Linfócitos
Os linfócitos são um componente crucial do sistema imunológico, responsáveis pela defesa do organismo contra infecções e doenças. Pertencem ao grupo dos glóbulos brancos e são divididos em três principais subtipos: linfócitos T, linfócitos B e células NK (natural killer). Cada tipo desempenha funções distintas e complementares na resposta imune.
Linfócitos T são responsáveis pelo reconhecimento e destruição de células infectadas ou danificadas. Linfócitos B produzem anticorpos que neutralizam patógenos, enquanto as células NK atacam células infectadas e tumorais sem a necessidade de uma sensibilização prévia. A coordenação entre esses subtipos é essencial para uma resposta imunológica eficaz e adaptativa.
Função
Os linfócitos desempenham papéis vitais no sistema imunológico:
- Linfócitos T: Responsáveis por destruir células infectadas e coordenar a resposta imune. Incluem as células T citotóxicas, que atacam diretamente células infectadas ou cancerígenas, e as células T auxiliares, que ativam outras células imunológicas.
- Linfócitos B: Produzem anticorpos que neutralizam patógenos, marcando-os para destruição por outras células imunológicas. Essas células também têm memória imunológica, o que permite uma resposta rápida a infecções futuras pelo mesmo patógeno.
- Células NK (natural killer): Atacam e destroem células infectadas por vírus e células tumorais sem a necessidade de uma sensibilização prévia.
Essa coordenação e especialização tornam os linfócitos cruciais para a defesa do organismo, permitindo respostas precisas e eficazes contra uma vasta gama de ameaças.
Imagem 01
Microscopia Eletrônica: Podemos observar um linfócito visto no microscópio eletrônico. Como bem destacado na imagem, sua característica mais marcante é o núcleo que ocupa a maior parte da área celular.
Imagem 02
Microscopia Óptica: Podemos observar um esfregaço sanguíneo com hemácias (numerosos discos rosa escuro), e em destaque 02 linfócitos com seu citoplasma bem fino e núcleo redondo e que ocupa a maior parte da célula.
Imagem 03
Microscopia Óptica: Podemos observar um esfregaço sanguíneo com hemácias (numerosos discos rosa escuro), e em destaque um linfócito GRANULAR com seu citoplasma mais pálido repleto de grandes vesiculas escuras chamadas lisossomos.
Os linfócitos granulares grandes (LGL) são maiores que os linfócitos típicos. Em condições normais, os LGLs correspondem a cerca de 10-15% dos linfócitos circulantes. No entanto, podem estar aumentados em: Infecções virais, Doenças autoimunes, Após esplenectomia, Leucemia linfocítica grande granular.
Imagem 04
Microscopia Óptica: Podemos observar um esfregaço sanguíneo com hemácias (numerosos discos rosa escuro), e em destaque um linfócito com seu citoplasma bem fino e núcleo redondo e que ocupa a maior parte da célula.
Sob o microscópio, os linfócitos são células pequenas e redondas com um núcleo grande que ocupa a maior parte da célula. O núcleo é denso e mancha de roxo escuro, enquanto o citoplasma é escasso e aparece como uma fina borda clara ao redor do núcleo. O citoplasma pode parecer ligeiramente granular devido à presença de organelas. São diferenciáveis de outros leucócitos pela ausência de grânulos citoplasmáticos coloridos distintamente.
Não é fácil diferenciar os tipos de linfócitos (linfócitos T, linfócitos B e células NK) apenas com um microscópio óptico comum, já que eles têm aparência muito semelhante.
Para uma diferenciação mais precisa, técnicas específicas como imunohistoquímica ou citometria de fluxo são usadas. Essas técnicas identificam marcadores específicos na superfície das células que distinguem entre os diferentes tipos de linfócitos. No microscópio óptico, eles todos aparecem como pequenas células com um grande núcleo e pouco citoplasma.
Referências
- Junqueira, L. C., & Carneiro, J. P. M. (2005). Biologia Celular e Molecular (8ª ed.). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
- Katsung, B. (2010). Farmacologia Básica e Clínica (10ª ed.). Rio de Janeiro: McGraw-Hill Interamericana.
Lodish, H., Berk, A., Zipursky, S. L., Matsudaira, P., & Baltimore, D. (2007). Molecular Cell Biology (6ª ed.). W.H. Freeman and Company.
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