Author name: Dr. Marcelo Negreiros

Avatar photo
Atlas de Oftalmo

Miose

Voltar Miose A miose é um fenômeno caracterizado pela constrição ou redução do diâmetro das pupilas. Esse processo pode ocorrer fisiologicamente em resposta a estímulos luminosos intensos ou ser resultado de condições patológicas e farmacológicas. A miose desempenha um papel importante na regulação da quantidade de luz que entra nos olhos, protegendo a retina de danos potenciais. Fisiopatologia A fisiopatologia da miose envolve a ativação do sistema nervoso parassimpático, particularmente a estimulação dos receptores muscarínicos M3 no músculo esfíncter da íris. A acetilcolina, o neurotransmissor liberado pelas fibras parassimpáticas, liga-se a esses receptores, causando a contração do músculo esfíncter da íris e resultando na constrição das pupilas. A miose pode ser induzida por várias condições, incluindo a exposição à luz intensa, uso de medicamentos (como pilocarpina e opioides), e doenças neurológicas. Clinicamente, a miose é observada como uma constrição das pupilas que pode ser bilateral ou unilateral. Os pacientes podem relatar visão turva em condições de baixa luminosidade e dificuldades de adaptação a ambientes escuros. A miose pode ser um indicativo de intoxicação por opioides, inflamação ocular (uveíte), doenças neurológicas (como a síndrome de Horner) ou resultado de tratamento medicamentoso. Descrição Semiológica Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica da Miose para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Paciente apresenta miose bilateral, caracterizada por constrição pupilar com diâmetro de aproximadamente 1 mm, resposta aumentada à luz direta e dificuldade de adaptação a ambientes escuros.” Tratamento O tratamento da miose depende da causa subjacente. Algumas abordagens incluem: Suspensão de substâncias: Interromper o uso de medicamentos ou substâncias que causam miose. Antagonistas Muscarínicos: Medicamentos como atropina podem ser usados para dilatar as pupilas em casos de miose patológica. Tratamento da condição subjacente: Gerenciamento de inflamações oculares, doenças neurológicas ou outras causas que induzem a miose. Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica da Miose para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Paciente apresenta miose bilateral, caracterizada por constrição pupilar com diâmetro de aproximadamente 1 mm, resposta aumentada à luz direta e dificuldade de adaptação a ambientes escuros.” O tratamento da miose depende da causa subjacente. Algumas abordagens incluem: Suspensão de substâncias: Interromper o uso de medicamentos ou substâncias que causam miose. Antagonistas Muscarínicos: Medicamentos como atropina podem ser usados para dilatar as pupilas em casos de miose patológica. Tratamento da condição subjacente: Gerenciamento de inflamações oculares, doenças neurológicas ou outras causas que induzem a miose. Referências Mathôt S. Pupillometry: Psychology, Physiology, and Function. J Cogn. 2018 Feb 21;1(1):16. doi: 10.5334/joc.18. PMID: 31517190; PMCID: PMC6634360. Dr. Marcelo Negreiros Autor do Artigo Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

Atlas de Oftalmo

Midríase

Voltar Midríase A midríase é uma condição caracterizada pela dilatação anormal das pupilas, que pode ocorrer em resposta a estímulos fisiológicos ou patológicos. Enquanto a dilatação das pupilas é uma resposta natural em situações de baixa luminosidade, a midríase patológica pode indicar a presença de condições neurológicas, uso de substâncias ou outras disfunções sistêmicas. Fisiopatologia A fisiopatologia da midríase envolve a disfunção do sistema nervoso autonômico, especificamente do sistema nervoso simpático. Em condições normais, a dilatação das pupilas ocorre através da ativação dos receptores adrenérgicos alfa-1 do músculo dilatador da íris, mediada pelo neurotransmissor norepinefrina. Quando há um desequilíbrio entre o tônus simpático e parassimpático, seja por lesão neurológica, uso de drogas (como anticolinérgicos e estimulantes) ou outras condições médicas, a midríase pode se manifestar de maneira anormal e persistente. Clinicamente, a midríase é observada como uma dilatação das pupilas que não responde adequadamente à luz. Os pacientes podem relatar sensibilidade à luz (fotofobia), visão embaçada e dificuldade de foco. A midríase pode ser unilateral ou bilateral, e sua presença pode ser um indicativo de várias condições, incluindo lesões cerebrais traumáticas, uso de substâncias como cocaína e anfetaminas, ou mesmo crises de enxaqueca. Descrição Semiológica Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica da Midríase para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Paciente apresenta midríase bilateral, caracterizada por dilatação das pupilas com resposta reduzida ou ausente à luz direta. Relata fotofobia e visão embaçada.” Tratamento O tratamento da midríase depende da causa subjacente. Algumas abordagens incluem: Suspensão de substâncias: Se a midríase for induzida por drogas, a interrupção do uso pode resultar na normalização das pupilas. Terapias medicamentosas: Uso de agentes antimuscarínicos, como pilocarpina, pode ser eficaz em casos específicos. Tratamento de condições subjacentes: Gerenciamento de lesões neurológicas ou outras condições médicas que causam a midríase. Protetores oculares: Uso de óculos escuros para reduzir a fotofobia e melhorar o conforto visual. Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica da Midríase para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Paciente apresenta midríase bilateral, caracterizada por dilatação das pupilas com resposta reduzida ou ausente à luz direta. Relata fotofobia e visão embaçada.” O tratamento da midríase depende da causa subjacente. Algumas abordagens incluem: Suspensão de substâncias: Se a midríase for induzida por drogas, a interrupção do uso pode resultar na normalização das pupilas. Terapias medicamentosas: Uso de agentes antimuscarínicos, como pilocarpina, pode ser eficaz em casos específicos. Tratamento de condições subjacentes: Gerenciamento de lesões neurológicas ou outras condições médicas que causam a midríase. Protetores oculares: Uso de óculos escuros para reduzir a fotofobia e melhorar o conforto visual. Referências Curi I, Nakayama SA, Pereira ÉM, Hopker LM, Ejzenbaum F, Barcellos RB, et al.. Brazilian guideline for pediatric cycloplegia and mydriasis. Arq Bras Oftalmol [Internet]. 2023Jul;86(4):388–96. Available from: https://doi.org/10.5935/0004-2749.20230049 Dr. Marcelo Negreiros Autor do Artigo Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

Atlas de Oftalmo

Aniridia

Voltar Aniridia A aniridia é uma condição genética rara que se caracteriza pela ausência parcial ou completa da íris, a estrutura do olho responsável por controlar a quantidade de luz que entra. Essa condição resulta em uma série de desafios visuais, incluindo sensibilidade à luz, visão turva e, em muitos casos, pode estar associada a outras anomalias oculares, como catarata, glaucoma e nistagmo. A aniridia é tipicamente causada por mutações no gene PAX6, que desempenha um papel crucial no desenvolvimento ocular. Fisiopatologia A fisiopatologia da aniridia envolve uma mutação genética no gene PAX6, que é crucial para o desenvolvimento ocular durante o período fetal. Quando ocorre uma mutação no gene PAX6, o desenvolvimento da íris é interrompido, resultando na ausência parcial ou completa da íris. Além disso, a aniridia está frequentemente associada a outras anomalias oculares, como hipoplasia macular, glaucoma, catarata e alterações na córnea, o que pode levar a uma visão reduzida e nistagmo. A aniridia é descrita como uma condição ocular na qual há ausência parcial ou completa da íris, a parte colorida do olho responsável por controlar a quantidade de luz que entra no olho. Clinicamente, pode-se observar a falta de definição da íris ao exame oftalmológico, resultando em uma aparência anormal do olho, frequentemente com uma pupila grande e irregular. A aniridia pode ser acompanhada de outras anomalias oculares, como catarata, glaucoma, opacidades na córnea e hipoplasia da fossa macular, que contribuem para a diminuição da acuidade visual. Pacientes com aniridia frequentemente apresentam sensibilidade à luz (fotofobia) e podem ter movimentos oculares involuntários (nistagmo). Tratamento O tratamento para a aniridia foca em melhorar a qualidade de vida e a visão dos pacientes, uma vez que não há cura para a condição. Algumas opções de tratamento incluem: Óculos Escuros ou Lentes de Contato com Filtro de Luz: Para reduzir a sensibilidade à luz e o desconforto. Óculos ou Lentes de Contato Corretivas: Para melhorar a acuidade visual e corrigir problemas refrativos associados. Medicamentos: Para tratar sintomas associados, como glaucoma e olho seco. Cirurgia: Em alguns casos, cirurgias podem ser indicadas para tratar catarata, glaucoma ou corrigir outras anomalias oculares. Terapia Visual: Para melhorar a coordenação ocular e a visão geral. O tratamento deve ser personalizado, levando em consideração as necessidades específicas de cada paciente. Referências Ferreira MAT, Almeida IG de, Kuratani DK, Rosa RFM, Gonzales JF de O, Telles LE de B, et al.. WAGRO syndrome: a rare genetic condition associated with aniridia and additional ophthalmologic abnormalities. Arq Bras Oftalmol [Internet]. 2019Jul;82(4):336–8. Available from: https://doi.org/10.5935/0004-2749.20190065 Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Conjuntivite Alérgica Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025 Atlas de Oftalmo Conjuntivite Bacteriana Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025 Atlas de Oftalmo Conjuntivite Viral Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025 Atlas de Oftalmo Manchas de Bitot Dr. Marcelo Negreiros outubro 16, 2024

Atlas de Oftalmo

Anéis de Kayser-Fleischer

Voltar Anéis de Kayser-Fleischer Os Anéis de Kayser-Fleischer são um sinal clínico importante e diagnóstico associado à Doença de Wilson, uma condição genética rara caracterizada pela acumulação de cobre no organismo. Esses anéis aparecem como depósitos marrom-ouro na periferia da córnea, visíveis através de exame oftalmológico com lâmpada de fenda. A detecção desses anéis é crucial, pois muitas vezes é um dos primeiros sinais visíveis da Doença de Wilson, que pode levar a complicações hepáticas, neurológicas e psiquiátricas se não for tratada adequadamente. Fisiopatologia Os Anéis de Kayser-Fleischer são formados pelo acúmulo de cobre na córnea, especificamente na membrana de Descemet, que fica na região perilímbica. Esse acúmulo ocorre devido a uma disfunção no metabolismo do cobre, que é uma característica da Doença de Wilson. Na Doença de Wilson, o fígado não consegue eliminar adequadamente o cobre, levando ao seu acúmulo em vários órgãos, incluindo os olhos. À medida que o cobre se acumula na córnea, ele forma depósitos de cor marrom-ouro, resultando nos anéis visíveis durante um exame oftalmológico com lâmpada de fenda. Os Anéis de Kayser-Fleischer são descritos como depósitos de cor marrom-ouro que aparecem na periferia da córnea, na região perilímbica. Estes anéis são visíveis através de exame oftalmológico com lâmpada de fenda e são formados pelo acúmulo de cobre na membrana de Descemet. Eles costumam ter uma aparência circular ou semicircular e podem variar em intensidade de cor, dependendo da quantidade de cobre acumulado. Descrição Semiológica Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica dos aneis de Kayser-Fleischer para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Paciente apresenta anéis de marrom-dourados visíveis na periferia da córnea, particularmente na região perilímbica. “ Tratamento O tratamento dos Anéis de Kayser-Fleischer foca no tratamento da Doença de Wilson, que é a causa subjacente do acúmulo de cobre na córnea. Os principais componentes do tratamento incluem: Quelantes de Cobre: Medicamentos como penicilamina ou trientina são usados para remover o excesso de cobre do corpo. Dieta Pobre em Cobre: Reduzir a ingestão de alimentos ricos em cobre pode ajudar a controlar os níveis de cobre no corpo. Terapia de Manutenção: Após a redução inicial dos níveis de cobre, a terapia de manutenção com baixa dose de penicilamina, trientina ou zinco oral pode ser necessária para evitar a reacumulação de cobre. O tratamento precoce é crucial para prevenir complicações graves e melhorar os resultados a longo prazo Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica dos aneis de Kayser-Fleischer para ser acrescentado no prontuário do paciente. “Paciente apresenta anéis de marrom-dourados visíveis na periferia da córnea, particularmente na região perilímbica. “ O tratamento dos Anéis de Kayser-Fleischer foca no tratamento da Doença de Wilson, que é a causa subjacente do acúmulo de cobre na córnea. Os principais componentes do tratamento incluem: Quelantes de Cobre: Medicamentos como penicilamina ou trientina são usados para remover o excesso de cobre do corpo. Dieta Pobre em Cobre: Reduzir a ingestão de alimentos ricos em cobre pode ajudar a controlar os níveis de cobre no corpo. Terapia de Manutenção: Após a redução inicial dos níveis de cobre, a terapia de manutenção com baixa dose de penicilamina, trientina ou zinco oral pode ser necessária para evitar a reacumulação de cobre. O tratamento precoce é crucial para prevenir complicações graves e melhorar os resultados a longo prazo Referências Moreira DM, Moreira JSR, Fritscher LG, Garcia RG de, Rymer S. Anéis de Kayser-Fleischer. Arq Bras Oftalmol [Internet]. 2001Nov;64(6):589–93. Available from: https://doi.org/10.1590/S0004-27492001000600018 Dening TR, Berrios GE (fevereiro de 1990). “Confusão epônima sobre Bruno Fleischer”. Lancet . 335 (8684): 291. doi : 10.1016/0140-6736(90)90108-H . PMID 1967744 Quem Descreveu? Dr. Bernhard Kayser Bernhard Kayser (1869-1954) foi um oftalmologista alemão nascido em Bremen. Kayser trabalhou como interno em Tübingen e assistente médico em Freiburg im Breisgau antes de se tornar médico de bordo na North German Lloyd Shipping Company e passar 2,5 anos no Brasil como médico geral. Mais tarde, ele se especializou em oftalmologia e se estabeleceu em Stuttgart, onde passou o resto de sua vida. Kayser é mais conhecido por descrever os Anéis de Kayser-Fleischer em 1902, uma descoberta que fez contribuições significativas para o diagnóstico da Doença de Wilson. Quem Descreveu? Dr. Bruno Otto Fleischer Bruno Otto Fleischer (1874-1965) foi um oftalmologista alemão conhecido por suas contribuições significativas para o campo da oftalmologia. Ele é mais famoso por descrever os Anéis de Kayser-Fleischer em 1903, juntamente com Bernhard Kayser. Além disso, Fleischer também descreveu os anéis de Fleischer em 1906, que são depósitos de ferro na córnea associados ao ceratocone. Sua pesquisa e descobertas ajudaram a melhorar o diagnóstico e a compreensão de várias condições oculares. Dr. Marcelo Negreiros Autor do Artigo Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

SInais Clínicos

Sinal de Cullen

Voltar Sinal de Cullen O Sinal de Cullen é uma manifestação clínica importante que pode indicar condições médicas graves, como pancreatite aguda, gravidez ectópica rota ou outras causas de hemorragia intra-abdominal. Caracterizado por uma descoloração azulada ao redor do umbigo, esse sinal é resultado do acúmulo de sangue no tecido subcutâneo periumbilical, refletindo a gravidade da hemorragia intra-abdominal. Descrito pela primeira vez por Thomas Stephen Cullen em 1918, o Sinal de Cullen é um indicador valioso na prática médica para o diagnóstico precoce e a intervenção adequada em emergências abdominais. Fisiopatologia O Sinal de Cullen é caracterizado por equimoses azuladas na região periumbilical, resultantes de hemorragia retroperitoneal. A fisiopatologia envolve o acúmulo de sangue no tecido subcutâneo ao redor do umbigo, geralmente devido a hemorragias intra-abdominais graves. Essa hemorragia pode ser causada por condições como pancreatite aguda necrohemorrágica ou ruptura de uma gravidez ectópica. O sangue se espalha ao longo do ligamento redondo do fígado, levando à formação das equimoses visíveis. O sinal clínico de Cullen é descrito como uma descoloração azulada ou arroxeada ao redor do umbigo (região periumbilical). É consequência de um hematoma no subcutâneo e sempre que presente pode indicar uma afecção aguda grave. Principais Causas As principais causas do Sinal de Cullen incluem: Pancreatite Aguda Necrohemorrágica: Uma forma grave de pancreatite que pode causar hemorragia retroperitoneal. Gravidez Ectópica Rota: Ruptura de uma gravidez ectópica que leva a hemorragia no espaço retroperitoneal. Trauma Abdominal: Lesões significativas no abdome que resultam em hemorragia interna. Ruptura de Aorta Abdominal: Uma condição rara, mas grave, que pode causar sangramento retroperitoneal. Quistes Ováricos: Ruptura de quistes ováricos que pode levar a hemorragia. Câncer de Esôfago: Pode causar hemorragia que se espalha para a região periumbilical. Linfoma no Hodgkin: Pode estar associado a hemorragias que resultam no Sinal de Cullen. Biopsia Hepática Percutânea: Procedimento que pode causar hemorragia no espaço retroperitoneal. Amebíase: Infecção que pode levar a hemorragias internas. Hérnia Umbilical Estrangulada: Pode causar hemorragia na região periumbilical. Essas condições podem levar ao acúmulo de sangue no tecido subcutâneo ao redor do umbigo, resultando no característico Sinal de Cullen. Descrição Semiológica Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica do sinal de Cullen: “Paciente apresenta equimose de coloração azulada ao redor do umbigo (Sinal de Cullen), sugestiva de hemorragia intra-abdominal. A equimose se estende uniformemente pela região periumbilical, sem sinais de lacerações ou outras lesões cutâneas associadas. “ As principais causas do Sinal de Cullen incluem: Pancreatite Aguda Necrohemorrágica: Uma forma grave de pancreatite que pode causar hemorragia retroperitoneal. Gravidez Ectópica Rota: Ruptura de uma gravidez ectópica que leva a hemorragia no espaço retroperitoneal. Trauma Abdominal: Lesões significativas no abdome que resultam em hemorragia interna. Ruptura de Aorta Abdominal: Uma condição rara, mas grave, que pode causar sangramento retroperitoneal. Quistes Ováricos: Ruptura de quistes ováricos que pode levar a hemorragia. Câncer de Esôfago: Pode causar hemorragia que se espalha para a região periumbilical. Linfoma no Hodgkin: Pode estar associado a hemorragias que resultam no Sinal de Cullen. Biopsia Hepática Percutânea: Procedimento que pode causar hemorragia no espaço retroperitoneal. Amebíase: Infecção que pode levar a hemorragias internas. Hérnia Umbilical Estrangulada: Pode causar hemorragia na região periumbilical. Essas condições podem levar ao acúmulo de sangue no tecido subcutâneo ao redor do umbigo, resultando no característico Sinal de Cullen. Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica do sinal de Cullen: “Paciente apresenta equimose de coloração azulada ao redor do umbigo (Sinal de Cullen), sugestiva de hemorragia intra-abdominal. A equimose se estende uniformemente pela região periumbilical, sem sinais de lacerações ou outras lesões cutâneas associadas. “ Referências  Banks PA, Bollen TL, Dervenis C, et al: Classification of acute pancreatitis 2012: Revision of the Atlanta classification and definitions by international consensus. Gut 62:102–111, 2013. doi: 10.1136/gutjnl-2012-302779 American Gastroenterological Association Institute Guideline on Initial Management of Acute Pancreatitis. Crockett, Seth D.Crockett, Seth et al. Gastroenterology, Volume 154, Issue 4, 1096 – 1101 Quem Descreveu? Dr. Thomas. S. Cullen Thomas Stephen Cullen (1868-1953) foi um ginecologista canadense-americano, conhecido por suas contribuições significativas para a patologia ginecológica. Cullen estudou e trabalhou na Johns Hopkins University, onde ajudou a estabelecer o laboratório de patologia ginecológica. Ele foi pioneiro no uso do microscópio para diagnósticos intraoperatórios e descreveu o Sinal de Cullen em 1918, um achado clínico associado à hemorragia retroperitoneal. Seu legado continua a influenciar a prática e a educação em ginecologia. Dr. Marcelo Negreiros Autor do Artigo Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

Teorias da Enfermagem

Teoria do Autocuidado

Teoria do Autocuidado A Teoria do Autocuidado, proposta por Dorothea Orem, é uma das teorias mais influentes e amplamente adotadas na enfermagem moderna. Orem desenvolveu essa teoria com o objetivo de definir a prática da enfermagem e estabelecer uma base sólida para o cuidado centrado no paciente. Sua teoria se baseia na premissa de que os indivíduos têm a capacidade e a responsabilidade de cuidar de si mesmos, e que a função dos enfermeiros é apoiar, educar e capacitar os pacientes a alcançar e manter seu autocuidado. Orem identificou três teorias inter-relacionadas dentro do modelo do autocuidado: a Teoria do Autocuidado, a Teoria do Déficit de Autocuidado e a Teoria dos Sistemas de Enfermagem. A Teoria do Autocuidado foca nas atividades que os indivíduos realizam para manter sua saúde e bem-estar. A Teoria do Déficit de Autocuidado descreve quando a capacidade do indivíduo de realizar essas atividades é superada pelas demandas de autocuidado. A Teoria dos Sistemas de Enfermagem define o papel do enfermeiro em apoiar o autocuidado, seja através de um sistema totalmente compensatório, parcialmente compensatório ou de suporte-educação. Fundamentos A Teoria do Déficit de Autocuidado de Dorothea Orem é baseada em três fundamentos principais: Autocuidado: Refere-se às atividades que os indivíduos realizam por conta própria para manter a vida, a saúde e o bem-estar. Orem identificou que todos têm necessidades básicas de autocuidado que, quando não atendidas, podem afetar sua saúde. Déficit de Autocuidado: Surge quando um indivíduo é incapaz de realizar atividades de autocuidado devido a limitações físicas ou mentais. Este déficit pode resultar de várias causas, incluindo doença, lesão ou idade avançada. Sistemas de Enfermagem: Orem propôs três sistemas para guiar a prática de enfermagem: Totalmente Compensatório: O enfermeiro assume a responsabilidade completa pelo autocuidado do paciente. Parcialmente Compensatório: O paciente e o enfermeiro compartilham a responsabilidade pelo autocuidado. Sistema de Suporte-Educação: O enfermeiro atua principalmente como educador e facilitador, ajudando o paciente a adquirir as habilidades necessárias para o autocuidado. Esses fundamentos formam a base para a prática de enfermagem centrada no paciente, promovendo a autonomia e a capacidade de autocuidado, essenciais para a recuperação e manutenção da saúde. Impáctos na Prática A Teoria do Déficit de Autocuidado de Dorothea Orem trouxe vários impactos significativos na prática de enfermagem: Promoção da Autonomia do Paciente: A teoria enfatiza a importância de capacitar os pacientes a realizar seus próprios cuidados, promovendo independência e autonomia. Plano de Cuidados Personalizados: Encoraja os enfermeiros a criar planos de cuidados individualizados, baseados nas necessidades específicas de autocuidado de cada paciente. Educação e Suporte: Aumenta o foco na educação do paciente, ajudando-os a adquirir habilidades necessárias para o autocuidado. Melhoria na Qualidade do Cuidado: Contribui para uma abordagem mais holística e centrada no paciente, resultando em melhores resultados de saúde. Desenvolvimento Profissional: Proporciona uma estrutura teórica que guia a prática clínica e o desenvolvimento profissional dos enfermeiros. Ao enfatizar a importância do autocuidado, a teoria de Orem transformou a forma como os cuidados de enfermagem são planejados e executados, levando a uma prática mais personalizada e eficaz. Desafios e Limitações A Teoria do Déficit de Autocuidado de Dorothea Orem, apesar de ser amplamente reconhecida e aplicada, possui alguns desafios e limitações: Complexidade do Autocuidado: As necessidades de autocuidado dos pacientes podem ser extremamente variadas e complexas, tornando difícil a aplicação prática uniforme da teoria. Foco no Autocuidado: Em algumas situações, a ênfase no autocuidado pode não ser adequada, especialmente para pacientes com limitações físicas ou cognitivas severas, onde a assistência completa é necessária. Cultura e Contexto Social: A teoria pode não levar em consideração adequadamente as diferenças culturais e sociais que afetam o autocuidado. Educação e Treinamento: Implementar a teoria requer uma formação e educação extensiva dos profissionais de saúde, o que pode ser um desafio em algumas regiões. Medidas Objetivas: Avaliar o autocuidado de forma objetiva pode ser difícil, pois muitas vezes envolve aspectos subjetivos da experiência do paciente. Apesar dessas limitações, a Teoria do Déficit de Autocuidado continua a ser uma ferramenta valiosa na prática de enfermagem, fornecendo um framework importante para a promoção da autonomia do paciente. Quem Criou? Enf. Dorothea Orem Dorothea Elizabeth Orem (1914-2007) foi uma teórica e educadora americana de enfermagem, conhecida por desenvolver a Teoria do Déficit de Autocuidado (Self-Care Deficit Nursing Theory). A teoria de Orem enfatiza a importância do autocuidado como uma necessidade humana fundamental e propõe que os enfermeiros desempenhem um papel crucial em ajudar os pacientes a realizar ou suprir suas necessidades de autocuidado. Seu trabalho teve um impacto significativo na prática e na educação em enfermagem, promovendo uma abordagem centrada no paciente e na independência do paciente. Referências Orem, D. E. (2001). Nursing: Concepts of Practice (7th ed.). New York: McGraw-Hill. Taylor, S. G., & Crisp, J. (2006). Fundamentals of Nursing: The Art and Science of Nursing Care (6th ed.). Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins. Fawcett, J. (2005). Analysis and Evaluation of Conceptual Models of Nursing (3rd ed.). Philadelphia: F.A. Davis Company. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Teorias da Enfermagem Teoria da Autoeficácia Dr. Marcelo Negreiros novembro 1, 2024 Teorias da Enfermagem Teoria das Transições Dr. Marcelo Negreiros novembro 1, 2024 Teorias da Enfermagem Teoria do Ser Humano Unitário Dr. Marcelo Negreiros novembro 1, 2024 Teorias da Enfermagem Teoria da Saúde como Consciência Expandida Dr. Marcelo Negreiros outubro 31, 2024

Atlas de Histologia

Neutrófilos

Voltar Neutrófilos Os neutrófilos são um tipo essencial de glóbulo branco, representando cerca de 50-70% de todos os leucócitos no sangue humano. Eles desempenham um papel vital na defesa do organismo contra infecções bacterianas e fúngicas, sendo os primeiros a responder ao local da infecção. A capacidade dos neutrófilos de fagocitar e destruir patógenos, bem como liberar substâncias antimicrobianas, é fundamental para a resposta imunológica inata. Função Os neutrófilos têm um papel crucial na defesa do organismo contra infecções, especialmente bacterianas e fúngicas. Suas funções principais incluem: Fagocitose: Engolfam e destroem patógenos, como bactérias e fungos. Liberação de Enzimas: Soltam enzimas que destroem os patógenos e auxiliam na digestão dos microrganismos engolfados. Liberação de Redes Extracelulares de Neutrófilos (NETs): Liberam redes de fibras que capturam e matam microrganismos. Resposta Imunológica: Coordenam com outras células do sistema imunológico para promover uma resposta eficaz à infecção. Essas funções fazem dos neutrófilos uma parte essencial da resposta imunológica inata, agindo como a primeira linha de defesa contra infecções. Imagem 01 Imagem 02 Imagem 03 Imagem 04 Imagem 01 Microscopia Eletrônica: Podemos observar na imagem um neutrófilo visto por microscopia eletrônica. Essa técnica nos permite identificar melhor seus grânulos que apresentam lisoenzimas que servem para eliminar bactérias. Seu núcleo multilobulado é fácilmente identificado. Imagem 02 Microscopia Óptica: Podemos observar um esfregaço sanguíneo com plaquetas (pontinhos roxos), hemácias (numerosos discos rosa escuro) e apontado pela seta preta um neutrófilo com seu citoplasma mais rosado e núcleo multilobulado característico em tom roxo escuro. Imagem 03 Microscopia Óptica: Podemos observar um esfregaço sanguíneo com plaquetas (pontinhos roxos), hemácias (numerosos discos rosa escuro) e apontado pela seta preta um neutrófilo com seu citoplasma mais rosado e núcleo multilobulado característico em tom roxo escuro. Imagem 04 Microscopia Óptica: Podemos observar um esfregaço sanguíneo com hemácias (discos rosa escuro em volta do neutrófilo) e um neutrófilo em evidência com seu citoplasma mais rosado e núcleo multilobulado característico em tom roxo escuro. Microscopia Eletrônica: Podemos observar na imagem um neutrófilo visto por microscopia eletrônica. Essa técnica nos permite identificar melhor seus grânulos que apresentam lisoenzimas que servem para eliminar bactérias. Seu núcleo multilobulado é fácilmente identificado. Microscopia Óptica: Podemos observar um esfregaço sanguíneo com plaquetas (pontinhos roxos), hemácias (numerosos discos rosa escuro) e apontado pela seta preta um neutrófilo com seu citoplasma mais rosado e núcleo multilobulado característico em tom roxo escuro. Microscopia Óptica: Podemos observar um esfregaço sanguíneo com plaquetas (pontinhos roxos), hemácias (numerosos discos rosa escuro) e apontado pela seta preta um neutrófilo com seu citoplasma mais rosado e núcleo multilobulado característico em tom roxo escuro. Microscopia Óptica: Podemos observar um esfregaço sanguíneo com hemácias (discos rosa escuro em volta do neutrófilo) e um neutrófilo em evidência com seu citoplasma mais rosado e núcleo multilobulado característico em tom roxo escuro. Sob o microscópio, os neutrófilos são vistos como células esféricas com um núcleo multilobulado, geralmente com três a cinco lóbulos conectados por finos filamentos de cromatina. Seu citoplasma é abundante e contém grânulos específicos, que são finamente dispersos e dão à célula uma aparência granulada. Esses grânulos são pequenos e podem ser coloridos com corantes específicos durante o exame, destacando-se em um tom rosado ou azulado. Os neutrófilos são identificáveis por seu tamanho, que é ligeiramente maior que os glóbulos vermelhos ao redor. Referências Grotto, H. Z. W.. (2009). O hemograma: importância para a interpretação da biópsia. Revista Brasileira De Hematologia E Hemoterapia, 31(3), 178–182. https://doi.org/10.1590/S1516-84842009005000045 Ross, H. M, Pawlina, W. (2011). Histology (6th ed.). Philadelphia, PA: Lippincott Williams & Wilkins. Mescher, A. L. (2013). Junquiera’s Basic Histology (13th ed.). New York, NY: McGraw-Hill Education. Dr. Marcelo Negreiros Autor do Artigo Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

Calculadoras Médicas, Medidas Antropométricas

Massa Livre de Gordura

Voltar Massa Livre de Gordura A fórmula para calcular a Massa Magra (Fat-Free Mass, FFM) é uma ferramenta crucial na avaliação da composição corporal, fornecendo informações valiosas para a saúde e o bem-estar. Ela distingue a massa magra, que inclui músculos, ossos e outros tecidos livres de gordura, da massa gorda no corpo humano. Desenvolvida a partir de estudos detalhados sobre a relação entre o peso corporal e o índice de massa corporal (IMC), esta fórmula oferece uma abordagem prática e precisa para determinar a FFM em homens e mulheres. Calculadora de Massa Magra (FFM) Calculadora de Massa Magra Gênero: MasculinoFeminino Peso Corporal (kg): Índice de Massa Corporal (IMC): Calcular Resultado: Quando Usar Pode ser útil na dosagem de medicamentos com base no peso, como o necessário para alguns medicamentos anestésicos.  Também pode ser usado como uma das muitas medidas de composição corporal. Falhas Peso corporal magro (PCM) e massa livre de gordura (MLG) são frequentemente usados ​​de forma intercambiável na literatura médica, embora haja pequenas diferenças. O PCM inclui lipídios encontrados nas membranas celulares, enquanto a MLG tenta excluir esse componente ( Yu et al. 2013 ).  A massa óssea está incluída em algumas versões das equações de PCM. Conselho GERENCIAMENTO Pacientes com PAM abaixo ou acima dos valores-alvo definidos devem ser tratados com fluidos, hemoderivados, vasopressores, inotrópicos ou vasodilatadores, dependendo do cenário clínico. O gerenciamento específico da pressão arterial e as metas de PAM dependerão da etiologia da PAM alta ou baixa e devem ser individualizados para otimizar a perfusão e evitar danos. AÇÕES CRÍTICAS Acredita-se que uma PAM ≥60 mmHg seja necessária para manter a perfusão tecidual adequada. Uma PAM ≥65 mmHg é recomendada em pacientes com sepse grave e choque séptico pelo Comitê de Diretrizes da Campanha Sobrevivendo à Sepse  Pode ser útil na dosagem de medicamentos com base no peso, como o necessário para alguns medicamentos anestésicos.  Também pode ser usado como uma das muitas medidas de composição corporal. Peso corporal magro (PCM) e massa livre de gordura (MLG) são frequentemente usados ​​de forma intercambiável na literatura médica, embora haja pequenas diferenças. O PCM inclui lipídios encontrados nas membranas celulares, enquanto a MLG tenta excluir esse componente ( Yu et al. 2013 ).  A massa óssea está incluída em algumas versões das equações de PCM. GERENCIAMENTO Pacientes com PAM abaixo ou acima dos valores-alvo definidos devem ser tratados com fluidos, hemoderivados, vasopressores, inotrópicos ou vasodilatadores, dependendo do cenário clínico. O gerenciamento específico da pressão arterial e as metas de PAM dependerão da etiologia da PAM alta ou baixa e devem ser individualizados para otimizar a perfusão e evitar danos. AÇÕES CRÍTICAS Acredita-se que uma PAM ≥60 mmHg seja necessária para manter a perfusão tecidual adequada. Uma PAM ≥65 mmHg é recomendada em pacientes com sepse grave e choque séptico pelo Comitê de Diretrizes da Campanha Sobrevivendo à Sepse  Referências Janmahasatian S, Duffull SB, Ash S, Ward LC, Byrne NM, Green B. Quantificação do peso corporal magro: Farmacocinética clínica. 2005;44(10):1051-1065. La Colla L, Albertin A, La Colla G, et al. Desempenho preditivo do parâmetro farmacocinético ‘minto’ remifentanil definido em pacientes com obesidade mórbida resultante de um novo método para calcular massa corporal magra: Farmacocinética Clínica. 2010;49(2):131-139. Quem Criou? Dr. Sarayut Janmahasatian Sarayut Janmahasatian, PhD, é professor associado no Departamento de Biomedicina e Informática em Saúde da Faculdade de Farmácia da Universidade Silpakorn. Ele tem se envolvido ativamente em vários projetos de pesquisa, com foco em informática em saúde e ciências farmacêuticas. A pesquisa do Dr. Janmahasatian explora principalmente biomedicina, informática em saúde e o desenvolvimento de soluções farmacêuticas inovadoras. Dr. Marcelo Negreiros Autor da Adaptação Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

Atlas de Radiologia

Sinal de Westermartk

Voltar Sinal de Westermark O Sinal de Westermark é uma importante indicação radiológica de embolia pulmonar, uma condição potencialmente fatal caracterizada pela obstrução de uma ou mais artérias pulmonares por coágulos sanguíneos. Descrito pela primeira vez pelo radiologista sueco Nils Westermark, esse sinal é observado em imagens de raios-X do tórax como uma área de hipotransparência, indicando uma diminuição do fluxo sanguíneo pulmonar. A identificação precoce do Sinal de Westermark é crucial para o diagnóstico rápido e o tratamento eficaz da embolia pulmonar, uma vez que a intervenção oportuna pode salvar vidas. Fisiopatologia A fisiopatologia do Sinal de Westermark está relacionada à hipoperfusão do tecido pulmonar devido a uma embolia pulmonar. Quando um coágulo sanguíneo obstrui uma artéria pulmonar, a área do pulmão que normalmente seria suprida por essa artéria sofre uma diminuição do fluxo sanguíneo. Isso resulta em uma área de hipotransparência (ou radiotransparência) na radiografia de tórax, pois menos sangue atinge o parênquima pulmonar, tornando essa área mais escura em comparação com o tecido pulmonar circundante. Não MarcadoMarcado Imagem 01 Não MarcadoMarcado Imagem 02 Não MarcadoMarcado Imagem 03 Não MarcadoMarcado Imagem 04 Imagem 01 Radiografia de Tórax: Podemos observar o sinal de wastermark nos lobos médio e superior do pulmão direito do paciente, caracterizado pela hipotransparência dessa região em relação ao lobo inferior de mesmo lado e topogrfia semelhante no lado contralateral. Observe a marcação em vermelho. Imagem 02 Radiografia de Tórax: Podemos observar o sinal de wastermark nos lobos médio e superior do pulmão direito do paciente, caracterizado pela hipotransparência dessa região em relação ao lobo inferior de mesmo lado e topogrfia semelhante no lado contralateral. Observe a marcação em vermelho. Imagem 03 Radiografia de Tórax: Podemos observar o sinal de wastermark no superior do pulmão esquerdo do paciente, caracterizado pela hipotransparência dessa região em relação ao lobo inferior de mesmo lado e topogrfia semelhante no lado contralateral.  A alteração não ocorre em todo o lobo, mas sim em uma zona menor. Observe a marcação em vermelho. Imagem 04 Radiografia de Tórax: Podemos observar o sinal de wastermark no lobo médio do pulmão direito do paciente, caracterizado pela hipotransparência dessa região em relação aos lobos de mesmo lado e topogrfia semelhante no lado contralateral. Observe a marcação em vermelho. Radiografia de Tórax: Podemos observar o sinal de wastermark nos lobos médio e superior do pulmão direito do paciente, caracterizado pela hipotransparência dessa região em relação ao lobo inferior de mesmo lado e topogrfia semelhante no lado contralateral. Observe a marcação em vermelho. Radiografia de Tórax: Podemos observar o sinal de wastermark nos lobos médio e superior do pulmão direito do paciente, caracterizado pela hipotransparência dessa região em relação ao lobo inferior de mesmo lado e topogrfia semelhante no lado contralateral. Observe a marcação em vermelho. Radiografia de Tórax: Podemos observar o sinal de wastermark no superior do pulmão esquerdo do paciente, caracterizado pela hipotransparência dessa região em relação ao lobo inferior de mesmo lado e topogrfia semelhante no lado contralateral.  A alteração não ocorre em todo o lobo, mas sim em uma zona menor. Observe a marcação em vermelho. Radiografia de Tórax: Podemos observar o sinal de wastermark no lobo médio do pulmão direito do paciente, caracterizado pela hipotransparência dessa região em relação aos lobos de mesmo lado e topogrfia semelhante no lado contralateral. Observe a marcação em vermelho. Para observar o Sinal de Westermark em uma radiografia de tórax, você deve procurar uma área de hipotransparência (ou oligemia) regional, que indica uma diminuição do fluxo sanguíneo em uma parte do pulmão. Esse sinal é caracterizado por uma área do tórax que aparece mais escura em comparação com o restante do pulmão, devido à redução do fluxo sanguíneo causada por uma embolia pulmonar. Lembre-se de que o Sinal de Westermark é um achado radiológico clássico, mas menos comum na prática clínica. É importante correlacionar com os sintomas clínicos do paciente e outros exames de imagem. Referências Ray JG. Westermark sign and suspected pulmonary embolism. Can J Cardiol. 2003 Mar 15;19(3):317; author reply 317. PMID: 12680403. Achados radiográficos de tórax em pacientes com embolia pulmonar aguda: observações do Estudo PIOPED.DF Worsley , A Alavi , JM Aronchick , JT Chen , RH Greenspan e CE RavinRadiologia 1993 189 : 1 , 133-136 Quem Descobriu? Dr. Nils Westermark Nils Johan Hugo Westermark (1892-1980) foi um radiologista sueco conhecido por descrever o Sinal de Westermark, um achado radiológico associado à embolia pulmonar. Antes de sua carreira na medicina, Westermark também foi um competidor de vela e ganhou uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 1912 em Estocolmo como membro da tripulação do barco sueco Sans Atout. Sua contribuição para a radiologia foi significativa, especialmente no campo do diagnóstico de embolias pulmonares, e seu legado continua a influenciar a prática médica atual. Dr. Marcelo Negreiros Autor do Artigo Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

Atlas de Histologia

Basófilos

Voltar Basófilos Os basófilos são um tipo de glóbulo branco essencial para o sistema imunológico humano, embora representem menos de 1% do total de leucócitos no sangue. Eles desempenham um papel crucial na resposta imunológica, especialmente em reações alérgicas e inflamatórias. Esses granulócitos são responsáveis pela liberação de mediadores químicos como histamina, heparina e serotonina, que ajudam a regular a resposta imune e a combater patógenos. Função Os basófilos têm várias funções importantes no sistema imunológico, especialmente em reações alérgicas e inflamatórias: Liberação de Histamina: Eles liberam histamina, um mediador químico que causa vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular, facilitando a chegada de outros leucócitos ao local da inflamação. Heparina: Eles contêm heparina, um anticoagulante que impede a coagulação sanguínea no local da inflamação, permitindo um fluxo sanguíneo contínuo e a chegada de mais células imunes. Reações Alérgicas: Os basófilos desempenham um papel crucial nas reações alérgicas, participando da liberação de mediadores que contribuem para os sintomas alérgicos. Resposta Imune: Eles ajudam a coordenar a resposta imune, modulando a atividade de outras células imunes, como eosinófilos e mastócitos, para combater infecções e outras agressões ao corpo. Essas funções tornam os basófilos uma parte essencial da resposta imunológica, apesar de serem uma pequena fração dos leucócitos no sangue. Observados ao microscópio, os basófilos são caracterizados por seu tamanho relativamente pequeno, com um diâmetro de 10 a 14 micrômetros, e por seu núcleo bilobado ou em forma de “S”. O que mais os distingue é a presença de grânulos citoplasmáticos grandes e de cor azul-púrpura, que obscurecem parcialmente o núcleo quando corados com corantes como o Wright-Giemsa. Esses grânulos contêm substâncias como histamina, heparina e outras enzimas, que são liberadas durante a resposta imunológica. Referências Grotto, H. Z. W.. (2009). O hemograma: importância para a interpretação da biópsia. Revista Brasileira De Hematologia E Hemoterapia, 31(3), 178–182. https://doi.org/10.1590/S1516-84842009005000045 Ross, H. M, Pawlina, W. (2011). Histology (6th ed.). Philadelphia, PA: Lippincott Williams & Wilkins. Mescher, A. L. (2013). Junquiera’s Basic Histology (13th ed.). New York, NY: McGraw-Hill Education. Dr. Marcelo Negreiros Autor do Artigo Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message*

Rolar para cima