Benzodiazepínicos
Voltar Intoxicação por Benzodiazepínicos A intoxicação por benzodiazepínicos representa um desafio significativo na prática clínica devido à ampla utilização desses medicamentos para tratar condições como ansiedade, insônia e convulsões. Embora sejam geralmente seguros quando usados conforme prescrição médica, o uso excessivo ou inadequado pode levar a quadros de intoxicação aguda, caracterizados por sintomas como sedação excessiva, depressão respiratória e, em casos graves, coma. O manejo eficaz da intoxicação por benzodiazepínicos requer uma abordagem multidisciplinar que inclui a estabilização inicial do paciente, suporte hemodinâmico e respiratório, e o uso criterioso de antagonistas específicos como o flumazenil. Este artigo revisa as estratégias atuais de tratamento, destacando as melhores práticas e as considerações clínicas essenciais para otimizar os resultados dos pacientes. Quadro Clínico O início da depressão do SNC pode ser observado dentro de 30-120 minutos após a ingestão, dependendo do composto: Letargia; Fala arrastada; Ataxia; Coma e parada respiratória (BZD de ação curta); Hipotermia; As principais características clínicas desta intoxicação consistem em: Depressão do SNC com sinais vitais normais, podendo estar presente também fala arrastada, nistagmo ou ataxia (mais prevalente em crianças); Em crianças pode haver também quadro de irritabilidade e agitação paradoxal, o que pode tornar o diagnóstico mais difícil; O comprometimento respiratório é incomum em quadros de intoxicação oral isolada, porém quando associadas ao uso de etanol ou opioides há um maior risco de complicações, com piora do estado comatoso, podendo associar-se a depressão respiratória. Tratamento Intoxicação por benzodiazepínico raramente terá desfechos negativos. Por ter baixa toxicidade, a realização de lavagem gástrica e o uso de carvão ativado são contraindicados devido aos riscos inerentes ao procedimento serem maiores que os benefícios. O principal sintoma é a sonolência leve acompanhada de letargia e fala arrastada. Dessa forma, o principal tratamento será através de suporte clínico e acompanhamento dos sinais vitais. O paciente pode ser acompanhado na sala de observação com sinais vitais sendo aferidos no mínimo a cada 1h. O paciente pode evoluir para um quadro onde precisa de mais atenção quando apresentar hipotensão sustentada e/ou depressão do sistema respiratório semelhante ao quadro pré intubação orotraqueal. Nesses casos, infusão de cristalóides e suporte ventilatório é o suficiente. Encaminhar o paciente para sala onde pode ser monitorizado, deixar preparado material de IOT e carrinho de parada deve ser considerado. Quando hipotensão refratária a expansão volêmica, iniciar noradrenalina em ambiente com monitorização (droga vasoativa deve ser iniciada apenas em hipotensão com curva de piora pois alguns paciente se mantém estáveis mesmo com PAM baixa). Embora seja raro, o paciente pode evoluir com parada respiratória e/ou coma. Nesse caso, deve-se avaliar os critérios para administração do antídoto: Flumazenil. O antídoto não deve ser usado de rotina e muito menos como teste terapêutico devido sua forte ação arritmogênica e convulsivante. Sendo assim, encaminhar paciente para sala de terapia intensiva ou estabilização e avaliar necessidade de IOT. OBS: Abaixo terá instruções de como usar, quando usar e quando não usar o Flumazenil! O início da depressão do SNC pode ser observado dentro de 30-120 minutos após a ingestão, dependendo do composto: Letargia; Fala arrastada; Ataxia; Coma e parada respiratória (BZD de ação curta); Hipotermia; As principais características clínicas desta intoxicação consistem em: Depressão do SNC com sinais vitais normais, podendo estar presente também fala arrastada, nistagmo ou ataxia (mais prevalente em crianças); Em crianças pode haver também quadro de irritabilidade e agitação paradoxal, o que pode tornar o diagnóstico mais difícil; O comprometimento respiratório é incomum em quadros de intoxicação oral isolada, porém quando associadas ao uso de etanol ou opioides há um maior risco de complicações, com piora do estado comatoso, podendo associar-se a depressão respiratória. Intoxicação por benzodiazepínico raramente terá desfechos negativos. Por ter baixa toxicidade, a realização de lavagem gástrica e o uso de carvão ativado são contraindicados devido aos riscos inerentes ao procedimento serem maiores que os benefícios. O principal sintoma é a sonolência leve acompanhada de letargia e fala arrastada. Dessa forma, o principal tratamento será através de suporte clínico e acompanhamento dos sinais vitais. O paciente pode ser acompanhado na sala de observação com sinais vitais sendo aferidos no mínimo a cada 1h. O paciente pode evoluir para um quadro onde precisa de mais atenção quando apresentar hipotensão sustentada e/ou depressão do sistema respiratório semelhante ao quadro pré intubação orotraqueal. Nesses casos, infusão de cristalóides e suporte ventilatório é o suficiente. Encaminhar o paciente para sala onde pode ser monitorizado, deixar preparado material de IOT e carrinho de parada deve ser considerado. Quando hipotensão refratária a expansão volêmica, iniciar noradrenalina em ambiente com monitorização (droga vasoativa deve ser iniciada apenas em hipotensão com curva de piora pois alguns paciente se mantém estáveis mesmo com PAM baixa). Embora seja raro, o paciente pode evoluir com parada respiratória e/ou coma. Nesse caso, deve-se avaliar os critérios para administração do antídoto: Flumazenil. O antídoto não deve ser usado de rotina e muito menos como teste terapêutico devido sua forte ação arritmogênica e convulsivante. Sendo assim, encaminhar paciente para sala de terapia intensiva ou estabilização e avaliar necessidade de IOT. OBS: Abaixo terá instruções de como usar, quando usar e quando não usar o Flumazenil! Quando usar antídoto Quando não há contraindicação, o antídoto Flumazenil deve ser usado apenas diante de casos graves com alto risco ou na vigência de parada respiratória e/ou coma seguindo pelo menos um dos seguintes critérios: Reverter sedação em caso de procedimentos em pacientes que não são usuários crônicos de BZDs; Crianças com ingesta isolada de BZD com depressão grave do SNC ou ataxia isolada, desde que elas não façam uso crônico do medicamento para condições; Quando NÂO usar antídoto O antídoto Flumazenil não pode ser administrado nas seguintes situações: Pacientes que fazem uso crônico de benzodiazepínicos (desencadeia síndrome de abstinência); Pacientes que apresentam quadro convulsivo (mesmo febril) ou mioclonias; Quando há suspeita de coingestão de outras drogas que diminuem o limiar de convulsão; Utilização do Flumazenil como teste terapêutico nos casos suspeitos de intoxicação por benzodiazepínicos também não é recomentada. Quando não há contraindicação, o antídoto Flumazenil