Adipócito Branco

Os adipócitos brancos são as células principais do tecido adiposo branco, um tipo de tecido conjuntivo especializado na armazenagem de energia na forma de gordura. Essas células desempenham um papel crucial na regulação do metabolismo energético, isolando e protegendo o organismo contra o frio, além de servir como um amortecedor mecânico para os órgãos internos.

Os adipócitos brancos são caracterizados por um grande vacúolo lipídico que ocupa a maior parte da célula, deslocando o núcleo e outras organelas para a periferia. Essa estrutura permite o armazenamento eficiente de grandes quantidades de lipídios. Além de sua função de armazenamento, essas células também secretam hormônios e outras substâncias bioativas que influenciam o metabolismo global, a inflamação e outros processos fisiológicos importantes.

Função

Os adipócitos brancos desempenham várias funções essenciais no corpo humano:

  • Armazenamento de Energia: São especializados em armazenar energia na forma de gordura (lipídeos). Quando o corpo precisa de energia, os triglicerídeos são quebrados e liberados na corrente sanguínea.
  • Isolamento Térmico: Ajudam a manter a temperatura corporal, funcionando como um isolante térmico que protege contra o frio.
  • Proteção Mecânica: Atuam como um amortecedor, protegendo órgãos internos contra impactos físicos.
  • Secreção de Hormônios e Citocinas: Produzem hormônios e substâncias bioativas como a leptina, que regula o apetite e o metabolismo, e a adiponectina, que influencia a sensibilidade à insulina.

Essas funções tornam os adipócitos brancos cruciais para o equilíbrio energético e o funcionamento metabólico do organismo.

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Microscopia Eletrônica de Varredura: Podemos observar um conjunto de adipócitos formando uma cadeia de “cachos” de lipídeos. O que vemos nada mais é do que as gotas lipídicas das células.

Microscopia Óptica: Corte histológico do tecido conjuntivo adiposo unilocular caracterizado pela junção de diversos adipócitos brancos. Essas linhas mais densas são o tecido conjuntivo que permeia a região.

Microscopia Óptica: Corte histológico de tecido conjuntivo adiposo unilocular. Podemos observar numerosos adipócitos brancos. A gota lipídica se dissolve durante o processo de preparação da lâmina histológica, por tanto, o espaço “vazio” circular que se assemelha a uma colmeia é o local onde estava o lipídeo.

Microscopia Óptica: Corte histológico de tecido conjuntivo adiposo unilocular em aproximação. Podemos observar melhor o adipócito com seu citoplasma e núcleo “espremidos” na periferia da célula.

Sob um microscópio óptico, o adipócito branco aparece como uma célula grande e esférica. A característica mais distinta é o grande vacúolo lipídico que ocupa quase todo o volume da célula, empurrando o núcleo e o citoplasma para a periferia. Isso dá ao adipócito uma aparência de anel com um núcleo achatado na borda.

Já sob um microscópio eletrônico, os detalhes ficam ainda mais evidentes. Podemos ver a membrana celular fina ao redor do vacúolo de gordura, o núcleo periférico e algumas organelas comprimidas. Esse vacúolo é preenchido por triglicerídeos, que são usados como reserva de energia.

Referências

  1. Fernandes, D. (2005). O tecido adiposo como órgão endócrino: da teoria à prática. Jornal de Pediatria (Rio de Janeiro), 83(5 suppl), 11-21. doi:10.1590/S0021-75572007000700011.
  2. Rojas, M., Martínez-García, F., Cobo, P., Palacios, J., & Nistal, M. (1998). O tecido adiposo como centro regulador do metabolismo. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, 50(2), 123-135. doi:10.1590/S0004-27302006000200008.
  3. Da Silva, R. A., Ribeiros, M. M., & Souza, A. C. (2019). Adipócitos brancos e seus desafios: uma revisão da literatura sobre mecanismos intracelulares. ResearchGate. Recuperado de https://www.researchgate.net/p rofile/Rodrigo-Da-Silva-10/publication/279440534_Adipoci tos_brancos_e_seus_desafios_uma_revisao_da_literatura_sobre_mecanismos_i ntracelulares/links/5c63ee4592851c 48a9d023fa/Adipocitos_brancos_e_se us_desafios_uma_revisao_da_literatu ra_sobre_mecanismos_intracelulares.pdf.
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Dr. Marcelo Negreiros

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