2025

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Distrofias Corneanas

Distrofias Corneanas As distrofias corneanas são um grupo de doenças genéticas caracterizadas pelo acúmulo anormal de material na córnea, levando à perda de transparência, alterações estruturais e, em alguns casos, comprometimento visual. Essas condições podem ser classificadas de acordo com a camada da córnea afetada. Fisiopatologia As distrofias corneanas são doenças hereditárias que resultam da deposição anormal de proteínas, lipídios ou material extracelular nas diferentes camadas da córnea. Elas podem afetar o epitélio, estroma ou endotélio corneano. Essas deposições alteram a regularidade da superfície corneana, podendo provocar diminuição da transparência e distorção da visão. Algumas distrofias são progressivas e podem levar a cicatrizes e opacificação corneana. As distrofias corneanas podem se manifestar de forma assintomática ou causar sintomas como fotofobia, visão embaçada e sensação de corpo estranho nos olhos. Dependendo da camada corneana afetada, as principais distrofias incluem: Distrofias do epitélio e da membrana basal: Distrofia de Cogan (distrofia em mapa-ponto-dedo de impressão), causando erosões recorrentes e desconforto ocular. Distrofias do estroma: Distrofia granular, lattice e macular, caracterizadas por depósitos visíveis na córnea que afetam a transparência. Distrofias do endotélio: Distrofia de Fuchs, que leva à perda progressiva de células endoteliais, resultando em edema e comprometimento visual. O diagnóstico é baseado no exame clínico com lâmpada de fenda, microscopia especular do endotélio e, em alguns casos, testes genéticos. Tratamento O tratamento das distrofias corneanas depende da severidade dos sintomas e do grau de comprometimento visual. As abordagens incluem: Lubrificantes oculares e colírios salinos hipertônicos para reduzir o edema e o desconforto ocular. Lentes de contato especiais para melhorar a qualidade visual em casos com irregularidade da córnea. Terapia fototerapêutica com laser excimer (PTK) para tratar erosões recorrentes e melhorar a transparência corneana. Transplante de córnea (ceratoplastia lamelar ou penetrante) indicado nos casos avançados com perda significativa da transparência corneana. Acompanhamento oftalmológico contínuo para monitorar a progressão da distrofia e ajustar o tratamento conforme necessário. Referências Kanski, J. J., Bowling, B. “Oftalmologia Clínica: Uma Abordagem Sistemática”. Elsevier, 2015. Yanoff, M., Duker, J. S. “Oftalmologia de Yanoff e Duker”. Elsevier, 2018. American Academy of Ophthalmology. “Microphthalmia and Anophthalmia: Diagnosis and Management”. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. “Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento das Distrofias Corneanas”. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Distrofias Corneanas Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Úlcera de Córnea Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Leucoma Corneano Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Síndrome de Dispersão Pigmentar Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025

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Úlcera de Córnea

Úlcera de Córnea A úlcera de córnea é uma lesão na superfície corneana geralmente causada por infecção, trauma ou desordens inflamatórias. Se não tratada adequadamente, pode levar a complicações graves, como perfuração corneana e perda da visão. Fisiopatologia A úlcera de córnea ocorre devido à destruição do epitélio e do estroma corneano, frequentemente associada à infecção bacteriana, viral, fúngica ou parasitária. As bactérias, como Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus, são causas comuns em usuários de lentes de contato. O Herpes simplex vírus pode provocar úlceras dendríticas, enquanto infecções fúngicas são mais frequentes após trauma ocular com material orgânico. Além das infecções, doenças autoimunes e deficiência do filme lacrimal também podem predispor ao desenvolvimento da úlcera. Os pacientes com úlcera de córnea frequentemente apresentam dor ocular intensa, hiperemia conjuntival, lacrimejamento excessivo e fotofobia. A acuidade visual pode estar reduzida dependendo da localização e extensão da lesão. O exame com lâmpada de fenda revela uma lesão epitelial corneana com bordas irregulares e infiltração estromal. Em úlceras infecciosas, pode haver secreção purulenta ou presença de hipópio na câmara anterior. O diagnóstico diferencial inclui ceratite superficial, erosão corneana e distrofias corneanas. Tratamento O tratamento da úlcera de córnea depende da etiologia e da gravidade do quadro. As principais abordagens incluem: Colírios antibióticos, antifúngicos ou antivirais, conforme o agente infeccioso identificado. Corticosteroides tópicos, usados com cautela para reduzir a inflamação sem comprometer a cicatrização. Lubrificantes oculares para manter a integridade da superfície ocular. Uso de lentes de contato terapêuticas para proteger a córnea em alguns casos. Cirurgia de transplante de córnea (ceratoplastia) nos casos de perfuração corneana ou cicatrizes graves. Monitoramento oftalmológico contínuo para avaliar a resposta ao tratamento e prevenir complicações. Referências Kanski, J. J., Bowling, B. “Oftalmologia Clínica: Uma Abordagem Sistemática”. Elsevier, 2015. Yanoff, M., Duker, J. S. “Oftalmologia de Yanoff e Duker”. Elsevier, 2018. American Academy of Ophthalmology. “Microphthalmia and Anophthalmia: Diagnosis and Management”. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. “Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento de Doenças Corneanas”. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Úlcera de Córnea Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Leucoma Corneano Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Síndrome de Dispersão Pigmentar Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Síndrome de Pseudoexfoliação Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025

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Leucoma Corneano

Leucoma Corneano O leucoma corneano é uma cicatriz opaca na córnea, resultante de processos inflamatórios, infecciosos ou traumáticos. Dependendo da localização e da extensão da opacidade, a visão pode ser parcial ou totalmente comprometida, exigindo tratamento adequado para evitar complicações. Fisiopatologia O leucoma corneano ocorre devido à perda de transparência do estroma corneano após processos de cicatrização. A integridade da córnea pode ser afetada por úlceras, infecções (como ceratites bacterianas, virais ou fúngicas), trauma ocular ou doenças degenerativas. A resposta inflamatória pode levar à deposição de tecido cicatricial, resultando em uma opacidade permanente na córnea. Os pacientes com leucoma corneano podem apresentar visão embaçada, fotofobia e, em casos mais graves, redução significativa da acuidade visual. A opacidade pode variar de uma leve turvação a uma cicatriz densa e branca que cobre grande parte da córnea. No exame com lâmpada de fenda, observa-se uma área esbranquiçada no estroma corneano, podendo haver irregularidades na superfície corneana e comprometimento do endotélio. O diagnóstico diferencial inclui ceratocone avançado, distrofias corneanas e outras causas de opacidade corneana. Tratamento O tratamento do leucoma corneano depende da gravidade da opacidade e do impacto na visão do paciente. As opções incluem: Colírios lubrificantes e anti-inflamatórios para aliviar sintomas de desconforto ocular. Lentes de contato especiais para melhorar a acuidade visual em opacidades leves a moderadas. Cirurgia de transplante de córnea (ceratoplastia) indicada em casos severos com comprometimento visual significativo. Terapia fototerapêutica com laser excimer (PTK) para remoção de opacidades superficiais e melhora da transparência corneana. Monitoramento oftalmológico contínuo para avaliar a progressão da opacidade e a necessidade de intervenção cirúrgica. Referências Kanski, J. J., Bowling, B. “Oftalmologia Clínica: Uma Abordagem Sistemática”. Elsevier, 2015. Yanoff, M., Duker, J. S. “Oftalmologia de Yanoff e Duker”. Elsevier, 2018. American Academy of Ophthalmology. “Microphthalmia and Anophthalmia: Diagnosis and Management”. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. “Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento de Doenças Corneanas”. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Leucoma Corneano Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Síndrome de Dispersão Pigmentar Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Síndrome de Pseudoexfoliação Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Glaucoma Congênito Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025

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Síndrome de Dispersão Pigmentar

Síndrome de Dispersão Pigmentar A Síndrome de Dispersão Pigmentar (SDP) é uma condição oftalmológica caracterizada pela liberação de pigmentos da camada posterior da íris, que se acumulam nas estruturas do olho, como a córnea, o trabeculado e o humor aquoso. Essa dispersão de pigmentos pode levar ao desenvolvimento do glaucoma pigmentar, uma forma secundária de glaucoma de ângulo aberto. Fisiopatologia Na Síndrome de Dispersão Pigmentar, há um contato anormal entre a íris e o cristalino ou o corpo ciliar, resultando na liberação de grânulos de pigmento da camada posterior da íris. Esses pigmentos se depositam em diversas estruturas intraoculares, causando obstrução da drenagem do humor aquoso e, consequentemente, aumento da pressão intraocular (PIO). Em muitos casos, essa condição pode evoluir para o glaucoma pigmentar, levando à neuropatia óptica progressiva. Os pacientes com SDP podem ser assintomáticos ou apresentar sintomas como halos ao redor das luzes e episódios transitórios de visão turva, especialmente após exercícios físicos, devido ao aumento momentâneo da liberação de pigmento. No exame oftalmológico, achados característicos incluem: Depósito de pigmento na córnea (linha de Krukenberg) Pigmentação excessiva da malha trabecular ao exame de gonioscopia Excavação do nervo óptico aumentada em casos avançados Íris com transiluminação, evidenciando áreas de perda do epitélio pigmentado O diagnóstico diferencial inclui outras causas de hiperpigmentação da câmara anterior, como uveítes e uso de medicações que induzem pigmentação ocular. Tratamento O tratamento da Síndrome de Dispersão Pigmentar visa controlar a pressão intraocular e prevenir a progressão para glaucoma pigmentar. As abordagens incluem: Colírios hipotensores oculares, como betabloqueadores, análogos de prostaglandinas e inibidores da anidrase carbônica, para reduzir a PIO. Trabeculoplastia a laser para aumentar a drenagem do humor aquoso e reduzir a deposição de pigmentos. Iridoplastia a laser para modificar a configuração da íris e reduzir o contato com as estruturas adjacentes. Cirurgia filtrante (trabeculectomia ou implantes de drenagem) em casos de glaucoma refratário ao tratamento clínico. Acompanhamento oftalmológico regular para monitorar a progressão da PIO e do dano ao nervo óptico. Referências Kanski, J. J., Bowling, B. “Oftalmologia Clínica: Uma Abordagem Sistemática”. Elsevier, 2015. Yanoff, M., Duker, J. S. “Oftalmologia de Yanoff e Duker”. Elsevier, 2018. American Academy of Ophthalmology. “Microphthalmia and Anophthalmia: Diagnosis and Management”. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. “Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento do Glaucoma Pigmentar”. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Síndrome de Dispersão Pigmentar Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Síndrome de Pseudoexfoliação Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Glaucoma Congênito Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Rubeose Iridis Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025

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Síndrome de Pseudoexfoliação

Síndrome de Pseudoexfoliação A Síndrome de Pseudoexfoliação (PEX) é uma doença sistêmica caracterizada pelo acúmulo de material fibrilar anômalo nos tecidos oculares e em órgãos extraculares. Essa síndrome está fortemente associada ao desenvolvimento de glaucoma pseudoexfoliativo, sendo uma das principais causas de glaucoma de ângulo aberto secundário. Fisiopatologia A Síndrome de Pseudoexfoliação ocorre devido à deposição anormal de um material fibrilar na superfície do cristalino, íris, corpo ciliar, malha trabecular e outras estruturas oculares. Esse material pode levar ao comprometimento da drenagem do humor aquoso, resultando no aumento da pressão intraocular (PIO) e consequente dano ao nervo óptico. Além do envolvimento ocular, há evidências de que a PEX pode afetar outros órgãos, como coração, pulmões e rins. Os pacientes com PEX podem ser assintomáticos ou apresentar sinais como aumento progressivo da PIO, atrofia da íris e pupilas pouco reativas. O exame oftalmológico revela a presença de material pseudoexfoliativo no cristalino, especialmente ao redor da margem pupilar, formando um padrão em “disco de touro”. O ângulo da câmara anterior pode apresentar pigmentação irregular devido à liberação de fragmentos do material pseudoexfoliativo. Em casos mais avançados, pode haver aumento da escavação do nervo óptico, levando ao diagnóstico de glaucoma pseudoexfoliativo. Tratamento O tratamento da Síndrome de Pseudoexfoliação visa controlar a pressão intraocular e prevenir a progressão para glaucoma. As abordagens incluem: Colírios hipotensores oculares, como betabloqueadores, análogos de prostaglandinas e inibidores da anidrase carbônica. Tratamento a laser (trabeculoplastia a laser de argônio ou seletiva), indicado para melhorar a drenagem do humor aquoso. Cirurgia filtrante (trabeculectomia ou implante de drenagem), em casos de glaucoma refratário ao tratamento clínico. Monitoramento oftalmológico contínuo, essencial para acompanhar a progressão da PEX e evitar complicações visuais. Além disso, pacientes com PEX apresentam maior risco de complicações intraoperatórias em cirurgias de catarata devido à fraqueza da zônula, exigindo planejamento cirúrgico adequado. Referências Kanski, J. J., Bowling, B. “Oftalmologia Clínica: Uma Abordagem Sistemática”. Elsevier, 2015. Yanoff, M., Duker, J. S. “Oftalmologia de Yanoff e Duker”. Elsevier, 2018. American Academy of Ophthalmology. “Microphthalmia and Anophthalmia: Diagnosis and Management”. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. “Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento do Glaucoma Neovascular”. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Síndrome de Pseudoexfoliação Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Glaucoma Congênito Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Rubeose Iridis Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Uveíte Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025

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Glaucoma Congênito

Glaucoma Congênito O glaucoma congênito é uma doença ocular rara caracterizada pelo aumento da pressão intraocular em recém-nascidos e crianças pequenas, devido a uma anomalia no desenvolvimento do sistema de drenagem do humor aquoso. A condição pode levar a danos irreversíveis ao nervo óptico e comprometimento visual grave se não tratada precocemente. Fisiopatologia O glaucoma congênito ocorre devido a um desenvolvimento anômalo do trabeculado e do ângulo iridocorneano, responsáveis pela drenagem do humor aquoso. A falha na drenagem leva ao acúmulo de líquido intraocular e ao consequente aumento da pressão intraocular (PIO). Esse aumento pressórico pode causar estiramento do globo ocular (buftalmia), aumento do diâmetro corneano e atrofia do nervo óptico. A condição pode ser isolada ou estar associada a síndromes genéticas, como a Síndrome de Axenfeld-Rieger e a Síndrome de Sturge-Weber. Fatores hereditários também podem desempenhar um papel importante na patogênese do glaucoma congênito. Os sinais e sintomas do glaucoma congênito geralmente aparecem nos primeiros meses de vida. Os achados clínicos mais comuns incluem: Epífora (lacrimejamento excessivo) Fotofobia (sensibilidade à luz) Blefaroespasmo (piscar excessivo devido ao desconforto ocular) Buftalmia (globo ocular aumentado devido ao aumento da PIO) Aumento do diâmetro corneano (geralmente maior que 11 mm ao nascimento) Opacificação corneana devido ao edema causado pela alta PIO Excavação do nervo óptico nos casos mais avançados O diagnóstico é feito por exame oftalmológico detalhado, incluindo tonometria para medir a PIO, biomicroscopia para avaliação do ângulo de drenagem e fundoscopia para observar o nervo óptico. Em alguns casos, a ultrassonografia ocular pode ser necessária para avaliar a anatomia interna do olho. Tratamento O tratamento do glaucoma congênito deve ser iniciado o mais precocemente possível para evitar danos irreversíveis à visão. As principais abordagens incluem: Cirurgia: é a principal forma de tratamento, sendo a goniotomia e a trabeculotomia as técnicas mais utilizadas para facilitar a drenagem do humor aquoso. Medicamentos hipotensores oculares: como betabloqueadores e inibidores da anidrase carbônica, usados temporariamente para reduzir a PIO antes da cirurgia. Monitoramento oftalmológico contínuo: essencial para avaliar a progressão da doença e ajustar a abordagem terapêutica. Tratamento das complicações: casos avançados podem exigir cirurgias adicionais, como a trabeculectomia ou implantes de drenagem. O prognóstico depende da precocidade do diagnóstico e da resposta ao tratamento. Quando tratado precocemente, muitos pacientes conseguem preservar a visão funcional ao longo da vida. Referências Kanski, J. J., Bowling, B. “Oftalmologia Clínica: Uma Abordagem Sistemática”. Elsevier, 2015. Yanoff, M., Duker, J. S. “Oftalmologia de Yanoff e Duker”. Elsevier, 2018. American Academy of Ophthalmology. “Microphthalmia and Anophthalmia: Diagnosis and Management”. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. “Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento do Glaucoma Neovascular”. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Glaucoma Congênito Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Rubeose Iridis Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Uveíte Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Hipópio Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025

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Rubeose Iridis

Rubeose Iridis A rubeose iridis é uma condição oftalmológica caracterizada pelo crescimento anômalo de neovasos na íris, geralmente associada a isquemia ocular. Essa neovascularização pode levar a complicações graves, como o glaucoma neovascular, comprometendo a visão e aumentando a pressão intraocular. Fisiopatologia A rubeose iridis ocorre como resposta a um estado de hipoxia ocular crônica, levando à liberação de fatores angiogênicos, como o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF). Esses fatores estimulam a formação de neovasos na íris, que são frágeis e propensos a sangramento. Essa condição pode estar associada a doenças como retinopatia diabética proliferativa, oclusão de veia central da retina e isquemia ocular severa. Os pacientes com rubeose iridis podem apresentar hiperemia ocular, dor, diminuição da acuidade visual e, em estágios avançados, aumento da pressão intraocular devido ao bloqueio do sistema de drenagem do humor aquoso pelos neovasos. O exame com lâmpada de fenda revela vasos anômalos na superfície da íris, que podem progredir para formação de membranas fibrovasculares. O diagnóstico diferencial inclui uveítes e tumores intraoculares, sendo essencial a angiografia com fluoresceína para avaliar a extensão da isquemia retiniana. Tratamento O tratamento da rubeose iridis visa reduzir a neovascularização e tratar a causa subjacente. As principais abordagens incluem: Inibidores de VEGF intravítreos: como bevacizumabe e ranibizumabe, usados para reduzir a neovascularização ativa. Fotocoagulação panretiniana com laser: indicada para tratar a isquemia retiniana subjacente e diminuir a produção de fatores angiogênicos. Controle da doença de base: tratamento agressivo da retinopatia diabética e das oclusões vasculares para minimizar a progressão da rubeose. Cirurgia antiglaucomatosa: indicada em casos de glaucoma neovascular, incluindo implantes de drenagem e trabeculectomia. Monitoramento oftalmológico contínuo: fundamental para prevenir complicações e ajustar o tratamento conforme a progressão da doença. Referências Kanski, J. J., Bowling, B. “Oftalmologia Clínica: Uma Abordagem Sistemática”. Elsevier, 2015. Yanoff, M., Duker, J. S. “Oftalmologia de Yanoff e Duker”. Elsevier, 2018. American Academy of Ophthalmology. “Microphthalmia and Anophthalmia: Diagnosis and Management”. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. “Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento do Glaucoma Neovascular”. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Rubeose Iridis Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Uveíte Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Hipópio Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Policoria Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025

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Uveíte

Uveíte A uveíte é um grupo de doenças inflamatórias que acomete a úvea, composta pela íris, corpo ciliar e coroide. Essa inflamação pode ter origem infecciosa, autoimune ou idiopática e, se não tratada adequadamente, pode levar a complicações graves, como glaucoma, edema macular e perda visual. Fisiopatologia A uveíte ocorre devido a uma resposta inflamatória desregulada que pode ser desencadeada por infecções (bacterianas, virais, fúngicas ou parasitárias), doenças autoimunes (como espondilite anquilosante e artrite reumatoide juvenil), trauma ocular ou causas idiopáticas. A inflamação pode se localizar na câmara anterior (uveíte anterior), na retina e vítreo (uveíte intermediária), na coroide e retina (uveíte posterior) ou envolver todas as estruturas (panuveíte). Os sintomas da uveíte variam conforme sua localização e gravidade. Na uveíte anterior, os sinais mais comuns incluem dor ocular, hiperemia conjuntival, fotofobia e miose. Já na uveíte intermediária e posterior, o paciente pode relatar visão embaçada, moscas volantes e redução da acuidade visual. Em casos graves, pode ocorrer hipópio, sinéquias e edema macular. O diagnóstico é baseado na anamnese detalhada, exame com lâmpada de fenda, fundoscopia e exames laboratoriais para identificar possíveis causas subjacentes. Tratamento O tratamento da uveíte depende da etiologia e da gravidade do quadro inflamatório. As principais abordagens incluem: Corticosteroides tópicos, sistêmicos ou intraoculares: primeira linha de tratamento para reduzir a inflamação. Imunossupressores e agentes biológicos: indicados em casos de uveíte autoimune de difícil controle. Antibióticos, antivirais ou antifúngicos: utilizados nos casos de uveíte infecciosa, conforme o agente etiológico identificado. Colírios midriáticos: ajudam a reduzir a dor e prevenir a formação de sinéquias. Monitoramento oftalmológico contínuo: essencial para prevenir complicações como catarata, glaucoma secundário e edema macular. Referências Kanski, J. J., Bowling, B. “Oftalmologia Clínica: Uma Abordagem Sistemática”. Elsevier, 2015. Yanoff, M., Duker, J. S. “Oftalmologia de Yanoff e Duker”. Elsevier, 2018. American Academy of Ophthalmology. “Microphthalmia and Anophthalmia: Diagnosis and Management”. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. “Diretrizes para Avaliação de Malformações Congênitas Oculares”. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Uveíte Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Hipópio Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Policoria Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Corectopia Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025

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Hipópio

Hipópio O hipópio é uma condição oftalmológica caracterizada pelo acúmulo de células inflamatórias e pus na câmara anterior do olho, geralmente associado a processos inflamatórios ou infecciosos intraoculares. É considerado um achado oftalmológico grave e requer diagnóstico e tratamento rápidos para evitar complicações. Fisiopatologia O hipópio ocorre devido à intensa resposta inflamatória no segmento anterior do olho, resultando no extravasamento de leucócitos e proteínas para a câmara anterior. Esse processo pode ser desencadeado por infecções, inflamações autoimunes ou traumas oculares. As principais condições associadas incluem uveítes infecciosas (como endoftalmite bacteriana), artrite reumatoide juvenil e reações adversas a procedimentos intraoculares. Os pacientes com hipópio podem apresentar diminuição da acuidade visual, dor ocular intensa, fotofobia e hiperemia conjuntival. O sinal característico é o acúmulo de material purulento na parte inferior da câmara anterior, visível ao exame com lâmpada de fenda. A gravidade dos sintomas varia conforme a etiologia, podendo haver sinais adicionais, como opacificação corneana, precipitados ceráticos e reação vítrea intensa. O diagnóstico diferencial inclui hifema, depósitos inflamatórios e tumores intraoculares. Tratamento O tratamento do hipópio depende da causa subjacente e deve ser conduzido por um oftalmologista. As abordagens incluem: Antibióticos e antifúngicos tópicos e sistêmicos: indicados nos casos infecciosos, especialmente em endoftalmites. Corticosteroides tópicos e sistêmicos: usados em uveítes autoimunes para reduzir a inflamação. Cirurgia ocular (vitrectomia): pode ser necessária em casos graves, como endoftalmite resistente ao tratamento clínico. Monitoramento oftalmológico contínuo: essencial para avaliar a evolução da resposta terapêutica e prevenir complicações, como sinéquias e glaucoma secundário. Referências Kanski, J. J., Bowling, B. “Oftalmologia Clínica: Uma Abordagem Sistemática”. Elsevier, 2015. Yanoff, M., Duker, J. S. “Oftalmologia de Yanoff e Duker”. Elsevier, 2018. American Academy of Ophthalmology. “Microphthalmia and Anophthalmia: Diagnosis and Management”. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. “Diretrizes para Avaliação de Malformações Congênitas Oculares”. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Hipópio Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Policoria Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Corectopia Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Esclerocórnea Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025

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Policoria

Policoria A policoria é uma condição rara em que um olho apresenta duas ou mais pupilas funcionais dentro da íris. Essa anomalia pode ser congênita ou adquirida e pode comprometer a acuidade visual do paciente, dependendo da quantidade e localização das pupilas. Fisiopatologia A policoria verdadeira ocorre devido a um defeito no desenvolvimento da íris durante a embriogênese, resultando na presença de múltiplas aberturas pupilares, cada uma com resposta independente à luz. Em alguns casos, a condição pode estar associada a doenças congênitas ou síndromes genéticas. Existe também a policoria falsa, que ocorre devido a alterações na estrutura da íris, como cicatrizes pós-traumáticas ou atrofia, que podem dar a aparência de múltiplas pupilas sem que elas sejam funcionais. Os pacientes com policoria podem apresentar múltiplas aberturas pupilares visíveis na íris ao exame oftalmológico. Em casos sintomáticos, a condição pode levar a diplopia monocular, diminuição da acuidade visual e dificuldade de adaptação à luz. Além disso, pode haver associação com outras anomalias oculares, como colobomas e disgenesia da íris. O diagnóstico é feito por meio do exame com lâmpada de fenda, que permite avaliar a estrutura da íris e a resposta pupilar. Tratamento O tratamento da policoria depende da gravidade da condição e do impacto visual do paciente. As principais abordagens incluem: Óculos ou lentes de contato com filtros especiais: ajudam a minimizar distorções visuais e reduzir a fotofobia. Cirurgia reconstrutiva da íris: indicada em casos graves, com o objetivo de restaurar a função pupilar normal. Colírios midriáticos ou mióticos: podem ser utilizados para ajustar a resposta pupilar e melhorar a qualidade da visão. Monitoramento oftalmológico regular: essencial para avaliar a evolução da condição e a necessidade de intervenção. Referências Kanski, J. J., Bowling, B. “Oftalmologia Clínica: Uma Abordagem Sistemática”. Elsevier, 2015. Yanoff, M., Duker, J. S. “Oftalmologia de Yanoff e Duker”. Elsevier, 2018. American Academy of Ophthalmology. “Microphthalmia and Anophthalmia: Diagnosis and Management”. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. “Diretrizes para Avaliação de Malformações Congênitas Oculares”. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Policoria Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Corectopia Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Esclerocórnea Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Distiquíase congênita Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025

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