Vacina Pentavalente

A vacina pentavalente é uma combinação que protege contra cinco doenças graves em uma única aplicação: difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b (Hib), como meningite e pneumonia. Por combinar várias vacinas, ela facilita o cumprimento do calendário vacinal infantil, reduz o número de injeções e aumenta a cobertura vacinal.

Disponibilidade SUS

A vacina pentavalente é oferecida gratuitamente pelo SUS, sendo parte do Calendário Nacional de Vacinação. Está disponível nas salas de vacina de todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Brasil.

Indicações e público-alvo

Indicada para crianças menores de 7 anos, com início da vacinação aos 2 meses de idade.

Público-alvo:

  • Lactentes a partir de 2 meses de vida;
  • Crianças que não completaram o esquema vacinal ou que estejam com o calendário em atraso (até 6 anos, 11 meses e 29 dias).
  • Reação anafilática à dose anterior da pentavalente ou a qualquer componente da vacina;
  • Doença febril aguda grave (adiar a vacinação);
  • Crianças que apresentaram encefalopatia nos 7 dias após dose anterior da vacina contendo componente pertussis (coqueluche);
  • Crises convulsivas não controladas no momento da vacinação.

Esquema vacinal (doses e reforços)

  • 1ª dose: 2 meses
  • 2ª dose: 4 meses
  • 3ª dose: 6 meses
  • Reforços (com DTP): 15 meses e 4 anos

Observação: Após os 7 anos de idade, a vacina pentavalente não é mais indicada. Nessas situações, utilizam-se vacinas combinadas ou individuais de acordo com o histórico vacinal.

Mecanismo de Ação

A pentavalente contém antígenos inativados ou purificados de cinco patógenos:

  • Toxoides de difteria e tétano: induzem produção de anticorpos neutralizantes;
  • Antígeno da coqueluche (pertussis): proteção contra a bactéria Bordetella pertussis;
  • Antígeno de superfície da hepatite B: gera resposta imune contra o vírus;
  • Polissacarídeo conjugado do Haemophilus influenzae tipo b: estimula defesa contra infecções invasivas por essa bactéria.

A imunização estimula a produção de anticorpos específicos que conferem proteção ativa contra essas doenças.

Efeitos colaterais mais comuns

Geralmente leves e autolimitados:

  • Febre (até 38,5 °C);
  • Dor, vermelhidão ou inchaço no local da aplicação;
  • Irritabilidade, sonolência ou perda de apetite nas primeiras 24-48h;
  • Nódulo residual no local da aplicação.

Reações mais raras:

  • Convulsão febril;
  • Choro persistente e inconsolável;
  • Encefalopatia (muito raro, especialmente associada ao componente pertussis).

❓ Perguntas Frequentes

Sim. Ela substitui a aplicação isolada da DTP, hepatite B e Hib, reduzindo o número de injeções.

Sim, mas geralmente a febre é leve a moderada. Pode ser controlada com antitérmicos sob orientação médica.

Sim, o esquema pode ser regularizado conforme o calendário de vacinação em atraso, desde que a criança tenha menos de 7 anos.

Ela ainda deve tomar a pentavalente, pois a vacina ao nascer é apenas a primeira dose contra hepatite B, e a pentavalente faz parte do esquema complementar.

Sim. A pentavalente pode ser administrada simultaneamente com outras vacinas, desde que em locais diferentes do corpo.

📚 Referências Bibliográficas

  1. Ministério da Saúde. Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação. Brasília: MS; 2014.
  2. Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Calendário de Vacinação da Criança – 2024.
  3. Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Vacinas combinadas: perguntas e respostas.
  4. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). DTaP, Hepatitis B, and Hib Vaccine Information Statement.
  5. Brasil. Programa Nacional de Imunizações (PNI). Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/svs/pni

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