2025

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Corectopia

Corectopia A corectopia é uma condição oftalmológica caracterizada pelo deslocamento anômalo da pupila do centro da íris. Essa alteração pode ser congênita ou adquirida e pode afetar um ou ambos os olhos. Dependendo da gravidade do deslocamento, a função visual pode ser comprometida, causando distorções visuais e fotofobia. Fisiopatologia A corectopia pode resultar de anomalias no desenvolvimento da íris durante a embriogênese, levando a uma posição pupilar excêntrica. Em casos adquiridos, pode ser causada por trauma ocular, cirurgias intraoculares, patologias da íris como a síndrome de Iridocorneal Endotelial (ICE) e processos inflamatórios crônicos. Em algumas situações, a pupila deslocada pode ter resposta anormal à luz e à acomodação, comprometendo a acuidade visual. Os pacientes com corectopia podem apresentar um deslocamento pupilar evidente ao exame oftalmológico. O grau de deslocamento pode variar de leve descentralização até uma pupila significativamente excêntrica. Dependendo da posição anômala da pupila, o paciente pode relatar fotofobia, diplopia, diminuição da acuidade visual e dificuldade na adaptação a mudanças de luminosidade. O diagnóstico é realizado por meio de exame com lâmpada de fenda, que permite avaliar a posição da pupila, o estado da íris e a presença de outras anomalias associadas. Tratamento O tratamento da corectopia depende da causa subjacente e da severidade do deslocamento pupilar. As principais abordagens incluem: Óculos com filtros especiais: para reduzir a fotofobia e melhorar a qualidade visual. Lentes de contato com abertura pupilar ajustada: utilizadas para otimizar a entrada de luz e minimizar distorções visuais. Cirurgia reconstrutiva da íris: indicada em casos graves para reposicionar a pupila e melhorar a função visual. Miose farmacológica: em alguns casos, colírios que induzem contração da pupila podem ajudar a reduzir os sintomas visuais. Tratamento da condição subjacente: em casos associados a doenças inflamatórias, trauma ou cirurgias anteriores. O acompanhamento oftalmológico regular é essencial para monitorar a progressão da condição e ajustar o tratamento conforme necessário. Referências Kanski, J. J., Bowling, B. “Oftalmologia Clínica: Uma Abordagem Sistemática”. Elsevier, 2015. Yanoff, M., Duker, J. S. “Oftalmologia de Yanoff e Duker”. Elsevier, 2018. American Academy of Ophthalmology. “Microphthalmia and Anophthalmia: Diagnosis and Management”. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. “Diretrizes para Avaliação de Malformações Congênitas Oculares”. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Corectopia Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Esclerocórnea Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Distiquíase congênita Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Hipoplasia do Nervo Óptico Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025

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Esclerocórnea

Esclerocórnea A esclerocórnea é uma anomalia congênita rara caracterizada pela opacificação da córnea, que adquire um aspecto semelhante ao da esclera, sem a habitual transparência necessária para a visão. A condição pode ser parcial ou completa e está frequentemente associada a outras anomalias oculares. Fisiopatologia A esclerocórnea ocorre devido a uma diferenciação anormal do tecido corneano durante a embriogênese, resultando na substituição parcial ou total do tecido corneano normal por tecido escleral opaco. Essa condição pode estar associada a fatores genéticos e síndromes congênitas, sendo frequentemente bilateral. A perda da transparência corneana compromete a refração e a passagem da luz para a retina, impactando significativamente a acuidade visual do paciente. A principal característica da esclerocórnea é a opacificação corneana, que pode variar de um anel periférico esbranquiçado até o comprometimento total da córnea, tornando-a indistinguível da esclera. Dependendo da extensão da opacificação, a visão pode estar severamente reduzida ou ausente. O diâmetro corneano pode ser menor do que o normal (microcórnea) e, em alguns casos, há associação com glaucoma congênito e anormalidades do segmento anterior. O diagnóstico é feito por exame oftalmológico detalhado, incluindo biomicroscopia e exames de imagem para avaliar a estrutura da córnea e da câmara anterior. Tratamento Atualmente, não há um tratamento definitivo para a esclerocórnea, e a abordagem terapêutica depende do grau de comprometimento visual. As principais estratégias incluem: Óculos ou auxílios ópticos, quando há preservação parcial da visão. Transplante de córnea (ceratoplastia) em casos selecionados, embora os resultados possam ser limitados devido à alta taxa de rejeição e à anormalidade estrutural da córnea receptora. Cirurgia antiglaucomatosa, nos casos em que há associação com glaucoma congênito. Acompanhamento oftalmológico contínuo para avaliar a progressão da doença e a necessidade de novas intervenções. O prognóstico visual da esclerocórnea depende da gravidade da opacificação e da presença de anomalias oculares associadas. Nos casos mais graves, a reabilitação visual com o uso de recursos adaptativos é fundamental para a qualidade de vida do paciente. Referências Kanski, J. J., Bowling, B. “Oftalmologia Clínica: Uma Abordagem Sistemática”. Elsevier, 2015. Yanoff, M., Duker, J. S. “Oftalmologia de Yanoff e Duker”. Elsevier, 2018. American Academy of Ophthalmology. “Microphthalmia and Anophthalmia: Diagnosis and Management”. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. “Diretrizes para Avaliação de Malformações Congênitas Oculares”. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Esclerocórnea Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Distiquíase congênita Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Hipoplasia do Nervo Óptico Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Leucocoria Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025

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Distiquíase congênita

Distiquíase Congênita A distiquíase congênita é uma anomalia rara caracterizada pelo crescimento anômalo de uma segunda fileira de cílios a partir das glândulas de Meibômio. Essa condição pode causar irritação ocular, desconforto e, em casos graves, danos à córnea devido ao atrito constante dos cílios adicionais. Fisiopatologia A distiquíase ocorre devido a uma falha no desenvolvimento das glândulas de Meibômio, que normalmente produzem a camada lipídica do filme lacrimal. Em vez disso, essas glândulas sofrem uma diferenciação anormal e formam folículos pilosos, resultando em cílios ectópicos. A condição pode ser isolada ou associada a doenças genéticas, como a Síndrome de Distiquíase-Linfedema, que envolve alterações no sistema linfático. Os pacientes com distiquíase congênita geralmente apresentam crescimento anormal de cílios ao longo da margem palpebral posterior, frequentemente em ambas as pálpebras. Os sintomas variam conforme o número e a rigidez dos cílios ectópicos e incluem sensação de corpo estranho, hiperemia conjuntival, lacrimejamento excessivo, fotofobia e blefarite crônica. Em casos mais graves, pode ocorrer ceratopatia induzida pelo atrito contínuo dos cílios na superfície corneana, levando a ulcerações e cicatrizes corneanas. O diagnóstico é clínico, realizado por exame oftalmológico detalhado com lâmpada de fenda. Tratamento O tratamento da distiquíase congênita depende da gravidade dos sintomas e do impacto na superfície ocular. As principais abordagens incluem: Lubrificação ocular: uso de lágrimas artificiais para minimizar o atrito dos cílios na córnea. Depilação mecânica dos cílios ectópicos: método temporário que pode necessitar de repetição frequente. Crioterapia ou eletrocoagulação: técnicas utilizadas para destruir permanentemente os folículos pilosos anômalos. Cirurgia palpebral: indicada em casos graves, podendo envolver a ressecção da área afetada para evitar recorrências. Lentes de contato terapêuticas: utilizadas para proteger a córnea contra o atrito dos cílios. O manejo precoce é essencial para evitar complicações corneanas irreversíveis e garantir o conforto ocular do paciente. Referências Kanski, J. J., Bowling, B. “Oftalmologia Clínica: Uma Abordagem Sistemática”. Elsevier, 2015. Yanoff, M., Duker, J. S. “Oftalmologia de Yanoff e Duker”. Elsevier, 2018. American Academy of Ophthalmology. “Microphthalmia and Anophthalmia: Diagnosis and Management”. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. “Diretrizes para Avaliação de Malformações Congênitas Oculares”. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Distiquíase congênita Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Hipoplasia do Nervo Óptico Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Leucocoria Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Anoftalmia Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025

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Hipoplasia do Nervo Óptico

Hipoplasia do Nervo Óptico A hipoplasia do nervo óptico (HNO) é uma malformação congênita caracterizada pelo desenvolvimento anormalmente reduzido do nervo óptico. Essa condição pode variar em gravidade, desde leve comprometimento visual até cegueira total. Em alguns casos, a hipoplasia do nervo óptico pode estar associada a outras malformações do sistema nervoso central e síndromes congênitas. Fisiopatologia A hipoplasia do nervo óptico ocorre devido a uma falha no desenvolvimento dos axônios da retina que formam o nervo óptico durante a embriogênese. Isso pode resultar em um nervo óptico mais fino e com menor capacidade de transmitir impulsos visuais ao cérebro. A etiologia pode ser multifatorial, incluindo fatores genéticos, exposição a substâncias tóxicas durante a gestação (como álcool e drogas), diabetes materno, e hipóxia fetal. Além do comprometimento visual, pode haver associação com hipoplasia septo-óptica, que inclui anomalias no corpo caloso e déficits hormonais devido à disfunção hipotalâmica e hipofisária. Referência Normal A hipoplasia do nervo óptico pode ser identificada logo nos primeiros meses de vida. Os sinais clínicos incluem diminuição da acuidade visual de grau variável, podendo afetar um ou ambos os olhos. O reflexo pupilar pode estar reduzido e pode haver nistagmo (movimentos oculares involuntários). O exame de fundo de olho revela um disco óptico pequeno e pálido, frequentemente cercado pelo chamado “anel duplo”, uma característica comum dessa condição. Nos casos mais severos, pode haver ausência total de resposta visual. Crianças com hipoplasia do nervo óptico devem ser investigadas para possíveis alterações hormonais e do sistema nervoso central. Tratamento Atualmente, não há tratamento específico para a hipoplasia do nervo óptico, mas algumas abordagens podem auxiliar na adaptação do paciente e maximizar o potencial visual. As estratégias incluem: Estimulação visual precoce, com acompanhamento de terapeutas visuais para melhorar a resposta visual e a adaptação do paciente. Óculos ou lentes de contato, quando há algum grau de função visual preservada. Acompanhamento com endocrinologistas, especialmente em casos associados à hipoplasia septo-óptica, para monitoramento e reposição hormonal, se necessário. Intervenção precoce com suporte educacional e reabilitação, incluindo o uso de recursos para baixa visão e desenvolvimento motor. Acompanhamento oftalmológico contínuo, para monitorar a evolução da condição e fornecer suporte adequado às necessidades do paciente. Referências Kanski, J. J., Bowling, B. “Oftalmologia Clínica: Uma Abordagem Sistemática”. Elsevier, 2015. Yanoff, M., Duker, J. S. “Oftalmologia de Yanoff e Duker”. Elsevier, 2018. American Academy of Ophthalmology. “Microphthalmia and Anophthalmia: Diagnosis and Management”. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. “Diretrizes para Avaliação de Malformações Congênitas Oculares”. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Hipoplasia do Nervo Óptico Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Leucocoria Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Anoftalmia Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Microftalmia Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 26, 2025

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Leucocoria

Leucocoria A leucocoria é um sinal oftalmológico caracterizado por um reflexo pupilar branco, em vez do reflexo vermelho normal observado ao incidir luz nos olhos. Esse achado pode indicar a presença de diversas doenças oculares, algumas potencialmente graves, como o retinoblastoma, catarata congênita e a persistência do vítreo primário hiperplásico. Fisiopatologia A leucocoria ocorre devido à obstrução ou modificação do eixo visual, resultando em um reflexo anormal da pupila. A luz que entra no olho normalmente reflete a retina e retorna um reflexo vermelho. Quando há opacidade nos meios ópticos, desorganização da retina ou outras anomalias, a luz reflete de maneira anormal, causando a aparência esbranquiçada na pupila. Essa condição pode ser causada por diversas patologias, sendo fundamental a identificação precoce para um manejo adequado.   A leucocoria pode ser percebida em fotografias com flash, quando um dos olhos apresenta um reflexo branco em vez do reflexo vermelho normal. O exame clínico deve ser minucioso, incluindo o teste do reflexo vermelho e a fundoscopia para avaliação da retina e do cristalino. Entre as principais condições associadas à leucocoria, destacam-se: Retinoblastoma: Tumor ocular maligno mais comum na infância, frequentemente identificado pela leucocoria. Catarata congênita: Opacificação do cristalino que impede a passagem da luz. Descolamento de retina: Pode ocorrer em diversas condições congênitas ou adquiridas. Persistência do vítreo primário hiperplásico (PVPH): Anomalia congênita do desenvolvimento ocular. Doença de Coats: Doença vascular que causa exsudação e descolamento da retina. Toxoplasmose ocular congênita: Pode resultar em cicatrizes retinianas com leucocoria associada. Tratamento O tratamento da leucocoria depende da causa subjacente. Algumas abordagens incluem: Cirurgia: Indicada para catarata congênita, descolamento de retina e PVPH. Quimioterapia, radioterapia ou enucleação: Opções para tratamento do retinoblastoma. Fotocoagulação a laser ou crioterapia: Utilizadas para tratar a doença de Coats em estágios iniciais. Correção de erros refrativos e reabilitação visual: Para minimizar impactos na acuidade visual em casos de anomalias menos severas. Acompanhamento oftalmológico rigoroso: Essencial para monitoramento da progressão da doença e intervenção precoce. Referências Kanski, J. J., Bowling, B. “Oftalmologia Clínica: Uma Abordagem Sistemática”. Elsevier, 2015. Yanoff, M., Duker, J. S. “Oftalmologia de Yanoff e Duker”. Elsevier, 2018. American Academy of Ophthalmology. “Microphthalmia and Anophthalmia: Diagnosis and Management”. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. “Diretrizes para Avaliação de Malformações Congênitas Oculares”. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Leucocoria Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Anoftalmia Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Microftalmia Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 26, 2025 Atlas de Oftalmo Conjuntivite Alérgica Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025

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Anoftalmia

Anoftalmia A anoftalmia é uma condição congênita ou adquirida caracterizada pela ausência de um ou ambos os globos oculares. Essa anomalia pode ocorrer isoladamente ou estar associada a outras malformações craniofaciais e síndromes genéticas. O diagnóstico precoce e a intervenção multidisciplinar são fundamentais para o manejo adequado da condição. Fisiopatologia A anoftalmia congênita ocorre devido a falhas no desenvolvimento do olho durante a embriogênese, resultando na ausência completa do globo ocular. Essa condição pode ser causada por mutações genéticas, infecções intrauterinas (rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus), exposição a agentes teratogênicos ou deficiências nutricionais maternas. A anoftalmia adquirida, por sua vez, pode resultar de trauma grave, infecções severas ou cirurgias oculares para remoção do globo ocular em casos de tumores malignos, como o retinoblastoma. A anoftalmia congênita geralmente é identificada ao nascimento, sendo caracterizada pela ausência visível do globo ocular e, em alguns casos, por uma cavidade orbitária subdesenvolvida. O desenvolvimento da face pode ser assimétrico devido à falta de estímulo de crescimento da órbita. Em exames complementares, como ultrassonografia ocular e ressonância magnética, pode-se confirmar a ausência total do tecido ocular e avaliar a presença de outras anomalias associadas. Em casos adquiridos, a cavidade orbitária pode apresentar retração progressiva se não for adequadamente manejada. Tratamento O tratamento da anoftalmia depende do tipo e da gravidade do quadro clínico. As principais abordagens incluem: Próteses oculares personalizadas, essenciais para promover o crescimento adequado da cavidade orbitária em crianças e para a estética facial em adultos. Expansores orbitários, usados em crianças com cavidade subdesenvolvida para estimular o crescimento ósseo e o desenvolvimento facial. Cirurgias reconstrutivas, indicadas em casos de anoftalmia adquirida para adaptação da cavidade orbitária antes da colocação de uma prótese. Acompanhamento multidisciplinar, envolvendo oftalmologistas, cirurgiões plásticos, geneticistas e terapeutas ocupacionais, garantindo um manejo adequado e reabilitação funcional e estética. Nos casos em que a anoftalmia está associada a síndromes genéticas, a avaliação genética é fundamental para aconselhamento familiar e planejamento terapêutico. Referências Kanski, J. J., Bowling, B. “Oftalmologia Clínica: Uma Abordagem Sistemática”. Elsevier, 2015. Yanoff, M., Duker, J. S. “Oftalmologia de Yanoff e Duker”. Elsevier, 2018. American Academy of Ophthalmology. “Microphthalmia and Anophthalmia: Diagnosis and Management”. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. “Diretrizes para Avaliação de Malformações Congênitas Oculares”. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Anoftalmia Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 27, 2025 Atlas de Oftalmo Microftalmia Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 26, 2025 Atlas de Oftalmo Conjuntivite Alérgica Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025 Atlas de Oftalmo Conjuntivite Bacteriana Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025

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Microftalmia

Microftalmia A microftalmia é uma anomalia congênita caracterizada pelo desenvolvimento anormalmente pequeno de um ou ambos os olhos. A condição pode variar em gravidade, desde formas leves até casos severos em que o olho é significativamente reduzido ou ausente. Essa alteração pode estar associada a outras malformações oculares e síndromes genéticas. Fisiopatologia A microftalmia ocorre devido a falhas no desenvolvimento ocular durante as primeiras semanas de gestação. A interrupção no crescimento do globo ocular pode ser causada por mutações genéticas, exposição a agentes teratogênicos (como infecções congênitas por rubéola, toxoplasmose ou citomegalovírus), deficiências nutricionais maternas ou exposição a substâncias tóxicas durante a gravidez. Dependendo da gravidade da alteração, a estrutura ocular pode ser funcional ou apresentar anormalidades que comprometam a visão. A microftalmia pode ser identificada ao nascimento ou nos primeiros meses de vida. O olho afetado é visivelmente menor do que o normal e pode apresentar opacidades corneanas, colobomas ou anormalidades no cristalino e na retina. Em casos mais graves, o olho pode estar completamente ausente (anoftalmia). A acuidade visual varia conforme a extensão do comprometimento estrutural, podendo ir de leve redução visual até cegueira completa. Exames oftalmológicos detalhados, como ultrassonografia ocular e ressonância magnética, são essenciais para avaliar a anatomia interna do olho e planejar abordagens terapêuticas. Tratamento O tratamento da microftalmia depende do grau de comprometimento ocular e da presença de outras anomalias. As principais abordagens incluem: Uso de próteses oculares para estimular o crescimento da cavidade orbitária e melhorar a estética facial em casos graves. Correção cirúrgica de anormalidades associadas, como coloboma ou catarata congênita. Óculos ou lentes de contato especiais, quando há algum grau de função visual preservada. Acompanhamento multidisciplinar com oftalmologistas, geneticistas e terapeutas ocupacionais para otimizar a adaptação do paciente à sua condição. Nos casos associados a síndromes genéticas, a avaliação genética é fundamental para diagnóstico preciso e aconselhamento familiar. Referências Kanski, J. J., Bowling, B. “Oftalmologia Clínica: Uma Abordagem Sistemática”. Elsevier, 2015. Yanoff, M., Duker, J. S. “Oftalmologia de Yanoff e Duker”. Elsevier, 2018. American Academy of Ophthalmology. “Microphthalmia and Anophthalmia: Diagnosis and Management”. Sociedade Brasileira de Oftalmologia. “Diretrizes para Avaliação de Malformações Congênitas Oculares”. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Atlas de Oftalmo Microftalmia Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 26, 2025 Atlas de Oftalmo Conjuntivite Alérgica Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025 Atlas de Oftalmo Conjuntivite Bacteriana Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025 Atlas de Oftalmo Conjuntivite Viral Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 20, 2025

Estudo do SUS

Atenção Primária Prisional

Atenção Primária Prisional A Atenção Primária Prisional no Brasil é regida pela Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP), instituída em 2014. Esta política visa garantir que indivíduos privados de liberdade tenham acesso integral aos serviços de saúde oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), assegurando cuidados contínuos e de qualidade. Principais Objetivos do Programa A PNAISP tem como principal objetivo promover a cidadania e a inclusão social das pessoas privadas de liberdade, assegurando-lhes acesso universal e equânime aos serviços de saúde. Além disso, busca-se a atenção integral às necessidades dessa população, com ênfase em atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais. Componentes Estruturais Para a efetivação da PNAISP, foram estabelecidos os seguintes componentes estruturais:​ Equipes de Atenção Primária Prisional (EAPP): Formadas por profissionais de saúde capacitados para atuar no ambiente prisional, essas equipes são responsáveis por desenvolver ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde dos internos.  Unidades Básicas de Saúde Prisional (UBSP): Espaços físicos dentro das unidades prisionais equipados para oferecer atendimento básico de saúde, funcionando como pontos de atenção da Rede de Atenção à Saúde (RAS) do SUS. Metodologia de Implementação A implementação da PNAISP ocorre por meio da adesão voluntária dos estados e municípios, que devem seguir os seguintes passos:​ Adesão Estadual e Municipal: Os governos estaduais e municipais formalizam a adesão à PNAISP, comprometendo-se com a implantação das ações previstas. ​ Formação das EAPP: Constituição das equipes multiprofissionais de saúde para atuação nas unidades prisionais.​ Estruturação das UBSP: Adequação dos espaços físicos nas unidades prisionais para o funcionamento das Unidades Básicas de Saúde Prisional.​ Integração com a Rede de Saúde: Articulação entre as unidades prisionais e os demais pontos da Rede de Atenção à Saúde para garantir a continuidade do cuidado. Desde a implementação da PNAISP, observou-se um aumento significativo no número de equipes de atenção primária prisional. Em 2023, o Brasil registrou um crescimento de mais de 80% nessas equipes, totalizando 588 grupos dedicados ao cuidado e assistência das pessoas privadas de liberdade. ​ Referências Ministério da Saúde. Sobre a PNAISP. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/pnaisp/sobre-a-pnaisp. Acesso em: 26 fev. 2025. Conselho Nacional do Ministério Público. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional. Disponível em: https://www.cnmp.mp.br/portal/images/Publicacoes/documentos/2023/pnaisp.pdf. Acesso em: 26 fev. 2025. Agência Brasil. Ministério da Saúde amplia em mais de 80% as equipes de atenção primária prisional. Disponível em: https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202402/ministerio-da-saude-amplia-em-mais-de-80-as-equipes-de-atencao-primaria-prisional. Acesso em: 26 fev. 2025. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Estudo do SUS Atenção Primária Prisional Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 26, 2025 Estudo do SUS Academia da Saúde Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 26, 2025 Estudo do SUS Nutri SUS Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 26, 2025 Estudo do SUS Consultório na Rua Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 26, 2025

Estudo do SUS

Academia da Saúde

Academia da Saúde A promoção da saúde e a prevenção de doenças são pilares essenciais para a construção de uma sociedade mais saudável. No Brasil, o Programa Academia da Saúde (PAS), criado em 2011 pelo Ministério da Saúde, surge como uma estratégia para incentivar práticas corporais, atividades físicas, alimentação saudável e ações de educação em saúde, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população. Integrado à Atenção Primária à Saúde (APS), o programa busca fortalecer o cuidado preventivo por meio da implantação de polos estruturados em espaços públicos, onde profissionais capacitados desenvolvem ações para incentivar hábitos de vida saudáveis e reduzir o risco de doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e obesidade. Com diferentes modalidades de polos e um enfoque multiprofissional, o Academia da Saúde se tornou uma referência na promoção do bem-estar físico e mental, alinhado às diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Além de atuar como um espaço de atividades físicas, o programa tem um papel fundamental na mobilização comunitária, integrando a população às ações de saúde pública e incentivando a participação social. Principais Objetivos do Programa O objetivo principal do Academia da Saúde é promover modos de vida saudáveis e fortalecer a produção do cuidado em saúde, por meio da implantação de polos estruturados onde são oferecidas atividades voltadas ao bem-estar físico, mental e social da comunidade. Ampliar o acesso da população às políticas de promoção da saúde Criar espaços adequados para o desenvolvimento de atividades que incentivem hábitos saudáveis. Oferecer um ambiente seguro e acessível para diferentes faixas etárias. Estimular a prática regular de atividades físicas e esportivas Reduzir o sedentarismo e o risco de doenças associadas, como obesidade, hipertensão e diabetes. Promover a integração social por meio de práticas corporais e esportivas comunitárias. Fortalecer a educação em saúde e a autonomia da população no autocuidado Realizar ações de orientação nutricional, controle do estresse e educação em saúde, promovendo uma maior conscientização sobre a importância de hábitos saudáveis. Incentivar mudanças de comportamento que contribuam para a longevidade e qualidade de vida. Reduzir os índices de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) Prevenir e controlar doenças como hipertensão arterial, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e transtornos mentais por meio da promoção da atividade física e da alimentação saudável. Apoiar a adesão de pacientes com DCNT a tratamentos e acompanhamento contínuo. Criar espaços adequados para o desenvolvimento de atividades que incentivem hábitos saudáveis. Oferecer um ambiente seguro e acessível para diferentes faixas etárias. Reduzir o sedentarismo e o risco de doenças associadas, como obesidade, hipertensão e diabetes. Promover a integração social por meio de práticas corporais e esportivas comunitárias. Realizar ações de orientação nutricional, controle do estresse e educação em saúde, promovendo uma maior conscientização sobre a importância de hábitos saudáveis. Incentivar mudanças de comportamento que contribuam para a longevidade e qualidade de vida. Prevenir e controlar doenças como hipertensão arterial, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e transtornos mentais por meio da promoção da atividade física e da alimentação saudável. Apoiar a adesão de pacientes com DCNT a tratamentos e acompanhamento contínuo. O Programa Academia da Saúde é, portanto, uma estratégia fundamental para fortalecer a atenção primária e proporcionar à população um espaço acessível, seguro e estruturado para práticas de saúde, lazer e bem-estar, impactando positivamente a saúde pública e a qualidade de vida dos brasileiros. Componentes Estruturais do Programa Academia da Saúde O Programa Academia da Saúde (PAS) foi desenvolvido com uma estrutura física e organizacional planejada para garantir um espaço adequado à prática de atividades físicas, promoção da saúde e educação em saúde. Os polos da Academia da Saúde contam com infraestrutura, equipamentos e profissionais qualificados, possibilitando um atendimento eficiente e acessível à população. O Ministério da Saúde classifica os polos da Academia da Saúde em três modalidades, de acordo com o tamanho da infraestrutura e os serviços ofertados: Polos Básicos (300 m²): Contam com infraestrutura essencial para a realização de atividades físicas e educativas, incluindo uma área de vivência e equipamentos básicos. Polos Intermediários (400 m²): Possuem uma estrutura mais ampla, com maior variedade de equipamentos para práticas corporais e ações integradas de saúde. Polos Ampliados (500 m² ou mais): São os espaços mais completos, com estrutura para diversas modalidades de atividades físicas, salas para atendimento individual e coletivo, além de áreas para práticas integrativas. Cada polo é projetado para atender às necessidades da comunidade local, garantindo acessibilidade e integração com outros serviços da Atenção Primária à Saúde (APS). Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Academia da Saúde. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/academia-da-saude. Acesso em: 26 fev. 2025. BRASIL. Ministério da Saúde. Cartilha Informativa: Programa Academia da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/academia_saude_cartilha.pdf. Acesso em: 26 fev. 2025. CARVALHO, F.F.B.; JAIME, P.C. O Programa Academia da Saúde – um estabelecimento de saúde da Atenção Básica. Saúde em Debate, v. 43, n. 121, p. 347-356, 2019. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/334712362_O_Programa_Academia_da_Saude_-_um_estabelecimento_de_saude_da_Atencao_Basica. Acesso em: 26 fev. 2025. Deixe um comentário Cancelar resposta Conectado como Dr. Marcelo Negreiros. Edite seu perfil. Sair? Campos obrigatórios são marcados com * Message* Também pode te interessar… Estudo do SUS Academia da Saúde Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 26, 2025 Estudo do SUS Nutri SUS Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 26, 2025 Estudo do SUS Consultório na Rua Dr. Marcelo Negreiros fevereiro 26, 2025 Estudo do SUS Conselho Nacional de Saúde Dr. Marcelo Negreiros outubro 29, 2024

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Nutri SUS

Nutri SUS A nutrição adequada nos primeiros anos de vida é essencial para o crescimento saudável, o desenvolvimento cognitivo e a prevenção de doenças. No Brasil, a deficiência de micronutrientes, especialmente o ferro, ainda é um problema significativo de saúde pública, levando a quadros como a anemia ferropriva, que pode comprometer o desenvolvimento infantil. Para enfrentar essa realidade, o Sistema Único de Saúde (SUS) implementou o NutriSUS, uma estratégia de fortificação alimentar com micronutrientes em pó, voltada para crianças de 6 a 48 meses. Esse programa tem como objetivo suplementar a alimentação infantil com ferro, zinco, vitaminas do complexo B, vitamina A e outros nutrientes essenciais, prevenindo e combatendo carências nutricionais. Os sachês de micronutrientes são distribuídos principalmente em creches públicas e unidades de educação infantil, sendo adicionados às refeições das crianças sem alterar sabor ou textura dos alimentos. A implementação do NutriSUS ocorre de forma integrada com a Atenção Primária à Saúde (APS) e o Programa Saúde na Escola (PSE), promovendo não apenas a suplementação, mas também a conscientização das famílias e profissionais sobre a importância da nutrição infantil. Principais Objetivos do Programa O NutriSUS é uma estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS) que tem como principal objetivo reduzir a deficiência de micronutrientes em crianças de 6 a 48 meses, garantindo um desenvolvimento saudável e prevenindo doenças associadas à desnutrição. A fortificação alimentar com micronutrientes em pó busca suprir carências nutricionais e promover o crescimento adequado na infância, um período crítico para o desenvolvimento físico e cognitivo. Prevenir e reduzir a anemia ferropriva e outras deficiências nutricionais A deficiência de ferro é uma das principais causas de anemia em crianças, impactando diretamente sua capacidade de aprendizado, crescimento e imunidade. O NutriSUS fornece suplementação regular para prevenir essa condição e reduzir sua prevalência. Promover o desenvolvimento saudável na primeira infância A ingestão adequada de micronutrientes, como ferro, zinco, vitamina A e vitaminas do complexo B, é essencial para o desenvolvimento neurocognitivo e motor. O NutriSUS busca garantir que as crianças tenham acesso a esses nutrientes de forma eficaz. Fortalecer a alimentação escolar e domiciliar Os sachês do NutriSUS são adicionados às refeições servidas em creches públicas e instituições de educação infantil, enriquecendo a alimentação oferecida às crianças. Isso contribui para que a dieta infantil seja mais equilibrada e adequada às necessidades nutricionais. Reduzir impactos da desnutrição e melhorar indicadores de saúde infantil A falta de micronutrientes pode comprometer o sistema imunológico e aumentar a vulnerabilidade das crianças a infecções. O NutriSUS contribui para a redução da morbidade e mortalidade infantil, fortalecendo a resistência do organismo a doenças. Promover equidade no acesso à nutrição adequada O programa prioriza crianças em situação de vulnerabilidade social e nutricional, garantindo que aquelas que mais necessitam recebam os benefícios da fortificação alimentar. Dessa forma, o NutriSUS atua como uma importante ferramenta para a redução das desigualdades em saúde. Integrar ações de saúde e educação O NutriSUS funciona de maneira integrada com o Programa Saúde na Escola (PSE) e a Atenção Primária à Saúde (APS), fortalecendo a relação entre unidades de saúde, escolas e famílias. Essa integração possibilita o acompanhamento da saúde das crianças e o monitoramento dos impactos da suplementação nutricional. A deficiência de ferro é uma das principais causas de anemia em crianças, impactando diretamente sua capacidade de aprendizado, crescimento e imunidade. O NutriSUS fornece suplementação regular para prevenir essa condição e reduzir sua prevalência. A ingestão adequada de micronutrientes, como ferro, zinco, vitamina A e vitaminas do complexo B, é essencial para o desenvolvimento neurocognitivo e motor. O NutriSUS busca garantir que as crianças tenham acesso a esses nutrientes de forma eficaz. Os sachês do NutriSUS são adicionados às refeições servidas em creches públicas e instituições de educação infantil, enriquecendo a alimentação oferecida às crianças. Isso contribui para que a dieta infantil seja mais equilibrada e adequada às necessidades nutricionais. A falta de micronutrientes pode comprometer o sistema imunológico e aumentar a vulnerabilidade das crianças a infecções. O NutriSUS contribui para a redução da morbidade e mortalidade infantil, fortalecendo a resistência do organismo a doenças. O programa prioriza crianças em situação de vulnerabilidade social e nutricional, garantindo que aquelas que mais necessitam recebam os benefícios da fortificação alimentar. Dessa forma, o NutriSUS atua como uma importante ferramenta para a redução das desigualdades em saúde. O NutriSUS funciona de maneira integrada com o Programa Saúde na Escola (PSE) e a Atenção Primária à Saúde (APS), fortalecendo a relação entre unidades de saúde, escolas e famílias. Essa integração possibilita o acompanhamento da saúde das crianças e o monitoramento dos impactos da suplementação nutricional. Estudos indicam que estratégias de fortificação alimentar, como o NutriSUS, são eficazes na redução de casos de anemia infantil e na melhoria do estado nutricional das crianças. Além disso, o programa tem potencial para melhorar o desempenho escolar, já que uma alimentação balanceada está diretamente relacionada à capacidade de aprendizado e concentração. Metodologia de Implementação A implementação do NutriSUS segue uma abordagem estruturada para garantir que a suplementação com micronutrientes em pó chegue às crianças de maneira eficiente e segura. O programa é conduzido de forma integrada com a Atenção Primária à Saúde (APS) e o Programa Saúde na Escola (PSE), permitindo o acompanhamento contínuo das crianças beneficiadas. Manifestação de interesse: Os municípios interessados devem formalizar sua adesão junto ao Ministério da Saúde. Capacitação das equipes: Profissionais de saúde e educação recebem treinamento sobre o uso correto dos micronutrientes e a importância da fortificação alimentar. Distribuição dos sachês: O governo federal fornece os sachês de micronutrientes às unidades participantes, garantindo o abastecimento adequado para o público-alvo. O NutriSUS disponibiliza sachês de fortificação alimentar contendo uma mistura de 15 vitaminas e minerais essenciais, incluindo ferro, zinco, vitaminas do complexo B e vitamina A. A administração é feita da seguinte forma: Cada criança recebe um sachê por dia, durante cinco dias por semana, misturado na comida já preparada (como arroz, feijão ou purês). O pó não altera o sabor, cheiro ou textura dos alimentos, facilitando a aceitação pelas crianças. O ciclo de

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