Sinéquia
A sinéquia ocular é uma condição oftalmológica caracterizada pela aderência anormal entre a íris e outras estruturas do olho, como o cristalino (sinéquia posterior) ou a córnea (sinéquia anterior). Essas aderências podem resultar de inflamações, traumas ou cirurgias oculares, levando a complicações que afetam a função visual. A identificação e o tratamento adequados da sinéquia ocular são essenciais para prevenir problemas visuais graves e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Fisiopatologia
A fisiopatologia da sinéquia ocular envolve a formação de aderências fibróticas entre a íris e o cristalino ou córnea, resultantes de processos inflamatórios, traumáticos ou cirúrgicos. Inflamações intraoculares, como uveítes, podem provocar a liberação de proteínas e células inflamatórias, que formam pontes fibróticas entre as superfícies oculares. Traumas oculares ou cirurgias também podem levar à cicatrização anormal e formação de sinéquias, comprometendo a motilidade da íris e a dinâmica do humor aquoso.
Clinicamente, a sinéquia ocular se manifesta por aderências visíveis entre a íris e o cristalino ou córnea. Pacientes podem relatar visão turva, dor ocular, fotofobia e embaçamento visual. O exame com lâmpada de fenda pode revelar a presença de sinéquias, frequentemente associadas a sinais de inflamação, como hiperemia conjuntival e presença de células inflamatórias na câmara anterior. Nos casos mais graves, a sinéquia pode levar a complicações como glaucoma e catarata.
Descrição Semiológica
Agora vamos criar um exemplo fictício de uma descrição semiológica da Sinéquia Ocular para ser acrescentado no prontuário do paciente.
“Paciente apresenta sinéquia ocular anterior no olho esquerdo, caracterizada por aderência entre a íris e a córnea, visível ao exame com lâmpada de fenda. Relata visão turva, dor ocular e fotofobia. Presença de hiperemia conjuntival e células inflamatórias na câmara anterior. “
Tratamento
O tratamento da sinéquia ocular visa a resolução das aderências e controle da inflamação subjacente. Algumas abordagens incluem:
- Medicamentos Anti-inflamatórios: Corticosteroides tópicos ou sistêmicos para reduzir a inflamação e prevenir a formação de novas aderências.
- Midriáticos e Cicloplégicos: Para dilatar a pupila e romper as aderências existentes.
- Cirurgia: Em casos graves, procedimentos cirúrgicos como iridectomia ou iridocenteses podem ser necessários para remover as sinéquias e restaurar a anatomia ocular normal.
- Tratamento da Condição Subjacente: Controle de doenças inflamatórias subjacentes, como uveítes, para prevenir a recorrência das sinéquias.
Referências
- Sinequia vulvar: uma condição ainda desconhecida Ferreira BM, Rosa VM. Sinequia vulvar: uma condição ainda desconhecida. Brasília Med 2022;59(Anual):1-7
- Guedes RAP, Gravina DM, Moraes DAG. Sinéquia iriana no Xen45 Gel Stent. Rev brasoftalmol [Internet]. 2023;82:e0053. Available from: https://doi.org/10.37039/1982.8551.20230053
