bloqueio com uso contínuo. Hipotensão grave ou instabilidade hemodinâmica Pode piorar o quadro devido à ação simpaticolítica. Disfunção hepática avançada Exige redução da dose e monitoramento intensivo devido à metabolização hepática. Apresentação Solução injetável: 100 microgramas/mL – ampola com 2 mL (Precedex®, Extodin®, Simbilex®, BDEXbraun®, Dex®); 100 microgramas/mL – ampola com 4 e 10 mL (BDEXbraun®); Solução para infusão: 4 microgramas/mL – bolsa com 100 mL (Dex Bolsa®). ⚗️ Diluição para infusão A dexmedetomidina é diluída em solução de cloreto de sódio 0,9% (SF 0,9%). A concentração final mais comum na UTI é: 4 mL de dexmedetomidina (100 mcg/mL) → totalizando 400 mcg de dexmedetomidina Diluir em 96 mL de SF 0,9% Volume final: 100 mL 🔹 Concentração final: 4 mcg/mL Essa diluição facilita o ajuste da bomba de infusão e é compatível com as doses comumente utilizadas (ex: 0,2 a 0,7 mcg/kg/h). 📦 Passo a passo do preparo: Exemplo usando Dexmedetomidina 100 mcg/mL: Aspire 4 mL de dexmedetomidina (100 mcg/mL) — total de 400 mcg Injete em frasco ou seringa de 100 mL Complete com 96 mL de SF 0,9% Homogeneíze suavemente Identifique o frasco com: nome do paciente, concentração (4 mcg/mL), data e hora do preparo Exemplo usando Dexmedetomidina 100 mcg/mL: Aspire 4 mL de dexmedetomidina (100 mcg/mL) — total de 400 mcg Injete em frasco ou seringa de 100 mL Complete com 96 mL de SF 0,9% Homogeneíze suavemente Identifique o frasco com: nome do paciente, concentração (4 mcg/mL), data e hora do preparo Posologia ✅ Manutenção (infusão contínua) Dose usual:0,2 a 0,7 mcg/kg/h Faixa segura estendida (com monitoramento):Pode variar de 0,1 até 1,4 mcg/kg/h em casos específicos Em uso prolongado, doses baixas (como 0,05 micrograma/kg/hora) podem ser eficazes 📌 A titulação deve ser feita com base no RASS e nos sinais hemodinâmicos, com aumentos ou reduções em incrementos de 0,1 a 0,2 mcg/kg/h a cada 15–30 min, conforme resposta clínica. 💉 Bolus (opcional) Dose padrão de ataque:1 mcg/kg IV diluído e administrado em 10 minutos ⚠️ No ambiente da UTI, o bolus geralmente é evitado, pois pode causar bradicardia e hipotensão acentuadas, principalmente em pacientes hipovolêmicos ou instáveis. Calculadora de Dexmedetomidina Calculadora de Dexmedetomidina para Infusão Contínua Peso do paciente (kg): Tipo de apresentação disponível: 100 mcg/mL – ampola com 2 mL100 mcg/mL – ampola com 4 mL100 mcg/mL – ampola com 10 mL4 mcg/mL – bolsa com 100 mL Calcular ❓ Perguntas Frequentes sobre o uso de Dexmedetomidina na UTI 🔼 Quando aumentar a dose? Quando o paciente estiver acima da meta de sedação (ex: RASS 0 ou +1) e apresentar agitação leve ou desconforto, mesmo com dose mínima. Também se pode considerar aumento se houver sinais de delirium ou insônia na UTI, desde que o paciente esteja hemodinamicamente estável. 📌 Dica prática: aumente em pequenos incrementos de 0,1 a 0,2 mcg/kg/h, com reavaliações clínicas a cada 15 a 30 minutos. 🔽 Quando diminuir a dose? Quando o paciente estiver com sedação profunda (RASS -4 ou -5), bradicardia (<50 bpm) ou queda da pressão arterial. Reduza também se o paciente iniciar melhora clínica e for possível iniciar o desmame da sedação. 📌 Reduza a infusão em 25 a 50%, monitorando sinais vitais e nível de consciência. ⏱️ Quanto tempo leva para iniciar a sedação após

Medicina Intensiva

Morfina

💊 Morfina na UTI – Sedação Contínua A morfina é um opioide clássico amplamente utilizado no controle da dor aguda e crônica. Na UTI, é usada principalmente para analgesia contínua em pacientes críticos, embora seja menos usada que o fentanil devido a seu perfil farmacológico (ação mais lenta e risco de hipotensão). Mecanismo de Ação Atua como agonista dos receptores opioides μ (mu) no sistema nervoso central e periférico, promovendo analgesia, sedação e euforia. Possui início de ação mais lento e meia-vida mais longa que o fentanil. Indicações A morfina é indicada quando se busca analgesia potente e contínua, especialmente em pacientes internados com dor aguda significativa. Suas principais indicações incluem: Dor aguda intensa com estabilidade hemodinâmica Pós-operatório, politrauma, pancreatite aguda, IAM, entre outros. Analgesia contínua em pacientes sob ventilação mecânica Alternativa ao fentanil, especialmente em ambientes com recursos limitados ou onde se deseja um perfil farmacológico mais duradouro. Cuidados paliativos em UTI Controle da dor e dispneia em pacientes em final de vida. Síndrome coronariana aguda (SCA) Quando há dor torácica intensa não responsiva a nitratos (morfina reduz a pré-carga e alivia a dor). Pacientes sem acesso à drogas de ação mais curta Pode ser utilizada em infusão contínua onde fentanil não está disponível. A morfina é indicada quando se busca analgesia potente e contínua, especialmente em pacientes internados com dor aguda significativa. Suas principais indicações incluem: Dor aguda intensa com estabilidade hemodinâmica Pós-operatório, politrauma, pancreatite aguda, IAM, entre outros. Analgesia contínua em pacientes sob ventilação mecânica Alternativa ao fentanil, especialmente em ambientes com recursos limitados ou onde se deseja um perfil farmacológico mais duradouro. Cuidados paliativos em UTI Controle da dor e dispneia em pacientes em final de vida. Síndrome coronariana aguda (SCA) Quando há dor torácica intensa não responsiva a nitratos (morfina reduz a pré-carga e alivia a dor). Pacientes sem acesso à drogas de ação mais curta Pode ser utilizada em infusão contínua onde fentanil não está disponível. Contraindicações O uso da morfina deve ser evitado ou feito com extrema cautela em algumas condições clínicas, devido ao risco aumentado de efeitos adversos: Hipersensibilidade à morfina Inclui histórico de reação alérgica grave. Depressão respiratória não controlada Especialmente em pacientes sem suporte ventilatório invasivo. Hipotensão significativa A morfina pode causar vasodilatação e queda da PA por liberação de histamina. Traumatismo cranioencefálico (TCE) ou hipertensão intracraniana Pode obscurecer sinais neurológicos e elevar a PIC. Obstrução intestinal, íleo paralítico ou constipação grave Risco de piora da motilidade intestinal. Insuficiência renal avançada O metabólito ativo da morfina (M6G) se acumula em pacientes com disfunção renal, podendo levar a sedação prolongada e depressão respiratória. Uso concomitante com depressores do SNC Aumenta risco de sedação profunda e depressão ventilatória (especialmente sem monitorização). O uso da morfina deve ser evitado ou feito com extrema cautela em algumas condições clínicas, devido ao risco aumentado de efeitos adversos: Hipersensibilidade à morfina Inclui histórico de reação alérgica grave. Depressão respiratória não controlada Especialmente em pacientes sem suporte ventilatório invasivo. Hipotensão significativa A morfina pode causar vasodilatação e queda da PA por liberação de histamina. Traumatismo cranioencefálico (TCE) ou hipertensão intracraniana Pode obscurecer sinais neurológicos e elevar a PIC. Obstrução intestinal, íleo paralítico ou constipação grave Risco de piora da motilidade intestinal. Insuficiência renal avançada O metabólito ativo da morfina (M6G) se acumula em pacientes com disfunção renal, podendo levar a sedação prolongada e depressão respiratória. Uso concomitante com depressores do SNC Aumenta risco de sedação profunda e depressão ventilatória (especialmente sem monitorização). Apresentação Solução injetável: 1 mg/mL – ampola com 2 mL (Dimorf®); 0,1 mg/mL, 0,2 mg/mL, 1 mg/mL e 10 mg/mL – ampola com 1 mL (Dimorf®, Dolo Moff®, genérico); ⚗️ Diluição para infusão A Morfina é diluída em solução de cloreto de sódio 0,9% (SF 0,9%) ou glicose 5%. A concentração final mais comum na UTI é: 10 mL de morfina (10 mg/mL) → totalizando 100 mg de morfina Diluir em 90 mL de SF 0,9% Volume final: 100 mL Concentração final: 1 mg/mL 📦 Passo a passo do preparo: Exemplo usando Morfina 10 mg/mL com 01 mL: Separe 10 ampolas de 10 mg/mL com 1 mL cada Aspire o conteúdo total de 100 mg de morfina (10 mL) Injete em uma seringa ou frasco com capacidade para 100 mL Complete com 90 mL de SF 0,9% Agite suavemente para homogeneizar a solução Identifique o frasco ou seringa. Exemplo usando Morfina 10 mg/mL com 01 mL: Separe 10 ampolas de 10 mg/mL com 1 mL cada Aspire o conteúdo total de 100 mg de morfina (10 mL) Injete em uma seringa ou frasco com capacidade para 100 mL Complete com 90 mL de SF 0,9% Agite suavemente para homogeneizar a solução Identifique o frasco ou seringa. Posologia Dose de manutenção usual: 0,07 a 0,5 mg/kg/hora (ajustar conforme resposta e peso do paciente) Pode ser titulada com incrementos de 0,5 mg/h Bólus (Opcional): 2 a 4 mg IV lento Pode ser repetido conforme resposta, respeitando intervalos de 4 a 6 horas Calculadora de Morfina Calculadora de Morfina para Infusão Contínua Peso do paciente (kg): Função renal: NormalAlterada Clearance de creatinina (mL/min): Tipo de ampola disponível: 10 mg/mL – ampola com 1 mL1 mg/mL – ampola com 2 mL0,1 mg/mL – ampola com 1 mL0,2 mg/mL – ampola com 1 mL1 mg/mL – ampola com 1 mL Calcular ❓ Perguntas Frequentes sobre o uso de Morfina na UTI 🔼 Quando aumentar a dose? Quando o paciente apresentar dor mal controlada, mesmo após bolus ou infusão contínua: Escala EV > 3 Escala CPOT ≥ 3 Sinais fisiológicos de dor (taquicardia, hipertensão, inquietação) 📌 Dica prática: Aumentar a infusão em 0,2 a 0,5 mg/h, reavaliando a dor e os sinais vitais após 30 minutos. 🔽 Quando diminuir a dose? Quando houver: Sedação excessiva Bradipneia ou sinais de depressão respiratória Hipotensão persistente Função renal comprometida com sinais de acúmulo 📌 Reduzir a dose de forma gradual, de preferência em 25–50%, e monitorar a resposta clínica. ⏱️ Quanto tempo leva para iniciar a sedação após começar a infusão? Após bolus:

Medicina Intensiva

Fentanil

💊 Fentanil na UTI – Sedação Contínua O fentanil é um opioide sintético potente, de ação rápida e curta, utilizado principalmente para analgesia contínua em pacientes críticos. É comumente empregado em conjunto com sedativos como midazolam ou propofol, especialmente em pacientes em ventilação mecânica. Mecanismo de Ação Atua como agonista dos receptores opioides μ (mu), promovendo analgesia, sedação e diminuição da resposta autonômica à dor. Tem início de ação rápido (1-2 minutos) e curta duração, mas pode se acumular em infusões prolongadas. Indicações O fentanil é indicado em diversas situações clínicas que exigem controle rigoroso da dor e/ou necessidade de estabilidade hemodinâmica. Suas principais aplicações incluem: Analgesia contínua em pacientes intubados Utilizado para garantir conforto, prevenir dor relacionada à ventilação mecânica e facilitar a adaptação ao suporte ventilatório. Sedação adjuvante Frequentemente combinado com sedativos (ex: midazolam, propofol) para potencializar o efeito sedativo e reduzir a dose de outras drogas. Procedimentos dolorosos em pacientes graves Intubação orotraqueal, punções, drenagens torácicas/abdominais, cardioversão, entre outros. Controle de dor aguda intensa Em pacientes pós-operatórios, com trauma ou doenças agudas dolorosas (ex: pancreatite, IAM). Pacientes com instabilidade hemodinâmica Fentanil é preferido à morfina por ter menor risco de hipotensão e liberação de histamina. O fentanil é indicado em diversas situações clínicas que exigem controle rigoroso da dor e/ou necessidade de estabilidade hemodinâmica. Suas principais aplicações incluem: Analgesia contínua em pacientes intubados Utilizado para garantir conforto, prevenir dor relacionada à ventilação mecânica e facilitar a adaptação ao suporte ventilatório. Sedação adjuvante Frequentemente combinado com sedativos (ex: midazolam, propofol) para potencializar o efeito sedativo e reduzir a dose de outras drogas. Procedimentos dolorosos em pacientes graves Intubação orotraqueal, punções, drenagens torácicas/abdominais, cardioversão, entre outros. Controle de dor aguda intensa Em pacientes pós-operatórios, com trauma ou doenças agudas dolorosas (ex: pancreatite, IAM). Pacientes com instabilidade hemodinâmica Fentanil é preferido à morfina por ter menor risco de hipotensão e liberação de histamina. Contraindicações Embora seja uma droga segura quando bem manejada, o fentanil deve ser evitado ou usado com extrema cautela nas seguintes situações: Hipersensibilidade a opioides Inclui reações prévias adversas graves a fentanil ou drogas do mesmo grupo. Depressão respiratória sem suporte ventilatório O fentanil pode causar apneia e hipoventilação, especialmente em bolus rápidos. Hipotensão grave não compensada Apesar de ser mais estável que a morfina, ainda pode causar queda de pressão arterial, principalmente em pacientes hipovolêmicos. Uso recente de inibidores da monoamina oxidase (IMAO) Pode levar a reações adversas graves, como crise hipertensiva ou rigidez muscular intensa. Cautela em pacientes com: Traumatismo cranioencefálico (TCE) ou hipertensão intracraniana (pode mascarar sinais neurológicos) Idosos e pacientes com doença hepática ou renal (maior risco de acúmulo e sedação prolongada) Obesidade grave (risco aumentado de acúmulo em tecido adiposo) Embora seja uma droga segura quando bem manejada, o fentanil deve ser evitado ou usado com extrema cautela nas seguintes situações: Hipersensibilidade a opioides Inclui reações prévias adversas graves a fentanil ou drogas do mesmo grupo. Depressão respiratória sem suporte ventilatório O fentanil pode causar apneia e hipoventilação, especialmente em bolus rápidos. Hipotensão grave não compensada Apesar de ser mais estável que a morfina, ainda pode causar queda de pressão arterial, principalmente em pacientes hipovolêmicos. Uso recente de inibidores da monoamina oxidase (IMAO) Pode levar a reações adversas graves, como crise hipertensiva ou rigidez muscular intensa. Cautela em pacientes com: Traumatismo cranioencefálico (TCE) ou hipertensão intracraniana (pode mascarar sinais neurológicos) Idosos e pacientes com doença hepática ou renal (maior risco de acúmulo e sedação prolongada) Obesidade grave (risco aumentado de acúmulo em tecido adiposo) Apresentação Solução injetável: 50 microgramas/mL – frasco-ampola com 2 mL, 5 mL e 10 mL; Solução para infusão: 0,02 mg/mL – bolsa com 250 mL (Fentanest bolsa®). ⚗️ Diluição para infusão O fentanil é diluído em solução de cloreto de sódio 0,9% (SF 0,9%) ou glicose 5%. A concentração final mais comum na UTI é: Fentanil 50 mcg/mL: 20 mL + 80 mL de SF 0,9% Concentração final: 10 mcg/mL 💡 Essa concentração facilita o cálculo da infusão (ex: 1 mL/h = 10 mcg/h) 📦 Passo a passo do preparo: Exemplo usando Fentanil 50 mcg/mL com 10mL: Retire 2 ampolas de 10 mL de Fentanil 50 mcg/mL Aspire todo o conteúdo (totalizando 1000 mcg). Injete o fentanil em um frasco de soro fisiológico de 80 mL OU complete com SF 0,9% em uma seringa de 80 mL estéril. Misture suavemente e identifique o frasco/seringa com etiqueta legível contendo: nome da droga, concentração, data e hora do preparo Exemplo usando Fentanil 50 mcg/mL com 10mL: Retire 2 ampolas de 10 mL de Fentanil 50 mcg/mL Aspire todo o conteúdo (totalizando 1000 mcg). Injete o fentanil em um frasco de soro fisiológico de 80 mL OU complete com SF 0,9% em uma seringa de 80 mL estéril. Misture suavemente e identifique o frasco/seringa com etiqueta legível contendo: nome da droga, concentração, data e hora do preparo Posologia Dose de manutenção usual: Adultos: 0,5 a 3 mcg/kg/hora Em casos graves, pode-se usar até 5 mcg/kg/hora Bolus (opcional): 0,5 a 1 mcg/kg IV lento antes de iniciar a BIC ou para procedimentos 📌 Doses devem ser ajustadas conforme nível de dor (EV/NVPS) e parâmetros hemodinâmicos. Calculadora de Fentanil Calculadora de Fentanil para Infusão Contínua Peso do paciente (kg): Tipo de apresentação disponível: 50 mcg/mL – frasco-ampola com 2 mL50 mcg/mL – frasco-ampola com 5 mL50 mcg/mL – frasco-ampola com 10 mL0,02 mg/mL – bolsa com 250 mL (pré-pronta) Calcular ❓ Perguntas Frequentes sobre o uso de Fentanil na UTI 🔼 Quando aumentar a dose? Quando o paciente apresentar sinais de dor não controlada, como: Expressões faciais de dor Movimentação corporal aumentada Agitação com RASS elevado relacionada a desconforto Escalas de dor elevadas (ex: EV > 3, CPOT ≥ 3) 📌 Dica prática: aumente a infusão em 0,25 a 0,5 mcg/kg/h, reavaliando em 15–30 minutos. 🔽 Quando diminuir a dose? Quando houver: Sedação excessiva Bradicardia ou hipotensão Frequência respiratória < 12 irpm (sem suporte ventilatório total) Dor controlada e paciente estável por tempo prolongado 📌 Reduza a infusão em 25% a 50% e monitore sinais

Medicina Intensiva

Midazolam

💊 Midazolam na UTI – Sedação Contínua O midazolam é uma benzodiazepina de ação curta amplamente utilizada em UTIs para sedação contínua, principalmente em pacientes intubados. Possui propriedades ansiolíticas, hipnóticas, anticonvulsivantes e amnésicas. Mecanismo de Ação Age potencializando o efeito do GABA (ácido gama-aminobutírico), principal neurotransmissor inibitório do SNC, aumentando a entrada de cloro nos neurônios e promovendo depressão do sistema nervoso central. Indicações O midazolam é indicado para pacientes que necessitam de: Sedação contínua em ventilação mecânica Ajuda a reduzir a ansiedade, garantir conforto e facilitar a sincronia com o ventilador. Pode ser usado em protocolos de sedação leve a profunda, conforme metas de RASS. Indução da anestesia (em ambiente controlado) Utilizado como parte do protocolo de intubação orotraqueal, geralmente associado a opioides e bloqueadores neuromusculares. Crises convulsivas refratárias Eficaz em status epilepticus, especialmente quando há necessidade de infusão contínua após falha de benzodiazepínicos por via enteral ou bolus. Procedimentos invasivos em pacientes instáveis ou com risco de desconforto Cardioversão elétrica, punções, drenagens, entre outros. Controle de agitação severa em pacientes críticos Quando o paciente apresenta risco para si mesmo ou para a equipe. O midazolam é indicado para pacientes que necessitam de: Sedação contínua em ventilação mecânica Ajuda a reduzir a ansiedade, garantir conforto e facilitar a sincronia com o ventilador. Pode ser usado em protocolos de sedação leve a profunda, conforme metas de RASS. Indução da anestesia (em ambiente controlado) Utilizado como parte do protocolo de intubação orotraqueal, geralmente associado a opioides e bloqueadores neuromusculares. Crises convulsivas refratárias Eficaz em status epilepticus, especialmente quando há necessidade de infusão contínua após falha de benzodiazepínicos por via enteral ou bolus. Procedimentos invasivos em pacientes instáveis ou com risco de desconforto Cardioversão elétrica, punções, drenagens, entre outros. Controle de agitação severa em pacientes críticos Quando o paciente apresenta risco para si mesmo ou para a equipe. Contraindicações O uso do midazolam deve ser evitado ou usado com extrema cautela nos seguintes casos: Hipersensibilidade conhecida a benzodiazepínicos Inclui alergia a midazolam ou a qualquer componente da fórmula. Depressão respiratória sem suporte ventilatório Pode agravar a hipoventilação e levar à parada respiratória. Miastenia gravis Pode causar fraqueza muscular significativa e agravar a insuficiência respiratória. Insuficiência hepática grave Pode prolongar a meia-vida do midazolam, levando a sedação excessiva e acúmulo. Gravidez (categoria D) e amamentação Só deve ser usado se o benefício justificar o risco para o feto. É excretado no leite materno. Pressão arterial muito baixa sem suporte vasopressor Pode agravar a hipotensão e comprometer a perfusão orgânica. O uso do midazolam deve ser evitado ou usado com extrema cautela nos seguintes casos: Hipersensibilidade conhecida a benzodiazepínicos Inclui alergia a midazolam ou a qualquer componente da fórmula. Depressão respiratória sem suporte ventilatório Pode agravar a hipoventilação e levar à parada respiratória. Miastenia gravis Pode causar fraqueza muscular significativa e agravar a insuficiência respiratória. Insuficiência hepática grave Pode prolongar a meia-vida do midazolam, levando a sedação excessiva e acúmulo. Gravidez (categoria D) e amamentação Só deve ser usado se o benefício justificar o risco para o feto. É excretado no leite materno. Pressão arterial muito baixa sem suporte vasopressor Pode agravar a hipotensão e comprometer a perfusão orgânica. Apresentação Solução injetável: 1 mg/mL – ampola com 5 mL (Dormire®, Dormium® e genérico); 1 mg/mL – frasco-ampola com 50 mL e 100 mL (Prontomid®); 5 mg/mL – ampola com 3 mL e 10 mL (Dormonid®, Dormire®, Dormium®, Hypozam® e genérico). ⚗️ Diluição para infusão O midazolam é diluído em solução de cloreto de sódio 0,9% (SF 0,9%) ou glicose 5%. A concentração final pode variar, mas a mais comum na UTI é: Midazolam 5 mg/mL: 20 mL + 80 mL de SF 0,9% Resulta em uma solução com 100mL de  concentração final = 1 mg/mL 💡 Essa concentração permite fácil cálculo de dose por hora (ex: 5 mL/h = 5 mg/h) 📦 Passo a passo do preparo: Exemplo usando Midazolam 5 mg/mL com 10mL: Retire 02 ampola de 10 mL de midazolam (50 mg). Aspire todo o conteúdo (totalizando 100 mg). Injete o midazolam em um frasco de soro fisiológico de 80 mL OU complete com SF 0,9% em uma seringa de 80 mL estéril. Misture suavemente e identifique o frasco/seringa com etiqueta legível contendo: nome da droga, concentração, data e hora do preparo. Exemplo usando Midazolam 5 mg/mL com 10mL: Retire 02 ampola de 10 mL de midazolam (50 mg). Aspire todo o conteúdo (totalizando 100 mg). Injete o midazolam em um frasco de soro fisiológico de 80 mL OU complete com SF 0,9% em uma seringa de 80 mL estéril. Misture suavemente e identifique o frasco/seringa com etiqueta legível contendo: nome da droga, concentração, data e hora do preparo. Posologia Dose inicial: 0,02 a 0,1 mg/kg em bolus (opcional) Dose de manutenção: Adultos: 0,02 a 0,1 mg/kg/hora Ajustar conforme sedação desejada (RASS -5 a 0) Calculadora de Midazolam Calculadora de Midazolam para Sedação Contínua Peso do paciente (kg): Tipo de ampola disponível: 1 mg/mL – ampola com 5 mL1 mg/mL – frasco-ampola com 50 mL1 mg/mL – frasco-ampola com 100 mL5 mg/mL – ampola com 3 mL5 mg/mL – ampola com 10 mL Calcular ❓ Perguntas Frequentes sobre o uso de Midazolam na UTI 🔼 Quando aumentar a dose? Quando o paciente estiver agitado, em desconforto ou com sincronia inadequada com o ventilador. Quando o RASS estiver acima da meta (ex: RASS 0 ou +1, quando o desejado é -2). Após 3 a 5 minutos de um ajuste anterior sem resposta clínica adequada. 📌 Dica prática: aumente em incrementos de 0,01 a 0,02 mg/kg/h, reavaliando clinicamente após 15 a 30 minutos. 🔽 Quando diminuir a dose? Quando o paciente apresentar sedação profunda excessiva (RASS -4 ou -5). Em caso de instabilidade hemodinâmica (hipotensão, bradicardia) ou bradipneia. Se houver acúmulo da droga, especialmente em pacientes com disfunção hepática, idosos ou após uso prolongado (>48h). 📌 Dica prática: reduza a dose em 25% a 50% e reavalie o nível de sedação. ⏱️ Quanto tempo leva para iniciar a sedação após começar a infusão?

SInais Clínicos

Sinal de Mingazzini

🛌 Sinal de Mingazzini O sinal de Mingazzini é um teste neurológico usado para detectar paresia discreta nos membros inferiores, especialmente em síndromes piramidais iniciais. Ele é considerado um sinal precoce de fraqueza muscular e lesão do trato corticoespinal, sendo bastante útil na prática clínica por sua simplicidade e sensibilidade. Importância clínica O sinal de Mingazzini tem grande relevância na prática neurológica por sua capacidade de revelar fraquezas musculares discretas nos membros inferiores, especialmente nos estágios iniciais de doenças neurológicas. Muitas vezes, pacientes com lesões piramidais leves ainda não apresentam queixas funcionais evidentes, nem alterações perceptíveis na inspeção muscular estática, mas já demonstram incapacidade de manter os membros sustentados contra a gravidade — e é justamente nesse ponto que o sinal de Mingazzini se torna essencial. https://youtu.be/v4FRWhZRlzs O paciente deve estar em decúbito dorsal (deitado de costas). O examinador pede que o paciente flexione os quadris e joelhos a 90 graus, mantendo as pernas elevadas e paralelas ao chão (como se estivesse sentado no ar). O paciente deve manter essa posição por 20 a 30 segundos, com os olhos fechados, se possível. O teste é positivo se uma das pernas começa a cair lentamente, demonstrando fraqueza discreta ou assimétrica. Interpretação A queda da perna indica: Déficit motor de origem central (síndrome do neurônio motor superior) Fraqueza sutil inicial ou parcial do quadríceps e músculos proximais Disfunção piramidal precoce, muitas vezes antes mesmo de se notar espasticidade ou hiperreflexia Relação com o sinal de Barré Ambos os sinais testam a sustentação de membros contra a gravidade, mas: O sinal de Mingazzini avalia os membros inferiores O sinal de Barré pode ser realizado tanto em membros inferiores (em decúbito ventral) quanto superiores São complementares e frequentemente usados em conjunto para uma avaliação mais completa da força muscular. Quem Criou? Dr. Giovanni Mingazzini Giovanni Mingazzini (1859–1929) foi um neurologista italiano que contribuiu significativamente para o estudo da anatomia cerebral, doenças do movimento e diagnóstico clínico neurológico. O sinal que leva seu nome é um exemplo de sua abordagem prática e precisa na avaliação do sistema nervoso. Referências Ropper AH, Samuels MA. Adams & Victor: Principles of Neurology. McGraw-Hill, 2014. Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo de Avaliação Neurológica. DeMyer W. Techniques of the Neurologic Examination. McGraw-Hill, 2004. Snell RS. Neuroanatomia Clínica. Guanabara Koogan, 2011. Pearce JMS. Mingazzini’s sign and his contributions to neurology. Eur Neurol. 2006. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… SInais Clínicos Sinal de Mingazzini Dr. Marcelo Negreiros abril 10, 2025 SInais Clínicos Sinal de Froment Dr. Marcelo Negreiros abril 10, 2025 SInais Clínicos Paratonia Dr. Marcelo Negreiros abril 10, 2025 SInais Clínicos Rigidez em Roda Denteada Dr. Marcelo Negreiros abril 10, 2025

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Sinal de Froment

✋ Sinal de Froment O sinal de Froment é um sinal clínico utilizado para identificar fraqueza do músculo adutor do polegar, geralmente causada por lesão do nervo ulnar. Ele se manifesta quando o paciente, ao tentar segurar um papel entre o polegar e o indicador, flexiona a articulação interfalângica do polegar como compensação — um movimento anormal que indica comprometimento neurológico. Importância clínica O sinal de Froment é extremamente útil para: Diagnosticar lesões precoces do nervo ulnar, mesmo quando o paciente ainda não relata perda de força Diferenciar comprometimentos motores finos da mão Acompanhar progressão de neuropatias ou eficácia de intervenções (como órteses ou cirurgia) É um sinal simples, rápido e não invasivo, muito utilizado por neurologistas, fisiatras e ortopedistas. https://youtu.be/v4FRWhZRlzs O examinador pede ao paciente para segurar uma folha de papel entre o polegar e o indicador, em forma de pinça lateral. O examinador tenta puxar o papel suavemente. O teste é positivo quando o paciente flexiona a falange distal do polegar, em vez de usar o músculo adutor (que realiza a pinça lateral com o polegar em extensão). Essa flexão é feita como compensação pelo músculo flexor longo do polegar, inervado pelo nervo mediano — o que evidencia falha na função do nervo ulnar. O que significa um Froment positivo? Um sinal de Froment positivo indica fraqueza do adutor do polegar, geralmente decorrente de: Neuropatia ulnar (compressão no cotovelo ou punho) Síndrome do túnel cubital Trauma nervoso periférico Doenças neurodegenerativas que afetam motoneurônios Hanseníase (nos casos com comprometimento do nervo ulnar) Sinais associados Sinal de Jeanne: hiperextensão da articulação metacarpofalângica do polegar durante o teste de Froment (também indica lesão do nervo ulnar). Sinal de Wartenberg: abdução persistente do 5º dedo por fraqueza dos interósseos. Atrofia da eminência hipotenar: observada em neuropatias ulnar crônicas. Quem Criou? Dr. Jules Froment Jules Froment (1878–1946) foi um neurologista francês, discípulo de Joseph Babinski, com importante atuação clínica no início do século XX. Ele descreveu este sinal como parte de suas investigações sobre alterações motoras finas da mão associadas a lesões periféricas e centrais. Referências Ropper AH, Samuels MA. Adams & Victor: Principles of Neurology. McGraw-Hill, 2014. DeMyer W. Techniques of the Neurologic Examination. McGraw-Hill, 2004. Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico de Lesões Nervosas Periféricas. Dumitru D, et al. Electrodiagnostic Medicine. 2nd ed. Hanley & Belfus, 2002. Pearce JMS. Jules Froment and the signs of ulnar nerve palsy. Eur Neurol. 2004. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… SInais Clínicos Sinal de Froment Dr. Marcelo Negreiros abril 10, 2025 SInais Clínicos Paratonia Dr. Marcelo Negreiros abril 10, 2025 SInais Clínicos Rigidez em Roda Denteada Dr. Marcelo Negreiros abril 10, 2025 SInais Clínicos Sinal de Barré Dr. Marcelo Negreiros abril 10, 2025

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Paratonia

🧠 Sinal de Paratonia A paratonia (ou gegenhalten) é uma forma especial de alteração do tônus muscular, caracterizada por uma resistência involuntária e variável aos movimentos passivos realizados pelo examinador. Ao contrário da espasticidade ou rigidez parkinsoniana, essa resistência não é constante, mas flutua de acordo com o esforço ou atenção do paciente. É um sinal clássico de disfunção dos lobos frontais, sendo comumente observado em quadros demenciais, especialmente na doença de Alzheimer e em outras síndromes frontotemporais. Importância clínica O sinal de paratonia é valioso para: Identificar precocemente disfunções frontais em pacientes com suspeita de demência Diferenciar causas de hipertonia em pacientes idosos Avaliar progressão de síndromes neurodegenerativas Também pode estar presente em: Traumatismos frontais Encefalopatias metabólicas Estados confusionais agudos (delirium) https://youtu.be/nXOyE12tlYM Ao tentar movimentar passivamente o membro do paciente, o examinador percebe resistência imprevisível, que varia conforme a direção e a velocidade do movimento. Diferente da rigidez e da espasticidade, não há padrão fixo de resistência. Essa resistência tende a aumentar com a atenção do paciente e desaparecer quando ele se distrai ou relaxa profundamente. Tipos de paratonia Paratonia facilitadora: o paciente facilita involuntariamente o movimento (mais comum em fases iniciais). Paratonia opositora: o paciente resiste ao movimento, como se estivesse “lutando contra” o exame (mais comum em fases avançadas de demência). Diferenciação com outros sinais Sinal Característica principal Doença associada Espasticidade Aumento do tônus velocidade-dependente Lesão do trato corticoespinal Rigidez Aumento constante do tônus muscular Doença de Parkinson Paratonia Aumento irregular e involuntário do tônus Demência, lesões frontais A paratonia é única por ser inconsistente, não rítmica e flutuar com o estado de atenção. Referências Ropper AH, Samuels MA. Adams & Victor: Principles of Neurology. McGraw-Hill, 2014. DeMyer W. Techniques of the Neurologic Examination. McGraw-Hill, 2004. Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico de Avaliação Cognitiva. Walsh K, Darby D. Neuropsychology: A Clinical Approach. Elsevier, 2005. Snell RS. Neuroanatomia Clínica. Guanabara Koogan, 2011. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… SInais Clínicos Paratonia Dr. Marcelo Negreiros abril 10, 2025 SInais Clínicos Rigidez em Roda Denteada Dr. Marcelo Negreiros abril 10, 2025 SInais Clínicos Sinal de Barré Dr. Marcelo Negreiros abril 10, 2025 SInais Clínicos Sinal de Gowers Dr. Marcelo Negreiros abril 10, 2025

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Rigidez em Roda Denteada

⚙️ Rigidez em Roda Denteada A rigidez em roda denteada é um sinal neurológico caracterizado por uma resistência intermitente e ritmada ao movimento passivo de uma articulação, semelhante à sensação de um engrenamento mecânico. Esse fenômeno é observado quando um membro rígido é movido passivamente por um examinador, e o movimento é interrompido por pequenos “solavancos”. Esse tipo de rigidez é típico da Doença de Parkinson, especialmente quando ocorre em conjunto com tremores de repouso. Importância clínica A rigidez em roda denteada é: Um dos sinais motores cardinais da Doença de Parkinson, junto com bradicinesia, tremor de repouso e instabilidade postural. Um achado valioso em exames clínicos neurológicos iniciais, pois pode ser detectado mesmo antes da queixa espontânea do paciente. Importante para diferenciar Parkinson de outras causas de rigidez, como doenças piramidais, nas quais a rigidez é mais espástica e com reflexos exaltados. https://youtu.be/4vv3CBjgldE Ao movimentar lentamente o braço de um paciente com parkinsonismo, por exemplo durante a flexo-extensão do cotovelo ou punho, o examinador sente uma resistência que cede e retorna em pequenos intervalos, como se o membro estivesse preso a uma engrenagem. Pode ser observada em qualquer articulação, mas é mais comum nos membros superiores. Peça ao paciente para relaxar totalmente o membro examinado. Movimente passivamente a articulação (punho, cotovelo ou joelho). Perceba se há resistência contínua (tubo de chumbo) ou se a resistência é intermitente e rítmica (roda denteada). Dica: peça ao paciente que movimente o braço oposto voluntariamente — isso pode acentuar o fenômeno da roda denteada (fenômeno de ativação contralateral). Diferença entre rigidez plástica e em roda denteada Rigidez plástica (em tubo de chumbo): resistência constante e sustentada ao longo de todo o movimento passivo, sem oscilações. Rigidez em roda denteada: resistência intermitente, com “trancos” ou interrupções sucessivas durante o movimento. A rigidez em roda denteada é, na verdade, o resultado da combinação entre a rigidez plástica e o tremor de repouso, o que a torna mais característica da Doença de Parkinson. Causas principais Esse sinal é mais frequentemente associado a distúrbios extrapiramidais, especialmente: Doença de Parkinson Síndromes parkinsonianas atípicas (como paralisia supranuclear progressiva, degeneração corticobasal) Uso de medicamentos antipsicóticos (parkinsonismo induzido por drogas) Parkinsonismo vascular Referências Jankovic J. Parkinson’s Disease: Clinical Features and Diagnosis. J Neurol Neurosurg Psychiatry, 2008. Ropper AH, Samuels MA. Adams & Victor: Principles of Neurology. McGraw-Hill, 2014. Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença de Parkinson. DeMyer W. Techniques of the Neurologic Examination. McGraw-Hill, 2004. Snell RS. Neuroanatomia Clínica. Guanabara Koogan, 2011. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… SInais Clínicos Rigidez em Roda Denteada Dr. Marcelo Negreiros abril 10, 2025 SInais Clínicos Sinal de Barré Dr. Marcelo Negreiros abril 10, 2025 SInais Clínicos Sinal de Gowers Dr. Marcelo Negreiros abril 10, 2025 SInais Clínicos Sinal de Bing Dr. Marcelo Negreiros abril 8, 2025

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